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O Estado é um território juridicamente organizado e dotado de soberania, isto é, um povo que vive
no seu território (país) e tem a sua própria organização política.
A República Portuguesa é um Estado de Direito Democrático porque se baseia no respeito dos
direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos e na legalidade democrática.
“As condições indispensáveis para que haja um Estado de Direito são, no mínimo, estas:
3º Garantia e protecção dos direitos e liberdades fundamentais; direito à vida, à segurança,
à liberdade de associação política; de circulação, de culto, etc.”
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indivíduos, mesmo os governantes, têm de proceder de acordo com os princípios estabelecidos na
Constituição durante o período de tempo que está em vigor. Não se pode, por isso, fazer leis,
aplicar penas ou tomar decisões, que vão o que está definido na Constituição.
1- O Presidente da República
O Presidente da República é o Chefe de Estado Português. Este é o representante máximo do país.
É eleito por sufrágio directo, por maioria absoluta, para um mandato de 5 anos e não pode ser
reeleito para um terceiro mandato consecutivo. Nesta eleição votam todos os cidadãos com mais
de dezoito anos de idade.
O Presidente da República é um dos 4 órgãos de soberania definidos na Constituição (art. 110).
Algumas das suas funções são: a de garantir a unidade do Estado, a independência nacional e o
normal funcionamento das instituições democráticas; é o Presidente da República que representa
politicamente o país; é ele que promulga as leis; é ele quem pode nomear o Primeiro-Ministro e
outros membros do governo, podendo também demiti-los. Entre outras funções, é também, por
inerência, Comandante Supremo das Forças Armadas.
5- Eleições e democracia
O Estado português assenta nos princípios de uma sociedade democrática, isto é, as pessoas que
exercem o poder, exercem-no porque este lhes foi conferido pelo conjunto dos cidadãos de um
país através do voto. O voto é secreto, anónimo e livre. Isto quer dizer que os cidadãos de um país
decidem como e por quem são governados. Por isso se diz que vivemos num regime democrático.
Democracia significa o sistema político de governo em que o poder soberano reside no povo, que o
exerce directamente ou através de representantes periodicamente escolhidos em eleições livres e
justas.
A Democracia portuguesa é representativa, ou seja, os cidadãos elegem os seus representantes,
designadamente para a Assembleia da República, em eleições livres realizadas periodicamente. Foi
no dia 25 de Abril de 1975 que se realizaram as primeiras eleições livres depois de um longo
período de ditadura que só terminou com a “revolução dos cravos”.
6 – Poder local
Os órgãos do Estado de que temos vindo a falar exercem a sua acção sobre toda a população
portuguesa e em todo o território do país – por isso constituem o chamado poder central.
Porém nem todos os problemas do país podem ser tratados pelo Governo ou pelo presidente da
República, ou discutidos na Assembleia da República. Assim, existem também órgãos de poder
local que discutem e tomam decisões sobre assuntos que só interessam à população de uma
determinada área, por exemplo: melhoramentos e obras locais, projectos de urbanização, criação
de bibliotecas, estradas, museus regionais, recolha de lixo, iluminação pública, etc.
Para isso o país está dividido em Municípios (ou Concelhos) que se subdividem em Freguesias.
a) Município: divisão administrativa e política, formada normalmente por um núcleo urbano e
pelos terrenos circundantes. Constitui, em Portugal a forma mais característica de
administração local.
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b) Freguesia: uma das autarquias locais previstas na constituição portuguesa. Constitui a base
do poder local.
Aos municípios e freguesias, instituições do poder local, dá-se o nome de autarquias locais. A
palavra autarquia é de origem grega e significa “governar-se a si próprio”. À semelhança do que se
verifica no poder central, existem nos municípios e nas freguesias, órgãos encarregados de discutir
e tomar decisões e outros de lhes dar execução.
5 – Governo Regional
O território português inclui os Arquipélagos da Madeira e dos Açores, situados no oceano
Atlântico, respectivamente, a cerca de 1000 km e 1200km de Lisboa.
O arquipélago da Madeira é constituído pela Ilha da Madeira, a maior, pela ilha de Porto Santo e,
ainda, por ilhéus desabitados: as Desertas e as Selvagens.
O arquipélago dos Açores é composto por um conjunto de nove ilhas: Santa Maria, S. Miguel,
Terceira, Graciosa, S. Jorge, Pico, Faial, Flores e Corvo.
Estes arquipélagos, atendendo às suas características culturais, geográficas e económicas, foram
considerados pela Constituição de 1976 Regiões Autónomas, possuindo órgãos legislativo e
executivo próprios (Assembleia Regional e Governo Regional). Embora tenham de obedecer às leis
gerais do país e ao governo central, possuem uma Assembleia Regional, que é formada por
deputados que têm por função fazer as leis para cada arquipélago e fiscalizar as actividades do
governo regional; o governo regional desempenha funções executivas. Estes dois órgãos são
escolhidos através de eleições em que votam apenas os habitantes das ilhas.
Em cada uma das regiões, há ainda uma outra autoridade, o Ministro da República, nomeado pelo
presidente da República, sob proposta do governo, ouvido o Conselho de Estado. É ele que
representa o poder central e estabelece as ligações necessárias entre o poder central e os órgãos
regionais.
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garantias dos cidadãos portugueses são as que estão consignadas na Constituição Portuguesa e
decorrentes da Declaração Universal dos Direitos do Homem.
1.1 - Dos artigos transcritos, escolha aquele que lhe parece ser o mais importante de todos.
Justifique a sua escolha.
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República, a Assembleia da República, as autarquias e para o Parlamento Europeu. Os cidadãos
das regiões autónomas (Açores e Madeira) têm ainda o direito de votar para a eleição da
Assembleia e do Governo Regionais. Em algumas situações, os cidadãos poderão exercer o seu
direito de voto em referendos. Nestes casos, os eleitores são chamados a decidir directamente
sobre uma ou várias questões.
Todas as eleições têm igual importância, uma vez que é através delas que os cidadãos
escolhem os seus representantes nos diferentes órgãos de soberania.
2.2. Já alguma vez votou? Se sim, descreva a(s) situação(ões) em que isso aconteceu.
2.3. “Poder executivo, poder legislativo e poder judicial”. Qual é o único que não resulta do sufrágio
popular?
3. Justifique a seguinte afirmação: ”Só há eleições livres e sérias nos países democráticos. O voto é,
portanto, um elemento chave da democracia.”
4.1.Transcreva uma frase que traduza o direito dos portugueses à livre expressão do pensamento.
4.2.Transcreva uma frase que traduza o direito dos portugueses à educação.
4.3. Transcreva uma expressão que refira exactamente que o poder de escolher os governantes pertence
ao povo.
4.4.Indique dois outros direitos fundamentais consagrados na Constituição de 1976.
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b. “O Estado é um mal necessário. Os seus poderes não devem ser expandidos para além do estritamente
necessário.” __________________________________________________________________________
Funções: Representante:
Poder
Legislativo
Funções: Representante:
Poder
Executivo
Funções: Representante:
Poder
Judicial