Você está na página 1de 16

Capítulo 1 - fevereiro

Cap 1 – Características Gerais do Brasil


As Fronteiras Brasileiras

Território de um país corresponde à área administrada pelo Estado.


O Estado representa a autoridade máxima das fronteiras.

Fronteiras linhas imaginárias que delimitam os territórios dos países – podem ser
demarcadas por elementos naturais, como rios, mares e montanhas, ou somente linhas
imaginárias.

Ex: O rio Paraná


delimita parte da
fronteira entre o
Paraguai e o
Brasil. O tráfego
de pessoas,
veículos e
mercadorias entre
os dois países é
feito pela ponte
da Amizade.

Assim como a fronteira entre países, a divisa das unidades da federação (os estados) e
de seus municípios também podem ser demarcadas por elementos naturais, como rios, mares
e montanhas, ou somente linhas imaginárias.

As áreas fronteiriças apresentam características naturais, sociais, econômicas e


culturais de dois ou mais países.
O Brasil faz fronteira com quase todos os países da América do Sul, exceto o Chile e o
Equador (Trinidad e Tobago).

A leste, o território brasileiro é delimitado pelo oceano Atlântico.

A grande extensão da fronteira brasileira torna difícil sua fiscalização, dificultando o


combate de contrabando de mercadorias e o tráfico de drogas, nas áreas com vegetação
muito densa.

1
Capítulo 1 - fevereiro
Diversidade Paisagística e Posição no Globo

O Brasil é um dos países com maior diversidade natural do mundo: cerca de 20% das
espécies de plantas e de animais da Terra estão presentes em seu território. Essa diversidade
está diretamente relacionada à extensão territorial e à localização geográfica do país no globo.

Diversidade Natural – grande variedade de plantas e animais.

Com aproximadamente 8,5 milhões de quilômetros quadrados, o território brasileiro


concentra-se na zona intertropical – entre dois trópicos (de Câncer e de Capricórnio)
Somente os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul e trechos de Mato Grosso
do Sul, Paraná e São Paulo estão fora a área intertropical.
A distribuição de grande parte de seu território na faixa climática mais quente e úmida
do planeta garante ao Brasil o desenvolvimento de rica biodiversidade.

Formações Vegetais Brasileiras

Nas áreas litorâneas são encontradas diversas formações


vegetais, como os manguezais, que apresentam árvores com
longas raízes aéreas que permitem sua fixação no solo
alagado e a retirada de oxigênio do ar. Manguezal na foz do
rio Macuri, em Macuri (BA).

2
Capítulo 1 - fevereiro
Vegetação - um dos elementos que melhor representam a diversidade natural de um
país, pois contribui para a formação de diferentes paisagens e se relaciona diretamente com
outros elementos naturais, como o clima e o relevo.

Clima predominante no Brasil – tropical (maior parte do território está entre trópicos)
Características - temperaturas elevadas na maior parte do ano, precipitações (chuvas)
abundantes, inverno pouco rigoroso e curta estação seca.

A extensão territorial do país, abrangendo áreas com altitudes e umidade variadas,


favorece a ocorrência de diferentes formações vegetais.

Nas áreas mais chuvosas do país, desenvolvem-se as florestas equatoriais e tropicais,


como a Floresta Amazônica, localizada no norte do território brasileiro – com vegetação
densa, com grande diversidade de plantas e espécies animais.

Mata Atlântica - floresta tropical – localizada ao longo da faixa litorânea brasileira,


desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul.
A Mata Atlântica foi intensamente devastada, restando atualmente um pequeno
percentual de sua área original.

3
Capítulo 1 - fevereiro
Mata dos cocais - formação vegetal encontrada nos estados do Maranhão e do Piauí e
entre o Rio Grande do Norte e o Ceará.
Característica - presença de palmeiras, como o babaçu, carnaúba e açaí.

Caatinga e Cerrado – localizados nas áreas de clima mais seco.

A Caatinga - típica de clima semiárido - todos os estados da Região Nordeste, menos o


Maranhão.

Vegetação de Cerrado, predominantemente arbustiva, está distribuída pela região


central do território brasileiro.

Floresta subtropical - a mata de araucária, e os Campos, como as pradarias. - nas áreas


mais frias do país, por causa da latitude, como na Região Sul, ou da altitude, como nas áreas
serranas

Pantanal - uma grande planície alagável, com diversas formações vegetais, que se
localiza entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Potencialidades Econômicas

O aproveitamento dos diferentes tipos de vegetação e das paisagens que eles


compõem é uma das potencialidades econômicas do Brasil. A intensa exploração, no entanto,
tem mudado profundamente a paisagem.
Ex.: devastação da a floresta Amazônica, devido à ação de
 madeireiros,
 grandes agricultores
 e pecuaristas.

