CAPITULO 02:

ASPECTOS NATURAIS: GEOLOGIA E RELEVO

--> A estrutura de um país, poder ser verificada pela disposição das formações
rochosas no subsolo desse espaço. Isso é essencial para explicar a distribuição das
jazidas minerais.

--> No Brasil, apenas 7% do território, transpõe os 900 metros de altitude.

--> O ponto mais elevado no país é o Pico da Neblina, situado na fronteira com a
Venezuela, na Serra do Imeri, com 2.995 metros; ao passo que nos Andes, o
ponto mais elevado é o Cerro Aconcágua com 6.262 metros.

--> No Brasil, não acontecem mais processos de formação de montanhas, a

estrutura rochosa é considerada antiga, sendo mais desgastada que a dos países
vizinhos -- o relevo é mais rebaixado. A distância entre as placas tectônicas
explica a maior estabilidade geológica do nosso território.

--> O Brasil sofre pequenos abalos sísmicos , terremotos de baixa intensidade.

- Descrição das estruturas geológicas:

Crátons: escudos, constituído por rochas metamórficas e

magmáticas, a ação da erosão foi muito forte.

Dobramentos antigos: áreas muito antigas que em virtude dos

movimentos da crosta, sofreram dobramentos dando origem serras e chapadas.

Bacias sedimentares: formadas por rochas sedimentares de

diferentes idades, algumas com mais de 600 milhões de anos e outras mais novas
com um milhão de anos. Em alguns casos as rochas foram cobertas por outras,
rochas magmáticas vulcânicas como o basalto, cobrindo áreas sedimentares.

Estrutura geológica e recursos minerais brasileiros:

--> Recursos minerais, é tudo aquilo que pode ser retirado da crosta terrestre e o
principal elemento é o componente mineral e são explorados economicamente:
jazidas minerais (cobre, estanho, ouro, bauxita, níquel, ferro, nióbio, esses
minerais são metálicos e os não metálicos (carvão, xisto betuminoso, petróleo).
Aproximadamente, 8% das reservas mundiais de minério de ferro estão no
Brasil.

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O minério de ferro, é uma das matérias-primas fundamentais, para a maioria das
indústrias de base produzem (aço, peças e máquinas para outras indústrias as de
Indústrias Bens de Consumo. Exemplo: indústria de base (chapas de aço a partir
do minério de ferro para fábrica de automóveis que produzirá o carro --> é o bem
de consumo).

As bacias sedimentares, são regiões que favorecem a formação de combustíveis

fósseis, como petróleo e gás natural, que são formados também pela
decomposição de matéria orgânica, chamadas de bacias sedimentares (principais
áreas de exploração de combustíveis fosseis). Essas áreas são espalhadas pelo
território nacional e não ocorre na maior parte dele.

Jazidas de carvão são encontradas nos estados de santa Catarina e Rio Grande do
Sul, porém mais da metade que o país precisa são importadas e usadas nas
termelétricas e fabricação de outros metais em indústrias siderúrgicas.

No Brasil, o petróleo é extraído e refinado pela Petrobrás (1953). O petróleo e o

gás que o acompanha, são explorados na plataforma continental.
O país tornou-se um importante produtor de tecnologias de exploração em águas
profundas. Em 2007, conseguiu extrair petróleo de uma camada de solo mais
profunda, antes da camada de sal (formada + 100 milhões anos) petróleo-pré-sal.

A capacidade de prospecção mais barata e descoberta do pré-sal, ampliou a

produção e exportação de petróleo -- Apesar de ser importante fonte de
combustíveis para a sociedade global, o consumo de combustíveis fósseis , existe
a preocupação com os impactos ambientais causados pelo uso excessivo ,
principalmente por causa do aquecimento global, que causa uma série de
problemas aos seres vivos.

Formas do Relevo Brasileiro:

As formas de relevo brasileiro são variadas: a classificação deve levar em conta

fatores: altitude,(altura em metros) tectonismo, (ação das placas tectônicas)
intemperismo e erosão (desagregação/fragmentação das rochas).

Entre 1970 1985, o exercito brasileiro forneceu imagens do relevo a partir de

sobrevôos de aviões com radar.

A classificação mais atual realizada pelo geógrafo Jurandyr Ross, utilizou

levantamentos topográficos feitos pelo projeto Radambrasil, com imagens áreas
feitas nas décadas de 1970/80. com recursos mais avançados, Ross pode formular
uma classificação mais completa.

