Você está na página 1de 2

Aula de 07 de abril de 2.022.

Sobre a última aula...


No livro de Colling Wood, ideias está descrita sobre a palavra conhecimento.

TIMEU
A atividade filosófica é indissociável do ócio.
A grande reflexão de Platão em Timeu, especialmente em Plotino, é o tempo com a
eternidade, o tempo com a mutabilidade. O texto apresenta a constituição da alma e do corpo
e Platão menciona sobre a ordem do mundo, mostrando que os princípios desta ordem regem
também o homem. Exatamente por isso, Platão se propõe a investigar a origem do universo,
as causas de sua harmonia que também são aplicadas ao homem: da mesma maneira que o
universo se mostra harmônico, o corpo também deve ser harmônico na medida em que a alma
rege o corpo. No prelúdio, do texto (parágrafo 27ª), Platão expõe o problema que ele quer
discutir no texto. Ele expõe por exemplo a construção do mundo (parágrafo 27c). nessa
construção, Platão juntou num só movimento dialético, o tempo e a eternidade, os mortais e
os imortais, imanência e transcendência, semelhante a Heráclito no movimento dialético.
Nesse movimento eterno de tudo, a inteligência precisa encontrar algo
estável/permanente, caso contrário, entende o texto, não haveria de existir verdade, justiça e
bem, elas existem porque há algo de estável, não mutável, que Platão procura encontrar.
Então, para Platão, o tempo é mutável ou imutável? É mutável. Se o tempo é mutável, o é
porque é imperfeito, uma vez que o princípio de mudança, em Platão, sugere imperfeição, já a
eternidade não, porque ela se assemelha a Deus, ela é imutável.
Como os princípios de verdade, [...], eles devem, portanto, pertencer a outro mundo,
ao mundo superior, onde existe os protótipos do divino Bem [...] (voltar). O mundo material é
cópia do mundo das ideias. Sendo assim, o mundo da sensação/físico, é apenas um reflexo,
uma imagem, uma cópia, do mundo ideal, do mundo das ideias. O que é o tempo, então,
senão uma cópia da eternidade? Ele é assim porque é mutável, é um fluir constante.
No parágrafo 27b, Platão formula a concepção de mundo. Ao formular a concepção de
mundo, estabeleceu a concepção ontológica do que devém, estabeleceu, portanto, a diferença
do que pertence ao mundo inteligível e ao sensível. “O que é, é aquilo que é, é sempre [...], e
não devém”. Então ele pergunta “o que é aquilo que é sempre não devém, e o que é aquilo que
devém sem nunca ser?”. Um pode ser apreendido pelo pensamento, pois é imutável, o outro,
segundo, é apenas objeto da opinião, acompanhada de uma irracionalidade dos sentidos: “e
porque devém e se corrompe não pode ser nunca” – retoma a ideia de Parmênides: o ser é ou
o ser não é -, “aquilo que está [...] (28 a). O tempo é imperfeito, portanto, o tempo existe
apenas nas coisas que se move. O tempo não existe na eternidade, se o existisse, deveria
existir um antes, um agora e um depois. Naquilo que há transição/movimento/mudança, há,
portanto, imperfeição. Porque se se movesse, seria imperfeito. A ordem do movimento
pensado por Platão, está na geração e na corrupção da coisa, se movem porque se corrompem.
O que me é lícito fazer com o tempo que tenho?
Platão ao perguntar o sentido do indivíduo [...] (voltar). O mundo sensível que
vivemos é o mundo do vir a ser, do movimento, ele não é o ser absoluto/divino. Esse mundo
tem ser, tem existência por derivação ou participação da vontade do Ser supremo. Como
existimos por participação, estamos sujeitos à corrupção, ao movimento. Mas, esse mundo
ordenado, calculado, segundo números/proporções, pressupõe a existência de um artífice, a
quem Platão chamou de Demiurgo. Demiurgo é aquele que produz o cosmos (28c3),
“dissemos também que o que devém é inevitável [...], porém descobrir o Criador do mundo é
impossível [...]”.

Você também pode gostar