Outros elementos naturais que contribuem pata a ampliação da potencialidades


econômicas brasileira:
 o relevo,
 o solo,
 a estrutura geológica,
 a rede hidrográfica e
 o litoral.

O relevo brasileiro tem formação muito antiga e, por isso, suas formas são bastante
aplainadas, favorecendo a agricultura, inclusive a agricultura mecanizada.

Na zona intertropical, os solos muito expostos à ação das chuvas e do Sol e, assim, são
mais pobres em nutrientes. Porém, com o manejo adequado, garantem boa produtividade na
agricultura.

4
Capítulo 1 - fevereiro

A estrutura geológica brasileira –


é rica em pedras preciosas e em minérios como o
ferro e o alumínio, com amplo uso econômico.
 é pobre em minérios como prata e cobre.

Petróleo - quantidades suficientes para suprir as


necessidades econômicas e energéticas do país.

Rede hidrográfica
 elevado potencial energético (muitas hidroelétricas)
 como a navegação;
 pesca,
 a irrigação
 o abastecimento de água.

Litoral brasileiro
 um dos mais extensos do mundo, com aproximadamente 7,3 mil quilômetros.
 concentra grande parte da população do país e propicia o desenvolvimento da
pesca, do turismo e do transporte marítimo.

Segundo o Ministério dos Transportes, os portos marítimos são responsáveis pelo
escoamento de cerca de 90% das exportações do Brasil.

5
Capítulo 1 - fevereiro
Fragilidade Ambiental
A potencialidade do território do Brasil atrai interesses de exploração econômica de
recursos como minério e madeira. A dificuldade de proteger e de fiscalizar o vasto território
brasileiro, no entanto, favorece a exploração predatória, que vem causando grandes
prejuízos ambientais, como
 desmatamento,
 queimadas,
 caça
 a pesca ilegais e
 a poluição da rede hidrográfica.

Esses problemas alteram a dinâmica da natureza e podem prejudicar o


desenvolvimento socioeconômico de comunidades próximas às áreas exploradas.

Para evitá-los, é necessário que o poder público e a sociedade preservem e fiscalizem


as áreas remanescentes do patrimônio natural brasileiro.

Legislação Ambiental

No Brasil, discussões e iniciativas mais consistentes sobre a preservação do meio


ambiente foram realizadas so-mente a partir da década de 1930.
 Em 1934 - Código Florestal - efetivou no país o estabelecimento de áreas
protegidas.
 Em 1965 e em 2012, esse código foi alterado.
 Na primeira alteração, em 1965 - criação das Áreas de Preservação
Permanente (APPs), com o objetivo de proteger e preservar o solo, os
recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade,
a fauna e a flora e de assegurar o bem-estar das populações humanas.
 Em 1981 – instituição da Política Nacional do Meio Ambiente
 visava conciliar o desenvolvimento econômico e social com a
preservação do meio ambiente,
 definir áreas prioritárias de ação governamental e estabelecer critérios e
padrões de qualidade ambiental e de manejo dos recursos ambientais.
 Criou a avaliação de impactos ambientais causados por diferentes
atividades com potencial de degradar o meio ambiente foi um dos
instrumentos criados por essa legislação.

Atualmente, a legislação ambiental brasileira é rigorosa e prevê sérias punições aos


que cometem crimes ambientais no país. Apesar disso, a falta de fiscalização dificulta a
aplicação dessas leis, principalmente em áreas de difícil acesso, como trechos de vegetação
densa na floresta Amazônica.

Código Florestal brasileiro determina que a vegetação das margens dos rios devem ser
preservadas (são matas ciliares – lembram o que é?).

O SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (SNUC)

O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc), pela Lei n. 9 985/2000


estabeleceu as categorias das Unidades de Conservação (UCs) e determinou os processos de
criação e de administração dessas unidades.

6
Capítulo 1 - fevereiro

Unidades de Conservação - áreas delimitadas que apresentam regime especial de


administração, para
 proteger o meio ambiente,
 à manutenção da biodiversidade, dos recursos hídricos, do solo, do relevo,
das paisagens de grande beleza cênica e do patrimônio arqueológico e
cultural e à subsistência de populações tradicionais.
 possibilitam a restauração de ecossistemas degradados, promovendo o uso
sustentável e o manejo correto dos recursos naturais.

As UCs podem ser instituídas


 em áreas públicas (federal, estadual e municipal)
 em áreas particulares

As UCs são divididas em dois grupos principais:


 unidades de proteção integral e
 unidades de uso sustentável.

