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Rio de Janeiro
Março de 2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Departamento de Engenharia Mecânica
DEM/POLI/UFRJ
Aprovado por:
________________________________________________
Prof. Fernando Pereira Duda
________________________________________________
Prof. Jules Ghislain Slama
________________________________________________
Prof.Fábio da Costa Figueiredo
Ferreira, Iris Costa
Verificação de um vaso de pressão segundo a Norma
ASME BPVC Seção VIII para a reutlização em armazenamento de
Cloro / Iris Ferreira – Rio de Janeiro: UFRJ/Escola Politécnica,
2019.
Agradeço a minha família que sempre me deram força e auxílio para continuar
estudando, além da motivação para que eu pudesse concluir essa graduação.
Março de 2019
Este trabalho é um estudo de caso e tem o intuito de promover uma análise crítica
quanto à viabilidade da reutilização de um vaso de pressão, usado como tanque de Cloro,
dado as condições de projeto especificadas pelo cliente, e a verificação dos
dimensionamentos às normas técnicas aplicáveis. A reutilização de um vaso de pressão
engloba reavaliação e dimensionamento do vaso. Então, primeiro é feito uma análise
estrutural estática, através do cálculo da máxima pressão admissível de trabalho nos
componentes principais (casco e tampos) e a verificação da sua adequação com a faixa de
pressão esperada do processo. A partir de então, foi feito o dimensionamento para o bocal
que precisava ser adicionado ao tanque. Todo esse dimensionamento foi realizado
utilizando-se as cláusulas relevantes para o tipo de vaso da Divisão 1 da norma Boiler and
Pressure Vessel Code da ASME.
Março de 2019
This work is a case study and aims to promote a critical analysis as to the feasibility
of reuse of a pressure vessel, used as a Chlorine tank, given the design conditions specified
by the client, and verification of the sizing to technical standards applicable. The reuse of
a pressure vessel comprises reassessment and sizing of the vessel. Then, a static structural
analysis is first made by calculating the maximum allowable working pressure in the main
components (shells and tops) and checking their suitability with the expected pressure
range of the process. Thereafter, the sizing was done for the nozzle that needed to be
added to the tank. All this design was performed using the clauses relevant to the type of
vessel of Division 1 of the ASME standard Boiler and Pressure Vessel Code.
6
Sumário
1. Introdução ........................................................................................................ 1
1.1 Tema ...................................................................................................................... 13
1.2 Delimitação ........................................................................................................... 13
1.3 Justificativa............................................................................................................ 14
1.4 Objetivos .............................................................................................................. 15
1.5 Metodologia .......................................................................................................... 16
1.6 Descrição ............................................................................................................... 17
7
3. Metodologia .................................................................................................... 33
3.1 Dimensões do vaso de Pressão .............................................................................. 33
3.1.1 Casco cilíndrico .............................................................................................. 33
3.1.2 Tampo torisférico ........................................................................................... 33
3.2 Cálculo do dimensionamento do vaso de Pressão ................................................. 34
3.2.1 Condições de operação do tanque .................................................................. 34
3.2.2 Parâmetros geométricos do vaso .................................................................... 35
3.2.2.1 Parâmetros geométricos para o casco ..................................................... 35
3.2.2.2 Parâmetros geométricos para o tampo.................................................... 35
3.2.3 Cloro líquido ................................................................................................. 35
3.2.3.1 Dimensionamento do casco .................................................................... 36
3.2.3.1.1 Pressão estática no fundo do casco......................................... 36
3.2.3.1.2 Pressão interna de máxima de trabalho admissível para o casco
cilíndrico para ts/R ≤ 0,5, conforme UG-27(c) e 1-1(a) ........................ 36
3.2.3.2 Dimensionamento do tampo................................................................... 38
3.2.3.2.1 Pressão interna máxima de trabalho admissível (PMTA) para
o tampo torisférico (pressão no lado convexo), conforme UG-33(a)(1).