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 Planaltos: apresentam superfícies onduladas, em geral na borda há
escarpas, (degraus que podem atingir desníveis elevados, é o que acontece nas
áreas denominadas chapadas. Há planaltos, caracterizados por terrenos mais
acidentados, são as serras e morros, nos litorais e divisas entre dois planaltos
diferentes. Essas regiões atraem turistas, que é um fator importante para a
conscientização ambiental, das pessoas que viajam e das que moram no local.

Depressões: as depressões brasileiras são áreas que frequentemente

apresentam inclinações suaves, já que são terrenos que sofreram e continuam
sofrendo forte erosão; muitas se estendem a partir da borda dos planaltos ou das
bacias sedimentares (depressão periférica ou depressão marginal) ao local onde
ocorrem. Algumas depressões acompanham os vales de grandes rios: São
Francisco, Araguaia ou do Tocantins.

Planícies: Ocorrem em uma faixa junto ao litoral do país, ao longo das

margens do Rio Amazonas e de seus formadores, na região do Pantanal mato-
grossense e nas margens do Rio Araguaia. As regiões de planícies,
principalmente aquelas que acompanham o leito de grandes rios, que inundam
periodicamente na época chuvosa.

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CAPÍTULO 03:

ASPECTOS NATURAIS: HIDROGRFIA

O mar corresponde às porções de água salgada próximo ou no interior dos

continentes.

Mar territorial brasileiro e a plataforma continental e a Zona Econômica

exclusiva (ZEE), fazem parte das águas jurisdicionais brasileiras, água que estão
sob o controle da autoridade brasileira. É chamada de "Amazônia Azul", tem
importância estratégica e econômica em razão dos recursos naturais que possui.

O mar territorial se estende até 12 milhas náuticas, cerca de 22 km além da

costa. Nessa área todas as embarcações estão sujeitas as determinações da
Marinha brasileira, pois é uma extensão do território nacional. A ZEE,
corresponde á área exclusiva de exploração econômica dos recursos naturais,
mas com livre navegação de embarcações de outros países - cerca de 370
quilômetros.

Os aquíferos: abrigo das águas subterrâneas brasileiras

O Brasil é o que detém maior quantidade de água doce disponível no

mundo, cerca de 12% , do total. Um aquífero são unidades rochosas ou de
sedimentos , porosas e permeáveis, capazes de armazenar grandes volumes de
água subterrânea e cuja exploração é viável. Um aquífero, devido à sua
característica geológica da região onde se encontra, já que nem todo tipo de rocha
pode armazenar água. Os principais aquíferos brasileiros compõem dois grandes
sistemas:

- SAGA: Sistema Aquífero Grande Amazônia, foi denominado de

Grande Alter do Chão, por pertencer a um complexo maior e por já possuir uma
região turística com o mesmo nome, passou-se a chamá-lo de Grande Amazônia.

- SAG: Sistema Aquífero Guarani, formado por rochas sedimentares,

principalmente o arenito e limitado por rochas acima de origem basáltica
(magmáticas); ocupa grande parte do território brasileiro, mas também se estende
para: Paraguai, Argentina e Uruguai.

Águas superficiais : bacias e regiões hidrográficas do Brasil

Bacias hidrográficas, são áreas de drenagem ou escoamento das águas

pluviais que vão abastecer os rios principais , seus afluentes ou tributários. O

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tamanho dessas bacias é determinado pelo relevo, o qual determina e é
determinado pelo caminho que a água percorre pelo interior do continente até
chegar a um lago, rio ou oceano. O maior e mais volumoso rio do mundo e
também a maior e mais volumosa bacia hidrográfica, é do Rio Amazonas, fica
no Brasil. Apesar da grande quantidade, há uma distribuição desigual das águas
superficiais pelo nosso território.

Os rios brasileiros desembocam em lagoas, lagos, ou em outros rios até que

desembocam no Oceano Atlântico. Até rios que se dirigem ao interior do país,
como na região hidrográfica do Paraná, suas águas desembocam em outras
bacias, que vão desaguar no estuário do Prata.

Região hidrográfica, corresponde ao espaço de uma ou mais bacias

hidrográficas vizinhas, com características naturais e socioeconômicas similares.