7
Capítulo 1 - fevereiro
• UCs de proteção integral: são aquelas que visam à preservação da natureza e
permitem apenas o uso indireto dos recursos naturais e de atividades de pesquisa científica.
Nesse grupo, estão categorias como:
 Estação Ecológica,
 Reserva Biológica,
 Parque Nacional,
 Monumento Natural
 Refúgio de Vida Silvestre.

• UCs de uso sustentável: são áreas protegidas que objetivam compatibilizar a


conservação da natureza com o uso dos recursos naturais de acordo com práticas sustentáveis
de manejo. Essas unidades se dividem em:
 Área de Proteção Ambiental (APA),
 Área de Relevante interesse Ecológico (Arie),
 Floresta Nacional,
 Reserva Extrativista (Resex),
 Reserva de Fauna,
 Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) e
 Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) Vinculado ao


Ministério do Meio Ambiente, o ICMBio é responsável por implantar, gerir e fiscalizar as
Unidades de Conservação federais.

Cap 2 – Formação do Território Brasileiro


A Colonização e a Produção Açucareira

A evolução das fronteiras brasileiras está relacionada às disputas territoriais e à


organização de atividades econômicas, que ocorrem desde o período colonial.
1500 – chegada dos os portugueses ao litoral brasileiro.
Descoberta de riquezas naturais foi um dos fatores que levou à colonização das terras
que seriam o Brasil atual, por meio da apropriação de territórios indígenas.
Brasil passou a ser Colônia de Portugal.
A colonização era uma expressão do mercantilismo.
Mercatilismo -conjunto de práticas econômicas que vigorava na Europa e era marcado
pela rigorosa intervenção do Estado na economia.
Princípio do mercantilismo –
 a acumulação de metais preciosos;
 a valorização das atividades comerciais e da balança comercial
favorável (o Estado deveria exportar mais do que importar).

Mercantilismo - fase da transição do feudalismo para o capitalismo.

No início da colonização, a Coroa portuguesa estabeleceu a Primeira divisão político-


administrativa na Colônia:
As capitanias hereditárias, que eram lotes que se estendiam do litoral em direção ao
interior, limitados pelo Tratado de Tordesilhas (1494). Eram doadas aos donatários que
deveriam torna-las produtivas.

8
Capítulo 1 - fevereiro
Fatores que propiciaram a concentração populacional na faixa litorânea
 Instalação de centros administrativos e de fortificações,
 a extração de pau-brasil.
 o desenvolvimento da produção canavieira nas terras férteis do litoral
nordestino.

Como forma de impedir a invasão das terras brasileiras por outras nações europeias, a
Coroa portuguesa decidiu ocupar as terras com a produção de cana-de-açúcar, que era
processada nos engenhos (fazendas onde se produzia açúcar)
As atividades econômicas foram viabilizadas pela escravização de indígenas, que
conheciam as características naturais do território, e de africanos, que eram trazidos à força
para a América portuguesa.

A Descoberta das Minas


Século XVII, expedições exploratórias de colonizadores portugueses em territórios
indígenas e a descoberta de jazidas de ouro e de diamante na atual região de Ouro Preto, em
Minas Gerais, geraram um eixo de ocupação em direção ao interior do território. Essa região,
conhecida na época como região das minas, passou a dinamizar a economia da Colônia.
Levou ao surgimento de vilas e cidades formadas pela grande quantidade de pessoas
atraídas para a exploração das jazidas.
São exemplos:
 Vila Rica (atual Ouro Preto),
 Sabará
 São João del Rei.

Esta região mineradora estava interligada às vilas e aos portos de Paraty e do Rio de
Janeiro pela Estrada Real, percurso utilizado exclusivamente para o escoamento da produção
aurífera.

Até o século XVIII, a extração de pau-brasil e a produção de cana-de-açúcar


concentravam a economia e o povoamento na faixa litorânea da Colônia. O desenvolvimento
da mineração e da pecuária contribuiu para a interiorização da ocupação do território. A
mineração, em especial favoreceu a integração inicial das atividades econômicas, pois a
pecuária também servia ao abastecimento das áreas mineradoras.

9
Capítulo 1 - fevereiro

O Abastecimento da Região das Minas

Não havia produção de alimento da região das minas.


Houve a falta de gêneros alimentícios que gerou surtos de fome.

