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Aula 03 PDF
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SUMÁRIO PÁGINA
1. Resolução das questões da Aula 02 1
2. Lógica da Argumentação 23
3. Exercícios Comentados nesta aula 57
4. Exercícios Propostos 61
5. Gabarito 68
Como de costume, vamos começar com a resolução das questões que deixei na
aula passada!
Solução:
A primeira maneira que vem na cabeça para resolver esta questão é ir logo
construindo a tabela verdade. Vamos lá:
Destaquei os termos para mostrar que temos uma condicional. Já sabemos que
uma condicional só será falsa quando o primeiro elemento for verdadeiro e o
segundo elemento for falso (V → F). Assim, basta testar o primeiro elemento
sendo verdadeiro e verificar o comportamento do segundo. Se houver a
possibilidade de ele ser falso, poderemos concluir que a condicional poderá ser
falsa e que a proposição não será uma tautologia.
~((~P) → R) = V
~((~P) → R) = ~P ∧ ~R = V
Para que uma conjunção seja verdadeira, as duas proposições simples devem ser
verdadeiras. Assim, temos que ~P é verdadeiro e ~R também é verdadeiro (ou
seja, tanto P quanto R são falsos).
Por fim, considerando que P e R sejam falsos (para que o primeiro termo da
condicional seja verdadeiro), resta verificar se o segundo termo da condicional
pode ser falso:
~(P ∧ (~Q))
~(F ∧ (~Q))
~(F) = V
Na prova, essa questão acabou sendo anulada, pois havia um erro de impressão
que eu corrigi para que vocês pudessem treinar.
Solução:
Solução:
Nessa questão, como temos apenas duas variáveis (A e B), vamos direto construir
a tabela-verdade:
Solução:
Aqui nós já podemos marcar essa questão como certa. Para quem quiser outra
forma de resolver essa questão, podemos fazer a seguinte análise, que vale para
muitas questões desse tipo:
(~P) ∧ Q: Temos uma conjunção, que só será verdadeira quando (~P) e Q forem
verdadeiras ao mesmo tempo. Assim, resta testar se o (~P) v Q será falsa,
considerando (~P) verdadeira e Q também verdadeira.
Solução:
[(A → B) ∧ (~B)]
Temos aqui uma conjunção, que será falsa sempre que qualquer uma de suas
proposições for falsa. Assim, basta que (A → B) seja falsa ou (~B) seja falsa. Ora,
basta que B seja verdadeira para que (~B) seja falsa. Logo, haverá pelo menos
uma possibilidade na qual a proposição [(A → B) ∧ (~B)] → (~A) será verdadeira, o
que torna o item errado. Só para ilustrar, vou construir a tabela-verdade:
Podemos perceber que temos uma tautologia, que é o oposto do que a questão
está afirmando. Perceba que sempre que B for verdadeira (linhas 1 e 3),
[(A → B) ∧ (~B)] será falsa, como mostramos acima. Item errado!
Solução:
~(p → q) = p ∧ ~q
p → q
se Paulo está entre os 40% dos homens com mais de 30 anos, então Luísa tem
mais de 30 anos
p ∧ ~q
Paulo está entre os 40% dos homens com mais de 30 anos e Luísa não tem mais
de 30 anos
Solução:
A B ~A ~B A∧B ~(A ∧ B) ~A v ~B
V V F F V F F
V F F V F V V
F V V F F V V
F F V V F V V
Solução:
Solução:
Essa questão é bem parecida com esta última que acabamos de resolver. Vamos
começar passando a sentença para a linguagem simbólica:
Reescrevendo, temos:
Solução:
~(A v B) = ~A ∧ ~B
Assim, temos:
Assim,
~A ∧ ~B: Jorge não briga com sua namorada Sílvia e Sílvia não vai ao teatro.
Solução:
Temos, portanto, uma disjunção (A v B). Já sabemos que sua negação é ~A ∧ ~B.
Assim, temos:
~A ∧ ~B: Não havia um caixa eletrônico em frente ao banco e o dinheiro não foi
entregue à mulher de Gavião
Comparando com o enunciado, vemos que a questão está errada já que é dito
que a negação da proposição é equivalente a “Não havia um caixa eletrônico em
frente ao banco ou o dinheiro não foi entregue à mulher de Gavião”. Vejam, a
diferença está no conectivo.
Solução:
Mais uma questão bem parecida com essas últimas que nós acabamos de
resolver. Queremos a negação de “Pedro não sofreu acidente de trabalho ou
Pedro está aposentado”. Passando para a linguagem simbólica, temos:
Solução:
Viram que as questões se repetem bastante? Só mais uma questão desse tipo.
