Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O uso da energia está associado ao desenvolvimento e as dinâmicas de capital. A humanidade sempre teve a energia
como pilar central para construção de suas relações espaciais. No Brasil o uso de energias delimita-se por ciclos
históricos, vertentes de transporte, disponibilidade e potencial de exploração.
RENOVÁVEIS: são recursos energéticos cuja a renovação na natureza acontece em uma curta escala de tempo. Ex.:
água, sol, ventos, biomassa, etc.
NÃO-RENOVÁVEIS: recursos cuja exploração tende a ser mais agressiva à natureza, tal qual recursos minerais e ou
fósseis. Seu tempo de renovação é geológico e, portanto, sua disponibilidade é finita. Ex.: carvão, petróleo, urânio, etc.
TERMOELÉTRICAS:
Usina de mais baixo custo e curto prazo de instalação. O Governo Brasileiro pretende instalaras várias
pequenas usinas espalhadas pelo país. Atualmente estão apenas na região sudeste, principalmente RJ e SP para
abastecer os centro industriais. É altamente poluidora e são abastecidas por combustíveis fósseis.
Combustíveis Fósseis
Fontes de energia baseadas em ligações químicas de carbono e hidrogênio. Formadas a partir do acúmulo de matéria
orgânica em bacias sedimentares por milhares de anos. Ex.: carvão mineral, petróleo, xisto betuminoso e gás natural.
CARVÃO MINERAL:
Principais reservas: China, Rússia e EUA. usado para metalurgia e siderurgia. No Brasil encontra-se muita
Turfa na região sul, Santa Catarina.
Quanto mais profundo melhor a qualidade: TURFA – menor qualidade; LINHITO – média baixa; HULHA – média
alta, mais abundante no mundo; ANTRÁCITO – melhor qualidade.
GÁS NATURAL:
Sua extração está associada a reservas de petróleo, localiza-se na primeira camada de extração.
GASODUTO BRASIL-BOLÍVIA: abastecimento de indústrias e termoelétricas na região sudeste
PETRÓLEO:
Combustível fóssil de alta combustão, formado basicamente de carbono e hidrogênio. O Petróleo se encontra
em bacias sedimentares. Utilizado desde o fim do séc. 19, nos EUA e depois no resto do mundo. Uso: combustíveis,
asfalto e matéria-prima para plástico e afins.
OPEP: cartel petrolífero, domina o volume da produção e regula o preço do mercado. (Arábia Saudita, Irã,
Iraque, Kuwait, Venezuela, líbia, Qatar, Argélia, Indonésia, Emirados Árabes Unidos, Nigéria. Fundado nos anos
1960. Em sua formação respondiam por 60% da produção mundial, atualmente produzem quase 30%.
Crises do petróleo:
1956 – Canal de Suez, no Egito é nacionalizado, com isso a rota do petróleo se torna mais longa e o transporte
encarece.
1973 – Yom Kippur – protesto da OPEP contra os EUA apoiarem Israel durante a Guerra do Yom Kippur – barril
chega a 400% de aumento. Guerra do Egito e Síria X Israel, consequência da Guerra dos Seis Dias (1967).
1979 – Guerra Irã X Iraque - mais de 1 milhão de soldados mortos de ambos os países, tendo o preço disparado em
face da súbita diminuição da produção de dois dos principais produtores mundiais. Aumento em mais de 1000%.
1991 – 1ª Guerra do Golfo – Iraque invade Kuwait. EUA (George H. W. Bush) e aliados expulsam iraquianos do
Kuwait, Iraquianos incendeiam poços de petróleo do Kuwait
2008 – Especulação Global causa aumento de 100%, associado a crise imobiliária dos EUA (George W. W. Bush).
