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USO DE FLASH NA FOTOGRAFIA DIGITAL

Depois de algum tempo sem escrever artigos surgiu um tempo vago e a oportunidade de
escrever novamente.
Existe um conceito muito errôneo, principalmente quando começamos a aprofundar mais em
fotografia. Esse conceito é O Flash estraga a foto.
Não é que o conceito esteja errado, mas muito menos ele está certo. Digamos que se bem
usado o flash é um dos recursos mais importantes da máquina fotográfica. Como a própria
definição de Fotografia (Registro da Luz) diz, tem que existir luz para que o registro não fique
“estranho”.

Os estúdios fotográficos usam artifícios de iluminação para suprir a necessidade dessa luz,
para evitar um problema comum em fotos de flash (estouro) e a luz incidente diretamente. Mas
isso é para fotos Indoor (dentro de algum local) e também para realçar alguns pontos
específicos do assunto principal.

E como nós, meros mortais, podemos usar o flash evitando esses erros mais comuns?
É esse o objetivo desse artigo: Expor situações em que o uso do Flash é fundamental e tentar
diminuir o mito que flash prejudica uma foto muito mais que ajuda.

A maior parte das pessoas associa o uso do flash à fotografia de interiores ou de noite. Se bem
que para estas situações acaba por ser a opção mais usual não significa que o flash seja para
uso exclusivo nestas situações. Aliás muitas vezes o flash usado em exteriores/dia deve ser
usado. Ou porque a luz é pouca, ou porque o contraste é muito, ou para congelar movimento,
etc.
Infelizmente para a maioria das pessoas, o uso e especialmente o domínio do flash é
complicado, quem começou a fotografar com unidades manuais sabe o quão frustrante pode
ser usar um flash.
Para usar um flash é preciso perceber como é que uma maquina expõe uma cena (qualquer
que seja a maquina; analógica ou digital). A ABERTURA DO DIAFRAGMA - que é o "buraco"
por onde passa a luz que vai expor ao sensor e a VELOCIDADE DO OBTURADOR, que é o
tempo que esse buraco fica aberto.
Portanto a ABERTURA regula quanta luz chega ao sensor e a VELOCIDADE regula a duração
que essa luz expõe ao sensor.

1.TIPOS DE FLASH

FLASH MANUAL

Para regular o uso do Flash manual temos a ABERTURA e a DISTANCIA ENTRE FLASH E
OBJETO, que como o nome indica é a distancia física entre o flash e o objecto a ser exposto.
Para usar o flash focava-se a lente, a partir dai íamos a uma tabela normalmente gravada no
próprio flash, onde tínhamos que procurar a abertura equivalente para aquela distância para
determinado ISO. Isso era extremamente lento, irritante, e pouco amigável. Se a distancia se
alterasse lá íamos nós outra vez à tabela para ajustar a abertura. Isto deve-se ao fato de o
flash disparar sempre em potência máxima.
Essa DISTANCIA ENTRE FLASH E OBJETO é importante por causa da potência do aparelho.
A potência de um flash designa-se de Numero Guia (Guide Number) ou GN.
Quanto mais alto o numero mais potente o flash. Quanto mais potente o flash mais longe a luz
pode viajar. Mas o que acontece é que esta luz quanto mais viaja mais perde essa potência. Na
verdade perde imensa potência. Chamasse lei do inverso do quadrado.
Vou dar um exemplo: seja um flash que tem um GN de 50 (em metros – muito bom por sinal).
Usando ISO100 para expor um objeto a 18 metros usa-se uma abertura de f/2.8, para usar f/3,5
baixa para 13mts, f/5,6 9mts, f/8,3 6mts; f/12,5 a 4 mts, etc. Isto é uma perca de potência
incrível! Mas é uma regra universal que temos que viver com ela.
Ou seja, para calcular você tem que dividir o número guia pela distância do assunto, assim
você obtem a abertura que tem que usar na máquina (muitas vezes tem que se arredondar)

