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Missão da PMTO: “Assegurar a ordem pública no território tocantinense, através do exercício da polícia ostensiva, buscando a excelência e a parceria

com a comunidade. ”

APOSTILA DE FILOSOFIA - 2º BIMESTRE 2023


Área de Conhecimento: Ciências Humanas
Componente Curricular/Disciplina: Filosofia
Professor: Maximiano Bezerra
Série: 2ª Turma: 23.01 ( ) 23.02 ( ) 2303 ( ) Data: ___/___/_____
Estudante:
Objeto(s) do Conhecimento/Conteúdo:
FILOSOFIA CLÁSSICA
COLÉGIO MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS-XX DUQUE DE CAXIAS

DUALISMO PLATÔNICO

Bipartição da realidade
• a) Mundo Sensível (real): é imperfeito e corruptível

• b) Mundo Inteligível: eterno, perfeito e incorruptível

Dualismo
• É um conceito religioso e filosófico que admite a coexistência de dois princípios necessários.

• Duas posições ou de duas realidades contrárias entre si, como o espírito e matéria, o corpo
e a alma, o bem e o mal, e que estejam um e outro em eterno conflito.

A base do dualismo platônico


É a teoria das ideias, envolve a dualidade entre um mundo das ideias (formas perfeitas) e um
mundo dos sentidos (aparências ilusórias).

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O Dualismo Platônico: A busca pela verdade além do mundo material

O dualismo platônico é uma das teorias filosóficas mais importantes propostas pelo filósofo grego
Platão. Para compreender essa ideia, é necessário entender a visão de Platão sobre a natureza da
realidade.

Platão acreditava que o mundo que percebemos com nossos sentidos é apenas uma sombra ou
uma cópia imperfeita de um mundo ideal e eterno, chamado de mundo das Ideias ou das Formas.
Segundo ele, o mundo material é transitório e está sujeito a mudanças constantes, enquanto o
mundo das Ideias é imutável e perfeito.

O dualismo platônico afirma que existem duas realidades distintas: o mundo sensível e o mundo
inteligível. O mundo sensível é o mundo que percebemos por meio dos nossos sentidos. É um
mundo cheio de objetos concretos, como mesas, cadeiras e árvores, que estão em constante
transformação. Para Platão, esses objetos são apenas cópias imperfeitas das Ideias eternas e
imutáveis que existem no mundo inteligível.

Já o mundo inteligível é o mundo das Ideias. Ele é composto por conceitos abstratos e universais,
como justiça, beleza e bondade. Essas Ideias são perfeitas e imutáveis, sendo as verdadeiras
essências das coisas. Para Platão, a realidade verdadeira está no mundo das Ideias, e o mundo
sensível é apenas um reflexo imperfeito dessa realidade.

Segundo Platão, nós, seres humanos, temos uma alma composta por duas partes: o corpo e a
alma imortal. O corpo é a parte sensível, que está presa ao mundo material e aos sentidos. A alma
imortal é a parte racional, que tem a capacidade de conhecer e compreender as Ideias. Para Platão,
a verdadeira sabedoria consiste em libertar a alma do mundo sensível e direcioná-la para o mundo
inteligível, onde ela pode contemplar as Ideias e alcançar o conhecimento verdadeiro.

A busca pelo conhecimento e pela sabedoria, para Platão, envolve o processo de recordar-se das
Ideias que a alma conhecia antes de nascer. Essa teoria é conhecida como teoria da
reminiscência. Platão acreditava que a alma, antes de encarnar no corpo, tinha contato direto com
as Ideias no mundo inteligível. Ao nascer, a alma esquece-se desse conhecimento, e a filosofia é
o caminho para recordar e alcançar novamente esse conhecimento perdido.

Em resumo, o dualismo platônico é a ideia de que existem duas realidades distintas: o mundo
sensível, composto pelos objetos materiais que percebemos pelos sentidos, e o mundo inteligível,
composto pelas Ideias eternas e perfeitas. Para Platão, o objetivo da filosofia é transcender o
mundo sensível e buscar o conhecimento verdadeiro no mundo inteligível, onde as Ideias são
encontradas. Essa visão influenciou profundamente a filosofia ocidental e continua sendo debatida
e estudada até os dias de hoje.

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Demiurgo

Representação artística do Demiurgo

De acordo com o filósofo grego Platão, o Demiurgo é a entidade responsável pela criação do
mundo. Ele é o artesão divino, um ser supremo que moldou e deu forma ao universo. O termo
"Demiurgo" deriva do grego "demiourgos", que significa "trabalhador" ou "artesão".

Segundo Platão, o Demiurgo utiliza as Ideias, que são perfeitas e eternas, como modelos para a
criação do mundo sensível. As Ideias são os arquétipos ou formas perfeitas das coisas, como a
Ideia de uma mesa ou a Ideia de um cavalo. O Demiurgo, ao observar essas Ideias, as imita e as
replica no mundo material.

De acordo com Platão, o Demiurgo também é responsável pela organização e estruturação do


mundo. Ele utiliza a matéria prima caótica e informe para moldar e dar forma às coisas. Assim, o
Demiurgo traz ordem e harmonia ao universo, estabelecendo leis e princípios que regem seu
funcionamento.

É importante ressaltar que, para Platão, o mundo sensível é apenas uma cópia
imperfeita do mundo das Ideias. Assim, embora o Demiurgo tente replicar as Ideias
perfeitas, o resultado no mundo sensível é sempre inferior e limitado.

Representação da alma humana criada pelo Demiurgo

Em resumo, o Demiurgo é o artesão divino que moldou e deu forma ao mundo sensível,
utilizando as Ideias perfeitas como modelos. Ele é responsável pela criação,

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organização e estruturação do universo. O estudo e a busca pelo conhecimento das
Ideias são fundamentais para a compreensão da realidade.

Teoria da reminiscência
Platão desenvolveu a teoria da reminiscência, segundo a qual nossa alma já possui conhecimento
das Ideias antes de nascer. Aprender, então, seria um processo de recordar-se dessas Ideias
esquecidas. A imagem a seguir retrata essa ideia:

De acordo com essa teoria, a alma humana tem uma parte racional, capaz de alcançar a verdade,
e uma parte irracional, ligada aos desejos e às emoções. O conhecimento verdadeiro está na parte
racional da alma, que busca reconectar-se com as Ideias por meio da filosofia.

Platão acreditava que o filósofo, por meio do diálogo e do questionamento, poderia ajudar as
pessoas a despertar seu conhecimento interior e encontrar a verdade.

A imagem a seguir representa um diálogo filosófico entre Platão e seu aluno, Aristóteles:

Pintura de um diálogo filosófico

Assim, o processo de conhecimento em Platão envolve a saída da caverna das sombras do mundo
sensível, o despertar do conhecimento interior por meio da filosofia e o contato com as Ideias no
mundo das Ideias.

Em resumo, Platão descreveu o processo de conhecimento como uma jornada de libertação da


ignorância e de busca pelas Ideias eternas. A Alegoria da Caverna e a teoria da reminiscência são
representações visuais poderosas desse processo de descoberta da verdade.

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