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Livro Eletrônico

Aula Extra

Passo Estratégico de AFO p/ MPU (Técnico - Administração)


Pós-Edital
João Maurício, Luis Kayanoki
João Maurício, Luis Kayanoki
Aula Extra

1- INTRODUÇÃO
Conforme prometido, esta aula extra trará o tema de ciclo
orçamentário.
Nas questões comentadas, trouxe algumas sobre créditos
orçamentários também, ok?
Vamos juntos!

2- O que você precisa saber – Ciclo Orçamentário


1) O ciclo orçamentário é composto por: elaboração,
discussão/aprovação, execução/acompanhamento e avaliação/controle.
Ele é dinâmico, contínuo e flexível.

2) O processo orçamentário brasileiro é misto, cabendo ao Executivo o


papel de elaborar e executar e ao Legislativo, o papel de aprovar e
controlar.

3) O ciclo orçamentário não é coincidente com o ano civil. O ciclo pode,


tranquilamente, ultrapassar um exercício. Como expõe o prof. Sérgio
Mendes, nos termos da CF/1988, o ciclo orçamentário ampliado
desdobra-se em oito fases, quais sejam:
-formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
- apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
- proposição de metas e prioridades para a administração e da política
de alocação de recursos pelo Executivo;
- apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
- elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;
- apreciação, adequação e autorização legislativa;
- execução dos orçamentos aprovados;
- avaliação da execução e julgamento das contas.
Vejam que ele começa na formulação do PPA e termina no julgamento
das contas, claro que isso demora muito mais do que um exercício.

4) O fato do ciclo orçamentário ser maior do que um exercício, não se


confunde com o fato do exercício financeiro coincidir com o ano civil.
São coisas diferentes.

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5) As leis do orçamento são de iniciativa do Poder Executivo.

CF/88
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.

6) As leis do orçamento são leis ordinárias, isso é, LOA, LDO e PPA, são
todas leis ordinárias.

7) Não se pode confundir o fato das leis orçamentárias serem leis


ordinárias com o disposto no art.165, §9º, da CF/88:
§ 9º Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a
elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de
diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual.
Obs: As leis do orçamento são ordinárias, mas uma lei
complementar geral, organizará as leis do orçamento.
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da
administração direta e indireta bem como condições para a
instituição e funcionamento de fundos.
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de
procedimentos que serão adotados quando houver
impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a
pagar e limitação das programações de caráter obrigatório,
para a realização do disposto no § 11 do art. 166.

8) Antes de fazer a lei, o Executivo manda uma proposta orçamentária


ao Legislativo, que será composta de:
I - Mensagem, que conterá: exposição circunstanciada da situação
econômico-financeira, documentada com demonstração da dívida
fundada e flutuante, saldos de créditos especiais, restos a pagar e
outros compromissos financeiros exigíveis; exposição e justificação da
política econômico-financeira do Governo; justificação da receita e
despesa, particularmente no tocante ao orçamento de capital;
II - Projeto de Lei de Orçamento;
III - Tabelas explicativas, das quais, além das estimativas de receita e
despesa, constarão, em colunas distintas e para fins de comparação:
a) A receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele em
que se elaborou a proposta;

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b) A receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta;


c) A receita prevista para o exercício a que se refere a proposta;
d) A despesa realizada no exercício imediatamente anterior;
e) A despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta; e
f) A despesa prevista para o exercício a que se refere a proposta.
IV - Especificação dos programas especiais de trabalho custeados por
dotações globais, em termos de metas visadas, decompostas em
estimativa do custo das obras a realizar e dos serviços a prestar,
acompanhadas de justificação econômica, financeira, social e
administrativa.
Constará da proposta orçamentária, para cada unidade administrativa,
descrição sucinta de suas principais finalidades, com indicação da
respectiva legislação.

9) Proposta do Judiciário, Ministério Público e Defensoria


9.1) Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e
financeira e os Tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias
dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes
na lei de diretrizes orçamentárias.
9.1.1) Se os órgãos do Judiciário não encaminharem as respectivas
propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de
diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na
lei orçamentária vigente.
9.1.2) Se as propostas orçamentárias forem encaminhadas em
desacordo com os limites estipulados, Poder Executivo procederá aos
ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária
anual.
9.1.3) Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver
a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem
os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se
previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos
suplementares ou especiais.
9.2) O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro
dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
9.2.2) Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta
orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes
orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação
da proposta orçamentária anual.