FLASH AUTOMÁTICO

Como regra, quanto mais regulagens automáticas um flash possui, mais opções de
preenchimento apresenta. Assim, se a exposição ambiente é 1/125 seg. a f/8 e você regular o
flash e as lentes para f/8, terá uma razão de 1:1.
Para mudar isso, basta alterar a regulagem da abertura no flash, e deixar f/8 nas lentes. Desta
forma, colocando f/5.6, no flash a razão será de 1:2; e para f/4 será de 1:4. Nos dois casos, o
que acontece é que você está informando o flash de que regulou a lente para uma abertura
maior do que ela realmente apresenta, e portanto, ele fornecerá menos luz ao ambiente. E
assim, quanto maior a abertura regulada no flash, mais fraco será o efeito.

FLASH INCORPORADO

Muita gente pensa que os flashes incorporados não possibilitam a técnica do preenchimento.
Mas aqui estão as boas novas. Muitos deles não só possibilitam o preenchimento ( fill flash),
como o regulam automaticamente. Isso quer dizer que você não terá controle algum sobre o
flash, e então, terá que se contentar com o que ganhar – normalmente uma razão de 1:2.

FLASH TTL (TROUGH THE LENSE)

A grosso modo quando utilizamos o flash pode-se dizer que fazemos em simultâneo duas
exposições: uma com a luz natural (controlada pela ABERTURA e VELOCIDADE DE
OBTURAÇÃO) e outra com o flash (controlada pela ABERTURA e DISTANCIA DO FLASH AO
OBJETO). Assim temos a ABERTURA como fator determinante para o controle da exposição
Com o TTL as coisas são necessariamente diferentes do flash manual. Eis rapidamente o que
se passa com TTL:
Quando se pressiona o obturador o flash dispara, a luz bate no objeto e é refletida em direção a
câmara, através da lente (TTL) atinge o plano do sensor onde é processada pelo processador
da maquina. Assim que o sensor acha que a luz é suficiente manda desligar o flash. Tudo isto à
velocidade da luz.
A grande diferença entre o flash manual e o TTL é que neste a exposição correta deixa de ser
controlada pela DISTANCIA AO OBJETO ou pela ABERTURA, mas simplesmente no ato de
desligamento do flash! Qualquer que seja a abertura utilizada a exposição correta é controlada
por um "interruptor" (também chamado de Tiristor). Isto não quer dizer que a DISTANCIA AO
OBJETO e a ABERTURA deixem de ser importantes, mas apenas que são muito mais
controláveis.
Com o TTL o computador da máquina faz a exposição correcta independentemente da
ABERTURA ou da DISTANCIA AO OBJETO (desde que estejamos dentro dos limites da
capacidade do flash). Podemos escolher a ABERTURA que nos interessa para a Profundidade
de campo necessária e não usar uma pré-selecionada na parte trazeira do flash!
Muitos poderão perguntar porque é que a VELOCIDADE DE OBTURAÇÃO não influencia a
exposição do flash. Simplesmente porque é muito lenta! A duração média de um disparo de
flash é entre 1/1000 e 1/23000 de segundo! A luz do flash deve expor a cena num único disparo
(bom isto hoje em dia já não é verdade com os modos FP e equivalentes, mas para a
compreensão do artigo, fica assim) e isto significa que as cortinas do obturador devem estar
completamente abertas nesse momento, caso contrário ficará registada uma banda negra na
película. É ai que entre a velocidade de sincronismo de flash (varia de modelo para modelo,
mas poucas vão acima de 1/500).
A velocidade de obturação deverá ser escolhida para controlar a luz ambiente (luz natural não
afetada pelo flash) e desde que nos mantenhamos dentro da escala de utilização do flash
podemos utilizar um sem número de opções para controlar o efeito final da imagem.
Desde a mais elementar que é expor corretamente para o fundo, até situações em que
podemos alterar esse mesmo fundo - desde torná-lo mais claro a completamente escuro.