Petróleo no Brasil:
Desenvolvimento a partir da Era Vargas, 1938 – 1º poço de petróleo no sul da Bahia. O Crescimento no
consumo internacional impulsionou a criação da PETROBRÁS, em 1953, no governo do presidente, agora eleito,
Getúlio Vargas. No Brasil a PETROBRÁS controla a pesquisa, a prospecção, a extração e o refinamento do petróleo,
eventualmente contratando outras empresas para esses serviços e concorrendo com as mesmas nas áreas de
distribuição e transporte. Petrobrás se tornou especialistas em tecnologias de extração em áreas profundas.
Pré-Sal: em exploração desde 2008, em testes ainda, porém ainda sem definições sobre o fluxo de capital e
royalties – possível distribuição nacional entre União, Estados e Municípios com gastos em Educação 75% e Saúde 25
%.
HIDROELÉTRICAS:
Hidrelétricas
O uso da água como fonte de energia tem início com os moinhos de rio, que usavam energia mecânica. Com o
advento da eletricidade essa fonte se tornou abundante em diversos locais do mundo pela eficiência e renovabilidade.
Contudo, devido as represas, também causa impacto ambiental.
Belo Monte: usina ainda está construção no rio Xingu, mas será a maior a usina hidrelétrica totalmente
nacional. No final de 2017 a usina já contava com operação em 96% de sua estrutura e prevê-se funcionamento pleno
a partir da metade de 2020. O projeto foi reduzido sucessivas vezes até chegar a obra de apenas uma usina no Rio
Xingu, por conta de impactos ambientais, sociais e econômicos. Será a 4ª maior usina hidrelétrica, após 3 Gargantas
(China) e Itaipu.
ENERGIA NUCLEAR
Nuclear
A energia nuclear, usualmente, é produzida com isótopos de urânio enriquecido. O Brasil possui uma das mais
eficientes tecnologias de enriquecimento de urânio e começou seu planejamento nuclear ainda nos anos 1950.
Biocombustíveis
O etanol é de grande importância por servir como alternativa ao petróleo, obtido geralmente pelo cultivo da cana-de-
açúcar. O biodiesel é um composto obtido a partir de gordura ou óleos vegetais e serve para substituir o diesel, à base
de petróleo. Sua produção pode envolver mamona, soja, dendê ou outros vegetais oleoginosos. No Brasil é utilizado
para diluir o diesel regular.
Do ponto de vista energético, a biomassa pode ser considerada como qualquer matéria orgânica que possa ser
transformada em energia mecânica, térmica ou elétrica. De acordo com a sua origem, pode ser: florestal (madeira,
principalmente), agrícola (soja, arroz, milho, cana-de-açúcar, entre outras) e rejeitos urbanos e industriais (resíduos
sólidos ou líquidos)
ÁLCOOL
Energia de biomassa largamente explorada pelo governo brasileiro a partir de 1975 com o programa
PROÁLCOOL, pode ser obtida por vários vegetais. O Brasil tem tecnologia dominante nessa produção e produz o
álcool mais potente, obtido da cana de açúcar. Utiliza-se de grandes latifúndios.
Juntos, Brasil e Estados Unidos lideram a produção industrial de etanol, representando em conjunto 87,8% da
produção mundial em 2010.
Energias Alternativas
Fontes de menor impacto ambiental, cujas tecnologias estão em amplo desenvolvimento, pesquisa e implementação,
para atender demandas de sustentabilidade. As mais convencionais são a Eólica, com moinhos de vento, que podem
ocupar grandes áreas de captação e Solar, com células fotovoltáicas, ainda de alto custo de implementação. Fontes de
energia como a marémotriz e ondomotriz utilizam movimentos oceânicos. A geotérmica utiliza o calor da Terra.
Considera-se a biomassa um conjunto de fontes orgânicas renováveis para queima.
Solar:
fonte abundante, não poluente. Uso como energia térmica e/ou energia elétrica. Uma corrente elétrica é criada em
células fotovoltaicas, serve para alimentar sobretudo pequenas potencias, tecnologia ainda em desenvolvimento. As
usinas solares utilizam painéis de espelhos para aquecer a água e movimentar geradores à vapor, porém essa
tecnologia se limita a presença de luz e tem dificuldades com armazenamento em baterias. Uso como energia térmica:
aquecimento da água para economia de energia elétrica.