............................................................................................................... 38
3.2.3.3 Especificação do vaso operando com cloro líquido .............................. 39
3.2.4 Cloro gasoso .................................................................................................. 39
3.2.4.1 Dimensionamento do casco .................................................................... 40
3.2.4.1.1 Pressão estática no fundo do casco......................................... 40
3.2.4.1.2 Pressão interna de máxima de trabalho admissível para o casco
cilíndrico para ts/R ≤ 0,5, conforme UG-27(c) e 1-1(a) ....................... 40
3.2.4.1.3 Pressão externa máxima admissível (PEMA) para o casco
cilíndrico para Do/t ≥ 10, conforme UG-28(c) .................................... 41
3.2.4.2 Dimensionamento do tampo................................................................... 42
3.2.4.2.1 Pressão interna máxima de trabalho admissível (PMTA) para
o tampo torisférico (pressão no lado convexo), conforme UG-33(a)(1)
............................................................................................................... 42
3.2.4.2.2 Pressão externa de projeto para o tampo torisférico (pressão no
lado côncavo) com ts/L ≥ 0,002, conforme 1-4(d) ............................... 43
3.2.4.3 Especificação do vaso operando com cloro gasoso ............................... 44
3.2.5 Especificações resultantes do casco e tampo ................................................. 44
3.2.5.1 Definição da PMTA do casco e tampo ................................................. 45
3.2.5.2 Definição da PEMA do casco e tampo ................................................. 46
3.2.6 Dimensionamento do bocal .......................................................................... 46
3.2.6.1 Dimensionamento do flange ................................................................. 47
8
3.2.6.1.1 Definição da PMTA do flange para a MDMT do tanque ...... 48
3.2.6.2 Dimensionamento do pescoço do bocal ............................................... 49
3.2.6.2.1 Espessura requerida por UG-37(a) para a parede do bocal,
considerando a pressão interna de projeto do vaso de 11,7 bar, conforme
UG-27(c) e 1-1(a) ................................................................................. 49
3.2.6.2.2 Espessura requerida do bocal submetido a pressão externa,
conforme UG-28 ................................................................................. 50
3.2.6.2.3 Cálculo da espessura mínima permitida do pescoço do bocal,
conforme UG-45 ................................................................................ 50
3.2.6.3 Definição da espessura final do bocal .................................................. 51
3.2.7 Dimensionamento da solda do bocal ............................................................ 52
3.2.7.1 Dimensionamento da solda do bocal a partir do critério de reforço da
abertura do casco, conforme 1-10 ................................................................... 52
3.2.7.1.1 Definição dos limites da região de reforço para o bocal
integralmente reforçado ...................................................................... 53
3.2.7.1.2 Definição da área na região do bocal resistente a pressão
interna ................................................................................................. 53
3.2.7.1.3 Definição das áreas que compõem o reforço ....................... 53
3.2.7.2 Dimensionamento da solda do bocal pelo critério de medidas mínimas,
conforme UW-16(e)(1) .................................................................................... 56
3.2.7.3 Dimensionamento da solda do bocal pelo critério de resistência da solda
conforme U-2(g) ............................................................................................... 57
3.2.7.4 Definição final da solda do bocal ........................................................ 58
3.2.8 Especificação final da PMTA do vaso ......................................................... 59
3.2.9 Especificação final da PEMA do vaso ......................................................... 60
3.3 Definição da pressão de teste hidrostático, conforme UG-99(b)........................... 60
4. Conclusões ...................................................................................................... 61
5. Bibliografia ..................................................................................................... 63
9
Lista de Figuras
11 – Tampo torisférico . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
10
Lista de Tabelas
11
Capítulo 1
Introdução
1.1 – Tema
1.2 – Delimitação
Este trabalho teve origem em um problema de uma empresa do ramo químico que,
com a finalidade de evitar o desperdício de recursos, pretende reutilizar um vaso de
pressão com condições de trabalho diferentes da especificadas no projeto original.
13
Apesar desse trabalho resolver um problema específico de um cliente, toda sua
metodologia pode ser replicada em vasos de pressão estáticos que necessitem ser
alterados ou readequados a uma nova condição de trabalho, pois a norma técnica que será
utilizada é de aplicação universal para vasos de pressão.
Só serão incluídos no dimensionamento desse trabalho os componentes do vaso
que suportam pressão, a saber, o casco, tampos e bocal.
Não será apresentado neste trabalho o dimensionamento dos bocais auxiliares para
instrumentos e válvula de segurança pré-existentes nos tampos do tanque, por falta de
tempo, embora tenham sido calculados no caso real. Além disso, de acordo com a Norma,
os bocais, por terem diâmetro inferior a 60 mm, não influenciam no dimensionamento do
tampo e, desta forma, será ignorada a existência desses bocais neste trabalho.
Não será abordado nesse trabalho o dimensionamento do suporte ou sela do
tanque, pois o prazo de elaboração deste trabalho seria extrapolado.
1.3 – Justificativa
É sabido que todo vaso de pressão deve vir de fábrica com uma série de
especificações fixadas no equipamento. A empresa detentora do equipamento, além de
ter algumas especificações técnicas gravadas na máquina, deve-se preocupar em manter
uma documentação atualizada sobre o produto.