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9.2.3) Se a proposta orçamentária for encaminhada em desacordo com


os limites estipulados, o Poder Executivo procederá aos ajustes
necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.
9.2.4) Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver
a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem
os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se
previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos
suplementares ou especiais.
9.3) Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia
funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária
dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
9.3.1) Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas
Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo
considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente.

10) Prazos orçamentários:


CF/88
ADCT
Art. 35
§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se
refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes
normas:
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do
primeiro exercício financeiro do mandato presidencial
subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do
encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido
para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será
encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do
exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento do primeiro período da sessão legislativa;
III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado
até quatro meses antes do encerramento do exercício
financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da
sessão legislativa.

LDO: encaminha até 15 abril e devolvido até 17 julho.


LOA encaminha até 31 agosto e devolvido até 22 dezembro
PPA: encaminha até 31 agosto e devolvido até 22 dezembro

11) Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes


orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do
regimento comum.

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12) Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da


República, dispor sobre todas as matérias de competência da União,
especialmente sobre: plano plurianual, diretrizes orçamentárias,
orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de
curso forçado.

CF/88
Art.166
Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e
Deputados:
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste
artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo
Presidente da República;
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas
nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e
exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem
prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso
Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que
sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental,
pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos
projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas
caso:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de
diretrizes orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os
provenientes de anulação de despesa, excluídas as que
incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
Por isso, errada a questão da FCC que caiu no TRT-11: Com a
finalidade de aperfeiçoar os serviços prestados por um
Tribunal Regional do Trabalho, está sendo pleiteada a
construção de um prédio, cujo prazo de execução será três
anos. Para isso, uma emenda ao Projeto de Lei Orçamentária
Anual poderá ser aprovada desde que indique os recursos
necessários para a construção do prédio que podem ser
provenientes da anulação da dotação de despesas com pessoal
e seus encargos.
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados,
Municípios e Distrito Federal; ou
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

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§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias


não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano
plurianual.
§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao
Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a
que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na
Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes
orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo
Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da
lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º.
§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no
que não contrariar o disposto nesta seção, as demais normas
relativas ao processo legislativo.
§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou
rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem
despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o
caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com
prévia e específica autorização legislativa.

13) A execução do orçamento pode se dar de forma orçamentária e


financeira.
Execução orçamentária: é o uso das dotações orçamentárias previstas
na LOA.
Execução Financeira: representa a utilização de recursos financeiros,
visando atender à realização dos projetos e/ou atividades atribuídas às
Unidades Orçamentárias pelo Orçamento.

14) O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de


cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.

15) Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias,


compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da
Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em
duodécimos, isso é, 1/12 por mês.

16) A Avaliação do orçamento nada mais é do que realizar o seu


controle, a fim de verificar se estão sedo atendidas a eficiência, eficácia
e efetividade.
Eficiência: está relacionada aos recursos aplicados. Se um programa
estava orçado em R$ 5 milhões, mas que para sua realização foram
gastos R$ 8 milhões, ele não foi eficiente, já que gastou mais do que o
previsto.

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Eficácia: está relacionada ao atingimento de metas. Supondo que o


programa acima deveria atender 20 mil pessoas, mas atingiu 30 mil, ele
foi ineficiente, por ter gastado mais do que o previsto, mas foi eficaz.
Efetividade: é o impacto que o programa causa. Se por meio do
programa de nosso exemplo, mesmo tendo gastado mais, ter atendido
mais gente do que o esperado, mas se ele não impactou a realidade das
pessoas e do Estado, ele não foi efetivo.

17) O Controle é realizado pelo Poder Legislativo.

