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Introdução;
A invenção da cinematografia;
Origens do cinema Português;
Cinema em Portugal.
Introdução
Cinema
Cinema inclui a técnica de projectar imagens para criar a impressão de
movimento, bem como uma arte e a indústria cinematográfica. As obras
cinematográficas (mais conhecidas como filmes) são produzidas através da gravação de
imagens do mundo com câmaras, ou pela criação de imagens utilizando técnicas de
animação ou efeitos visuais. Os filmes são feitos de uma série de imagens individuais
chamadas fotogramas. Quando essas imagens são projectadas de forma rápida e
sucessiva, o espectador têm a ilusão de que está ocorrendo movimento. A cintilação
entre os fotogramas não é percebida devido a um efeito conhecido como persistência de
visão, pelo qual o olho humano retém uma imagem durante uma fracção de segundo
após a fonte ter sido removida. Os espectadores têm a ilusão de movimento devido a um
efeito psicológico chamado movimento beta. O cinema é um artefacto cultural criado
por determinadas culturas, que reflectem as mesmas e, por sua vez, as afectam. O
cinema é considerado uma importante forma de arte, uma fonte de entretenimento
popular e um método poderoso para educar - ou doutrinar - os cidadãos. Os elementos
visuais dão aos filmes um poder de comunicação universal. Alguns filmes se tornaram
mundialmente populares ao usarem técnicas de dublagem ou legendas, que traduzem o
diálogo.
Invenção da cinematografia
A invenção da fotografia, e sobretudo a da fotografia animada, foram momentos
cruciais para o desenvolvimento não só das artes como da ciência, em particular no
campo da antropologia visual. O cinema é possível, graças à invenção do cinematógrafo
pelos Irmãos Lumière no fim do século XIX. Em 28 de Dezembro de 1895, no subterrâneo do
Grand Café, em Paris, eles realizaram a primeira exibição pública e paga de cinema: uma série
de dez filmes, com duração de 40 a 50 segundos cada, já que os rolos de película tinham
quinze metros de comprimento. Os filmes até hoje mais conhecidos desta primeira sessão
chamavam-se "A saída dos operários da Fábrica Lumière" e "A chegada do trem à Estação
Ciotat", cujos títulos exprimem bem o conteúdo. Apesar de também existirem registos de
projecções um pouco anteriores a outros inventores (como os irmãos Max Skladanowsky e
Emil Skladanowsky na Alemanha), a sessão dos Lumière é aceita pela maciça maioria da
literatura cinematográfica como o marco inicial da nova arte. O cinema expandiu-se, a partir
de então, por toda a França, Europa e Estados Unidos, através de cinegrafistas enviados pelos
irmãos Lumière, para captar imagens de vários países. Nesta mesma época, um mágico
ilusionista chamado Georges Méliès, que comandava um teatro nas vizinhanças do local da
primeira exibição mencionada, quis comprar um cinematógrafo, para utilizá-lo em seus
números de mágica. No entanto, os Lumière não quiseram vender-lhe, e o pai dos irmãos
inventores chegou a dizer a Méliès que o aparelho tinha finalidade científica e que o mágico
teria prejuízo, se gastasse dinheiro com a máquina, para fazer entretenimento. Méliès
conseguiu um aparelho semelhante, depois, na Inglaterra, e foi o primeiro grande produtor de
filmes de ficção, com narrativas, voltados para o entretenimento. Em suas experimentações, o
mágico descobriu vários truques que resultaram nos primeiros efeitos especiais da história do
cinema.
Paz dos Reis tem em mente explorar o seu cinematógrafo. Organiza alguns
espectáculos que não obtêm os resultados esperados e tenta o Brasil. O
cinematógrafo Português seria apresentado no Teatro Lucinda do Rio de Janeiro, a 15
de Janeiro de 1897. Regressa desiludido, depois de captar algumas cenas na Avenida
Rio Branco, nessa cidade, das primeiras imagens animadas filmadas no Brasil.
Cinema de Portugal
Surge o filme histórico Rainha depois de morta (1910), de Carlos Santos e outro
intitulado Guiomar Teixeira, A Filha de Tristão das Damas, de João Gomes: cristãos
contra sarracenos no século XVI. João Tavares adapta uma obra de Camilo Castelo
Branco (Carlota Ângela - Portugália Film, 1912). E Charlot entra em cena: duas
imitações feitas por um cómico espanhol conhecido por Cardo, filmado por Ernesto de
Albuquerque (Chegada de Cardo as Charlot a Lisboa e Uma Conquista de Cardo as
Charlot no Jardim Zoológico de Lisboa - 1916). De Charlot faz-se ainda uma réplica
lisboeta, de Emídio Pratas (Pratas, Conquistador - 1917), em que, depois de várias
tropelias, o dandy alfacinha acaba por ficar com um olho negro. Fecha-se o ciclo de
Lisboa.