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CONCRETO ARMADO I

Aula 02

MRS Engenharia de Projeto


Prof. Nelson Alves
April 2019
3. AÇO – CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES – NBR6118 – 8.3
3.1. Características

• Composição do Aço  Fe + C
• Para o Aço estrutural a quantidade de carbono fica entre 0,08% a 0, 50%

• Principais características:
• Resistência a tração e compressão
• Ductilidade
• Facilidade de ser trabalhado;
• Resistência a impacto, abrasão e desgaste

Categorias dos aços para construção civil – CA-25; CA-50 e CA-60

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3. AÇO – CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES – NBR6118 – 8.3
3.2. Tipos de laminação do Aço
3.2.1. Aço laminação a quente - Barras
CA-25 e CA-50
Temperatura acima de 720C
Melhor trabalhabilidade
Aceita solda comum
Diagrama tensão-deformação com patamar de escoamento
Resiste a incêndios moderados
Perde resistência com temperatura acima de 1150C

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3. AÇO – CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES – NBR6118 – 8.3
3.2. Tipos de Aço
3.2.2. Aço laminação a frio - Fios
Aço CA-60
Processo com temperatura abaixo de 720C
Menor ductilidade
Solda mais difícil
Diagrama tensão-deformação sem patamar de escoamento
Menor resistência a corrosão
Menor alongamento

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3. AÇO – CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES – NBR6118 – 8.3
3.3. Características mecânicas

a) Limite elástico:

Máxima tensão que o material pode suportar sem que se reproduzam deformações plásticas

b) Resistência

Máxima força de tração que a barra suporta dividida pela área da seção transversal inicial

c) Alongamento na ruptura

Aumento do comprimento do corpo de prova, expresso em porcentagem (%)

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3. AÇO – CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES – NBR6118 – 8.3
Gráfico tensão deformação – Aço laminado a quente – (CA-25 e CA-50)

Limite de proporcionalidade - a tensão é proporcional à deformação, o material


é linearmente elástico
Limite de escoamento - é a tensão máxima que o material suporta ainda no
regime elástico. Ocorrem deformações não recuperáveis.
Limite de resistência – é o ponto máximo da curva tensão deformação. O
escoamento termina e a curva cresce continuamente (endurecimento), até
atingir a tensão máxima denominada limite de resistência

Tensão de ruptura – Tensão onde ocorre a ruptura. A seção transversal


começa a diminuir em uma região localizada do corpo de prova (estricção). A
curva decresce até que o corpo de prova rompa com a tensão de ruptura.

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3. AÇO – CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES – NBR6118 – 8.3
Gráfico tensão deformação – Aço laminado a frio (CA-60)

Limite de proporcionalidade e comportamento elástico mantido até o ponto “P”

Tensão de escoamento convencional a 2‰

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3. AÇO – CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES – NBR6118 – 8.3
3.4. Aços para construção civil

Os aços para construção civil devem obedecer aos requisitos:

• Ductibilidade

• Valor elevado da relação limite de resistência e limite de escoamento

• Soldabilidade

• Resistência razoável a corrosão

Categorias dos aços para construção civil – CA-25; CA-50 e CA-60

Aços CA-25 e CA-50  Barras; Laminados a quente


Aço CA-60  Fios; Laminados a frio

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3. AÇO – CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES – NBR6118 – 8.3
3.5. Resistências características ao escoamento

Resistência característica
fyk
Aço fyk (Mpa) fyk (kN/cm2)
CA-25 250 25 característico
CA-50 500 50 yield (escoamento)
CA-60 600 60 resistência

3.6. Resistência de cálculo


fyd = fyk / s; onde s = 1,15

3.7. Módulo de Elasticidade

Es = 210 GPa (21000 kN/cm2)

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3. AÇO – CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES – NBR6118 – 8.3
3.8. Grafico tensão-deformação simplificado – NBR6118 – 8.3.6
Para os cálculo nos estados limites de serviço e último pode-se utilizar o diagrama simplificado abaixo
As deformações últimas do aço são limitadas a 10 ‰ para
tração e 3,5 ‰ na compressão, a mesma do concreto.

fyk  resistência característica do aço à tração

fyd  resistência de cálculo do aço à tração


yk  Deformação específica de escoamento característico
yd  Deformação específica de escoamento de cálculo

yd yk 10‰


yd = fyd / Es yk = fyk / Es

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3. AÇO – CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES – NBR6118 – 8.3
Exercício 2 - Preencher a tabela abaixo

Aço fyk (kN/cm2) fyd (kN/cm2) yk (‰) yd (‰)


CA-25
CA-50
CA-60

3.9. Peso específico


• O aço para armadura passiva tem massa específica de 7850 kg/m3,

3.10. Coeficiente de dilatação térmico

• Coeficiente de dilatação térmica α = 10-5/°C para temperaturas entre -20°C e 150°C

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3. AÇO – CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES – NBR6118 – 8.3
3.10. Aderência
Concreto armado  Funcionamento através da solidariedade entre concreto
simples e as barras de aço.
A Aderência se dá por: Adesão; Atrito e Aderência mecânica.
• Adesão  resulta das ligações físico-químicas na interface dos dois
materiais, durante as reações de pega do cimento.
• Atrito  Força resultante do ensaio de arranchamento. As forças de atrito
dependem do coeficiente de atrito entre aço e o concreto, o qual é função da
rugosidade superficial da barra
Coeficiente de aderência (1)
• Aderência mecânica  é decorrente da existência de nervuras ou entalhes
na superfície da barra.
As nervuras e os entalhes têm como função aumentar a aderência da barra ao
concreto, proporcionando a atuação conjunta do aço e do concreto.