18) É função típica do Poder Legislativo realizar o controle do


orçamento, com o auxílio do Tribunal de Contas
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial da União e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional,
mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno
de cada Poder.
Fiscalização: De quem? Do quê?
- contábil - União - legalidade
- financeira - Adm. Direta - legitimidade
- orçamentária - Adm. Indireta - economicidade
- operacional - aplicação de subvenção
- patrimonial - renúncia de receita

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional,


será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao
qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente
da República, mediante parecer prévio que deverá ser
elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;
O TCU não julga as contas do Presidente. Ele somente aprecia
as contas e faz um parecer prévio.
II - julgar as contas dos administradores e demais
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da
administração direta e indireta, incluídas as fundações e
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal,
e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou
outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
O TCU julga as contas dos administradores e de todos aqueles
que administram dinheiro público.
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de
admissão de pessoal, a qualquer título, na administração

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direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas


pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de
provimento em comissão, bem como a das concessões de
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias
posteriores que não alterem o fundamento legal do ato
concessório;
O TCU aprecia a legalidade da admissão dos servidores e
empregados públicos, exceto os cargos em comissão.
O TCU aprecia as concessões de aposentadoria, com exceção
as melhorias posteriores que não mudem os motivos pelos
quais a aposentadoria foi concedida.
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados,
do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito,
inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades
administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;
O TCU pode realizar auditorias de ofício ou a requerimento.
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais
de cujo capital social a União participe, de forma direta ou
indireta, nos termos do tratado constitutivo;
O TCU tem competência para fiscalizar tudo que envolva
dinheiro público.
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados
pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros
instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a
Município;
O TCU tem competência para fiscalizar tudo que envolva
dinheiro público.
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso
Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das
respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre
resultados de auditorias e inspeções realizadas;
O TCU tem o dever de prestar informações ao titular do
controle externo.
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de
despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em
lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa
proporcional ao dano causado ao erário;
O TCU pode aplicar multa e ela tem caráter de título executivo
extrajudicial.
Jurisprudência: O TCU aplica multa, mas para cobrá-la, quando
o agente não quiser pagar, é preciso de ação judicial.
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se
verificada ilegalidade;
Se verificada a ilegalidade de uma ação, o TCU deve conceder
prazo para o órgão ou entidade a regularize.

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X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado,


comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado
Federal;
O TCU pode sustar ato, mas não pode anular contrato
diretamente.
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades
ou abusos apurados.
Sempre que apurar irregularidades, o TCU deverá representar
ao Poder Competente.
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado
diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de
imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.
Vimos que o TCU pode anular atos, mas não contratos. Em
caso de contratos, o ato de sustação se dará pelo Congresso
que solicitará de imediato as medidas cabíveis ao Executivo.
§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo
de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no
parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.
Se no prazo de 90 dias, o Congresso ou o Executivo nada
fizerem, o TCU decidirá a respeito.
§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de
débito ou multa terão eficácia de título executivo.
§ 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional,
trimestral e anualmente, relatório de suas atividades.
O TCU deve prestar contas também, de forma trimestral e
anualmente.

19) Além do controle externo, também existem os órgãos de controle


interno.
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário
manterão, de forma integrada, sistema de controle interno
com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano
plurianual, a execução dos programas de governo e dos
orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à
eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e
patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal,
bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de
direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e
garantias, bem como dos direitos e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão
institucional.

20) Na Lei nº 4.320/64, também há menção dos controles.

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Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá:


I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da
receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção
de direitos e obrigações;
II - a fidelidade funcional dos agentes da administração,
responsáveis por bens e valores públicos;
III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em
termos monetários e em termos de realização de obras e
prestação de serviços.