A norma regulamentadora NR-13 do Ministério de Trabalho (2017), no item
13.5.1.6, exige que sejam arquivados os documentos de projeto e a folha de dados do vaso
de pressão. A proprietária do equipamento não possui nenhum documento de projeto do
mesmo, obrigando-a a inspecionar toda a geometria e estado atuais do equipamento para
registrar em uma nova documentação.
Obter toda a documentação do vaso de Pressão é importante não só para
determinação de seus parâmetros operacionais como também é de fundamental
importância na preparação e execução das atividades de inspeção e manutenção destes
equipamentos. Portanto, no caso da inexistência da documentação citada, todos os
esforços deverão ser feitos para a sua reconstituição.
Além disso, o cliente necessita também que o tanque tenha um novo bocal no
casco. E como não foi constatada, durante a inspeção, nenhum defeito que afete a
integridade do equipamento, o tanque será tratado como um vaso novo neste trabalho. E,
como o tanque será fisicamente alterado e será usado em uma nova aplicação, um novo
14
projeto deve ser feito considerando suas novas condições de operação e suas novas
características físicas.
A norma que será utilizada nesse trabalho será a Divisão 1 do BPVC VIII da
ASME, pois esta é a mais utilizada no Brasil para vasos estáticos e de maior aceitação do
mercado no qual a empresa está inserida.
1.4 – Objetivos
15
1.5 – Metodologia
O vaso originalmente foi projetado para suportar uma pressão de 375 psi (25,9
bar) a 60 ºC. A pressão no tanque principal da planta pode chegar a 10 bar.
O novo regime de trabalho mapeado para o tanque, segundo o cliente, será:
• Temperatura variando aproximadamente de -34ºC até 74ºC;
• Pressão de operação de -2 bar até 10 bar;
• Fluido de trabalho: cloro líquido e/ou gasoso.
16
1.6 – Descrição
17
Capítulo 2
Referencial Teórico
Este capítulo apresenta alguns dos conceitos básicos de vasos de pressão, desde
sua posição de instalação, até as principais tensões, que atuam neste tipo de equipamento,
e como calculá-las segundo as regras aplicáveis da Norma para cada tipo de
dimensionamento do vaso.
18
2.2 – Tensões em vasos de pressão
19
As tensões de pico são aditivos para as tensões primárias e secundárias presentes
em um ponto de concentração de tensão. Tensões de Pico são significativas somente para
a condição de fadiga ou para materiais frágeis [7].
2.3.1 – ASME Boiler & Pressure Vessel Code – Section VIII – Division
1: Rules for Construction of Pressure Vessels
A Divisão 1, da Seção VIII, do código ASME é uma norma que estabelece regras
para o dimensionamento dos principais componentes submetidos à pressão interna ou
externa. É a norma de maior aplicação no mundo, inclusive no Brasil.
Essa norma é composta por diversas fórmulas simples de cálculo, que resultam na
espessura necessária de cascos e tampos, em função da pressão interna ou externa,
baseadas na teoria da membrana. As tensões primárias de flexão são controladas,
indiretamente, por fatores de correção em algumas fórmulas e por limitações na relação
entre o diâmetro e a espessura do vaso. Nos próximos itens serão apresentadas as definições
dos principais parâmetros utilizados nos projetos de vasos de pressão regidos pela Norma.
20
2.4 – Tipos de Fratura determinantes no dimensionamento dos vasos
21
Figura 4 – Curvas de isenção para teste de impacto.
Fonte: Figura UCS-66M, [3].
22
Figura 5 – Curvas de redução da MDMT para a isenção de teste de impacto.
Fonte: Figura UCS-66.1M, [3].
23
Figura 6 – Curva típica de fluência para deformação em função do tempo a um
nível constante de tensão e a temperatura elevadas constates.
Fonte: [6].
Pressão hidrostática é a pressão que ocorre no interior dos vasos, sendo exercida
pelo peso do próprio fluido. Ela depende da profundidade do ponto considerado, logo ela
terá seu maior valor nos pontos de maior profundidade.
𝑝𝑝 = 𝑑𝑑 × ℎ × 𝑔𝑔
d = densidade do fluido
h = altura
g = aceleração da gravidade
24
2.7 – Teste Hidrostático
25
2.10 – Espessura mínima Requerida
26
perpendiculares e paralelas ao eixo, teremos as tensões normais 𝜎𝜎1 e 𝜎𝜎2 atuando nas faces
laterais desse elemento, que são as tensões de membrana na parede. Devido a simetria do
vaso e do seu carregamento, não há a atuação da tensão de cisalhamento, tornando as
tensões normais 𝜎𝜎1 e 𝜎𝜎2 como as tensões principais.