Passando para a linguagem simbólica, temos:
“O cartão de Joana tem final par ou Joana não recebe acima do salário mínimo”
Assim, devemos negar uma disjunção “A v B”. A essa altura já devemos estar
carecas de saber que a negação de “A v B” é dada por “~A ∧ ~B”. Assim, temos:
~A ∧ ~B: O cartão de Joana não tem final par e Joana recebe acima do salário
mínimo
Solução:
Solução:
Acontece que essa tabela-verdade deu um trabalhão. Será que não tem outra
forma de resolver essa questão? Tem sim! Vamos a ela!
A ↔ B = (A → B) ∧ (B → A)
~(A ↔ B) = ~[(A → B) ∧ (B → A)]
Bom, essas são duas maneiras de resolver essa questão. Acho que ainda deu
muito trabalho. Existe, ainda, uma terceira, que às vezes é bem mais simples.
Vamos a ela!
Testando A e B verdadeiros:
~(A ↔ B)
~(V ↔ V)
~(V) = F
Solução:
Resumindo:
Proposição 1:
Proposição 2:
Assim, concluímos que a questão está correta. Só para ilustrar, segue a tabela-
verdade:
Solução:
Aqui só temos duas variáveis, o que indica que a tabela-verdade pode ser a
melhor opção. Vamos desenhá-la?
Solução:
Proposição 1: A → B
Proposição 2: Se o dinheiro não ficou com Gavião, então não havia um caixa
eletrônico em frente ao banco
Proposição 2: ~B → ~A
Solução:
Lembrando a aula passada, vimos que a negação de “existe... que é...” é dada por
“todo... não é...” e a negação de “todo... é...” é dado por “existe... que não é...”.
Assim,
Portanto, a questão está errada, já que afirmar que “Nenhum policial é honesto”
não é o mesmo que afirmar que “Existe policial que não é honesto”. Assim, o
item está errado!
124 - (Banco da Amazônia - 2010 / CESPE) Dizer que “todas as senhas são
números ímpares” é falsa, do ponto de vista lógico, equivale a dizer que
“pelo menos uma das senhas não é um número ímpar”.
Vamos lá:
Solução:
(A ∧ B) v (A ∧ C)
(V ∧ F) v (V ∧ F)
(F) v (F) = F
Solução:
Devemos saber que a negação de uma proposição do tipo “Todo ... é ...”
corresponde a “Existe ... que não é ...”. Assim:
Item correto.
Solução:
p: Houver corrupção.
q: Os níveis de violência crescerão.
p q ~p ~q p→q ~(p → q) p ∧ ~q ~p → ~q
V V F F V F F V
V F F V F V V V
F V V F V F F F
F F V V V F F V
Item errado.
128 - (Polícia Civil/CE - 2012 / CESPE) Considerando que Jorge não seja
pobre, mas pratique atos violentos, é correto afirmar que Jorge é um
contraexemplo para a afirmação: “Todo indivíduo pobre pratica atos
violentos”.
Solução:
Item errado.
Solução:
P: p ↔ (q ∧~r)
Q: ~p ↔ (~q v r)
~[p ↔ (q ∧ ~r)]
~p ↔ (~q v r)
Podemos ver que quando uma proposição é verdadeira, a outra é falsa, e vice-
versa, exatamente o que tínhamos concluído acima, que uma é o oposto da outra,
ou seja, elas são contraditórias. Item errado.
Solução:
~(p ∧ q) = ~p v ~q
Assim, temos:
— Ah, João, aquele que trabalha com o que gosta está sempre de férias.
Solução:
"Se o indivíduo trabalha com o que gosta, então ele está sempre de férias"
p → q: Se o indivíduo trabalha com o que gosta, então ele está sempre de férias
~(p → q) = p ∧ ~q
p ∧ ~q: O indivíduo trabalha com o que gosta e não está sempre de férias
Para ficar no formato da frase original, podemos reescrever esta frase da seguinte
forma:
p ∧ ~q: Aquele trabalha com o que gosta e não está sempre de férias.
Solução:
Solução:
Novamente, podemos perceber que esta frase do enunciado e a frase dita por
Mário expressam a mesma informação, que é "Se o indivíduo trabalha com o que
gosta, então ele está sempre de férias". Item correto.
Achei interessante essas questões da prova do Serpro, para que a gente não fique
bitolado achando que só existe condicional no formato "Se ... então ...".
Solução:
"Se o indivíduo trabalha com o que gosta, então ele está sempre de férias"
"Se o indivíduo estiver sempre de férias, então ele trabalha com o que gosta"
p → q: Se o indivíduo trabalha com o que gosta, então ele está sempre de férias
q → p: Se o indivíduo estiver sempre de férias, então ele trabalha com o que gosta
Solução:
[(P ∧ Q) → R] v R
Temos aqui uma disjunção, que só será falsa se (P ∧ Q) → R for falsa e R também
for falsa ao mesmo tempo. Assim, considerando o R falso, temos:
[(P ∧ Q) → R] v R
[(P ∧ Q) → F] v F
[(P ∧ Q) → R] v R
[(V ∧ V) → F] v F
[(V) → F] v F
[F] v F = F
Item errado.