Execução Orçamentária Legalidade


Fidelidade funcional
==f260a==

Cumprimento de programa de
trabalho

Por isso, errada a assertiva que caiu para o TCM-GO, feita pela
FCC: ” O controle da execução do orçamento, de acordo com a
Lei nº 4.320/1964, compreenderá, apenas, a análise da
legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita
ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de
direitos e obrigações, sendo que a verificação da legalidade
dos atos de execução orçamentária será sempre subsequente
à prática do ato.”
Art. 76. O Poder Executivo exercerá os três tipos de controle a
que se refere o artigo 75, sem prejuízo das atribuições do
Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução
orçamentária será prévia, concomitante e subsequente.
Art. 78. Além da prestação ou tomada de contas anual, quando
instituída em lei, ou por fim de gestão, poderá haver, a
qualquer tempo, levantamento, prestação ou tomada de
contas de todos os responsáveis por bens ou valores públicos.
Art. 79. Ao órgão incumbido da elaboração da proposta
orçamentária ou a outro indicado na legislação, caberá o
controle estabelecido no inciso III do artigo 75.
Parágrafo único. Esse controle far-se-á, quando for o caso, em
termos de unidades de medida, previamente estabelecidos
para cada atividade.
Art. 80. Compete aos serviços de contabilidade ou órgãos
equivalentes verificar a exata observância dos limites das
cotas trimestrais atribuídas a cada unidade orçamentária,
dentro do sistema que for instituído para esse fim.
Art. 81. O controle da execução orçamentária, pelo Poder
Legislativo, terá por objetivo verificar a probidade da
administração, a guarda e legal emprego dos dinheiros
públicos e o cumprimento da Lei de Orçamento.

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Execução Orçamentária Probidade


Guarda e legal emprego do
dinheiro público
Cumprimento da Lei do Orçamento

Art. 82. O Poder Executivo, anualmente, prestará contas ao


Poder Legislativo, no prazo estabelecido nas Constituições ou
nas Leis Orgânicas dos Municípios.
§ 1º As contas do Poder Executivo serão submetidas ao Poder
Legislativo, com Parecer prévio do Tribunal de Contas ou
órgão equivalente.
§ 2º Quando, no Município não houver Tribunal de Contas ou
órgão equivalente, a Câmara de Vereadores poderá designar
peritos contadores para verificarem as contas do prefeito e
sobre elas emitirem parecer.
A CF/88 proíbe a criação de Tribunais de Contas de Município.
Cuidado. O Município de São Paulo, por exemplo, possui o seu
próprio TCM, mas ele foi criado antes da CF/88.
Cuidado. Existem Tribunais de Contas dos Municípios, que são
Tribunais Estaduais que controlam as contas dos Municípios
que existem no Estado.

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3- Análise das questões


1- (CESPE) A lei orçamentária anual (LOA) pode conter dispositivo que
autorize a abertura de crédito destinado a atender a dotação não
prevista no programa de trabalho inicialmente aprovado.
Gabarito: “errado”
Crédito destinado a atender dotação não prevista é crédito especial.
Ora, se a dotação não foi prevista, ela não está na LOA, assim, a
abertura de crédito especial terá que ser feito por lei especial que não a
LOA.

2- (CESP/STJ) O ciclo orçamentário começa a partir da mensagem


presidencial que encaminha o projeto de lei orçamentária ao Congresso
Nacional.
Gabarito: “errado”
O ciclo orçamentário começa com o planejamento do PPA e se encerra
com o julgamento das contas.

3- (CESPE/STJ) A proposta orçamentária do Poder Legislativo deve


ser apresentada ao Congresso Nacional pelo Poder Executivo.
Gabarito: “certo”
Todos os Poderes e o Ministério Público, encaminham suas propostas ao
Executivo, que tem o papel de consolidá-las, para posterior envio ao
Legislativo.

4-(CESPE/STJ) O ciclo orçamentário tem início com a preparação da


proposta orçamentária e termina com o encerramento do exercício
financeiro.
Gabarito: “errado”
O ciclo orçamentário tem início com o plano do PPA e termina com o
julgamento das contas.
Como expõe o prof. Sérgio Mendes, nos termos da CF/1988, o ciclo
orçamentário ampliado desdobra-se em oito fases, quais sejam:
-formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
- apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
- proposição de metas e prioridades para a administração e da política
de alocação de recursos pelo Executivo;
- apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
- elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;

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- apreciação, adequação e autorização legislativa;


- execução dos orçamentos aprovados;
- avaliação da execução e julgamento das contas.

5- (CESPE/2018/CGM-JP) O ciclo orçamentário inicia-se com a


elaboração do projeto de lei orçamentária e se encerra com a
publicação da lei do orçamento pelo Poder Executivo, após sua
aprovação pelo Poder Legislativo.
Gabarito: “errado”
O ciclo orçamentário tem início com o plano do PPA e termina com o
julgamento das contas.

