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Aula de 24 de março de 2.022.

O PROBLEMA DO TEMPO
Ler Karl Lowith e Paul Ricoeur (tempo e narrativa).

A partir da filosofia da história, se discute a compreensão histórica do sentido de história:


como que o sentido de história foi construído.

A JUSTIFICATIVA DA LEITURA HISTÓRICA


Ela se inicia com a teologia hebraica e cristã e se realiza nos modernos. Tem-se a
história com a história na Revelação e a história como resultado da ação humana.
Três aspectos fundamentais (necessidades):
- questão didática: tais concepções sugerem que as concepções são alheias à geração
moderna, porque ela substituiu a fé pelo progresso, portanto, os modernos apresentam uma
ruptura didática entre a fé e o progresso. Uma coisa é o que os deuses revelam ao homem.
Deus se revela no decurso da história. Como que Deus se revela na história? Da criação do
mundo para o homem, da criação do homem para o mundo e [...] (voltar aos 15 minutos de
aula). Com Adão e Eva, surgiu o problema do Livre Arbítrio. O homem passsa a ser sujeito do
seu próprio destino, sobretudo com o Mito de Pandora. Dor e prazer se coadunam. Tem-se
uma relação tempestuosa entre a vontade do homem e dos deuses na história grega e entre o
homem e Deus na história Cristã.
O homem passa a sentir saudade do passado. O passado passa a ser constante no
presente da história.
Qual a função do teólogo? Tem a função de interpretar os sinais enviados. Interpretar
significa extrair de dentro para fora, tirando o que está escondido para a luz.
No processo de... (25 minutos de aula).
A teologia é uma ciência que procura entender a providência Divina, ou seja, como
Deus age no tempo.
Na história não existe ação que não traga consigo consequências. As consequências
podem ser antevistas, antecipadas. Não que se vá antecipar o futuro, mas se pode elaborar um
modelo que trace hipóteses.
Retomar o Didascalicon.
O segundo aspecto/justificação é a abordagem histórica e suas interpretações são
regressivas. Tem por objetivo outras épocas diferentes das nossas, porque a abordagem é um
reencontro e uma redescoberta. O passado é uma dimensão indissociável/inerente da
existência humana. O passado dá um vinculo de pertencimento ao homem à uma nação., um
bairro, etc.
O terceiro(fui ao banheiro e perdi o início da fala sobre o terceiro aspecto).
Três aspectos fundamentais:
1- Problema didático = as fases iniciais da concepção de história é alheia a
geração moderna., justamente por substituir a fé pelo progresso. (houve então uma ruptura
didática com a substituição da fé pelo progresso).
O homem está interessado mais em saber do progresso da vida na história, do que a
fé que perpassa pela história.

A vontade do homem e a vontade de Deus = para estabelecer um ponto de unidade e


harmonia, Deus revela sinais no decorrer da história.
Existe um relação constante na história entre o passado e o presente. (a exemplo
disso basta ver as alianças que Deus faz com a humanidade) – o ser humano passa ter
saudades do passado.

Na história da revelação, os teólogos têm a missão de interpretar os sinais na história


para a vida.
Na história, não existe ação que não traga consigo consequências.

2- A abordagem histórica = é regressiva, é reencontro e redescoberta. O passado


nos dá um vínculo de pertencimento.
3- Regresso metódico = a volta ao passado é uma volta metodológica e que se
justifica por três razões:
1 – Estamos nos fim da era moderna.
2- é necessário recuperar as fontes para análise da marcha progressiva da história
(fontes: cristãs ou pagãs).
3-Experiencia do sofrimento e do mal (sentido da interpretação do sofrimento e do
mal.) Ex: Davi lamenta o sentimento da culpa (Sl 50), O profeta lamenta ...
Paul Riacoeur escreveu um livro chamado “O mal, um problema teológico...” é um
resumo da obra “A simbólica do mal”. Destaca-se o problema do mal e do sofrimento: este é
o sentido da experiência história, da interpretação histórica, da experiência do bem e do mal.
Paul trabalha o sentido de culpa e lamentação nessa obra. Isso não é só um problema
teológico. Walter Beanjamin entende que a história tem a função de vasculhar os escombros
do passado para fazer emergir a voz dos que foram negados [...]. Reginaldo deu exemplo
desse último autor sobre o anjo de cabeça para trás.
O progresso acontece a partir da negação do passado. O progresso deixa para trás as
suas tragédias.
A história ao tratar do progresso, tem que, necessariamente, pensar no seu elemento
contrário: a tragédia.

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