Solução:
P Q ~Q P → Q (P → Q) v Q ~[(P → Q) v Q] P ∧ (~Q)
V V F V V F F
V F V F F V V
F V F V V F F
F F V V V F F
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2 – Lógica da Argumentação
Considere a proposição:
Você saberia me dizer se essa proposição é verdadeira ou falsa? Bom, para isso,
teríamos que definir o que vem a ser um bom presidente. Podemos avaliar as
conquistas na área econômica, as melhorias na área social, os prêmios
internacionais, a quantidade de escândalos de corrupção, etc. Veja que cada um
desses itens pode ter um peso maior ou menor a depender de quem avalia, pois o
conceito de “bom presidente” é um conceito subjetivo. Para um grupo de pessoas,
essa afirmação é considerada verdadeira, já para outro grupo de pessoas, esta
afirmação é considerada falsa.
Será que podemos avaliar se essa proposição é verdadeira ou falsa? Mais uma
vez seria muito subjetivo, além de não sabermos de que Marcos estamos falando.
Pessoas Legais
Baianos
Marcos
Vejam que você pode até discordar e dizer que nem todo baiano é legal. Tudo
bem, mas, baseado nas informações de que “todo baiano é legal” é uma premissa
verdadeira e que “Marcos é baiano” também é uma premissa verdadeira, podemos
afirmar que “Marcos é legal” é uma conclusão verdadeira baseada nessas duas
premissas.
Ex. 1:
Nordestinos
Baianos
Pedro
Ex. 2:
Alemães
Baianos
Pedro
Mas o que interessa é que os dois argumentos são válidos, já que as conclusões
são consequência obrigatória das premissas, considerando estas verdadeiras.
Além desses casos, podemos ter argumentos inválidos com conteúdo verdadeiro e
argumentos inválidos com conteúdo falso. Vejamos mais dois exemplos:
Ex. 3:
Vejam que nesse exemplo, mesmo sabendo que existem baianos que são ricos,
essa conclusão não é consequência obrigatória das premissas, que também são
verdadeiras. Assim, temos um argumento falacioso com conteúdo verdadeiro.
Ex. 4:
Ricos
Baianos
Pedro
Tipos de argumentos
todo: Quantificador
baiano: Sujeito
é: Verbo de ligação
nordestino: Predicado
existe: Quantificador
baiano: Sujeito
é: Verbo de ligação
rico: Predicado
nenhum: Quantificador
carioca: Sujeito
é: Verbo de ligação
baiano: Predicado
Todo A é B
A B
A partir dessa informação podemos ter certeza que a área pintada de vermelho
não possui nenhum elemento e que a área pintada de azul possui algum
elemento. Todos os elementos do conjunto A estarão localizados dentro do
conjunto B. Pode existir algum elemento de B que não seja de A (área branca),
mas isso nós não temos como saber apenas com a afirmação de que “Todo A é
B”.
Nenhum A é B
A B
A partir desta informação podemos ter certeza que a área pintada de vermelho
não possui nenhum elemento e que a área azul possui algum elemento. Todos os
elementos do conjunto A estarão localizados fora do conjunto B.
~(Nenhum A é B) = Algum A é B
Algum A é B
A B
A partir desta informação podemos ter certeza que a área pintada de azul possui
algum elemento. Ou seja, podemos concluir que A e B possuem pelo menos um
elemento em comum. Pode existir algum elemento de B que não seja de A, e
algum elemento de A que não seja de B, mas isso nós não temos como saber
apenas com a afirmação de que “Algum A é B”.
A negação desse quantificador é dizer que não existe elemento de A na área azul,
ou seja, dizer que “Nenhum A é B”.
~(Algum A é B) = Nenhum A é B
Algum A não é B
A B
A partir desta informação podemos ter certeza que a área pintada de azul possui
algum elemento. Podemos concluir que A possui algum elemento que não
pertence a B. Pode existir algum elemento de A que seja de B, mas isso nós não
temos como saber apenas com a afirmação de que “Algum A não é B”.
A negação desse quantificador é dizer que não existe elemento de A na área azul,
ou seja, dizer que “Todo A é B”.
Existe uma relação entre esses quatro tipos de proposições com quantificadores,
que pode ser representada por um “Quadrado das Oposições”. Vejamos:
Todo A é B Nenhum A é B
A B Contrário A B
Contraditório
Subalterno Subalterno
A B A B
Subcontrário
Essas regras não são cobradas explicitamente nos concursos, mas podem nos
ajudar na resolução das questões.