6- (CESPE/2017/TCE-PE) Constituído por diversas etapas, desde a


proposta orçamentária até a aprovação da lei orçamentária, o ciclo
orçamentário é, ao longo de todo exercício, um processo intermitente
no que diz respeito a análises e decisões.

Gabarito: “errado”
O ciclo é dinâmico, contínuo e flexível. A questão abordou o aspecto do
ciclo ser contínuo, isso é, ele não é intermitente, descontínuo.

7- (CESPE/2017/SEDF) O ciclo orçamentário é um processo


contínuo, dinâmico e flexível, em que são avaliados os aspectos físicos e
financeiros dos programas do setor público.
Gabarito: “certo”
O ciclo é dinâmico, contínuo e flexível.

8- (CESPE/2017/TRE-BA) O ciclo orçamentário é o período de tempo


em que se processam as atividades típicas do orçamento público. Em
sua concepção ampliada — adotada pela Constituição Federal de 1988
—, tal ciclo desdobra-se em oito fases. Uma dessas fases corresponde à
elaboração da proposta de orçamento pelo Poder Executivo e a sua
submissão ao Poder Legislativo. Essa fase ocorre logo após a apreciação
e a adequação da lei de diretrizes orçamentárias pelo Poder Legislativo.
Gabarito: “certo”
O ciclo orçamentário tem início com o plano do PPA e termina com o
julgamento das contas.

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Como expõe o prof. Sérgio Mendes, nos termos da CF/1988, o ciclo


orçamentário ampliado desdobra-se em oito fases, quais sejam:
-formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
- apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
- proposição de metas e prioridades para a administração e da política
de alocação de recursos pelo Executivo;
- apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
- elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;
- apreciação, adequação e autorização legislativa;
- execução dos orçamentos aprovados;
- avaliação da execução e julgamento das contas.

9- (CESPE/2016/TCE-PR) Com relação ao ciclo orçamentário, o plano


plurianual estabelece diretrizes para as despesas de capital.

Gabarito: “certo”

O PPA é DOM, diretrizes, objetivos e metas. Observem que a banca não


usou todas as características, o que não invalida a questão.

A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma


regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública
federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as
relativas aos programas de duração continuada.

10- (CESPE/2016/TCE-PA) O ciclo orçamentário é constituído de uma


sequência de quatro fases, ou etapas, que devem ser cumpridas como
parte do processo orçamentário: elaboração, aprovação, execução e
acompanhamento.

Gabarito: “errado”

O ciclo orçamentário é composto por:


1) elaboração
2) discussão/aprovação
3) execução/acompanhamento
4) avaliação/controle.

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11- (CESPE/2016/TCE-PA) O processo orçamentário envolve a fase


de elaboração das leis orçamentárias e a fase de execução
orçamentária.

Gabarito: “certo”
A banca trouxe duas etapas do ciclo, o que não invalida a questão.
O ciclo orçamentário é composto por:
1) elaboração
2) discussão/aprovação
3) execução/acompanhamento
4) avaliação/controle.

12- (CESPE/2016/DPU) O ciclo orçamentário pode ser definido como


um rito legalmente estabelecido, com etapas que se repetem
periodicamente e que envolvem elaboração, discussão, votação,
controle e avaliação do orçamento.

Gabarito: “certo”
O ciclo orçamentário é composto por:
1) elaboração
2) discussão/aprovação
3) execução/acompanhamento
4) avaliação/controle.

13- (CESPE/2018/TCM-BA) Caso um gestor público identifique a


necessidade de recursos para aquisição de produtos alimentícios a
serem distribuídos à população desabrigada por chuvas e
desabamentos, na solução do problema, ante a inexistência de
previsão orçamentária, ele deverá solicitar a abertura de créditos
extraordinários que visem à cobertura de recursos decorrentes da
necessidade de ação imediata do poder público em razão de
calamidades imprevistas.

Gabarito: “certo”
Créditos extraordinários: são abertos para fazerem frente à situação de
emergência, calamidade ou guerra externa. São abertos por medida
provisória, isso é, sem autorização legislativa prévia e não possuem a
obrigação de indicar a fonte de custeio.