2.CONCEITOS IMPORTANTES PARA USO DO FLASH

VELOCIDADE DE SINCRONISMO
Para usar qualquer tipo de flash externo, seja portátil, acoplado à câmara, de estúdio e outros,
temos que primeiramente observar a sua velocidade de sincronismo. Este sincronismo refere-
se ao intervalo de tempo entre a abertura do obturador e o disparo do flash. Ambos devem
acontecer exatamente no mesmo momento. Para isto, necessitamos de uma velocidade
específica que dispare o flash no exato momento em que o obturador esteja totalmente aberto
para atingir o pico máximo de luz. Em flash embutidos esse conceito geralmente é obscuro já
que a máquina tenta fazer tudo automaticamente.
Se o manual da sua câmera informar que o sincronismo do flash está regulado para 1/60, e se
você acidentalmente utilizar uma velocidade mais rápida como 1/125 ou ainda 1/250, a foto
sairá gravada somente em parte, pois a velocidade estará fora do pico, e a cortina do obturador
estará cobrindo parte do filme durante a exposição.

As câmeras manuais mais modernas permitem sincronismo do flash até 1/250. Os modelos
High Tech permitem até 1/800 ou mesmo 1/1000, dependendo de programas específicos.
Entretanto, o que importa realmente saber é que a velocidade de sincronismo é a velocidade
máxima permitida a operar com flash eletrônico. Esta velocidade, na maioria das vezes,
registra apenas a luz emitida pelo mesmo.
NÚMERO GUIA – FLASH MANUAL
Já foi discutido brevemente, mas é interessante abrir mais um tópico.
Cada tipo ou modelo de flash tem uma potência, um poder de iluminação. Esta medida é o
número guia, indicado no manual do seu flash, para filmes de ISO 100.
Em outras palavras, a luz que parte do seu flash se espalha e chega até o assunto com maior
ou menor intensidade. Portanto, toda vez em que a distância se altera, é necessário alterar o
diafragma para uma correta exposição.
Cada flash tem um número guia, uma potência diferente. Para facilitar o manuseio, cada tipo ou
modelo vem com seu respectivo número guia impresso em seu manual (isso para flashes
externos). Ou, com uma tabela de Distancia x Abertura, impressa no próprio corpo ou no visor
de cristal liquido do flash. Observe-a com cuidado para conseguir a exposição correta.

REDUTOR DE POTÊNCIA
Este recurso adicional, encontrado nos flashes mais sofisticados, e vem designado com as
potências – 1/1 (full - total), 1/2, 1/4, 1/8, 1/16, 1/32 etc.
Isto significa que em 1/1 o flash está em carga máxima e na medida em que se reduz esta
carga sucessivamente, pela metade, a luz do flash reduz-se no numero de pontos equivalentes.
Esse recurso é muito útil, quando se opera a distancias muito curtas, ou com filmes mais
sensíveis, ou ainda apenas para economizar baterias.
Já que as marcas e modelos de Flash estão em constantes aperfeiçoamentos, recomenda-se
ler seus respectivos manuais com atenção.
Nas câmeras tipo Hi Tech a redução de potência, é efetuada diretamente no respectivo
programa para flash - TTL, acionando-se a respectiva escala de compensação, desde que se
utilize o flash indicado pelos seus próprios fabricantes. Alguns modelos originais apresentam
esta escala de redução mesmo em modo manual. Para maiores informações, consulte o livrete
de instruções de seu Flash.

"RING FLASH" / FLASH ANULAR


Há Flashes especiais para curtas distâncias, com pequena potência adequada à fotografia
científica ou para documentação São conhecidos como Ring Flash, tipo circular, utilizado na
frente da objetiva, acoplada como um filtro. Desenvolvido para situações especificas, para
temas muitos próximos, em que a iluminação de um flash convencional não é adequada.
Fotografia dental, médica, macro fotografia, e outras aplicações afins, são alguns dos campos
em que esta técnica é utilizada. Apresenta uma luz difusa, e em alguns de seus modelos o grau
de difusão pode ser controlável. São encontrados em modelos manuais. Automáticos e até
TTL. No entanto, seu raio de ação é limitado a 1.2 metros de distância.