Nordestinos
Baianos
Esse quantificador nos diz que o conjunto dos baianos está contido no conjunto
dos nordestinos, ou seja, todos os elementos do conjunto dos baianos também
pertencem ao conjunto dos nordestinos. A representação utilizada acima é a mais
usual, mas não é a única. Podemos representar esse quantificador de outra
maneira. Vejamos:
Nordestinos
Baianos
Assim, dizendo que “Todo A é B”, podemos concluir que “não existe A que não
seja B”.
Baianos Cariocas
Baianos Ricos
Essa é a maneira mais usual de representar esse quantificador. Mas também, não
é a única. Porém, a informação mais importante é que o conjunto dos baianos e o
conjunto dos ricos possuem pelo menos um elemento em comum, ou seja, eles
não são disjuntos. Olhando o diagrama, podemos dizer com certeza que a área
azul possui pelo menos um elemento, mas as áreas amarela e verde podem
possuir elemento ou não. Vamos ver outras representações para esse
quantificador:
Ricos
Baianos
Veja que continua valendo o que eu disse: “o conjunto dos baianos e o conjunto
dos ricos possuem pelo menos um elemento em comum” (representada pela área
azul).
Baianos
Ricos
Mais uma vez, continua valendo o que eu disse: “o conjunto dos baianos e o
conjunto dos ricos possuem pelo menos um elemento em comum” (representada
pela área azul).
Baianos
Ricos
Alguns nordestinos não são baianos (é o mesmo que “existem nordestinos que
não são baianos”)
Baianos Nordestinos
Mais uma vez, essa não é a única maneira de representar esta proposição.
Vejamos as outras:
Nordestinos
Baianos
Veja que continua valendo o que eu disse acima: “Não é todo nordestino que é
baiano” (área verde do diagrama).
Nordestinos
Baianos
Por fim, mais uma representação e continua valendo o que eu disse acima: “Não é
todo nordestino que é baiano” (área verde do diagrama).
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Solução:
Para resolver essa questão, vamos começar representando as premissas por meio
dos diagramas. Utilizaremos os diagramas mais comuns.
Policiais Médicos
Policiais Infalíveis
Com essa afirmação, podemos concluir que não há nenhuma pessoa que seja ao
mesmo tempo policial e infalível, ou seja, os conjuntos acima não possuem
nenhum elemento em comum.
Policiais Médicos
Infalíveis
Vejam que eu coloquei os médicos e os infalíveis bem colados, pois não temos
como saber se existe algum médico que seja infalível.
Vimos que não temos como saber se existe algum médico que seja infalível.
Portanto, essa não é uma consequência obrigatória das premissas. Assim,
concluímos que esse argumento não é válido. Item errado.
Solução:
pardos
leões
A partir dessa premissa, podemos concluir que se o bicho é um leão, com certeza
ele será pardo. Ou seja, não há leão que não seja pardo.
gatos pardos
Sobrepondo os diagramas:
gatos pardos
leões
Vejam que eu coloquei os leões e os gatos bem colados, pois não temos como
saber se existe algum gato que seja leão.
Vimos que não temos como saber se existe algum gato que seja leão. Portanto,
essa não é uma consequência obrigatória das premissas. Assim, concluímos que
esse argumento não é válido. Item errado.
139 - (PC/ES - 2010 / CESPE) O argumento “A maioria das vítimas era mulher.
Marta foi vítima do tráfico de pessoas. Logo Marta é mulher” é um argumento
válido.
Solução:
Dizer que a maioria das vítimas era mulher, não é o mesmo que dizer que todas
as vítimas eram mulheres, mas sim, que algumas das vítimas eram mulheres.
mulheres vítimas
mulheres vítimas
Marta
Vejam que eu coloquei Marta e o conjunto das mulheres bem colados, pois não
temos como saber se ela é ou não é mulher, a partir dessas premissas.
Vimos que não temos como saber se Marta é ou não é mulher. Portanto, essa não
é uma consequência obrigatória das premissas. Assim, concluímos que esse
argumento não é válido. Item errado.
Solução:
Mais uma vez, vamos começar representando as premissas por meio dos
diagramas:
Participantes da
PREVIC Servidores da União
Unindo os diagramas:
ágeis analista
administrativo
dançarinos
Solução:
analista
administrativo
dançarinos
ágeis
dançarinos
ágeis analista
administrativo
dançarinos
Portanto, podemos perceber que pode haver analista administrativo que seja ágil.
Assim, concluímos que o argumento não é válido. Item errado.
Solução:
Vejam que não temos como garantir que João e Aline são assistentes de
educação. Portanto, não podemos garantir que a proposição “João e Aline são
assistentes de educação” também será V. Item errado.
