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Muda e não muda: dois mundos

Platão tentou resolver esse dilema. Concluiu que, como afir mava Heráclito, o mundo muda. Mas, ao
mesmo tempo, perma nece o mesmo, como queria Parmênides. Aí você vai perguntar, e com razão:
como é possível alguma coisa mudar e continuar igual? Bem, isso é possível se você afirmar, como fez
Platão, a existência

de dois mundos: o das aparèn- cias e o das ideias, ou essências.

O mundo das aparências, percebido por nossos senti- dos, é uma cópia, um "clone", do mundo
verdadeiro, que é o das ideias ou essências (Platão chamou-o "mundo inteligi- vel", ao qual só temos
acesso pelo intelecto).

E como sair do mundo das aparências, dos sentidos, para conhecer o mundo inteligivel? Pela dialética,
método criado por Platão. Trata-se de um diá- logo entre pessoas que têm opiniões e crenças contrárias
em re- lação a algum assunto. O objetivo da conversa é comparar essas opiniões e crenças - que são
pessoais, avaliá-las, depurá-las e chegar a uma verdade impessoal. Platão acreditava que, desse modo,
era possível conhecer a essência da coisa discutida.

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