Na falta destes flashes, podemos improvisar rebatedores para dirigir o foco de luz diretamente
ao assunto a ser fotografado.

3. USO DO FLASH NA FOTOGRAFIA


Os iniciantes na fotografia, em geral, costumam condenar as fotos tiradas com flash por
apresentarem efeitos artificiais. Os mais experientes, ao contrário, não o dispensa, chegando
inclusive a usá-lo de forma criativa, não deixando nenhuma pista ou evidência do emprego
deste recurso, apresentando resultados fantásticos. Para esses, o uso do flash é
imprescindível.
As técnicas apresentadas são válidas, tanto para a fotografia analógica, como para a fotografia
digital.
FLASH COMO LUZ PRINCIPAL

Flash como luz principal é quando a luz do flash é a principal fonte de iluminação; interiores mal
iluminando, noite, etc. A exposição para esta luz é bastante simples; o TTL calcula a exposição
tendo em conta a luz refletida pelo objeto.

FLASH DE PREENCHIMENTO

Também conhecido como Fill Flash é quando a luz do flash preenche as deficiências da luz
principal. O flash de enchimento usa-se para "encher" as sombras provenientes da luz natural.
Esse recurso é muito útil em dias ensolarados. O que pode acontecer nesses dias de sol forte,
é o motivo a ser fotografado estar na sombra ou em contra-luz e são nessas situações que o
uso do flash é bastante útil. É simples. Para iluminar as áreas sombreadas, dando um efeito
natural, é bom usar o flash em potência baixa e com 1 ou 2 pontos a menos.
Em dias nublados o uso do flash dá maior saturação às cores, valorizando mais a cena. Nas
câmeras eletrônicas, basta colocar a máquina no modo automático total “P”, assim a luz natural
e a luz do flash são equilibradas sem superexpor.

Exemplos de fotos cuja sombra prejudicou o assunto principal e o fundo ficou muito claro

1/500 segundos; F4,8; ISO: 80; 13,8 mm; Uso do Flash: Modo Automático (não disparado)

1/1000 segundos; F4,8; ISO: 80; 20,4 mm; Uso do Flash: Não

Exemplos de foto com flash de preenchimento


1/250 segundos; F4,8; ISO: 80; 22,9 mm; Uso do Flash: Sim

1/250 segundos; F4,8; ISO: 80; 22,9 mm; Uso do Flash: Sim

OLHOS VERMELHOS

Outro preconceito quanto ao uso do Flash é a produção de imagens com olhos vermelhos.
Quando a luz do Flash atinge diretamente a pupila, normalmente as pessoas se encontram em
local escuro. Nessas condições, a pupila está dilatada pela acomodação visual, fazendo com
que a luz do Flash incida diretamente na retina reflctindo parte do sangue que ali se encontra.
Dessa forma, o aparecimento dos olhos vermelhos nada mais é do que a reflexão da própria
retina provocada pela dilatação da pupila em ambientes com deficiência de iluminação.
Aprenda como evitá-los.
1. Use o flash lateralmente, com cabo de sincronismo, isso vai mudar o ângulo de incidência de
luz. (em caso de flash externo)
2. Peça a pessoa que não olhe diretamente para a câmara.
3. Use iluminação rebatida em teto ou superfície branca.
4. Acenda mais luzes no ambiente. Com isso a pupila vai se contrair, diminuindo a intensidade
do reflexo avermelhado.

