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Diário de Bordo
5 de maio de 2023
Silva 2
Resumo:
Neste diário de bordo, procuro contrastar a grande questão acerca do fim da História
entre Immanuel Kant e Francis Fukuyama. Primeiro, exploro o nascimento da Filosofia da
História e a categoria de progresso em Blaise Pascal, Issak Iselin e Anne Robert Jacques
Turgot, com o intuito de construir e fundamentar um contexto para a Filosofia da História de
Kant. Segundo, destaco os aspetos mais relevantes desta Filosofia da História, agrupando-os
sob as ideias de progresso, de plano oculto da natureza e de cosmopolitismo, cuja ordem serve
de fio condutor para a sua ideia da Paz Perpétua como fim da História. Terceiro, procuro objetar
a ideia do fim da História de Fukuyama, expondo a sua tese e apontando as suas fragilidades e
contradições não-pensadas, sustentando as objeções com ideias de Kant. Por fim, argumento
em prol de uma visão de conjunto do estado do planeta, de forma a compreender-se o presente
e pensar as possibilidades futuras da História humana.
Índice:
Bibliografia ............................................................................................................................. 17
Silva 3
2. O Progresso Racional
1
Soromenho-Marques, slide 5.
2
Pascal 232.
Silva 5
no presente e futuro. Esta conceção de progresso ecoa no texto de Iselin, cuja ideia de
progressão da humanidade, desde a simplicidade até um maior grau de luz e prosperidade,
resultou das suas investigações sobre a História da humanidade3. O seu trabalho reflete a
importância da aprendizagem segundo os erros e sucessos do passado, e a utilização deste
conhecimento para criar um futuro melhor. Tanto Pascal como Iselin entendem que o progresso
se desenvolve com base no conhecimento e experiência daqueles que vieram antes de nós.
Turgot sugere ainda que o progresso envolve uma rejeição da superstição e adoção do
conhecimento empírico e do método científico, visto o progresso da História natural e da
ciência ter sido dificultado por essa superstição e dependência em explicações mitológicas –
algo rejeitado por filósofos que procuraram explicar fenómenos através de conceitos abstratos,
como essências e faculdades. Turgot propôs que a rejeição da superstição fora um percursor
necessário para o progresso, mas que o verdadeiro apenas foi alcançado quando os homens
começaram a observar as ações mecânicas dos corpos e a desenvolver hipóteses que poderiam
ser testadas segundo a matemática e a experiência5. Esta visão destaca a importância do
pensamento alicerçado em provas e da investigação científica na orientação do progresso e no
avanço da nossa compreensão do mundo que nos rodeia. A importância do método científico é
também evidente no trabalho de Iselin, onde frisa a necessidade de investigação rigorosa e de
provas empíricas para a compreensão da História da humanidade.
3
Iselin XXXV.
4
Turgot 323-4.
5
Turgot 294.
Silva 6
ângulos. Em última análise, assemelha-se mais a uma viagem do que a um destino – uma ideia
crucial no pensamento de Kant que analisarei de seguida.
O conceito de razão em Kant é crucial para entender a sua filosofia da História. Sendo
a razão o princípio orientador da ação, ela prescreve-nos a lei moral, que deve ser sempre
respeitada por indicar o que devemos fazer9 – o imperativo categórico. “Age como se a máxima
da tua acção se devesse tornar, pela tua vontade, em lei universal da natureza”10 não violando
a liberdade e autonomia, visto que seguir um “bem” é subjetivo – deve-se agir de acordo com
a boa vontade, pois é pura e incondicionada como a razão11. O Reino dos Fins seria um cenário
onde este imperativo se torna uma máxima universal12, porque todos seriam respeitados e
usados como fins e nunca como meios. Apesar de Kant perceber e aceitar que tal nunca
acontecerá, deve-se obrigatoriamente continuar a usar este imperativo como orientador da
razão, que Kant usa para refletir sobre a experiência coletiva e socialização do indivíduo.
6
André 11.
7
Weyand 8.
8
Kant, Ak VIII 468.
9
Kant, Fundamentação 30-31, 46.
10
Kant, Fundamentação 59.
11
Kant, Fundamentação 46.