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O Brasil apresenta grandes regiões hidrográficas:

Região Hidrográfica Amazônica:

- É a maior região hidrográfica brasileira, principal Rio é o
Amazonas.
- Sua bacia compreende sete países da América do Sul e mais um
território ultramarino francês (Guiana Francesa);
- Alguns projetos a serem implantados ou já instalados como a Usina
Hidrelétrica do Belo Monte no Rio Xingu, afluente do Rio Amazonas, foi alvo de
vários protestos por grupos indígenas e ambientalistas.
- Com o crescimento econômico do Brasil, houve a necessidade de
produzir mais energia elétrica, a fim de evitar corte no abastecimento, foi
resgatado plano de construção de hidrelétrica da década de 1970 e iniciou as
obras de Belo Monte-- construção começou em julho/2010, em meio a
reclamações e protestos, nacionais e internacionais. Foram várias preocupações
ambientais: alterações sobre o curso e a dinâmica do Rio Xingu, que atingirão os
ciclos de cheia e estiagem afetando a reprodução de peixes da área. No âmbito
social, houve o impacto sobre os indígenas que utilizam o rio para seu sustento
econômico e o reassentamento de famílias de ribeirinhos que tiveram que
abandonar seus lares para a construção da usina. Milhares de trabalhadores, se
deslocaram para a cidade de Altamira, podendo sobrecarregar os serviços
públicos do município. --> O grande desafio é o desenvolvimento sustentável,
harmonia entre o ambiente, a sociedade e a economia.

Região Hidrográfica do São Francisco:

- A região hidrográfica do São Francisco coincide com a Bacia

Hidrográfica do mesmo nome, nasce em MG e vai até o Nordeste, onde faz uma
curva e deságua no Oceano Atlântico.

- È o maior rio totalmente brasileiro, presente tanto no folclore,

quanto a questões políticas e de planejamento nacional. É conhecido também
como rio da integração nacional, por conectar as regiões nordeste e sudeste.

- O Rio São Francisco é de extrema importância para os habitantes

da região mais seca do Brasil, conhecida como sertão.

O projeto de transposição de suas águas visa, levar a água do rio, por

meio de canais artificiais até as áreas de seca, característica de clima semi-árido
presente na região.

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 Região Hidrográfica do Tocantins-Araguaia:

- Essa região Tocantins-Araguaia fica na região central do país, as

águas dessa região escoam pelo rio Araguaia. Os dois se juntam na divisa entre
Maranhão, Tocantins e Pará, antes de seguir para o norte e desaguar no Oceano
Atlântico.

- No Rio Tocantins, está instalada a Usina de Tucuruí, na cidade do

mesmo nome.

Região Hidrográfica do Paraná, Paraguai e Uruguai:

- Essa região é a que apresenta maior potencial hidrelétrico

(capacidade de produção de energia) do país.

- Seus rios correm em áreas de planalto, o que proporciona maior

aproveitamento na geração de energia.

- O Rio Paraná é o principal que chega no Atlântico depois de se

juntar com o Rio Paraguai, formando o estuário do Prata.

- No Rio Paraná, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, fica uma

das maiores usinas hidrelétricas do mundo- Usina Binacional de Itaipu.

- Nessa região estão as cataratas, localizadas no Parque Nacional do

Iguaçu, fronteira do Brasil com a Argentina - é considerado Patrimônio Natural
da Humanidade, o parque abriga um conjunto com mais de 150 quedas, que
chegam a 82 metros de altura, além da biodiversidade.

Região Hidrográfica do Paraguai:

- Temos planícies com inundações periódicas que dão ao lugar

características naturais especiais.

- O Pantanal Matogrossense está localizado nessa região.

Região Hidrográfica do Uruguai:

- O principal rio dessa região, é o rio Uruguai.

- Ele define a fronteira entre o Rio Grande do Sul e o Argentina.

- No Rio Uruguai, situa-se o Salto do Yucumã, conjunto de quedas

d'água considerado atração natural do território brasileiro.

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 As bacias dos rios Paraguai, Uruguai e Paraná, fazem parte da Bacia
Platina, que se estende a porções da Bolívia, Argentina, Uruguai e Paraguai.

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CAPÍTULO 04:

ASPECTOS NATURAIS: CLIMA E VEGETAÇÃO

Os fatores climáticos são condicionantes, ou seja, externos mas influenciam

o clima. Outros são artificiais, como uma represa, ou uma densa malha urbana,
com veículos e fábricas.

- Altitude:

O território brasileiro não possui grandes elevações, mas nos locais onde
ficam acima dos 900 metros têm características climáticas diferentes; representam
temperaturas mais baixas e invernos mais frios.