Praticamente todas as câmeras digitais hoje já vêm com o recurso especial para eliminar o
"olho vermelho". Algumas consistem em promover dois disparos do Flash (ou mais), no
momento em que o obturador é acionado. O primeiro, rapidíssimo, com menor carga, ocorre
antes da exposição. Esse disparo tem um "timing" perfeito para que ocorra a contração da
pupila, que normalmente está bem dilatada pela falta de iluminação ambiental.

No instante exato da contração máxima, a foto é realizada pelo segundo disparo do flash, o que
torna quase impossível conseguir um ângulo que incida no fundo do olho, e reflita na direção
do filme (bom na prática é assim, mas muitas câmeras apesar de ter o recurso, este não
funciona muito bem).

4.FLASH EXTERNO

Frontal
O uso mais convencional do flash eletrônico é o do flash direto, acoplado à sapata da câmera,
e apontado frontalmente para o tema. Por outro lado, esta posição normalmente produz
sombras indesejáveis, brilho excessivo na pele, e basicamente uma luz dura, clareando o
assunto além do ponto desejado e ausência de meios tons. Entretanto há vários meios de
controlar este “efeito de artificialidade” produzido pelo Flash:

1. Eliminação de Sombras: Afaste o assunto a ser fotografado mais ou menos 1.5 m do fundo,
para que a sombra projetada pelo Flash não fique marcada atrás do corpo da pessoa. Essa
simples providência vai melhorar suas fotos.
Caso tenha um fio ou cabo de extensão, procure iluminá-lo lateralmente, ou por cima, para que
a sombra não incida diretamente no fundo. Use um rebatedor branco de cartolina, isopor ou
papel alumínio para minimizar sombras do rosto e no fundo.
Se o espaço não permitir que você proceda dessas maneiras, procure fotografar o assunto com
fundo escuro, o qual absorverá a maior parte das sombras projetadas pela luz do flash.
2. Flash Rebatido: muitos profissionais dirigem o facho de luz do flash para o teto, parede,
muito dura. Seus resultados são: luz difusa, homogênea e sombras suaves que não aparecem
no fundo. Pode ser utilizado tanto em modo manual, automático ou TTL.

Uma das formas recomendadas de utilização do flash é a de rebatê-lo contra uma superfície
branca (muitas vezes no teto ou em paredes lateral), no intuito de distribuir e difundir sua luz,
simulando a luz natural interior.

Exemplo de foto com flash incorporado na máquina e com flash externo rebatido no teto

1/40 segundos; F3,2; ISO: 100; 9,0 mm; Uso do Flash: Sim

1/160 segundos; F3,2; ISO:; 80;: 7,0 mm; Uso do Flash: Externo

1/60 segundos; F4,0; ISO: 80; 14,7 mm; Uso do Flash: Sim (controlado a potência) + Flash
Externo

3. Flash Auxiliar (Flash de menor tamanho localizado logo abaixo do flash principal).
Com a difusão da técnica do flash rebatido, surgiu um outro tipo de problema: Quando o ângulo
de incidência da luz rebatida é muito grande (muito parecido com a luz do sol próximo ao meio-
dia), aparecem as clássicas sombras nos olhos, debaixo do nariz e do queixo. Para resolver
esse problema, os fabricantes desenvolveram o flash auxiliar.

É um pequeno flash que fica em posição fixa frontal, e que sempre fornece uma iluminação
complementar ao flash principal para somente iluminar as regiões sombreadas pelo mesmo.

FLASH COM CONTROLE MANUAL DE POTÊNCIA

Alguns modelos de flash, manual, dedicado ou automático, possuem este recurso, que para
muita gente é o mais prático. Se o seu possui esta facilidade, você mesmo pode controlar o
preenchimento. De acordo com a luz ambiente disponível, o flash indica a distância que você
tem que ficar para fotografar. Depois disso, basta variar a potência do flash dependendo da
razão que deseja: meia potência para a razão 1:2; um quarto de potência para razão 1:4 e
assim pôr diante.