27
Figura 8 – Gráfico para componentes sob pressão no lado convexo.
Fonte: Figura G, [2].
28
Figura 9 – Gráfico para determinação da pressão máxima no lado convexo.
Fonte: Figura CS-2, [2].
29
2.13.1 – Tampos Torisféricos
1. Quando a relação entre a espessura do tampo t e o raio da calota central L for maior
ou igual a 0,002: nesse caso, se a relação r/L é igual a 6% e se L é igual à Do., então
a pressão máxima do lado côncavo é calculada de acordo com a UG-32. Senão,
deve ser usada a cláusula 1-4(d).
2. Quando a relação entre a espessura do tampo t e o raio da calota central L for menor
que 0,002: nesse caso, deve ser usada a cláusula 1-4(f)(1).
30
2.14 – Acessórios nos Vasos de Pressão
2.14.1 – Bocal
2.14.2 – Flanges
31
A cláusula 1-10 foi adicionada na Seção VIII da ASME Divisão 1 posteriormente,
que propunha um método alternativo de área de pressão para o cálculo da compensação
da abertura e poderia ser utilizado em vez das regras da UG-37 e Cláusula 1-7. Porém, é
necessário aplicar U-2(g) para o cálculo do dimensionamento da solda do bocal.
32
Capítulo 3
33
Figura 13: (a) Vaso de pressão completo; (b) Vista frontal do vaso.
Fonte: Autor.
34
3.2.2 - Parâmetros geométricos do vaso
𝐷𝐷𝑜𝑜 791,8
= = 86,06 > 10 (2)
𝑡𝑡𝑠𝑠 9,2
𝐿𝐿 2060
= = 2,602 (3)
𝐷𝐷𝑜𝑜 791,8
𝐷𝐷𝑜𝑜 791,8
= = 102,83 (4)
𝑡𝑡 7,7
𝑡𝑡𝑠𝑠 15,2
= = 0,022 > 0,002 (5)
𝐿𝐿 706
Para a eficiência das juntas soldadas usaremos o valor igual a 1 (um), para a tensão
admissível do material com temperatura de trabalho de até 40°C, o valor usado será de
108 MPa. O valor usado para a espessura de corrosão será de 1,5 mm que é o valor
indicado na Norma segundo as condições do ambiente de trabalho do vaso, como
mostrado na tabela 4.
35
3.2.3.1 – Dimensionamento do casco
𝑝𝑝 = ρ × ℎ × 𝑔𝑔 = ρ × (D + 2c) × 𝑔𝑔
36
Como 𝑇𝑇𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 (-34°C) é menor que a MDMT básica permitida para o material do
casco, deve-se avaliar a possibilidade de reduzir a MDMT básica, criando-se assim uma
MDMT reduzida (𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑟𝑟 ):
𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑟𝑟 = 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑏𝑏 − 𝛥𝛥𝛥𝛥 (8)
onde:
Como os valores de MDMT e 𝑇𝑇𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 já são conhecidos, basta agora calcular qual a
redução necessária de temperatura para que o componente suporte a temperatura mínima
de operação na pressão de projeto:
37
108 × 1 × 4,312
𝑃𝑃 = − 0,012 = 1,168 𝑁𝑁/𝑚𝑚𝑚𝑚2 = 11,7 𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏
395,9 − 0,4 × 4,312
A pressão interna de projeto do casco deve ser de 11,7 bar, pois foi o menor valor
calculado.
a) UG-33(a)(1)(-a):
2𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆
𝑃𝑃 × 1,67 =
𝐿𝐿𝐿𝐿 + 0,2𝑡𝑡
(14)
1 𝐿𝐿 1 706
𝑡𝑡 = ( 𝑡𝑡𝑠𝑠 – c); 𝑀𝑀 = �3 + � � = �3 + � � = 1,56
4 𝑟𝑟 4 68
b) UG-33(a)(1)(-b):
0,125 0,125
𝐴𝐴 = = = 2,37 × 10−3
𝑅𝑅𝑜𝑜 /𝑡𝑡 706 + 13,7 (16)
13,7
38
𝐵𝐵 110
𝑃𝑃𝑎𝑎 = = = 2,09 𝑁𝑁/𝑚𝑚𝑚𝑚2 = 20,9 𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏
𝑅𝑅𝑜𝑜 /𝑡𝑡 706 + 13,7 (17)
13,7
Onde:
Ro é o raio externo da coroa do tampo torisférico.
Pa é a máxima pressão que o tampo suporta no lado convexo, na temperatura de projeto,
para a espessura dada.