O uso como energia térmica esta espalhado por todo o brasil. Existe também estudos para implementação de usinas
solares no nordeste, pois a faixa mais próxima do Equador recebe mais energia solar ao longo do ano.
Atualmente existem 90 usinas solares em operação no Brasil, as quais somam aproximados 1.163.361,63 kW
(quilowatts) de potência fiscalizada. Esses são dados do Banco de Informações de Geração da agência, o BIG,
Esse valor ainda é irrisório no total da matriz elétrica do país, contabilizando por apenas 0,73%. Dentre os estados
com maior número de projetos em operação, Bahia vem em primeiro, com 17 usinas. Minas Gerais vem em segundo,
com 15 e Amazonas em terceiro, com 14.
Eólica:
Uso mecânico: moinhos de moenda, propulsão de navegações, movimentação na drenagem de canais (Países Baixos).
Uso elétrico: movimentação de aerogeradores de cataventos em áreas de planície, principalmente.
Brasil possui grande potencial em energia eólica, segundo Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, publicado pelo Centro
de Pesquisas de Energia Elétrica da Eletrobras, o território brasileiro tem capacidade para gerar até 140 gigawatts, mas
atualmente a capacidade instalada é de 1 GW, o que representa menos de 1% do potencial. Por outro lado, o potencial
eólico brasileiro é maior do que a produção elétrica instalada no país atualmente.
Oceânica ou Energia das Ondas: A energia das ondas ou ondomotriz provém do aproveitamento das ondas oceânicas.
É uma energia "limpa", isto é, sem quaisquer custos para o ambiente. A energia das ondas é uma fonte de energia
renovável que resulta da transformação da energia contida nas ondas marítimas em energia elétrica. Este tipo de
tecnologia, embora não se encontre disponível de forma comercial, tem vindo a ser desenvolvida desde os
anos 70 num conjunto de países com potencial para explorar este tipo de energia, que incluem o Reino Unido,
Portugal, Noruega, Japão.
Ao contrário do que acontece na energia eólica, existe uma grande variedade de tecnologias em desenvolvimento para
a produção de energia das ondas, que resultam das diferentes formas em que a energia pode ser capturada e também
das diferentes profundidades e características geológicas das localização escolhida. Desta forma podem ser
encontradas mais do que uma centena de sistemas de energia das ondas em diversas fases de desenvolvimento.
Maremotriz: A energia maremotriz pode ser obtida de duas formas, sendo através da energia cinética causada pelo
movimento das marés ou da energia potencial conseguida pela diferença de altura entre a maré baixa e a maré alta.
Devido a atração gravitacional e o movimento de rotação da Terra, as marés variam de altura e demoram 12 horas e 25
minutos para alternarem entre essas duas fases. As marés são uma fonte natural de energia, não poluidora e renovável.
A energia geotérmica tem muitas aplicações práticas, pode servir para aquecer habitações, piscinas, estufas de
agricultura e Centrais geotérmicas para a produção de energia elétrica. Devido a necessidade de se obter energia
elétrica de uma maneira mais limpa e em quantidades cada vez maiores, existe um interesse renovado neste tipo de
energia pouco poluente.
Para que possamos entender como é aproveitada a energia do calor da Terra devemos primeiramente entender como
nosso planeta é constituído. A Terra é formada por grandes placas, que nos mantém isolados do seu interior, no qual
encontramos o magma, que consiste basicamente em rochas derretidas. Com o aumento da profundidade a
temperatura dessas rochas aumenta cada vez mais, no entanto, há zonas de intrusões magmáticas, onde a temperatura é
muito maior. Essas são as zonas onde há elevado potencial geotérmico.