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14- (CESPE/2018/ABIN) É vedada a prorrogação de vigência de


créditos especiais para exercício financeiro diverso daquele em que os
referidos créditos foram autorizados.

Gabarito: “errado”
Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício
financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for
promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que,
reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao o rçamento
do exercício financeiro subsequente.

15- (CESPE/2018/STM) Embora seja admitida para atender


despesas imprevisíveis, a abertura de créditos extraordinários depende
da indicação dos recursos correspondentes.

Gabarito: “errado”
Créditos extraordinários: são abertos para fazerem frente à situação de
emergência, calamidade ou guerra externa. São abertos por medida
provisória, isso é, sem autorização legislativa prévia e não possuem a
obrigação de indicar a fonte de custeio.

16- (CESPE/2018/STM) Os créditos suplementares previamente


autorizados na lei orçamentária anual são abertos por decreto do
Poder Executivo.

Gabarito: “certo”
O crédito suplementar é incorporado ao orçamento, por adição da
importância autorizada à dotação orçamentária, a despesa com crédito
especial e com crédito extraordinário apresenta-se separadamente do
orçamento.

17- (CESPE/2018/STM) Os créditos suplementares possuem


vigência exclusivamente dentro do exercício financeiro em que são
abertos.
Gabarito: “certo”
Os únicos créditos que podem vigorar por mais de um exercício, e se
somente forem abertos nos últimos 4 meses, são o especial e o
extraordinário.

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Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício


financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for
promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que,
reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento
do exercício financeiro subsequente.

18- (CESPE/2017/TRE-TO) Em função de fortes chuvas ocorridas


no Tocantins, uma ponte de determinado município do estado ruiu,
ficando os moradores isolados. Devido ao desastre, o acesso a água e
a alimentos ficou limitado, pois a distribuição passou a se dar
unicamente por via aérea. Esses fatos levaram à decretação do
estado de calamidade.
Nessa situação hipotética, o governo do estado do Tocantins, para
agir com celeridade, deverá abrir, por ato executivo, um crédito
extraordinário.

Gabarito: “certo”
Créditos extraordinários: são abertos para fazerem frente à situação de
emergência, calamidade ou guerra externa. São abertos por
medida provisória, isso é, sem autorização legislativa prévia e não
possuem a obrigação de indicar a fonte de custeio.

19- (CESPE/2017/TCE-PE) No ano 201X, o Departamento de Polícia


Federal informou que as dotações orçamentárias para custear a emissão
de passaportes, previstas na lei orçamentária anual daquele exercício
financeiro, teriam sido totalmente utilizadas até o mês de julho, o que o
obrigou a suspender esse serviço. Nessa situação, é necessária a
aprovação e a publicação de uma lei de créditos adicionais do tipo
especial para que o serviço de emissão de passaportes seja retomado.

Gabarito: “errado”

Já havia uma dotação, contudo, ela não foi suficiente, portanto, o


crédito a ser usado é o suplementar.

20- (CESPE/2017/SEDF) Crédito adicional aberto com base em


autorização dada pela lei orçamentária anual corresponde a um crédito
suplementar.

Gabarito: “certo”

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Créditos extraordinários não precisam de autorização legislativa para


serem abertos.

Créditos especiais são os que não foram previstos na LOA,


necessitando, portanto, de lei especial para sua criação.

Créditos suplementares podem constar da LOA ou de lei especial.

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4- Perguntas de verificação do aprendizado.


1. Quais as etapas dos ciclo orçamentário?
2. As leis dor orçamento são complementares ou ordinárias?
3. A lei que irá dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos,
a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes
orçamentárias e da lei orçamentária anual, é ordinária ou
complementar?
4. É correto dizer que tendo em vista a independência do Judiciário,
Ministério Público e Defensoria, eles são livres para estipular seus
orçamentos? Por quê?
5. Quais são os prazos de encaminhando e de retorno das leis
orçamentárias?
6. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do
regimento comum?
7. No ordenamento jurídico brasileiro, só existe o controle externo?
8. Quem é o responsável pelo controle externo?
9. O que compreende o controle da execução orçamentária?
10. A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será
prévia, concomitante e subsequente?

