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SOCIEDADE E CONTEMPORANEIDADE

PROFESSORA: LORENI BRUCH DUTRA


ALUNOS: MATHEUS ASSUNÇÃO MONTEIRO FERREIRA, IRLLENSON
SANTOS FERNANDES JUNIOR RAIMUNDO NONATO SOUSA.

POLITICAS PUBLICAS DIRECIONADAS AO SANEAMENTO BÁSICO


O que são Políticas Públicas?
Políticas públicas são conjuntos de programas, ações e atividades
desenvolvidas pelo Estado diretamente ou indiretamente, com a participação de
entes públicos ou privados, que visam assegurar determinado direito de
cidadania, de forma difusa ou para determinado seguimento social, cultural,
étnico ou econômico. As políticas públicas afetam a todos os cidadãos, de todas
as escolaridades, independente de sexo, raça, religião ou nível social. Com o
aprofundamento e a expansão da democracia, as responsabilidades do
representante popular se diversificaram. Hoje, é comum dizer que sua função é
promover o bem-estar da sociedade. E é a partir desse princípio que, para atingir
resultados satisfatórios em diferentes áreas, os governos (federal, estaduais ou
municipais) se utilizam das políticas públicas.

Exemplos de Políticas Públicas:


A educação e a saúde no Brasil são direitos universais de todos os
brasileiros. Assim, para assegurá-los e promovê-los estão instituídas pela
própria Constituição Federal as políticas públicas de educação e saúde. O meio
ambiente é também reconhecido como um direito de todos e a ele corresponde
a Política Nacional do Meio Ambiente, instituída pela Lei Federal n.º 6.938. A
água é concebida na Carta da República como bem de uso comum. Para
proteger este bem e regulamentar seu uso múltiplo foi instituída a Política
Nacional de Recursos Hídrico mediante a Lei Federal nº 9.433.

Como são formuladas as Políticas Públicas?


As políticas públicas podem ser formuladas principalmente por iniciativa dos
poderes executivo, ou legislativo, separada ou conjuntamente, a partir de
demandas e propostas da sociedade, em seus diversos seguimentos. A
participação da sociedade na formulação, acompanhamento e avaliação das
políticas públicas em alguns casos é assegurada na própria lei que as institui.
Assim, no caso da Educação e da Saúde, a sociedade participa ativamente
mediante os Conselhos em nível municipal, estadual e nacional. Audiências
públicas, encontros e conferências setoriais são também instrumentos que vem
se afirmando nos últimos anos como forma de envolver os diversos seguimentos
da sociedade em processo de participação e controle social. A Lei Complementa
n.º 131 (Lei da Transparência), de 27 de maio de 2009, quanto à participação da
sociedade, assim determina: “I – incentivo à participação popular e realização de
audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos
planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos;” “II – liberação ao pleno
conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações
pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios
eletrônicos de acesso público;” Assim, de acordo com esta Lei, todos os poderes
públicos em todas as esferas e níveis da administração pública, estão obrigados
a assegurar a participação popular. Esta, portanto, não é mais uma preferência
política do gestor, mas uma obrigação do Estado e um direito da população.
Quais os instrumentos que compõem as Políticas Públicas? As políticas públicas
normalmente estão constituídas por instrumentos de planejamento, execução,
monitoramento e avaliação, encadeados de forma integrada e lógica, da
seguinte forma:
 Planos
Os planos estabelecem diretrizes, prioridades e objetivos gerais a serem
alcançados em períodos relativamente longos.
 Programas
Os programas estabelecem, por sua vez, objetivos gerais e específicos
focados em determinado tema, público, conjunto institucional ou área
geográfica.
 Ações
Ações visam o alcance de determinado objetivo estabelecido pelo
Programa.
 Atividades.
Atividade, por sua vez, visa dar concretude à ação.
Politicas públicas voltadas ao saneamento básico:
Um estudo do Instituto Trata Brasil alertou que entre 89 cidades
analisadas, seria necessário fazer 3.068.827 novas ligações de água e esgoto
para conectar as casas de áreas irregulares às redes oficiais.
Outros levantamentos do Trata Brasil apontam que os benefícios
econômicos e sociais envolvidos na universalização do saneamento básico
girariam em torno de R$ 537,4 bilhões em 20 anos. A expansão dos serviços
de esgoto, por consequência, representa mais ganhos do que custos ao ser
sistematizada dentro do país. Como maiores beneficiários estão os setores de
saúde, educação, turismo, empregos e imobiliário.
Contudo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que os países
em geral não estão aumentando seus gastos com saneamento básico. A OMS
ainda alerta que cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo usam água potável
contaminada com fezes, colocando-as constantemente em risco de contração
de doenças como cólera, disenteria, febre tifoide e poliomielite.
Estimou-se, em 2017, que a taxa média mundial em uma escala anual
de aumento do orçamento para água, saneamento e higiene seja de 4,9%. Em
contraponto a isso, o mesmo relatório que foi responsável pelo levantamento
(UN-Water Global Analysis and Assessment of Sanitation and Drinking-Water
(GLAAS) 2017) indica que 80% dos países consultados compreendem que o
financiamento direcionado para este segmento ainda é insuficiente.
Estas são algumas das políticas públicas realizadas no país para
resolver a questão do saneamento nos municípios brasileiros:
 Programa Avançar Cidades Saneamento (Nível nacional)
Iniciado em 2017, o programa Avançar Cidades Saneamento é uma
vertente do programa Avançar Cidades, que possui dois focos
diferentes: a mobilidade e o saneamento. O programa do Governo
Federal visa melhorar as condições de saúde e qualidade de vida da
população urbana e rural do país.
Segundo informações oficiais, serão contemplados três grupos
diferentes: municípios com menos de 50 mil habitantes, municípios de
até 250 mil habitantes e municípios com mais de 250 mil habitantes. O
orçamento previsto é de R$ 2,2 bilhões e será destinado, sobretudo, a
obras de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de
águas pluviais, manejo de resíduos sólidos, redução e controle de
perdas, estudos e projetos, plano municipal de saneamento básico.

