Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Analise de Discurso PDF
Analise de Discurso PDF
ALESSANDRO ZADINELLO
MARCIA CRISTINA HERNÁNDEZ BRIONES
RICARDO RAMOS CARNEIRO DA CUNHA
ANÁLISE DE DISCURSO
Porto Alegre
2013
1
INTRODUÇÃO
O DISCURSO
Maingueneau (2005, p. 15), por sua vez, acredita que se trata de uma
dispersão de textos cujo modo de inscrição histórica permite definir como um espaço
de regularidades enunciativas”. Já Foucault (2005, p. 133) diz que o discurso é um
conjunto de enunciados que se apoiam numa formação discursiva e “é constituído
de um numero limitado de enunciados para os quais podemos definir um conjunto de
condições de existência”.
em relação aos outros discursos” (1996, p. 83) e conclui afirmando que o discurso “é
o lugar onde se pode observar a relação entre a língua e a ideologia” (2001, p. 17).
OS INDICADORES
Indicadores de Pessoa
A teoria dos atos da fala teve seu início com os trabalhos do filósofo inglês,
John Langshaw Austin e foi levada adiante por John Roger Searle. Austin trabalhou
nesta perspectiva e suas teses e se encontram, principalmente, nos textos “Other
Minds” (1946), “Word and Deads” e “How to do Things with Words” e versam sobre
os usos da linguagem, sobre interpretação de questões, exclamações, comandos,
ou seja, enunciados que não são unicamente descritivos. Segundo o filósofo J. L.
Austin, a elocução de uma determinada frase não serve apenas para descrever um
estado de coisas, mas também para realizar uma intenção. Assim, às ações
realizadas por um locutor através de um enunciado, visando intencionalmente obter
algo do alocutário, de o nome de atos da fala. Percebendo que os enunciados
desempenham diferentes funções na interação verbal e partindo do princípio de que
dizer pode significar fazer, foi o primeiro teorizador dos atos de fala.
A partir desse estudo se percebe que nos atos da fala, o sujeito interage com
o locutor por meio de proposições linguísticas e sociais. Na verdade o sujeito
apropria-se da linguagem para ordenar, explicar e pedir. São três os tipos de atos:
locutório, ilocutório e perlocutório.
Assim, a linguagem é, por si própria, ação, já que ela faz ou faz fazer, seja
expressando de forma direta (“Feche a porta”) ou indireta (“Está fazendo frio”). Deste
ponto de vista surgiu a teoria dos "atos de fala", promovida por Austin e Searle, que
estavam convencidos de que “uma teoria da linguagem é uma parte de uma teoria
da ação”. Observaremos aqui que a relação entre a linguagem e a ação é uma
relação de fusão de uma na outra: não há, nesta perspectiva, combinação entre
ação e linguagem, mas integração da ação na linguagem.
7
Nessa fase, o trabalho de Marandin (1979) aponta para uma nova maneira de
trabalhar em análise do discurso. A primeira contribuição desse trabalho diz respeito
ao deslocamento da noção de formação discursiva como elemento das formações
ideológicas, integrada à teoria do discurso, para o campo onde Foucault havia
formulado: o campo de saberes discursivos. Tal retorno permitiu a reorientação da
análise para a singularidade do acontecimento discursivo.
paradoxo que atinge o gesto ou uma imagem vem provocar a ausência de toda a
fala. Sendo assim, as questões em torno do real da língua, da história e do
inconsciente, indicam que apontam uma nova maneira de trabalhar as questões das
materialidades discursivas que se encontram no espaço de reconfiguração. Essa
reconfiguração é característica de um quadro teórico onde “a ruptura é sempre lugar
de recobrimentos”.
10
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base no que vimos nesse artigo, a análise de discurso propõe o estudo
de um texto, não somente pelo aspecto linguístico, mas considerando também as
condições sócio históricas de produção. A partir do uso dessa técnica o desafio é
realizar uma leitura crítica e reflexiva que não reduza o discurso a analises de
aspectos puramente linguísticos nem o dissolvam num trabalho histórico sobre a
ideologia.
REFERÊNCIAS
CHARAUDEAU, Patrick. Discurso das Mídias. São Paulo: Editora Contexto, 2009.
FOUCAULT, Michel. A Ordem do Discurso. Trad. Laura Sampaio. 15. ed. São
Paulo: Loyola, 2007.