5- Respostas às perguntas de verificação do aprendizado.

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1. Quais as etapas dos ciclo orçamentário?


O ciclo orçamentário é composto por: elaboração, discussão/aprovação,
execução e avaliação/controle.
O processo orçamentário brasileiro é misto, cabendo ao Executivo o
papel de elaborar e executar e ao Legislativo, o papel de aprovar e
controlar.
O ciclo orçamentário ampliado desdobra-se em oito fases, quais sejam:
-formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
- apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
- proposição de metas e prioridades para a administração e da política
de alocação de recursos pelo Executivo;
- apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
- elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;
- apreciação, adequação e autorização legislativa;
- execução dos orçamentos aprovados;
- avaliação da execução e julgamento das contas.

2. As leis dor orçamento são complementares ou ordinárias?


Elas são leis ordinárias.
CF/88
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.

3. A lei que irá dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos,


a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes
orçamentárias e da lei orçamentária anual, é ordinária ou
complementar?
Art.165, §9º, da CF/88:
§ 9º Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei
orçamentária anual.
Obs: As leis do orçamento são ordinárias, mas uma lei complementar geral,
organizará as leis do orçamento.

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II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração


direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de
fundos.
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de
procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos legais e
técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das programações de
caráter obrigatório, para a realização do disposto no § 11 do art. 166.

4. É correto dizer que tendo em vista a independência do Judiciário,


Ministério Público e Defensoria, eles são livres para estipular seus
orçamentos? Por quê?
Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira
e os Tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos
limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de
diretrizes orçamentárias.
O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional
e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

5. Quais são os prazos de encaminhando e de retorno das leis


orçamentárias?
CF/88
ADCT
Art. 35
§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, §
9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas:
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro
exercício financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado
até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e
devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito
meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para
sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa;
III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro
meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção
até o encerramento da sessão legislativa.

LDO: encaminha até 15 abril e devolvido até 17 julho.


LOA encaminha até 31 agosto e devolvido até 22 dezembro
PPA: encaminha até 31 agosto e devolvido até 22 dezembro

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6. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes


orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do
regimento comum?
Sim. É exatamente isso que dispõe a CF/88.

7. No ordenamento jurídico brasileiro, só existe o controle externo?


Não. Existe o controle externo a cargo do Congresso, auxiliado pelo
Tribunal de Contas e o controle interno de cada Poder.

8. Quem é o responsável pelo controle externo?


O controle externo é função típica do Poder Legislativo.

9. O que compreende o controle da execução orçamentária?


Lei nº 4.320/64.
Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá:
I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a
realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;
II - a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por
bens e valores públicos;
III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos
monetários e em termos de realização de obras e prestação de serviços.
Art. 81. O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por
objetivo verificar a probidade da administração, a guarda e legal emprego
dos dinheiros públicos e o cumprimento da Lei de Orçamento.

10. A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será


prévia, concomitante e subsequente?
Sim. É isso que prevê a Lei nº 4.320/64.
Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será
prévia, concomitante e subsequente.

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6- Questões trabalhadas no Relatório


1- (CESPE) A lei orçamentária anual (LOA) pode conter dispositivo que
autorize a abertura de crédito destinado a atender a dotação não
prevista no programa de trabalho inicialmente aprovado.

2- (CESP/STJ) O ciclo orçamentário começa a partir da mensagem


presidencial que encaminha o projeto de lei orçamentária ao Congresso
Nacional.

3- (CESPE/STJ) A proposta orçamentária do Poder Legislativo deve


ser apresentada ao Congresso Nacional pelo Poder Executivo.

4-(CESPE/STJ) O ciclo orçamentário tem início com a preparação da


proposta orçamentária e termina com o encerramento do exercício
financeiro.

5- (CESPE/2018/CGM-JP) O ciclo orçamentário inicia-se com a


elaboração do projeto de lei orçamentária e se encerra com a
publicação da lei do orçamento pelo Poder Executivo, após sua
aprovação pelo Poder Legislativo.