39
Para a eficiência das juntas soldadas usaremos o valor igual a 1 (um), para a tensão
admissível do material com temperatura de trabalho de até 74°C, o valor usado será de
108 MPa. O valor usado para a espessura de corrosão será de 1,5 mm que é o valor
indicado na Norma segundo as condições do ambiente de trabalho do vaso, como
mostrado na tabela 5.
𝑝𝑝 = ρ × ℎ × 𝑔𝑔 = ρ × (D + 2c) × 𝑔𝑔
(18)
Com base nas curvas da Figura 4, para o SA-285 Gr C, a MDMT básica permitida
para o casco, considerando a espessura nominal de 9,2 mm, é -8°C.
A temperatura mínima de operação do casco (34°C), deve obedecer a seguinte
condição:
𝑇𝑇𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 ≥ 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑏𝑏 → 34°C >= -8°C (20)
40
a) Cálculo da pressão de projeto devido a tensões longitudinais:
2𝑆𝑆𝑆𝑆𝑡𝑡𝑟𝑟 2 × 108 × 1 × (9,2 − 1,5)
𝑃𝑃 = = = 4,33𝑁𝑁/𝑚𝑚𝑚𝑚2
𝑅𝑅 − 0,4𝑡𝑡𝑟𝑟 386,7 − 0,4 × (9,2 − 1,5)
(21)
= 43,3 𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏
A pressão interna de projeto do casco deve ser de 21,2 bar, pois foi o menor valor
calculado.
4𝐵𝐵 4×50
𝑃𝑃𝑎𝑎 = 𝐷𝐷 = = 0,648 𝑁𝑁/𝑚𝑚𝑚𝑚2 = 6,48 bar (23)
3 ( 𝑜𝑜 ) 3×102,83
𝑡𝑡
41
3.2.4.2 – Dimensionamento do tampo
a) UG-33(a)(1)(-a):
2𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆
𝑃𝑃 × 1,67 = ;
𝐿𝐿𝐿𝐿 + 0,2𝑡𝑡
(24)
1 𝐿𝐿 1 706
𝑀𝑀 = �3 + � � = �3 + � � = 1,56
4 𝑟𝑟 4 68
2 × 108 × 1 × 13,7
𝑃𝑃 = ÷ 1,67 = 1,60 𝑁𝑁/𝑚𝑚𝑚𝑚2 = 16,0 𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏 (25)
706 × 1,56 + 0,2 × 13,7
b) UG-33(a)(1)(-b):
0,125 0,125
𝐴𝐴 = = = 2,37 × 10−3 (26)
𝑅𝑅𝑜𝑜 /𝑡𝑡 706 + 13,7
13,7
𝐵𝐵 110
𝑃𝑃𝑎𝑎 = = = 2,09 𝑁𝑁/𝑚𝑚𝑚𝑚2 = 20,9 𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏
𝑅𝑅𝑜𝑜 /𝑡𝑡 706 + 13,7
13,7 (27)
42
3.2.4.2.2 - Pressão externa de projeto para o tampo torisférico (pressão
no lado côncavo) com ts/L ≥ 0,002, conforme 1-4(d):
Com base nas curvas da Figura 4, para o SA-285 Gr C, a MDMT básica permitida
para o tampo, considerando a espessura nominal de 15,2 mm, é 4°C.
Como Tmin (-34°C) é menor que a MDMT básica (4°C) permitida para o material
do tampo, deve-se reduzir a MDMT básica:
𝛥𝛥𝛥𝛥 ≥ 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑏𝑏 − 𝑇𝑇𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 ≥ 4 − (−34) → 𝛥𝛥𝛥𝛥 ≥ 38°𝐶𝐶 (28)
Assim, usando a equação (28), pode-se finalmente determinar o máximo valor que
a espessura requerida do componente deverá ter para que ele possa suportar a temperatura
mínima de operação na pressão de projeto:
2𝑆𝑆𝑆𝑆 𝑡𝑡𝑟𝑟
𝑃𝑃 = ;
𝐿𝐿𝐿𝐿 + 0,2𝑡𝑡𝑟𝑟
1 𝐿𝐿 1 706 (30)
𝑀𝑀 = �3 + � � = �3 + � � = 1,56
4 𝑟𝑟 4 68
(31)
2𝑆𝑆𝑆𝑆𝑡𝑡𝑟𝑟 2 × 108 × 1 × 6,302
𝑃𝑃 = = = 1,23 𝑁𝑁/𝑚𝑚𝑚𝑚2 = 12,3 𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏
𝐿𝐿𝐿𝐿 + 0,2𝑡𝑡𝑟𝑟 706 × 1,56 + 0,2 × 6,302
43
3.2.4.3 - Especificação do vaso operando com cloro gasoso:
44
3.2.5.1 – Definição da PMTA do casco e do tampo:
A menor PMTA definida para o casco é de 11,7 bar, restringida pela operação
com cloro líquido. A MDMT do casco para essa pressão é de -34ºC, de acordo com o
item 3.2.3.1.2.