 Programa Caça Esgoto (Nível regional: Litoral de São Paulo)


O Programa Caça Esgoto, realizado pela Secretaria de Meio Ambiente
(Semam), em parceria com a Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo (Sabesp), tem como objetivo prioritário a
eliminação de esgotos clandestinos que contaminam as águas do litoral
de São Paulo.
Segundo o Governo de São Paulo, o programa visualiza, sobretudo,
orientar os cidadãos a respeito da utilização adequada da rede coletora
de esgotos, frisando a ideia de que a rede de águas pluviais não deve,
sob nenhuma hipótese, receber dejetos.
A SABESP divulgou em 2015 que através do programa, o litoral norte de
São Paulo obteve melhora em 28 praias de quatro municípios da região.
Já na Baixada Santista, 34 praias de oito municípios apresentaram
melhora na qualidade da água. O percentual de praias classificadas
como ótimas passou de 3% para 11%, enquanto as avaliadas como
péssimas diminuíram de 30% para 10%.

 Programa Integrado Socioambiental (Nível municipal: Porto Alegre)


O Pisa, Programa Integrado Socioambiental, foi uma iniciativa da
Prefeitura de Porto Alegre inaugurada em 2014. Os investimentos
fizeram com que 76,5 bilhões de litros de esgoto deixassem de ser
lançados no Lago Guaíba, importante bacia de sedimentação da capital
gaúcha.
A iniciativa tomou forma 30 anos depois do início de suas discussões por
conta da falta de viabilidade de contrair empréstimos, consequência de
problemas de caixa do município. O financiamento do programa acabou
sendo feito através do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
e viabilizou o tratamento de 66% do esgoto da cidade. Antes do
programa ser implementado, Porto Alegre tratava apenas 18% de seu
esgoto.
De quem é a responsabilidade de criação de Políticas públicas voltadas
ao saneamento básico?
Hoje em dia os brasileiros estão bem mais informados sobre os impactos
da falta de saneamento adequado para a população. Mesmo com toda
informação, muitas cidades ainda sofrem com doenças e problemas sociais.
A Lei n. 11.445 trouxe novas diretrizes nacionais e definiu o planejamento
dos serviços básicos como instrumento fundamental para se alcançar o acesso
universal do saneamento básico. Todas as cidades devem formular as suas
políticas públicas visando a universalização, sendo o Plano Municipal de
Saneamento Básico (PMSB) o instrumento de estratégia e diretrizes. Os
componentes do saneamento básico são abastecimento de água, esgotamento
sanitário, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo das
águas pluviais urbanas.
Ainda que hoje tenhamos uma lei que rege o saneamento básico, é o
direito e dever de cada cidadão se atentar a boas práticas e formas de garantir
avanço do desenvolvimento de uma vida saudável e que abranja não só uma
parte da população, mas um todo.
Infelizmente são poucas as autoridades que dedicam uma atenção
especial às ações de saneamento em suas cidades. Por tratar-se de baixa
visibilidade do ponto de vista eleitoral, os investimentos em infraestrutura de
saneamento costumam ficar sempre no final da fila dos investimentos definidos
pelos governantes.
É essencial estabelecer planos e metas para que a universalização seja
efetiva, os governos, prefeituras e a população em geral devem discutir
exigências e elaborar planos municipais para que tenhamos melhorias efetivas
no setor do saneamento.
REFERENCIAS
http://www.meioambiente.pr.gov.br/arquivos/File/coea/pncpr/O_que_sao_PoliticasPublicas.
pdf
https://www.politize.com.br/politicas-publicas/
https://wiki.redejuntos.org.br/busca/politicas-publicas-de-saneamento-no-brasil-sobre-o-
avancar-cidades-saneamento-programa
http://www.tratabrasil.org.br/blog/2016/06/06/a-importancia-da-politica-de-saneamento-
basico/

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