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Utilizando a tabela-verdade
(P1 ∧ P2 ∧ P3 ∧ … ∧ Pn) ⇒ C
Essa primeira técnica é infalível, mas pode demandar muito tempo na hora da
prova. De qualquer forma, vamos começar com ela.
p: Chover
q: Ir à praia
P1: p → ~q
P2: p
C: ~q
P2 C P1 Argumento
p q ~q p → ~q (p → ~q) ∧ (p) [(p → ~q) ∧ (p)] → (~q)
V V F F F V
V F V V V V
F V F V F V
F F V V F V
E agora, será que você consegue me dizer se esse argumento é válido ou não?
Vamos mais uma vez utilizar a tabela-verdade para verificar isso.
p: Chover
q: Ir à praia
P1: p → ~q
P2: ~q
C: p
C P2 P1 Argumento
p q ~q p → ~q (p → ~q) ∧ (~q) [(p → ~q) ∧ (~q)] → (p)
V V F F F V
V F V V V V
F V F V F V
F F V V V F
p: O avião cair
q: O piloto morrer
P1: p → q
P2: p
C: q
P2 C P1
p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V
P1 P2 C
p→q p q
V V V
F V F
V F V
V F F
P1 P2 C
p→q p q
V V V
F V F P1 é falso, não serve.
V F V P2 é falso, não serve.
V F F P2 é falso, não serve.
P1 P2 C
p→q p q
V V V
E agora, será que você consegue me dizer se esse argumento é válido ou não?
Vamos mais uma vez utilizar a tabela-verdade para verificar isso.
p: O avião cair
q: O piloto morrer
P1: p → q
P2: q
C: p
C P2 P1
p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V
P1 P2 C
p→q q p
V V V
F F V
V V F
V F F
P1 P2 C
p→q q p
V V V
V V F
Veja que nas duas linhas em que as premissas são verdadeiras simultaneamente,
a conclusão pode ser verdadeira ou falsa. Ou seja, considerando as premissas
verdadeiras, não temos como afirmar se a conclusão é verdadeira ou falsa. Assim,
concluímos que este argumento é falacioso.
Ex1: Se não chover, vou à praia. Se for à praia, tomarei uma cerveja gelada.
Se tomar uma cerveja gelada, ficarei bêbado. Não fiquei bêbado. Logo,
choveu.
E então, parece difícil? Você verá que não tem nada de difícil nessa questão, o
difícil é ficar pensando em praia e cerveja, e ter que continuar estudando!
Vimos que podemos representar um argumento por meio de uma condicional, com
a sequência de premissas unidas pela conjunção “e”, implicando uma conclusão.
Assim, vamos começar organizando as informações e passando tudo para a
linguagem simbólica:
P1: ~p → q
P2: q → r
P3: r → s
P4: ~s
C: p
Veja que eu destaquei a quarta premissa, pois é a partir dela que analisaremos
todo o argumento. Para que essa premissa seja verdadeira, “~s” deverá ser
verdadeira, ou seja, “s” deverá ser falsa. Pronto, já chegamos à primeira certeza:
A partir desta constatação, vamos substituir o valor lógico de “s” nas outras
premissas:
Bom, temos uma condicional (r → F). Numa condicional, sempre que o segundo
termo é falso, seu valor lógico só será verdadeiro se o primeiro termo também for
falso. Assim, concluímos que o “r” deverá ser falso para que essa premissa seja
verdadeira. Com isso, podemos concluir que:
Continuando,
Igual ao que fizemos com o “r”, chegamos à conclusão que o “q” deverá ser falso
para que essa premissa seja verdadeira. Assim:
Continuando,
Semelhante ao que fizemos com o “r” e com o “q”, chegamos à conclusão que o
“~p” deverá ser falso para que essa premissa seja verdadeira, ou seja, “p” deverá
ser verdadeiro. Assim:
Choveu.
Com isso, vimos que a conclusão (p) possui valor lógico V, pois efetivamente
choveu. Logo, concluímos que o argumento é válido.
Essa questão nos deu uma premissa com apenas uma proposição simples (P4), o
que facilitou nosso raciocínio, pois partimos dela para concluirmos o valor lógico
das outras proposições. Podemos, também, tentar identificar se alguma premissa
é uma conjunção, pois numa conjunção, todas as proposições devem ser
verdadeiras para que a conjunção seja verdadeira.