Os alimentos passaram a ser produzidos em outras regiões e levados para lá, para
suprir as necessidades da população.
O nordeste e o sul - forneciam carne.
A atual região do atual estado de São Paulo enviava gêneros agrícolas.
O transporte era feito por barcos e, principalmente, por mulas, que demoravam
semanas, e até meses, para chegar ao destino – eram as tropas (vários tropeiros e suas mulas
levavam os gêneros alimentícios para a região das minas).
Pelos seus caminhos - surgiram vilas e povoados que alcançaram importância
econômica.
Ex: Curitiba e Sorocaba.

A atividade pecuária e a descoberta de novas jazidas na região dos atuais estados de


Mato Grosso e de Goiás contribuíram para interiorizar e integrar o território da Colônia.

10
Capítulo 1 - fevereiro
A Exploração e a Interiorização da Amazônia

A Amazônia ara alvo de interesse de várias potências, como a Inglaterra e a Espanha.


O risco de invasão fez Portugal tomar medidas de defesa, com a criação de unidades
político-administrativas e a instalação de núcleos coloniais, como fortificações e núcleos de
povoamento, pelo interior do território, ao longo do curso dos rios.
Esses núcleos garantiram a ocupação da região e sediaram a exportação para o
mercado europeu das chamadas drogas do sertão:
 guaraná,
 o urucum,
 outras plantas nativas extraídas da região.

A extração desses produtos utilizou o conhecimento e a mão de obra indígena e


favoreceu a ampliação do território sob o domínio de Portugal.

Atividades econômicas que tiveram destaque no Brasil entre o sec XIX e XX


Cafeicultura – que era a principal atividade econômica no Brasil.
Extração do látex (matéria-prima para a produção da borracha), na Amazônia
Atividade agropecuária – no Nordeste – principalmente o cultivo de algodão, do fumo
e do cacau.

11
Capítulo 1 - fevereiro

Trabalhadores transportam café


para navio no porto de Santos, onde era
escoada grande parte da produção cafeeira
paulista. Para isso, construiu-se um
eficiente sistema de transporte ferroviário.
Santos (SP). Foto de c. 1895.

Desenvolvimento urbano-industrial

Houve grandes mudanças sociais e econômicas no Brasil, durante o século XIX e o


início do século XX.
Essas mudanças
 criaram novos eixos (áreas) de ocupação territorial
 caracterizaram a transição entre a economia colonial e a
introdução do capitalismo no país.

Nesse período, também ocorreram profundas mudanças na Europa. As relações


comerciais e a circulação de mercadorias passaram a determinar o poder econômico dos
países.

Portugal e Espanha, que eram potencias durante o MERCANTILISMO, se


enfraqueceram.
A invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão, em 1808, obrigou a Família Real a
transferir-se para o Brasil. Os laços comerciais entre Portugal e Inglaterra favoreceram a
abertura dos portos brasileiros ao comércio mundial.
Assim, as mercadorias brasileiras não seriam comercializadas exclusivamente com a
Coroa portuguesa, o que aumentaria o poder da elite comercial brasileira e beneficiaria
sobretudo a elite inglesa.
A abertura dos portos brasileiros reforçou os interesses, levando à Proclamação da
Independência em 1822.
Durante o século XIX, a Inglaterra começou a dificultar a manutenção do trabalho
escravo, o que culminou na proibição do tráfico de escravizados no Brasil em 1850 e na
abolição da escravidão em 1888.
Com a extinção do trabalho escravo, os imigrantes vieram trabalhar no Brasil,
principalmente nas fazendas de café.
A cafeicultura, que, a princípio, se concentrou no vale do Paraíba e depois avançou
para o Oeste Paulista – era a principal atividade econômica do Brasil e determinou a ocupação
de novas áreas do território nacional.

Grande parte do café era exportada e para leva-lo embora teve que construir
infraestrutura de transportes, especialmente o ferroviário, e de um sistema financeiro
integrado à economia mundial. Houve também o surgimento de vilas e cidades.

12
Capítulo 1 - fevereiro
O acúmulo de riquezas gerada com o café possibilitou a concentração das maiores
atividades industriais na cidade de São Paulo
Imigrantes acumularam capitais e iniciaram pequenos negócios industriais nos setores
têxtil, de calçados e de alimentos.
Na virada do século XIX para o século XX, a cidade de São Paulo tinha perto de um
milhão de habitantes e tornou-se o principal centro econômico nacional. A industrialização
ganhou forte impulso no Brasil com a crise de 1929 e passou a ser estimulada pelo governo
federal do país a partir de 1930.