A PMTA definida para o tampo é de 16 bar, tanto pela operação com cloro líquido
quanto gasoso. Não há MDMT para o tampo sob pressão interna.
No gráfico da Figura 21, pode-se observar que A PMTA do casco e do tampo
estão acima da faixa de pressão esperada do processo que é de 10 bar;
45
3.2.5.2 – Definição da PEMA do casco e do tampo:
A PEMA do casco é de 6,48 bar definida apenas pela operação com cloro gasoso.
Não há MDMT para o casco sob pressão externa.
A PEMA do tampo é de 12,3 bar definida pela operação com cloro gasoso. A
MDMT do tampo para essa pressão é de -34ºC, de acordo com o item 3.2.4.2.2.
No gráfico da Figura 22, pode-se observar que A PEMA do casco e do tampo
estão acima da faixa de pressão esperada do processo que é de 2 bar;
Para a eficiência das juntas soldadas usaremos o valor igual a 1 (um), para a tensão
admissível do cloro com temperatura de trabalho na temperatura ambiente, o valor usado
será de 117,9 MPa. O valor usado para a espessura de corrosão será de 1,5 mm que é o
46
valor indicado na Norma segundo as condições do ambiente de trabalho do vaso, como
mostrado na tabela 8.
A pressão externa de projeto do bocal, por sua vez, é definida a partir dos valores
conhecidos da pressão externa do tampo e do casco e da pressão máxima externa exigida
pelo cliente, da seguinte maneira:
47
3.2.6.1.1 – Definição da PMTA do flange para a MDMT do tanque:
Baseado na UCS-66(c)(1), pode-se admitir uma MDMT básica de até -29°C, para
o flange padrão da norma B16.5.
Considerando que a MDMT reduzida do flange deve ser de, no máximo, -34°C,
então a redução permitida sobre a MDMT básica, deve ser de no mínimo:
∆𝑇𝑇 ≥ 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑏𝑏 − 𝑇𝑇𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 → ∆𝑇𝑇 ≥ −29 − (−34) → ∆𝑇𝑇 ≥ 5°𝐶𝐶 (32)
𝑃𝑃𝑓𝑓
(33)
𝑃𝑃𝑃𝑃𝑓𝑓
Onde:
𝑃𝑃𝑓𝑓 = 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝ã𝑜𝑜 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓, 𝑜𝑜𝑜𝑜 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝ã𝑜𝑜 𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖𝑖 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏, 11,7 𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏
𝑃𝑃𝑃𝑃𝑓𝑓 = 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝ã𝑜𝑜 𝑚𝑚á𝑥𝑥𝑥𝑥𝑥𝑥𝑥𝑥 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎í𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡ℎ𝑜𝑜 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓
48
3.2.6.2 – Dimensionamento do pescoço do bocal:
49
𝑡𝑡𝑟𝑟𝑟𝑟 × 𝐸𝐸 ∗ 0,565 × 1
≤ 0,56 ∴ 𝑡𝑡𝑛𝑛𝑛𝑛 ≥ + 1,5 → 𝑡𝑡𝑛𝑛𝑛𝑛 ≥ 2,509𝑚𝑚𝑚𝑚 (37)
𝑡𝑡𝑛𝑛𝑛𝑛 − 𝑐𝑐 0,56
Com base nos valores calculados, a tabela 3.17 faz o resumo a especificação dos
valores de espessura tanto para o bocal quanto para o casco.
50
Tabela 13 – Valores das espessuras requeridas para o bocal e para o casco
Fonte: Autor.
