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Cinematografi

Trabalho elaborado por:


- Bruna Teixeira nº05

- Catarina Magalhães nº07


- Marco Teixeira nº18

- Sara Matos nº23

 Introdução;
 A invenção da cinematografia;
 Origens do cinema Português;
 Cinema em Portugal.
Introdução
Cinema
Cinema inclui a técnica de projectar imagens para criar a impressão de
movimento, bem como uma arte e a indústria cinematográfica. As obras
cinematográficas (mais conhecidas como filmes) são produzidas através da gravação de
imagens do mundo com câmaras, ou pela criação de imagens utilizando técnicas de
animação ou efeitos visuais. Os filmes são feitos de uma série de imagens individuais
chamadas fotogramas. Quando essas imagens são projectadas de forma rápida e
sucessiva, o espectador têm a ilusão de que está ocorrendo movimento. A cintilação
entre os fotogramas não é percebida devido a um efeito conhecido como persistência de
visão, pelo qual o olho humano retém uma imagem durante uma fracção de segundo
após a fonte ter sido removida. Os espectadores têm a ilusão de movimento devido a um
efeito psicológico chamado movimento beta. O cinema é um artefacto cultural criado
por determinadas culturas, que reflectem as mesmas e, por sua vez, as afectam. O
cinema é considerado uma importante forma de arte, uma fonte de entretenimento
popular e um método poderoso para educar - ou doutrinar - os cidadãos. Os elementos
visuais dão aos filmes um poder de comunicação universal. Alguns filmes se tornaram
mundialmente populares ao usarem técnicas de dublagem ou legendas, que traduzem o
diálogo.

Invenção da cinematografia
A invenção da fotografia, e sobretudo a da fotografia animada, foram momentos
cruciais para o desenvolvimento não só das artes como da ciência, em particular no
campo da antropologia visual. O cinema é possível, graças à invenção do cinematógrafo
pelos Irmãos Lumière no fim do século XIX. Em 28 de Dezembro de 1895, no subterrâneo do
Grand Café, em Paris, eles realizaram a primeira exibição pública e paga de cinema: uma série
de dez filmes, com duração de 40 a 50 segundos cada, já que os rolos de película tinham
quinze metros de comprimento. Os filmes até hoje mais conhecidos desta primeira sessão
chamavam-se "A saída dos operários da Fábrica Lumière" e "A chegada do trem à Estação
Ciotat", cujos títulos exprimem bem o conteúdo. Apesar de também existirem registos de
projecções um pouco anteriores a outros inventores (como os irmãos Max Skladanowsky e
Emil Skladanowsky na Alemanha), a sessão dos Lumière é aceita pela maciça maioria da
literatura cinematográfica como o marco inicial da nova arte. O cinema expandiu-se, a partir
de então, por toda a França, Europa e Estados Unidos, através de cinegrafistas enviados pelos
irmãos Lumière, para captar imagens de vários países. Nesta mesma época, um mágico
ilusionista chamado Georges Méliès, que comandava um teatro nas vizinhanças do local da
primeira exibição mencionada, quis comprar um cinematógrafo, para utilizá-lo em seus
números de mágica. No entanto, os Lumière não quiseram vender-lhe, e o pai dos irmãos
inventores chegou a dizer a Méliès que o aparelho tinha finalidade científica e que o mágico
teria prejuízo, se gastasse dinheiro com a máquina, para fazer entretenimento. Méliès
conseguiu um aparelho semelhante, depois, na Inglaterra, e foi o primeiro grande produtor de
filmes de ficção, com narrativas, voltados para o entretenimento. Em suas experimentações, o
mágico descobriu vários truques que resultaram nos primeiros efeitos especiais da história do
cinema.

Foi o responsável, portanto, pela inserção da fantasia na realização de filmes. Logo


depois, nas duas primeiras décadas do século XX, o director estadunidense David W. Griffith,
um dos pioneiros de Hollywood, realizou filmes que fizeram com que ele fosse considerado
pela historiografia cinematográfica o grande responsável pelo desenvolvimento e pela
consolidação da linguagem do cinema, como arte independente, apesar das polémicas
ideológicas em que se envolveu. Ele foi o primeiro a criar filmes em que a montagem e os
movimentos de câmara eram empregados com maestria e, com isso, estabeleceu os
parâmetros do fazer cinematográfico dali em diante. Destaque para "Intolerância", admirado
até hoje entre cineastas e cinéfilos. Como forma de registar acontecimentos ou de narrar
histórias, o Cinema é uma arte que geralmente se denomina a sétima arte, desde a publicação
do Manifesto das Sete Artes pelo teórico italiano Ricciotto Canudo em 1911. Dentro do Cinema
existem duas grandes correntes: o cinema de ficção e o cinema documental. Como registo de
imagens e som em comunicação, o Cinema também é uma mídia. A indústria cinematográfica
se transformou em um negócio importante em países como a Índia e os Estados Unidos,
respectivamente o maior produtor em número de filmes por ano e o que possui a maior
economia cinematográfica, tanto em seu mercado interno quanto no volume de exportações.
A projecção de imagens estáticas em sequência para criar a ilusão de movimento deve ser de
no mínimo 16 fotogramas (quadros) por segundo, para que o cérebro humano não detecte
que são, na verdade, imagens isoladas. Desde 1929, juntamente com a universalização do
cinema sonoro, as projecções cinematográficas no mundo inteiro foram padronizadas em 24
quadros por segundo.