(Cada quilômetro de altitude equivale a um resfriamento 6,5 graus

centígrados aproximadamente). Em altitudes mais ao sul do país, é possível
nevar.

- Maritimidade e Continentalidade:

Em comparação ao mar, os continentes e as rochas se aquecem

rapidamente, mas também se esfriam de modo rápido. As áreas mais afastadas do
litoral, são mais quentes e menos úmidas-- efeitos da continentalidade.

A amplitude térmica (diferença entre a maior e a menor temperatura) diária

aumenta e a umidade diminui.

Nas costas litorâneas, ao norte, as águas são mais quentes e mais frias ao
sul. O Brasil apresenta uma extensa faixa litorânea, com forte efeito de
maritimidade --> nessa área os climas são mais úmidos e há pouca variação
térmica.

- Relevo:

A distribuição de serras, planaltos e planícies influenciam a circulação de

ar e das chuvas. No Nordeste o Planalto da Borborema, (se estende desde
Alagoas, passa por Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte., constitui uma
barreira natural para a entrada de massas de ar úmido vindas do Oceano
Atlântico) esse planalto é um dos fatores que contribui para a aridez de parte do
Sertão Nordestino.

- Massas de Ar e Latitude:

São porções do ar atmosférico que se deslocam, levando as características

de temperatura e umidade dos seus locais de origem. Para prever o tempo, as

9
massas de ar são acompanhadas e observadas em tempo real, através dos satélites.
A latitude influencia as temperaturas, quanto mais afastado da linha do
Equador, menores tendem ser as temperaturas médias.

No Brasil é comum a ação de cinco massas de ar, de acordo com suas

origens: (mEa) --> massa Equatorial amazônica

- m --> significa massa

- letra maiúscula indica zona de origem -->

Tropical (T) Equatorial (E) Polar (P)

- a --> indica a origem oceânica(o) úmidas ou continental (c) secas

exceto a amazônica)

Tipos de Clima do Brasil:

Definir os tipos de clima de um país exige muito trabalho e estudos.

No Brasil, para efeito de estudo, leva-se em consideração a

classificação climática do brasileiro José Bueno Conti. O território brasileiro é
dividido em seis áreas gerais:

Equatorial Úmido:

Tipo de clima que abrange uma porção considerável do território

brasileiro na Região Norte e toda área de alguns estados, como Acre, Amapá e
Rondônia,

Caracteriza-se por médias elevadas de temperatura no decorrer do

ano e temperaturas mais baixas apenas quando a massa de ar polar atlântica,
vinda do sul, consegue chegar causando o efeito da friagem.

É um clima úmido (chove quase todo o ano), a presença da umidade

e as temperaturas elevadas constituem fatores no desenvolvimento da vegetação
florestal.

O clima equatorial úmido é o que atua na Floresta Amazônica,

vegetação de grande porte e bastante densa.

As chuvas (convectivas), são formadas pela própria evaporação

vinda dos rios e igarapés,(riachos e córregos).

Equatorial Semiúmido:

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 É o clima de uma pequena faixa de terra no extremo norte do país,
Roraima, Pará e pequena porção norte do Amazonas.

Características semelhantes ao clima equatorial úmido, porém, existe

um período onde as chuvas não são tão abundantes.

Clima Tropical:

Também denominado Tropical continental ou tropical típico, ocorre

principalmente na região central do Brasil.

Apresenta duas estações de chuvas bem definidas, havendo maior

concentração destas durante a estação do verão e diminuição dos índices
pluviométricos (chuvas) nos meses de inverno.

As médias de temperaturas são altas, acima dos 16º C, mesmo

durante o inverno e abaixo disso quando a massa polar Atlântica atinge a região e
provoca uma redução acentuada da temperatura.

Tropical de Altitude:

Se estende no sentido leste-oeste, desde o Espírito Santo até o Mato

Grosso do Sul.

A principal diferença em relação às áreas de clima tropical é a

altitude, que pode ultrapassar 1000 m, em algumas áreas; nessas áreas as médias
anuais são mais baixas.

Alguns exemplos desse locais: Serra do Espinhaço, Serra da Canastra

em MG; e a Serra da Mantiqueira que se estende por MG, SP e RJ.

Tropical Semiárido:

Ocorre somente no interior da região Nordeste do Brasil, em partes

da área conhecida como Sertão ou Sertão Nordestino.