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3. AÇO – CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES – NBR6118 – 8.3
.
Barras nervuradas – CA-50 Barras lisas – CA-25 Barras entalhadas – CA-60

1 = 1,4
1 = 2,25 1 = 1,0

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3. AÇO – CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES – NBR6118 – 8.3
3.11. Tabela de áreas e bitolas comerciais
Para barras CA- 25 e CA-50

As barras são geralmente fornecidas no comércio em


segmentos retos com comprimento de 12 m

Diâmetro (F) Área


(mm) (cm2)
5 0,2
6,3 0,315
8 0,5
10 0,8
12,5 1,25
16 2
20 3,15
25 5
32 8

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4. SISTEMAS ESTRUTURAIS
4.1. Noções básicas sobre estruturas
Elementos básicos: Lajes; vigas e pilares

- Elementos de forma laminar (palcas)


• Lajes: - Submetidos fundamentalmente a esforços de flexão
- Cargas normais ao seu plano

- Elementos de barras
• Vigas: - Submetidos a esforços de flexão no caso geral
- Cargas normais ao seu eixo

- Elementos de barras
• Pilares: - Submetidos a esforços predominantemente de compressão
- Cargas no sentido axial

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4. SISTEMAS ESTRUTURAIS
4.2. Funcionamento básico de uma estrutura convencional
Caminho das ações
Lajes vigas pilares fundação solo
Cargas podem ser permanentes ou variáveis

- Peso próprio da estrutura


• Cargas permanentes: - Peso da alvenaria
(Longa duração) - Revestimentos; pisos; enchimentos; caixilhos

• Cargas variáveis: - Sobre carga de utilização

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4. SISTEMAS ESTRUTURAIS
4.3. Concepção estrutural
A concepção estrutural, ou simplesmente estruturação, também chamada de lançamento da estrutura, consiste em
escolher um sistema estrutural que constitua a parte resistente do edifício.
Definição dos elementos estruturais e suas posições
A base para o definição estrutural é o projeto de arquitetura
Interdependências do projeto estrutural:
• Características dos matérias – Materiais de construção
• Funcionamento dos materiais – Resistência dos materiais
• Tipo e características do solo – Mecânica dos solos
• Conforto, funcionalidade, estética – Arquitetura
• Instalações prediais – Elétrica, hidráulica, ar condicionado

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4. SISTEMAS ESTRUTURAIS
Inúmeros são os tipos de sistemas estruturais que podem ser utilizados.
Edifícios usuais: Lajes maciças ou nervuradas, moldadas no local, pré-fabricadas ou ainda parcialmente pré-fabricadas;
vigas e pilares
A escolha do sistema estrutural depende prioritariamente de dois fatores: técnicos e econômicos,
Fatores técnicos:
• Capacidade técnico para desenvolver o projeto
• Capacidade técnica para executar a obra
• Disponibilidade de materiais
• Mão-de-obra
• Equipamentos necessários para a execução

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4. SISTEMAS ESTRUTURAIS
4.4. Caminhamento das ações
Exemplo de uma estrutura:

Carga permanente +
variável

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4. SISTEMAS ESTRUTURAIS

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4. SISTEMAS ESTRUTURAIS

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4. SISTEMAS ESTRUTURAIS
4.5. Posicionamento dos pilares
Recomenda-se iniciar a localização dos pilares pelos cantos e, a partir daí, pelas áreas que geralmente são comuns a
todos os pavimentos (área de elevadores e de escadas) e onde se localizam, na cobertura, a casa de máquinas e o
reservatório superior.
Em seguida, posicionam-se os pilares de extremidade e os internos, buscando embuti-los nas paredes ou procurando
respeitar as imposições do projeto de arquitetura.
Deve-se, sempre que possível, dispor os pilares alinhados, a fim de formar pórticos com as vigas que os unem. Os
pórticos, assim formados, contribuem significativamente na estabilidade global do edifício.
Usualmente os pilares são dispostos de forma que resultem distâncias entre seus eixos da ordem de 4 m a 6 m.
Distâncias muito grandes resultam em vigas com dimensões incompatíveis e gerando maiores custos à obra.
Pilares muito próximos acarretam interferência nos elementos de fundação e aumento do consumo de materiais e de
mão-de-obra, afetando desfavoravelmente os custos.

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4. SISTEMAS ESTRUTURAIS
4.6. Posicionamento das vigas e lajes
Além das vigas que ligam os pilares, formando pórticos, outras vigas podem ser necessárias, seja para dividir um painel
de laje com grandes dimensões, seja para suportar uma parede divisória e evitar que ela se apoie diretamente sobre a
laje.
É comum, por questões estéticas, facilidade no acabamento e melhor aproveitamento dos espaços, adotar larguras de
vigas em função da largura das alvenarias.
As alturas das vigas ficam limitadas pela necessidade de prever espaços livres para aberturas de portas e de janelas.
Como as vigas delimitam os painéis de laje, suas disposições devem levar em consideração o valor econômico do menor
vão das lajes, que, para lajes maciças, é da ordem de 3,5 m a 5,0 m. O posicionamento das lajes fica, então,
praticamente definido pelo arranjo das vigas.

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4. SISTEMAS ESTRUTURAIS
4.7. Exemplo de planta de forma

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