Ocorre que nem sempre teremos uma proposição simples ou uma conjunção entre
as premissas. Vejamos um exemplo:
Ex2: Se não corro, não canso. Se ando, não corro. Se não paro, canso. Se
penso, não paro. Logo, se ando, não penso.
p: Corro
q: Canso
r: Ando
s: Paro
t: Penso
P1: ~p → ~q
P2: r → ~p
P3: ~s → q
P4: t → ~s
C: r → ~t
Bom, de início parece bastante complicado, mas vamos aprender a resolver esse
tipo de questão com bastante facilidade. Lembrando que podemos escrever o
argumento como uma seqüência de premissas unidas pelo “e”, implicando numa
conclusão:
p → q é equivalente a ~q → ~p (contrapositiva)
(p → q) ∧ (q → r) implica em p → r (propriedade transitiva)
Assim,
Assim,
Ex: João não é jovem ou Renato é rico. Ivan é alto ou Renato não é rico. Renato
não é rico ou Ivan não é alto. Se Ivan não é alto, então João é jovem. Logo, João
não é jovem, Renato não é rico e Ivan é alto.
p: João é jovem
q: Renato é rico
r: Ivan é alto
P1: ~p v q
P2: r v ~q
P3: ~q v ~r
P4: ~r → p
C: ~p ∧ ~q ∧ r
Perceba o termo destacado de vermelho. Trata-se de uma disjunção, que para ser
verdadeira, pelo menos um de seus componentes deverá ser verdadeiro. Como já
temos um componente falso, o “q” deverá ser verdadeiro. Assim:
Agora, podemos perceber uma situação que invalida nossa suposição. Os dois
termos destacados de vermelho forçam valores distintos para o “r”. No primeiro
termo, o “r” deve ser verdadeiro para o termo ser verdadeiro, enquanto no
segundo termo, o “r” deve ser falso para o termo ser verdadeiro. A partir desta
constatação, podemos concluir que nosso teste deu errado e que o “p” é falso.
Assim, vamos observar o que acontece com as premissas, sabendo que o “p” é
falso (João não é jovem):
Perceba o termo destacado em vermelho. Para esse termo ser verdadeiro, o “~r”
deve ser falso, ou seja, “r” deve ser verdadeiro (Ivan é alto). Assim:
Agora, para que o termo destacado de vermelho seja verdadeiro, “~q” deve ser
verdadeiro, ou seja, “q” deve ser falso (Renato não é rico). Assim:
(V v q) ∧ (V v ~q) ∧ (~q v F) ∧ (F → F)
(V v F) ∧ (V v ~F) ∧ (~F v F) ∧ (F → F)
(V v F) ∧ (V v V) ∧ (V v F) ∧ (F → F)
(V) ∧ (V) ∧ (V) ∧ (V) que possui valor lógico verdadeiro.
C: (~p ∧ ~q ∧ r)
C: (~F ∧ ~F ∧ V)
C: (V ∧ V ∧ V) que possui valor lógico verdadeiro.
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(Texto para a questão 143) Um argumento lógico é uma relação que associa
uma sequência finita de k proposições Pi, 1 < i < k, denominadas premissas,
a uma proposição Q, denominada conclusão. Um argumento lógico será
denominado válido se a veracidade das premissas garantir a veracidade da
conclusão. A partir dessas informações, considere as proposições listadas a
seguir.
P1: A atmosfera terrestre impede que parte da radiação solar refletida pela
superfície terrestre seja irradiada para o espaço.
P2: Esse fenômeno é chamado de efeito estufa.
P3: Os gases na atmosfera responsáveis pelo efeito estufa, como o vapor
de água e o CO2, são chamados de gases do efeito estufa.
P4: A emissão de alguns gases do efeito estufa pelas indústrias, pelas
queimadas e pelo tráfego de veículos produzirá aumento no efeito estufa.
Q: A vida na Terra sofrerá grandes mudanças nos próximos 50 anos.
Com base nas definições e nas proposições enunciadas acima, julgue o item
que se segue.
Solução:
Vimos que o argumento pode ser representado de forma simbólica pela conjunção
das premissas implicando numa conclusão:
(P1 ∧ P2 ∧ P3 ∧ P4) → C
Vejam que a questão colocou a disjunção das premissas, o que não está correto.
Portanto, item errado.
(Texto para a questão 144) Uma afirmação formada por um número finito de
proposições A1, A2, ..., An, que tem como consequência uma outra
proposição, B, é denominada argumento. As proposições A1, A2, ..., An são
as premissas, e B é a conclusão.
144 - (SERPRO- 2010 / CESPE) O argumento formado pelas premissas A1, A2,
A3 = A1 → A2, A4 = A2 → A1 e pela conclusão B = A3 ∧ A4 é válido.
Solução:
P1: A1
P2: A2
P3: A1 → A2
P4: A2 → A1
C: (A1 → A2) ∧ (A2 → A1)
P1 P2 P3 P4 C
A1 A2 A1 → A2 A2 → A1 (A1 → A2) ∧ (A2 → A1)
V V V V V
V F F V F
F V V F F
F F V V V
(Texto para as questões de 145 a 147) Considere que cada uma das
proposições seguintes tenha valor lógico V.