Sua principal característica é a baixa precipitação pluviométrica,

cerca de 800 mm ao ano, em média.

A má distribuição das chuvas no decorrer do ano pode provocar

estiagens de oito meses ou mais. Nesse longos períodos, o leito dos rios
considerados temporários ou intermitentes seca.

A fim de conviver com o problema da estiagem, são construídos

açudes que armazenam água durante o período das chuvas.

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 Em períodos muito longos de seca, mesmo a água desses açudes
pode vir a secar.

Subtropical:

Predominante na região sul, na porção do território situada ao sul do

Trópico de Capricórnio.

É um clima de transição entre as regiões tropicais e temperadas.

Os verões são relativamente quentes, porém os invernos são frios, o

que evidencia uma elevada amplitude térmica anual.
A incidência da energia solar é mais baixa em razão do fator latitude,
as temperaturas médias anuais são mais baixas.

As chuvas são bem distribuídas ao longo do ano.

As quatro estações do ano relativamente são bem definidas.

A região é mais diretamente afetada pela ação da massa de ar polar

atlântica, que pode fazer durante o inverno a temperatura mínima chegar abaixo
de 0º C, nas porções mais elevadas.

Pode ocorrer neve nos meses de inverno, porém de forma branda e

rara.

Climogramas:

São gráficos muito utilizados para representação de elementos

climáticos, como temperatura e precipitação de uma localidade.

Colunas azuis -- índices pluviométricos (quantidade de chuva m2

medida em milímetros). Linha de cor vermelha corresponde à temperatura média
do mês, medida em graus Celsius (ºC) por termômetros em estações
meteorológicas.

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Vegetação e Domínios de Natureza no Brasil:

As características das vegetações estão fortemente ligadas às

condições ambientais dos locais onde se originaram. São afetadas pelo solo,
relevo e o clima.

Geógrafo Aziz Ab'Saber, formulou estudos que possibilitaram

reconhecer diferentes espaços naturais, com suas características em relação ao
solo, relevo, clima e vegetação -- denominados domínios morfoclimáticos.

Domínio Amazônico:

- espaço de maior biodiversidade do mundo.

- abriga diferentes povos indígenas e populações tradicionais
(descendentes de antigos habitantes viveram antes da chegada dos portugueses)

- A vegetação da Amazônia é também denominada Floresta

Equatorial, em decorrência de sua localização (próximo a linha do Equador) e do
clima Equatorial.

- Sua vegetação exuberante apresenta muitas árvores de grande e

médio porte, com folhas largas e copas fechadas no alto dossel (camada superior
de galhos e folhas das árvores que se entrelaçam formando uma espécie de teto da
floresta), o que faz com que o solo esteja sempre na sombra. É nesse ambiente,
que vive a maior parte das espécies de animais e plantas da Amazônia.

- Por não receber luz, o chão da floresta é quase permanentemente

úmido; isso favorece a decomposição dos nutrientes no solo, recoberto de folhas,
cascas de árvores e outros resíduos orgânicos da flora e fauna, chamada de
serrapilheira.

Domínio dos Mares de Morros:

- Faixa localizada ao longo da costa leste, estendo-se desde o Rio

Grande do Sul até o Rio Grande do Norte, expande-se também para o oeste, áreas
centrais do país.

- Esse domínio abrange uma área repleta de morros que, são de

formação bastante antiga, por isso, pelas chuvas constantes que eles mesmos

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ocasionam e do clima tropical, sofreram grande desgaste, apresentando cumes
arredondados.

- São recobertos por Floresta Tropical, a Mata Atlântica, que

apresenta vegetação de grande porte, mas não tão grande quanto da Amazônia.

- Como os portugueses chegaram pelo Oceano Atlântico, foi o

primeiro domínio brasileiro a ser explorado com a extração do pau-brasil, por não
indígenas.

- As atividades e a ocupação humana tiveram grande impacto sobre a

Mata Atlântica. Restam menos de 10% de áreas remanescentes, onde os solos
expostos ficam suscetíveis à ocorrência de deslizamentos.

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 Domínio das Araucárias:

- Costuma ocorrer nas áreas de planalto, nos estados do sul do país,

RGS, SC, PR.

- Nessa região predomina o clima subtropical, com temperaturas

amenas durante a maior parte do ano, com invernos frios e chuvas bem
distribuídas entre as estações.