12
Kant, Fundamentação 75.
13
Phönix der Natur. Kant, Theorie des Himmels, Ak., I 321.
14
Kant, Versuch den Begriff, Ak., II 171.
Silva 7
15
Kant, Der Einzing, Ak., II 117.
16
Kant, Reflexion, Ak., XV 615, 621, 636, 890.
17
Kant, Critique 257-58.
18
Kant, Ideia de uma História Universal 21.
19
Kant, Ideia de uma História Universal 24.
20
Kant, Ideia de uma História Universal 22.
21
Kant, Critique 261.
22
Kant, Ideia de uma História Universal 32.
Silva 8
decurso tem um plano que talvez a guie graças ao modo como concebeu ou Homem –
obrigando-o a desenvolver-se de forma a resolver o problema do seu conflito interno23.
Consentir que o indivíduo não possui liberdade de escolha, por se aceitar um curso da
História e um plano da natureza, é antagónico à preservação da liberdade do indivíduo que
Kant defende. Este tentou reconciliar a vontade da natureza com essa liberdade, admitindo que
a primeira cria as condições ideais e o local onde o Homem deve tem de chegar – deixando o
indivíduo livre para realizar o percurso como quiser e ao passo que quiser, sendo efetivamente
livre, mesmo enquadrado num plano natural24. O local onde o Homem deve chegar não existe
garantidamente, até porque esse fim culmina numa sociedade perfeita e harmoniosa, que não é
possível devido à necessidade de conflito que a natureza tem. O fim do conflito depende de
uma reinvenção do Homem, cuja capacidade para tal não possui, mesmo que tenha de tentar
sempre – deve percorrer o caminho para este grande objetivo da paz e resolução da sua natureza
conflituosa, evoluindo para o mais próximo disso que consiga. Salientando que a desmotivação
de um indivíduo não importa à natureza, nem cessa com a necessidade de resolução do
problema – a razão do indivíduo pesa nele mesmo para relembrá-lo que deve continuar a tentar.
A História e a sua importância dão-se no percurso até ao objetivo da Paz Perpétua.
23
Kant, Ideia de uma História Universal 19-20.
24
Kant, A Paz Perpétua 154-57.
25
Kant, A Paz Perpétua 139.
Silva 9
modelo é uma adequação da política à razão, cuja pureza torna as ações morais de acordo com
o dever, materializando-as nas leis; caminhando para a paz através do imperativo categórico,
que promove uma melhor resolução de conflitos e escolhas26. Salientando que cada Estado
deve caminhar em direção a uma república pura, apesar inalcançável – quanto mais próxima,
melhor.
Contudo, “[o] problema da instituição de uma constituição civil perfeita depende ... do
problema de uma relação externa legal entre os Estados e não pode resolver-se sem esta
última”27. A insociabilidade que obriga o Homem a entrar numa sociedade, é a mesma que
força os Estados a ingressar numa liga de povos, onde cada um possui direitos e segurança28.
Assim, a existência de uma federação da paz torna-se condição seguinte, sendo a extensão do
republicanismo e do seu ideal – criando-se um espírito de cooperação internacional, onde a paz
se concretiza num plano global. A razão obriga os Estados a cessar a guerra através de leis
pública coativas, e da formação de um estado de povos29 que englobaria todos os povos da
Terra30.
Os homens estão condenados ao mútuo entendimento, não por serem benevolentes entre
si, mas porque à falta desse compromisso sobra apenas a guerra de todos contra todos,
destruindo-se o género humano no processo31. Desta forma, Kant concebe um direito
cosmopolita correspondente à criação de uma real paz mundial – onde se limita às condições
da hospitalidade universal32. A História não passa de uma descrição deste progresso da
humanidade com vista à coexistência fraterna e universal – o federalismo é apenas a primeira
etapa desta paz entre Estados, pois o propósito da natureza é o nascimento de uma cidadania
cosmopolita. É do conflito interno do Homem que se constrói toda uma ordem política e social
sustentável e universal33.
Esta dialética inevitável não está isenta de adversidades, nem aspira a uma solução
definitiva, pois esta é impossível – nada consegue eliminar a natureza humana34, pelo que “a
26
Kant, A Metafísica dos Costumes 186.