Solução:
Batizando as proposições:
Assim,
I: A v B
II: C ∧ ~D
III: ~B
Conclusão: ~A
(A v B) ∧ (C ∧ ~D) ∧ (~B)
(A v F) ∧ (C ∧ ~D) ∧ (~F)
(A v F) ∧ (C ∧ ~D) ∧ (V)
Agora, podemos observar que a premissa I é uma disjunção a qual possui uma de
suas proposições com valor lógico falso. Assim, para essa premissa ser
verdadeira, a outra proposição deve ser verdadeira:
(A v F) ∧ (C ∧ ~D)
(V v F) ∧ (C ∧ ~D)
(V) ∧ (C ∧ ~D)
(C ∧ ~D) deve ser verdadeira, logo C deve ser verdadeira, e ~D também deve ser
verdadeira (ou seja, D deve ser falsa).
Resta, então, verificar se para esses valores lógicos das proposições, a conclusão
também é verdadeira:
Conclusão: ~A = ~V = F
Portanto, “Tânia não estava no escritório” não tem, obrigatoriamente, valor lógico
verdadeiro. Item errado.
146 - (TRT- 2009 / CESPE) “Carla pagou o condomínio” tem valor lógico F.
Solução:
Podemos concluir que realmente “Carla pagou o condomínio” tem valor lógico
F. Item correto.
Solução:
Conclusão: C ∧ B
Conclusão: C ∧ B = V ∧ F = F
(Texto para a questão 148) Se P1, P2, ..., Pn e C forem proposições, então
uma sequência de proposições do tipo P1 ∧ P2 ∧ ... ∧ Pn → C é um
argumento. Esse argumento só é válido se for impossível a conclusão ser
falsa quando as premissas forem, simultaneamente, verdadeiras. A seguir,
são apresentadas quatro proposições.
Solução:
Organizando as informações:
P1: C → (~D)
P2: D → P
Conclusão: D → ~(C v (~P))
P1 P2 Conclusão
C D P ~D ~P C v (~P) ~(C v (~P)) C → (~D) D→P D → ~(C v (~P))]
V V V F F V F F V F
V V F F V V F F F F
V F V V F V F V V V
V F F V V V F V V V
F V V F F F V V V V
F V F F V V F V F F
F F V V F F V V V V
F F F V V V F V V V
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(Texto para as questões 137 e 138) Um argumento constituído por uma sequência
de três proposições — P1, P2 e P3, em que P1 e P2 são as premissas e P3 é a
conclusão — é considerado válido se, a partir das premissas P1 e P2, assumidas
como verdadeiras, obtém-se a conclusão P3, também verdadeira por
consequência lógica das premissas. A respeito das formas válidas de argumentos,
julgue os próximos itens.
139 - (PC/ES - 2010 / CESPE) O argumento “A maioria das vítimas era mulher.
Marta foi vítima do tráfico de pessoas. Logo Marta é mulher” é um argumento
válido.
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administrativo
dançarinos
(Texto para a questão 143) Um argumento lógico é uma relação que associa uma
sequência finita de k proposições Pi, 1 < i < k, denominadas premissas, a uma
proposição Q, denominada conclusão. Um argumento lógico será denominado
válido se a veracidade das premissas garantir a veracidade da conclusão. A partir
dessas informações, considere as proposições listadas a seguir.
P1: A atmosfera terrestre impede que parte da radiação solar refletida pela
superfície terrestre seja irradiada para o espaço.
P2: Esse fenômeno é chamado de efeito estufa.
P3: Os gases na atmosfera responsáveis pelo efeito estufa, como o vapor
de água e o CO2, são chamados de gases do efeito estufa.
P4: A emissão de alguns gases do efeito estufa pelas indústrias, pelas queimadas
e pelo tráfego de veículos produzirá aumento no efeito estufa.
Q: A vida na Terra sofrerá grandes mudanças nos próximos 50 anos.
Com base nas definições e nas proposições enunciadas acima, julgue o item que
se segue.
143 - (EMBASA - 2009 / CESPE) O argumento lógico em que P1, P2, P3 e P4 são
as premissas e Q é a conclusão pode ser corretamente representado pela
expressão [P1 v P2 v P3 v P4] → Q.
144 - (SERPRO - 2010 / CESPE) O argumento formado pelas premissas A1, A2,
A3 = A1 → A2, A4 = A2 → A1 e pela conclusão B = A3 ∧ A4 é válido.
(Texto para as questões de 145 a 147) Considere que cada uma das proposições
seguintes tenha valor lógico V.
145 - (TRT- 2009 / CESPE) “Tânia não estava no escritório” tem, obrigatoriamente,
valor lógico V.