- A vegetação característica é a de floresta ombrófila mista, plantas

de diferentes portes, destacam-se as araucárias (madeira forte e resistente muito
utilizada na indústria madeireira), espécie de grande altura e cuja semente é muito
apreciada, o pinhão; devido a intenso desmatamento, restam poucas áreas de mata
nativa.

- Encontra-se ainda nesse domínio, áreas de campos com vegetações

rasteiras.

Domínio da Caatinga:

- Abrange o sertão do NE e parte de MG, em áreas de planaltos e

depressões.

- Compreende área de clima semiárido, com volume de chuvas

baixo.

- As chuvas são mal distribuídas durante o ano, em um período curto

apresenta forte intensidade de chuva, três a quatro meses. Há anos em que não
ocorre chuva.

- Caatinga, vegetação não apresenta grande porte e se desenvolve em

solos ricos de nutrientes, mas carente de chuva, sendo constituída por arbustos
que perdem as folhas durante a seca e a vegetação adaptada para resistir a grandes
períodos de estiagem.

- Plantas como o cacto, xerófilas, têm estratégias para reduzir a

perda de água por transpiração. É o que acontece com suas folhas em forma de
espinhos, as plantas também armazenam água no caule.

- Problemas ambientais também atingem esse domínio, o

desmatamento dessa vegetação pode desencadear processos de desertificação
antrópica (ações exercidas pelo homem)

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 - A utilização de madeira para lenha e produção do sisal, são as
causas do desmatamento nessa região.

Domínio do Cerrado:

- Área de ocorrência do clima tropical, quente com uma estação seca

e outra úmida.

- A principal característica da vegetação é a formação de savanas,

que são áreas campestres com árvores espaçadas, algumas ilhas de vegetação
mais densas e matas ciliares(formações vegetais que acompanham nas margens
dos cursos d'água).

- ocorrência de queimadas naturais as quais ajudam na renovação

vegetal, as queimadas naturais são muito importantes par a vegetação do cerrado,
ocorrem em intervalos grandes de tempo, de três a quatro anos, as cinzas ajudam
a fertilizar o solo.

- A região do cerrado é considerada uma área de planalto, com forte

retirada da vegetação natural, monocultura da soja.

- Essa área sofre fortes impactos com a expansão da agropecuária,

que também importante, gera prejuízo socioambiental.

Domínio das Pradarias:

-É também conhecido como zona das coxilhas, campos sulinos,

pampas ou campanha gaúcha. Localizado inteiramente sobre o planalto no RGS,
mas essa vegetação também se estende por territórios da Argentina e Uruguai.

- O campo é constituído, por vegetação rasteira como as gramíneas,

além de herbáceas e poucas árvores próximo ao leito dos rios (mata ciliar).

- Algumas áreas estão sofrendo o processo de arenização (perda

natural da vegetação) tornando o solo exposto. O termo arenização é usado para
ilustrar a drástica redução da biodiversidade.

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 Faixa de Transição e o Complexo do Pantanal:

- São áreas que reúnem características mistas de mais de um domínio

morfoclimático.

- O Pantanal é considerado um domínio de transição, porém a

diversidade de espécies, garante-lhe um lugar de destaque entre as paisagens
naturais do território brasileiro.

- Localizado na bacia do Rio Paraguai, região Centro-Oeste , parte

dos estados do MG e MS.

- A principal característica dessa área complexa está associada á

forma de relevo que corresponde à Planície do Pantanal, considerada maior
superfície inundável interiorana do mundo.

- O clima tropical típico apresenta duas estações bem definidas;

verão chuvoso e inverno, mais seco.

- As altitudes são baixas, entre 80 e 150 metros, a grande parte dos

solos é permeável; período das chuvas a região se transforma numa imensa área
alagada, como pântanos.

- No fim do período das chuvas, nível da água abaixa, é evidente a

riqueza da biodiversidade local, com o florescimento da vegetação e maior
movimentação de animais em busca de alimentos, abundantes nessa época.

- Estende-se pela Bolívia e Paraguai, mas apenas 10% da área total

encontra-se nesses países.

- Os principais problemas ambientais da região, estão relacionados à

atividade pecuária e à extração de lenha a fim de alimentar usinas siderúrgicas.

- O turismo ecológico é controverso, para uns pode incentivar a

conservação da natureza, se exercido de modo exagerado ou não planejado, pode
tornar a população dependente dessa atividade econômica.

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