27
Kant, Ideia de Uma História Universal 28.
28
Kant, Ideia de Uma História Universal 28-29.
29
Estado de povos refere-se a uma certa correlação e coabitação dos povos, unidos, mas independentes entre si.
30
Kant, A Paz Perpétua 147.
31
André 17.
32
Kant, A Paz Perpétua 148.
33
Kant, Sobre a Expressão Corrente 106.
34
Kant, Ideia de uma História Universal 28.
Silva 10
paz perpétua ... é, obviamente, uma ideia irrealizável”35. Contudo, esta impossibilidade não
cessa o caminho para a paz perpétua, visto compelir ao Homem a procura de um entendimento
possível validado pela razão, levando à conceção de um progresso com uma positiva finalidade.
Para Kant, saber se a paz perpétua é real ou sem sentido não importa, pois se devemos agir
segundo a o imperativo da razão, devemos agir como se ela fosse possível; uma vez que, para
tal, a razão leva ao republicanismo, que por sua vez, resultará inevitavelmente nesta paz
eterna36.
Apesar de Kant não apresentar uma tese declaradamente sobre o “Fim da História” à
semelhança de Francis Fukuyama, é possível interpretar esse conceito na sua filosofia da
História e, em parte, política. À primeira vista, parece existir um ponto comum entre os
filósofos – a ideia de um modelo político como fim. Não obstante, o modelo que Kant considera
afasta-se totalmente das conceções contemporâneas sobre regimes políticos: enquanto o
republicanismo deriva da razão, tendo esse nome por ser o mais próximo e fiel a esta, a
democracia liberal de Fukuyama é estática e com diversas contradições. Desta forma, analisarei
de seguida as fragilidades da sua tese e algumas contradições ausentes, procurando algumas
respostas que Kant já poderia ter.
O fim da 2ª Guerra Mundial, que viu cair os regimes fascista e nazi, seguiu-se de uma
guerra fria, que opôs os Estados Unidos da América, país liberal e capitalista, à União
Soviética, país autoritário com ideais comunistas. Avançando até à data de publicação do
artigo, 1989, Fukuyama informa que o ano anterior viu uma inundação de artigos a comemorar
o fim da guerra fria38 – o que, oficial e formalmente, aconteceu mais tarde nesse ano, em
dezembro, quando os presidentes de ambas nações, George H.W. Bush e Gorbachev
35
Kant, A Metafísica dos Costumes 238.
36
Kant, A Metafísica dos Costumes 244.
37
Fukuyama 1.
38
Fukuyama 1.
Silva 11
Embora a União Soviética tenha colapsado, ainda existem países que aderem aos
princípios socialistas ou comunistas, contrariando o suposto fim do conflito ideológico: Cuba
e Coreia do Norte continuam Estados isolados regidos por ideais comunistas; a China, além de
manter um sistema político unipartidário dificilmente democrático, abraçou o capitalismo e
tornou-se uma potência económica com uma crescente influência global. Desta forma, a noção
de inevitabilidade e prevalecimento sobre outros sistemas políticos do liberalismo, é desafiada
– a História não acabou, porque existe ainda concorrência ideológica e política. O liberalismo
como fim da História39, segundo Huntington, está longe de ser universalmente aceite:
39
Fukuyama 3.
40
217.
41
Fukuyama 3.
42
Fukuyama 3.
43
20-21.
Silva 12
A igualdade e liberdade política são dois pilares fundamentais das democracias liberais,
esperando-se uma igual participação política44 e liberdade total na sua decisão. Mas esta
igualdade apenas se realiza garantindo-se condições favoráveis, tanto mentais como materiais,
sendo a ausência das últimas a origem de alguns problemas – o neoliberalismo agrava a falta
de igualdade neste aspeto. Para exercer a condição de cidadão, é preciso dispor de um certo
conjunto de bens que o permitam – o capital é um deles, visto permitir, na teoria, uma vida
minimamente assegurada, que gera preocupação e vontade de participação política. Contudo,
esse recurso provém do trabalho, na maioria dos casos, tornando-se problemático quando, por
conta do neoliberalismo, as pessoas precisam de trabalhar cada vez mais e em turnos cada vez
maiores para se sustentarem; e mesmo empregadas, muitas vivem aflita em precárias condições
de vida. É inconcebível exercer a condição de cidadão, quando a maior preocupação é especular
a possibilidade de, não só conseguir alimentar-se no dia seguinte, como também não ficar sem
teto. Parece-me contraditório afirmar a democracia liberal como fim da História, quando os
seus integrantes não possuem as mesmas condições necessárias ao exercício da democracia –
tem de existir uma primazia dos direitos humanos. Para Kant, os direitos dos homens são
sagrados, independentemente dos sacrifícios, e não podem ser postos em causa45.