As Conquistas Territoriais
A expansão portuguesa durante o período colonial gerou conflitos com vários países,
sobretudo com a Espanha. Ao longo do século XVIII, multiplicavam-se as áreas de tensão entre
as Coroas portuguesa e espanhola pela posse de novos territórios, principalmente na atual
Região Sul do Brasil e na Amazônia.
Esses conflitos culminaram em ganhos e em perdas territoriais para os países
americanos recém-independentes.
No Sul, o Brasil perdeu o território do atual Uruguai na Guerra da Cisplatina.
Na Guerra do Paraguai - algumas áreas paraguaias foram anexadas ao Brasil.
As atuais fronteiras brasileiras foram definidas no início do século XX por acordos
internacionais. O principal deles envolveu o atual estado do Acre, que integrava o território
boliviano – região de exploração de látex.
A exploração do látex promoveu o aumento dos focos de tensão entre Brasil e Bolívia –
no sex XIX. Os seringueiros brasileiros reivindicavam a anexação do Acre ao Brasil.
O confrontos armados foi resolvido por meio de um acordo diplomático
O Brasil comprou o Acre da Bolívia, em 1903, incorporando-o ao território brasileiro.
Enquanto as fronteiras territoriais se definiam no Norte do país, no Sudeste o
desenvolvimento da atividade industrial passava a orientar a economia nacional e a gerar
crescimento urbano.
A prática das relações internacionais entre Estados é chamada de diplomacia. É a
forma como os países conduzem seus negócios, buscando a defesa de seus direitos e
interesses. Acordos diplomáticos entre nações que disputam um mesmo território são uma
alternativa humanitária aos conflitos e às guerras.

As questões fronteiriças em destaque no mapa demonstram que. na maioria dos


casos, os limites territoriais foram definidos pelos rios (elementos naturais), como o Oiapoque
e o Araguari, na questão do Amapá. O Chapecó, na questão de Palmas, e o Tacutu, na questão
do Pirara.

A importância dos Rios

Durante o período colonial, os rios foram importantes vias de navegação,


possibilitando o reconhecimento e a expansão do território, além do escoamento e do
abastecimento de mercadorias. Geralmente, barcos de pequeno porte, feitos de madeira,
eram utilizados como meio de transporte de pessoas, mercadorias e armamentos. Atualmente,
apesar de o Brasil apresentar muitos rios navegáveis, as rodovias são o meio de transporte
mais utilizado no país.

13
Capítulo 1 - fevereiro

A Economia Nacional e a Integração Territoral a Partir do Século XX

No século XX, o Brasil deixou de ser um país unicamente agroexportador para se


tornar cada vez mais industrial.
Medidas governamentais e investimentos públicos promoveram o desenvolvimento da
industrialização, o que acelerou o processo de urbanização.
Até a metade do século XX, a concentração dos investimentos em infraestrutura nos
setores de transporte e energia, sobretudo nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, ampliou a
aglomeração industrial e populacional nas cidades.
Foi somente a partir da segunda metade do século XX que os governos efetivaram
medidas para dinamizar o mercado interno e promover a integração entre as regiões
brasileiras. Entre essas medidas, destacam-se:
• a construção de estradas para interligar o país;
• a transferência da capital federal para Brasília, em 1960;
• o desenvolvimento de atividades agrícolas no Centro-Oeste;
• a exploração de recursos naturais na Região Norte.

Por mais que o desenvolvimento urbano-industrial tenha se expandido, o Sudeste


ainda é o principal polo econômico brasileiro. A concentração de indústrias e de atividades
urbanas, como as de comércio e serviços, atraiu a população, principalmente, para os grandes
centros urbanos dessa região.
As capitais brasileiras são fortes poios de atração populacional. De modo geral, essas
cidades disponibilizam melhores serviços e infraestrutura para seus habitantes. No entanto,

14
Capítulo 1 - fevereiro
essa oferta não é suficiente para toda a população. É comum, nos grandes centros urbanos, a
ocorrência de problemas como a falta de saneamento básico e a ocupação de áreas que
oferecem risco a seus moradores, como margens de rios e encostas de morros.

A população de Natal, capital do Rio Grande do Norte, apresentou acelerado


crescimento na segunda metade do século XX. passando de 548.36 habitantes, em 1940, para
885.180, em 2017. Com melhor infraestrutura que outras cidades do estado, Natal é um polo
de atração populacional, concentrando, em 2017, 25% da população do Rio Grande do Norte.
Vista aérea de Natal. Foto de 2014.

Brasil 1833 (independência)

15
Capítulo 1 - fevereiro
Ciclo econômico
 Pau-brasil – litoral (1500 a 1530)
 Cana de açúcar – Nordeste
 Pecuária – Centro-oeste – colonização
 Drogas do Sertão – Amazonas
 Cafeicultura – Sudeste
- Sul

16

Você também pode gostar