Origens do cinema Português


O início do cinema português tem lugar com a exibição das primeiras curtas-
metragens amadoras de um empresário da cidade do Porto, Aurélio Paz dos Reis. A
Saída do Pessoal Operário da Fábrica Confiança, de 1896, é uma réplica sua do filme
dos irmãos Lumière (1894/1895), La sortie de l'usine Lumière à Lyon, que é
considerado, depois das descobertas do chamado «pré-cinema», o primeiro filme da
história do cinema e, ao mesmo tempo, o primeiro documentário.

Paz dos Reis tem em mente explorar o seu cinematógrafo. Organiza alguns
espectáculos que não obtêm os resultados esperados e tenta o Brasil. O
cinematógrafo Português seria apresentado no Teatro Lucinda do Rio de Janeiro, a 15
de Janeiro de 1897. Regressa desiludido, depois de captar algumas cenas na Avenida
Rio Branco, nessa cidade, das primeiras imagens animadas filmadas no Brasil.

O interesse de Paz dos Reis pelo cinematógrafo provém do conhecimento de


Edwin Rousby, enviado do inglês Robert William Paul, fabricante de máquinas de
filmar e projectar, o mesmo a quem Georges Mélies, inventor do filme de ficção,
comprou um projector que ele próprio transformou em máquina de filmar, aparelho
híbrido que faria sucesso no seu já famoso Théatre Robert Houdin, em Paris. É por
influência da mesma personagem que, entre outros, Manuel Maria da Costa Veiga, que
se tornará exibidor de filmes em Lisboa, se mete no fabrico das imagens animadas.
Será «O Segundo Caçador de Imagens Português». Paz dos Reis e Costa Veiga fundam
em Portugal essa tradição.

Cinema de Portugal

A ficção cinematográfica portuguesa nasce em 1907, uns bons onze anos


depois das primeiras obras do género terem sido criadas por Georges Méliès, em
França. É uma curta-metragem filmada pelo fotógrafo lisboeta João Freire Correia e
realizada por Lino Ferreira, O Rapto de uma Actriz. Com este filme, tem início o
primeiro Ciclo de Lisboa. Fundada no Porto em 1912, a Invicta Film destacar-se-ia um
pouco mais tarde na história do cinema em Portugal, estabelecendo uma alternância
entre Lisboa e o Porto na liderança da produção nacional, até ao surgimento do filme
sonoro.

A Portugália Film, empresa lisboeta de João Freire Correia, equipa-se e começa


a produzir em 1909. Dedica-se ao filme documentário e de actualidades, géneros que
têm particular sucesso pela curiosidade que despertam. João Correia elege entretanto
um motivo e investe na ficção: uma velha história dos bandidos de Lisboa. Os Crimes
de Diogo Alves, de João Tavares - 1911, filme falado, com vozes por trás do ecrã, faz
enorme sucesso. Temíveis, muito badalados na literatura de cordel, tais como o
espanhol Diogo Alves, «boleeiro em algumas das melhores casas, com a alcunha de O
Pancada», outros bandidos havia : o João Brandão, o José do Telhado, o Remexido.
Instala-se a marginalidade como tema recorrente do cinema português.

Surge o filme histórico Rainha depois de morta (1910), de Carlos Santos e outro
intitulado Guiomar Teixeira, A Filha de Tristão das Damas, de João Gomes: cristãos
contra sarracenos no século XVI. João Tavares adapta uma obra de Camilo Castelo
Branco (Carlota Ângela - Portugália Film, 1912). E Charlot entra em cena: duas
imitações feitas por um cómico espanhol conhecido por Cardo, filmado por Ernesto de
Albuquerque (Chegada de Cardo as Charlot a Lisboa e Uma Conquista de Cardo as
Charlot no Jardim Zoológico de Lisboa - 1916). De Charlot faz-se ainda uma réplica
lisboeta, de Emídio Pratas (Pratas, Conquistador - 1917), em que, depois de várias
tropelias, o dandy alfacinha acaba por ficar com um olho negro. Fecha-se o ciclo de
Lisboa.

Contratado pela Invicta Film, Georges Pallu – que se apaixona pelo


cinematógrafo e desiste de ser secretário de ministro francês –, filmará em Portugal,
até à extinção da empresa, em 1924, uma longa série de ficções de vários géneros.
Começa com Frei Bonifácio (1918), filme desaparecido, e prossegue com a “A Rosa do
Adro” (1919). Leitão de Barros inicia carreira com duas curtas-metragens e uma
proclamação do Presidente da República.
Fim!

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