Espessura mínima requerida do bocal não corroído para 2,509 𝑚𝑚𝑚𝑚
pressão interna– 𝑡𝑡𝑛𝑛𝑛𝑛
Espessura mínima requerida do bocal não corroído para 2,0322 𝑚𝑚𝑚𝑚
pressão externa – 𝑡𝑡𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟𝑟,𝑛𝑛𝑛𝑛
Espessura requerida do casco não corroído para pressão 9,2 mm
interna – 𝑡𝑡𝑛𝑛
c) espessura tb1
d) espessura tb2
e) espessura tb3
𝑡𝑡𝑏𝑏3 = 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡(𝑈𝑈𝑈𝑈−45) + 𝑐𝑐 = 5,27 + 1,5 = 6,77 𝑚𝑚𝑚𝑚 (43)
f) espessura tb
𝑡𝑡𝑏𝑏 = min(𝑡𝑡𝑏𝑏3 , max(𝑡𝑡𝑏𝑏1 , 𝑡𝑡𝑏𝑏2 )) = min(6,77, max(9,2; 3,0)) = 6,77 𝑚𝑚𝑚𝑚 (44)
Então a espessura a ser adotada para o bocal não corroído deve ser:
𝑡𝑡𝑛𝑛,𝑁𝑁𝑁𝑁 ≥ 𝑡𝑡𝑈𝑈𝑈𝑈−45 → 𝑡𝑡𝑛𝑛,𝑁𝑁𝑁𝑁 ≥ 7,74 𝑚𝑚𝑚𝑚 (46)
51
Foi então utilizado para o pescoço do bocal um tubo sem costura de 4” com
schedule 80, cuja espessura nominal não corroída é 8,56 mm. Logo, a espessura nominal
do pescoço do bocal corroído é:
52
Raio da abertura do bocal na direção
Rnc 50,09 mm
longitudinal do casco
E Eficiência da junta soldada bocal-casco 1
Lpr1 Projeção externa do bocal sobre o casco 150 mm
Lpr2 Projeção interna do bocal sob o casco 0 mm
Projeção externa do bocal com espessura
Lpr3 0 mm
maior que a nominal
W Largura do calço de reforço do casco 0 mm
te Espessura do calço de reforço do casco 0 mm
O limite da região de reforço, ao longo do bocal interno ao casco, LI, é nulo pois
não há projeção interna do bocal sob o casco. Assim, sem necessidade de cálculos:
𝐿𝐿𝑝𝑝𝑝𝑝2 = 0 𝑚𝑚𝑚𝑚 ∴ 𝐿𝐿𝐼𝐼 = 0 𝑚𝑚𝑚𝑚 (50)
53
𝜆𝜆 100,18 + 7,06
𝐴𝐴1 = 7,7 × 61,6 × max � ; 1� ; 𝜆𝜆 = min � ; 10�
4 �(776,4 + 7,7) × 7,7
1,38
𝐴𝐴1 = 474,32 × max � ; 1� = 474,32 𝑚𝑚𝑚𝑚2
4
A área de reforço formada pela projeção interna do bocal, A3, é nula pois não há
projeção interna do bocal sob o casco. Assim, sem necessidade de cálculos:
𝐿𝐿𝑝𝑝𝑟𝑟2 = 0 𝑚𝑚𝑚𝑚 ∴ 𝐴𝐴3 = 0 𝑚𝑚𝑚𝑚2 (54)
A área de reforço formada pela solda entre o bocal e o lado externo do casco, A41,
é:
𝐴𝐴41 = 0,5 × 𝐿𝐿41 2 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝐿𝐿41 ≤ min(𝐿𝐿𝑅𝑅 ; 𝐿𝐿𝐻𝐻 − 𝑡𝑡) = 14,668 𝑚𝑚𝑚𝑚 (55)
Onde:
L41 é a altura do filete de solda entre o bocal e o lado externo do casco.
54
A área de reforço formada pela solda entre o calço e o lado externo do casco, A42,
é nula pois não há calço, trata-se de um bocal integralmente reforçado. Assim, sem
necessidade de cálculos:
𝑡𝑡𝑒𝑒 = 0 𝑚𝑚𝑚𝑚 ∴ 𝐴𝐴42 = 0 𝑚𝑚𝑚𝑚2 (56)
A área de reforço formada pela solda entre o bocal e o lado interno do casco, A43, é nula
pois não há projeção interna do bocal sob o casco. Assim, sem necessidade de cálculos:
A área de reforço formada pelo calço, A5, é nula pois não há calço. Assim, sem
necessidade de cálculos:
Por fim, a área total de reforço para a abertura do casco, AT, será:
A pressão máxima de trabalho admissível do casco na região do bocal deve ser igual ou
maior que a pressão de projeto do bocal – 11,7 bar ou 1,17 MPa – e é dada pelo menor
valor entre Pmax1 e Pmax2, assim definidos:
1,5 × 𝑆𝑆 × 𝐸𝐸 2𝑡𝑡
𝑃𝑃𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚1 = ≥ 11,7 𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏 ; 𝑃𝑃𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚2 = 𝑆𝑆 × � � ≥ 11,7 𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏
𝐴𝐴𝑝𝑝 𝐷𝐷𝑖𝑖 𝐷𝐷𝑖𝑖 (61)
2� � − � �
𝐴𝐴 𝑇𝑇 2𝑡𝑡
Para o caso de Pmax2, basta reescrever a equação e verificar que seu valor atende a
pressão interna de projeto do bocal:
2 × 7,7
𝑃𝑃𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚2 = 108 × � � = 2,14 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀 > 1,17 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀 (62)
776,4
1,5 × 108 × 1
𝑃𝑃𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚1 = , ∀ 𝐿𝐿41 ∈ [0; 14,668]
46.833,47 776,4 (63)
2� 2 � − �2 × 7,7�
632,24 + 0,5 × 𝐿𝐿41
1,5 × 108 × 1
𝑃𝑃𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚1 = ≥ 1,17 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀
46.833,47 776,4 (64)
2� � − �2 × 7,7�
632,24 + 0,5 × 𝐿𝐿41 2
55
Resolvendo a inequação acima resulta que, para que o casco suporte a pressão
interna de projeto do bocal, o filete de solda entre o bocal e o lado externo do casco deve
satisfazer a seguinte condição:
A Norma estabelece um valor mínimo para a garganta da solda que depende das
espessuras das partes a serem soldadas.