O aumento dos turnos e os baixos salários, também têm tornado as pessoas amorfas e
indiferentes à ação política e governamental – não querem despender o seu pouco tempo de
vida privada em questões de participação pública. E às ainda interessadas, a concentração de
riqueza e poder, em certos indivíduos e empresas, causou a sensação de privação de direitos,
sentindo que não são ouvidas e acreditando que no sistema armado contra elas. Nos EUA, 68%
da riqueza é detida por 10% dos principais contribuintes46, que apoiam e financiam a maioria
das campanhas políticas – não sendo o exercício da democracia igual para todos, devido à
extrema importância do poder económico, o que Rousseau já anunciara em 1762, afirmando
que mesmo sendo uma igualdade equitativa, “… quanto à riqueza, que nenhum cidadão seja
bastante opulento para comprar outro, nem nenhum tão pobre que seja obrigado a vender-se”47.
Será esta democracia realmente tão democrática? Onde as pessoas se desligam da vida
política, deixando aqueles no poder fazer o que melhor entenderem, porque acreditam serem
44
De notar que esta igualdade se refere a uma participação e importância igual entre todos os cidadãos. Não
tenciono abordar esta questão relativamente às teorias representativas, aos sistemas partidários e sistemas de
governação (centralismo e federalismo).
45
A Paz Perpétua 177.
46
U.S. Wealth Distribution Q4 2022.
47
65.
Silva 13
Como Mounk observa, por todo o mundo, as democracias atravessam atualmente uma
crise de legitimidade, à medida que os cidadãos vão ficando mais desiludidos com o processo
democrático e cada vez mais abertos a alternativas autoritárias48. A propagação da democracia
liberal está longe da inevitabilidade, e o autoritarismo continua uma ameaça significativa – a
eleição de Donald Trump nos EUA, o voto Brexit no Reino Unido e a ascensão de partidos de
extrema-direita na Europa, sugerem que a democracia liberal enfrenta tais desafios. Estes
movimentos apelam frequentemente ao sentimento nostálgico de um falso passado; promovem
políticas baseadas na exclusão e no medo; e minam os fundamentos da democracia liberal,
atacando a imprensa livre, ameaçando o Estado de direito, e promovendo um culto à
personalidade do líder. Estas tendências prometem corroer os ganhos obtidos em termos de
direitos humanos, liberdades civis e governação democrática, levando à erosão das instituições
democráticas, à disseminação de notificas falsas e teorias conspiratórias, e à polarização da
sociedade.
Estes problemas requerem uma ação coletiva e cooperação internacional, que é difícil
de obter num sistema baseado na concorrência e no interesse próprio. As alterações climáticas
são o desafio mais urgente e significativo que a humanidade enfrenta atualmente, não podendo
ser resolvido apenas pelo mercado livre – o consenso neoliberal é insuficiente no combate aos
complexos e urgentes desafios colocados pela crise climática. É preciso assumir um papel mais
proativo na abordagem aos desafios ambientais globais, e na colaboração com outros países
48
1-2.
Silva 14
À medida que o Homem continua impactar o ambiente, uma visão de conjunto para
compreender o presente e pensar no futuro torna-se vital – não se podendo limitar a uma única
ciência especializada, porque as complexas interações entre o Homem e o ambiente precisam
de uma abordagem multidisciplinar. Segundo Os Limites do Crescimento (ainda sem as
alterações climáticas), o Modelo Mundial (1972) possui cinco variáveis fundamentais a reter:
os recursos alimentares (terras e produtividade agrícola); os recursos naturais (matérias-primas)
extraídos anualmente das reservas disponíveis; a produção e a evolução do capital produtivo;
o grau e as consequências da poluição para o ambiente; e a população mundial50.
