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O Projeto Jari
São Paulo
2019
I - Introdução
Iniciado nos anos 1960 na região do Rio Jari, nas divisas entres os
estados do Pará e Amapá, com o objetivo de criar um polo agroindustrial para a
produção de arroz e celulose nas regiões de Monte Dourado e Almerim, o projeto
Jari se manifesta como um dos empreendimentos fracassados da região
amazônica, em estreita relação com a estrada de ferro Madeira Mamoré, a
cidade de Fordilândia, para a produção de seringueiras; a Transamazônica entre
outros tantos.
Do ponto de vista legal, é possível notar uma série de conflitos de
interesse que vão da legitimação dos títulos da Jari, em contraste com a grilagem
das terras pertencentes ao Estado e o direito à propriedade privada. Por outra
perspectiva, tem-se o disputa em torno de desenvolvimento econômico em
confronto com direitos coletivos e difusos, basta identificar o desenvolvimento
desordenado da região industrial, com surgimento de regiões periféricas que não
oferecem estrutura e boas condições de vida aos cidadãos, o próprio fato de
estar situada em um região tradicionalmente pertencente a grupos tradicionais,
bem como a exploração florestal, os rejeitos no manejo da celulose e a
degradação do meio ambiente.
Para examinar tais perspectivas, é útil considerar o desenvolvimento
histórico da região que viria a ser identificada com o Projeto Jari, considerando-
se alguns marcos históricos a título de fio condutor, a saber, a fase do Coronel
José Júlio como primeiro desbravador da região, a segunda fase sendo a da
venda aos portugueses, a terceira fase, propriamente do Projeto Jari, em que as
áreas são compradas pelo industrial americano Ludwich até o processo de
derrocada da projeto e as desapropriações das terras.
V - Conclusão