6- (CESPE/2017/TCE-PE) Constituído por diversas etapas, desde a


proposta orçamentária até a aprovação da lei orçamentária, o ciclo
orçamentário é, ao longo de todo exercício, um processo intermitente
no que diz respeito a análises e decisões.

7- (CESPE/2017/SEDF) O ciclo orçamentário é um processo


contínuo, dinâmico e flexível, em que são avaliados os aspectos físicos e
financeiros dos programas do setor público.

8- (CESPE/2017/TRE-BA) O ciclo orçamentário é o período de tempo


em que se processam as atividades típicas do orçamento público. Em
sua concepção ampliada — adotada pela Constituição Federal de 1988
—, tal ciclo desdobra-se em oito fases. Uma dessas fases corresponde à
elaboração da proposta de orçamento pelo Poder Executivo e a sua
submissão ao Poder Legislativo. Essa fase ocorre logo após a apreciação
e a adequação da lei de diretrizes orçamentárias pelo Poder Legislativo.

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9- (CESPE/2016/TCE-PR) Com relação ao ciclo orçamentário, o plano


plurianual estabelece diretrizes para as despesas de capital.

10- (CESPE/2016/TCE-PA) O ciclo orçamentário é constituído de uma


sequência de quatro fases, ou etapas, que devem ser cumpridas como
parte do processo orçamentário: elaboração, aprovação, execução e
acompanhamento.

11- (CESPE/2016/TCE-PA) O processo orçamentário envolve a fase


de elaboração das leis orçamentárias e a fase de execução
orçamentária.

12- (CESPE/2016/DPU) O ciclo orçamentário pode ser definido como


um rito legalmente estabelecido, com etapas que se repetem
periodicamente e que envolvem elaboração, discussão, votação,
controle e avaliação do orçamento.

13- (CESPE/2018/TCM-BA) Caso um gestor público identifique a


necessidade de recursos para aquisição de produtos alimentícios a
serem distribuídos à população desabrigada por chuvas e
desabamentos, na solução do problema, ante a inexistência de
previsão orçamentária, ele deverá solicitar a abertura de créditos
extraordinários que visem à cobertura de recursos decorrentes da
necessidade de ação imediata do poder público em razão de
calamidades imprevistas.

14- (CESPE/2018/ABIN) É vedada a prorrogação de vigência de


créditos especiais para exercício financeiro diverso daquele em que os
referidos créditos foram autorizados.

15- (CESPE/2018/STM) Embora seja admitida para atender


despesas imprevisíveis, a abertura de créditos extraordinários depende
da indicação dos recursos correspondentes.

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16- (CESPE/2018/STM) Os créditos suplementares previamente


autorizados na lei orçamentária anual são abertos por decreto do
Poder Executivo.

17- (CESPE/2018/STM) Os créditos suplementares possuem


vigência exclusivamente dentro do exercício financeiro em que são
abertos.

18- (CESPE/2017/TRE-TO) Em função de fortes chuvas ocorridas


no Tocantins, uma ponte de determinado município do estado ruiu,
ficando os moradores isolados. Devido ao desastre, o acesso a água e
a alimentos ficou limitado, pois a distribuição passou a se dar
unicamente por via aérea. Esses fatos levaram à decretação do
estado de calamidade.
Nessa situação hipotética, o governo do estado do Tocantins, para
agir com celeridade, deverá abrir, por ato executivo, um crédito
extraordinário.

19- (CESPE/2017/TCE-PE) No ano 201X, o Departamento de Polícia


Federal informou que as dotações orçamentárias para custear a emissão
de passaportes, previstas na lei orçamentária anual daquele exercício
financeiro, teriam sido totalmente utilizadas até o mês de julho, o que o
obrigou a suspender esse serviço. Nessa situação, é necessária a
aprovação e a publicação de uma lei de créditos adicionais do tipo
especial para que o serviço de emissão de passaportes seja retomado.

20- (CESPE/2017/SEDF) Crédito adicional aberto com base em


autorização dada pela lei orçamentária anual corresponde a um crédito
suplementar.

7- Gabarito
1-e 2-e 3-c 4-e 5-e 6-e 7-c 8-c 9-c 10-e
11-c 12-c 13-c 14-e 15-e 16-c 17-c 18-c 19-e 20-c

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