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PRINCÍPIOS DE DIREITO DE

FAMÍLIA
Princípio da afetividade

O Direito de Família gravita no princípio da afetividade.

Permite o reconhecimento dos atuais arranjos familiares e da filiação


desbiologizada

Compreender as partes envolvidas no caso em discussão, respeitando


diferenças e valorizando laços de afeto que unem os membros da comunidade
familiar.

“Amar é faculdade, cuidar é dever” (Min. Nancy Andrighi no Resp 1159242)


PRINCÍPIOS DE DIREITO DE
FAMÍLIA
Princípio da solidariedade familiar

Forma especial de responsabilidade social aplicada à relação familiar (Pablo


Stolze e Rodolfo Pamplona)

Amparo, assistência material e moral recíproca.

Ex.: Dever de alimentar entre parentes, cônjuges ou companheiros, poder


familiar exercido sobre os filhos, proteção ao idoso etc.
PRINCÍPIOS DE DIREITO DE
FAMÍLIA
Princípio da função social da família

Reconhecimento do papel sociocultural exercido pela família (segundo


nascimento do homem, primeiro é o físico)

Na perspectiva constitucional - Respeito ao seu caráter eudemonista

A família não é um fim em si mesmo, mas o meio social para busca da felicidade
na relação com outro.

Exemplo da aplicação deste princípio encontramos nas decisões sobre guarda de


filhos, poder familiar, escolhas de famílias substitutas, dentre outras.
PRINCÍPIOS DE DIREITO DE
FAMÍLIA
Princípio da proteção aos idosos, crianças e adolescentes

Proteção aos idosos é sem dúvida uma das maiores preocupações do Direito de
Família considerando o envelhecimento da população (8,6% da população) e a
situação de vulnerabilidade dos idosos.

Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003) – maior de 60 anos


Art. 11. Os alimentos serão prestados ao idoso na forma da lei civil.
Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso optar entre os prestadores” (grifamos).
Art. 14. Se o idoso ou seus familiares não possuírem condições econômicas de prover o seu
sustento, impõe-se ao Poder Público esse provimento, no âmbito da assistência social
PRINCÍPIOS DE DIREITO DE FAMÍLIA
Princípio da proteção aos idosos, crianças e adolescentes
Crianças e adolescentes gozam de plena proteção e prioridade absoluta em seu
tratamento (art. 227 da CF)

Pais devem proporcionar meios adequados de promoção moral, material e espiritual

Educação, lazer, alimentação, vestuário – todas as diretrizes da Política Nacional da


Infância e Juventude

Responsabilização criminal e civil, destituição do poder familiar.

O juiz pode recusar a homologação e não decretar a separação judicial se apurar que a
convenção não preserva suficientemente os interesses dos filhos ou de um dos cônjuges
(art. 1574, par.único CC)

Art. 1566 – deveres dos cônjuges: sustento, guarda e educação dos filhos
Art. 1561 – casamento putativo: resguarda interesses dos filhos até sentença anulatória
PRINCÍPIOS DE DIREITO DE FAMÍLIA
Princípio da intervenção mínima do Estado no Direito de
Família
Normas de Direito de Família tem caráter publicístico, contudo o Estado não deve
interferir na ambiência familiar.

Estado protetor-provedor-assistencialista

Intervenção deve ser de tutelar a família e dar-lhe garantias.

Não pode intervir na estrutura familiar como o faz nas relações contratuais.

Não pode intervir no Direito de Família a ponto de anular a socioafetividade.

Planejamento familiar é decisão do casal (art. 1565, §2º, CC)

Art. 1.513. É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na


comunhão de vida instituída pela família

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