146 - (TRT- 2009 / CESPE) “Carla pagou o condomínio” tem valor lógico F.
147 - (TRT- 2009 / CESPE) “Manuel declarou o imposto de renda na data correta
e Jorge foi ao centro da cidade” tem valor lógico V.
(Texto para a questão 148) Se P1, P2, ..., Pn e C forem proposições, então uma
sequência de proposições do tipo P1 v P2 v ... v Pn → C é um argumento. Esse
argumento só é válido se for impossível a conclusão ser falsa quando as
premissas forem, simultaneamente, verdadeiras. A seguir, são apresentadas
quatro proposições.
154 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) Todos os que têm direito de herança são
cidadãos brasileiros.
156 - (TRT- 2009 / CESPE) “Se o juiz não estava lendo os processos em seu
escritório, então ele estava lendo os processos na sala de audiências” é uma
conclusão verdadeira.
157 - (TRT- 2009 / CESPE) “Se os processos não estavam sobre a mesa, então o
juiz estava lendo os processos na sala de audiências” não é uma conclusão
verdadeira.
158 - (TRT- 2009 / CESPE) “Os processos não estavam sobre bandeja” é uma
conclusão verdadeira.
159 - (TRT- 2009 / CESPE) “Se o juiz analisou os processos, então ele não esteve
no escritório” é uma conclusão verdadeira.
Nesse caso, é correto inferir que a proposição “Fred não mora em São Paulo” é
uma conclusão verdadeira com base nessa sequência.
163 - (BB - 2007 / CESPE) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência de
proposições seguintes:
Se Antônio for bonito ou Maria for alta, então José será aprovado no concurso.
Maria é alta.
Portanto José será aprovado no concurso.
164 - (BB - 2007 / CESPE) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência de
proposições seguintes:
166 - (BB - 2007 / CESPE) Considere que as afirmativas “Se Mara acertou na
loteria então ela ficou rica” e “Mara não acertou na loteria” sejam ambas
proposições verdadeiras. Simbolizando adequadamente essas proposições pode-
se garantir que a proposição “Ela não ficou rica” é também verdadeira.
P1: Se se deixa dominar pela emoção ao tomar decisões, então o policial toma
decisões ruins.
P2: Se não tem informações precisas ao tomar decisões, então o policial toma
decisões ruins.
P4: Se teve treinamento adequado e se dedicou nos estudos, então o policial tem
informações precisas ao tomar decisões.
167 - (Polícia Civil/CE - 2012 / CESPE) A partir das proposições P2 e P4, é correto
inferir que “O policial que tenha tido treinamento adequado e tenha se dedicado
nos estudos não toma decisões ruins” é uma proposição verdadeira.
168 - (Polícia Civil/CE - 2012 / CESPE) Considerando que P1, P2, P3 e P4 sejam
as premissas de um argumento cuja conclusão seja “Se o policial está em situação
de estresse e não toma decisões ruins, então teve treinamento adequado”, é
correto afirmar que esse argumento é válido.
173 - (TCDF - 2012 / CESPE) O fato de determinado argumento ser válido implica,
certamente, que todas as suas premissas são proposições verdadeiras.
(Texto para a questão 174) Um jovem, ao ser flagrado no aeroporto portando certa
quantidade de entorpecentes, argumentou com os policiais conforme o esquema a
seguir:
Premissa 3: Como sou usuário e não levo uma grande quantidade, não escondi a
droga.
(Texto para a questão 176) Ser síndico não é fácil. Além das cobranças de uns e
da inadimplência de outros, ele está sujeito a passar por desonesto. A esse
respeito, um ex-síndico formulou as seguintes proposições:
— Se o síndico troca de carro ou reforma seu apartamento, dizem que ele usou
dinheiro do condomínio em benefício próprio. (P1)
— Logo, se você quiser manter sua fama de honesto, não queira ser síndico. (P3)
(Texto para a questão 177) Considere que um argumento seja formado pelas
seguintes proposições:
• P4 Novas leis, com penas mais rígidas, devem ser incluídas no Código Penal, e
deve ser estimulada uma atuação repressora e preventiva dos sistemas judicial e
policial contra todo ato de intolerância.
137 - E
138 - E
139 - E
140 - E
141 - E
142 - E
143 - E
144 - C
145 - E
146 - C
147 - E
148 - C
149 - C
150 - E
151 - E
152 - E
153 - C
154 - E
155 - E
156 - C
157 - E
158 - C
159 - C
160 - E
161 - C
162 - C
163 - C
164 - E
165 - E
166 - E
167 - E
168 - C
169 - C
170 - C
171 - E
172 - E
173 - E
174 - E
175 - C
176 - E
177 - E