49
“Carta de Thomas Jefferson a James Madison”, 6 set. 1789. The Works.
50
Meadows.
51
Steffen 2.
52
Rockström 473.
53
The Intergovernmental Panel on Climate Change.
54
17.
Silva 15
Esta conduta cria soluções mais eficazes: o combate às alterações climáticas precisa,
não só de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, como também de construir
estratégias de adaptação aos impactos de um clima em mudança; que se devem ajustar às
necessidades e circunstâncias de diferentes comunidades e ecossistemas, e contar com fatores
sociais, económicos e políticos, que influenciam o comportamento humano. O êxito de uma
combinação de planos, incluindo restaurar habitats, e gerir espécies invasoras e áreas
protegidas, para a perda de biodiversidade, depende de vários fatores, como considerações
ecológicas, sociais e económicas. O sucesso das áreas protegidas resulta de agentes ecológicos,
como a dimensão e lugar da área protegida, e sociais e económicos, como as crenças de
comunidades locais e o acesso a meios de subsistência alternativos, como refere o IPBES55:
“[v]ários estudos destacaram contribuições dos povos indígenas e comunidades locais na
limitação desflorestação...”56.
55
The Intergovernmental Science-Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services.
56
33.
57
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Silva 16
5. Considerações Finais
Este diário de bordo foi sendo trabalhado ao longo do semestre, pelo que fui
respondendo às questões pela ordem do programa. Após já ter escrito sobre Fukuyama e a visão
de conjunto, interessei-me pela matéria acerca da génese da filosofia da História, escolhendo
as três perguntas dessa lição. Contudo, o meu objetivo com este trabalho não consistia numa
mera exposição de perguntas e respostas, à semelhança do que seria um teste – mas sim num
ensaio de reflexão, com um tema central e fio condutor entre todas as questões, como
efetivamente realizei.
A primeira parte deste diário de bordo, desde a génese da filosofia da História até ao
“fim da História” inalcançável de Kant, fez-me refletir bastante acerca do conceito de
progresso, o que nunca tinha pensado muito aprofundadamente. Li e ouvi diversas vezes, frases
como “é preciso saber recuar um passo para avançar dois”, mas nunca parei realmente para
pensar sobre essa questão – o que mudou devido à conceção de Kant. O conceito do plano
oculto da Natureza e toda a explicação ao redor da evolução do género humano, motivaram-
me a estudar mais sobre o assunto e, além disso, pensar sobre como este plano tanto pode ser
fruto de uma entidade superior, como se integrar plenamente na teoria do Big-Bang – uma
prévia destruição que originou toda uma nova criação.
Bibliografia
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Castro Leal, Centro De História Da Universidade De Lisboa, Lisboa, 2015, pp. 11–23.
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& Schuster, 1996.
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doi:10.5281/zenodo.3553579.
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[Equipa de Redação Principal, R.K. Pachauri e L.A. Meyer (eds.)]. IPCC, 2014,
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Outros Opúsculos. Traduzido por Artur Mourão, Edições 70, 2020.
Silva 18
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“sociabilidade insociável” ao esboço de uma dialéctica histórica, lecionado por José
Gomes André, set-dez 2021, FLUL, Lisboa. Slide 6.
---. "Sobre a Expressão Corrente: Isto Pode ser Correto na Teoria, Mas Nada Vale na
Prática”. A Paz Perpetua e Outros Opúsculos. Traduzido por Artur Mourão, Edições
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Meadows, Donella, et al. The Limits to Growth, 1972. Traduzido por Viriato Soromenho-
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Meanings of the Anthropocene, lecionado por Viriato Soromenho-Marques, 27 jan.
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Turgot, Anne. Second discours sur l'histoire des progrès de l'esprit humain. Tradução por
Viriato Soromenho-Marques. A Génese da Filosofia da História. De Pascal a Kant,
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Living in a new Dangerous Planet. Meanings of the Anthropocene, lecionado por
Viriato Soromenho-Marques, 27 jan. 2023, FLUL, Lisboa. Slide 39.