A intenção do flash de preenchimento é de fornecer o equilíbrio entre a luz do flash e a do dia,


mantendo o efeito mais natural possível. Agora é só sair pôr aí experimentando. O resultado é
surpreendente.

1/100 segundos; F4,8; ISO: 100; 22,9 mm; Uso do Flash: Sim (controlando a intensidade)

5.FLASH NA SEGUNDA CORTINA

Quando um obturador de cortinas é disparado, abre-se uma primeira cortina, o fotograma é


exposto à luz, e fecha-se uma segunda cortina. Se, entretanto, a velocidade é muito alta (a
segunda cortina persegue a primeira, deixando apenas um vão estreito entre elas, que "varre"
a extensão do fotograma. O flash dispara quando esse vão mostra apenas uma parte do
fotograma, deixando o restante escuro. Quanto mais alta a velocidade de sincronização que a
câmera é capaz de oferecer, maior sua flexibilidade para compor a luz natural com a luz do
flash. Esse tipo de recurso é muito útil para congelar o movimento no final da exposição.

Foto retirada do livro Digital Photography Hacks

6.FLASH RINGS E MACROFOTOGRAFIA COM FLASH

Como já foi definido anteriormente peguei uma foto na net para mostrar como é esse
“trambolho”mágico.

Ring Flash Konica

Esse equipamento geralmente custa bem caro, mas o efeito é muito legal mesmo.

Imagem retirada do site Macrofotografia.com.br – Exemplo de uso de Ring Flash.

Quer dizer que para tirar uma foto desse tipo só gastando mais dinheiro? Bom em parte sim,
mas com o controle da intensidade do flash (nas máquinas que possuem), abrindo o obturador
no máximo, controlando o EV e diminuindo o ISO é possível tirar fotos parecidas, não que
fiquem do mesmo jeito, mas ajuda a tirar macros noturnas.

1/60 segundos; F8,0; ISO: 80; 15,4 mm; Uso do Flash: Sim

1/45 segundos; F8,0; ISO 80; 11,5 mm; Uso do Flash: Sim

1/0 segundos; F8,0; ISO: 80; 16,3 mm; Uso do Flash: Sim – Auxílio de Fotocélula

7. DICAS GERAIS

Reflexos - Preste atenção quando houver fundos brilhantes ou óculos na cena, pois produzirão
brilhos desagradáveis quando o flash estiver apontando diretamente para eles. Coloque-se em
ângulo quando fotografar com fundos tais como: espelho, vidraças ou revestimentos brilhantes.
Peça `as pessoas com óculos para virar um pouco a cabeça ou tirar os óculos.

Reflexos vermelhos - Os olhos de algumas pessoas (e dos animais) podem refletir a luz do
flash com um brilho vermelho. Para evitar este reflexo interno do olho, acenda todas as luzes
do aposento - a maior luminosidade ajudará a diminuir o tamanho da pupila. Além disso, se for
possível, aumente a distância entre o flash e a objetiva da câmara. Em algumas câmaras é
possível usar um extensor para o flash. Finalmente, afaste-se, nos limites permitidos pelo flash,
para que os reflexos fiquem menos intensos.

Faixa de distâncias - Com câmaras simples, fotografe dentro dos limites de distância
recomendados pela câmara, tipo de flash e filme. Com outras câmaras, a faixa de distâncias
para expor corretamente é determinada pela sensibilidade do filme, diafragma e,
eventualmente, pelo modo de operação do flash.

Primeiro plano superexposto - Qualquer pessoa ou objeto que estiver mais próximo que o limite
da faixa do flash ficará superexposto e muito claro na fotografia. Componha a cena de modo
que o motivo principal esteja mais próximo que todas as outras coisas, mas dentro do limite de
distâncias do flash.
Grupos - Pessoas que estejam a diferentes distâncias da câmara recebem diferentes
quantidades da luz do flash - algumas ficam muito claras, outras muito escuras. Procure fazer
com que todas as pessoas estejam aproximadamente à mesma distância do flash.

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