O direito garantido pela Constituição Federal de 1988 assegura a
liberdade, a proteção e respeito de crenças religiosas às pessoas.
Entretanto, a não aceitação de outra religião perdura desde o período da colonização dos portugueses, quando houve um processo de aculturação e imposição religiosa dos ameríndios e, décadas depois, dos afro- brasileiros. Destarte, esse encontro com o desconhecido acabou gerando uma intolerância e criando, de certa maneira, um estereótipo “de coisa ruim”. No Brasil hodierno, há várias denúncias por agressões, violência, destruição, incêndios e até mesmo levantes contra os adeptos religiosos e seus objetos de devoção - principalmente afro-brasileiras - e na maioria dos casos ficam impunes. Outrossim, existe um fortalecimento desses preconceitos dado pelo ethos – que em maior parte, periferias - com uma predominância evangélica e ideologias arcaicas. Ademais, o individualismo intrínseco na sociedade, de maneira análoga, convém com o pensamento “modernidade líquida”, de Zygmunt Bauman. Esse pensamento, é dever do Estado, como protetor da coletividade, atenuar e extinguir essa intolerância e individualismo presentes. Para assegurar o direito das pessoas e manter a laicidade do Estado, é romper esse estereótipo veiculando campanhas nas mídias sociais de respeito e tolerância das crenças religiosas. Promover delegacias especializadas contra tais intolerâncias e crimes organizados. As escolas incentivarem palestras com líderes de todas as religiões de forma imparcial e didático. Por conseguinte, garantindo a liberdade e um Brasil secular.