𝑡𝑡𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = min(19; 𝑡𝑡; 𝑡𝑡𝑛𝑛 ) = min(19; 7,7; 7,06) = 7,06 𝑚𝑚𝑚𝑚 (66)
56
𝐿𝐿41 ≥ √2 × 𝑡𝑡1 → 𝑳𝑳𝟒𝟒𝟒𝟒 ≥ 𝟏𝟏𝟏𝟏, 𝟒𝟒𝟒𝟒 𝒎𝒎𝒎𝒎 (68)
𝐷𝐷𝑖𝑖 776,4
𝑓𝑓𝑌𝑌 = 𝑃𝑃 × × 𝑅𝑅𝑛𝑛𝑛𝑛 = 1,17 × × 50,09 = 22.750,58 𝑁𝑁 (70)
2 2
57
A força de descontinuidade total, fwelds, induzida pela existência do bocal, é:
𝜋𝜋
× 𝑃𝑃 × 𝑅𝑅𝑛𝑛 2 × 𝑘𝑘𝑦𝑦 2 �
𝑓𝑓𝑤𝑤𝑤𝑤𝑤𝑤𝑤𝑤𝑤𝑤 = min �𝑓𝑓𝑌𝑌 × 𝑘𝑘𝑦𝑦 ; 1,5 × 𝑆𝑆𝑛𝑛 × (𝐴𝐴2 + 𝐴𝐴3 );
4 (71)
𝑓𝑓𝑤𝑤𝑤𝑤𝑤𝑤𝑤𝑤𝑤𝑤 = min[25.958,41; 27.928,15; 3.001,57] = 3.001,57 𝑁𝑁
𝑓𝑓𝑤𝑤𝑤𝑤𝑤𝑤𝑤𝑤𝑤𝑤
𝜏𝜏 = ≤ 𝑆𝑆
𝐿𝐿𝜏𝜏 × (0,49 × 0,7071 × 𝐿𝐿41 + 0,6 × 𝑡𝑡𝑤𝑤1 + 0,49 × 0,7071 × 𝐿𝐿43 )
3.001,57 (73)
≤ 108
89,77 × (0,49 × 0,7071 × 𝐿𝐿41 + 0,6 × 0 + 0,49 × 0,7071 × 0)
Tendo sido calculada a altura do filete, L41, por todos os critérios pertinentes da
Norma, basta enfim definir o valor a ser adotado, conforme tabela abaixo:
58
Figura 20: Montagem do flange com o bocal.
Fonte: Autor.
59
Segundo o gráfico da figura 21, o menor valor calculado para a PMTA do vaso é
de 11,7 bar.
𝑆𝑆𝑎𝑎 108
𝑃𝑃𝑇𝑇𝑇𝑇 = 1,3 × 𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃 × = 1,3 × 11,7 × = 15,21 𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏𝑏 (74)
𝑆𝑆 108
60
Capítulo 4
Conclusões
61
existe algum sobredimensionamento devido ao arredondamento do fabricante de
espessuras mínimas para a próxima espessura de chapa disponível, etc.
O objetivo deste trabalho foi apresentar uma proposta viável para o
redimensionamento do vaso de pressão. Sabemos que na operação destes equipamentos
estão associados os mais variados tipos de riscos, sendo a explosão o tipo mais grave.
Portanto, é importante que o proprietário garanta o cumprimento na íntegra do que é
recomendado nas Normas relacionadas a vasos de pressão, a fim de que se assegure que
o vaso esteja com suas condições dentro dos limites recomendados pelos códigos de
construção e manutenção aplicáveis ao equipamento. Após a readequação do
equipamento, com a documentação atualizada em mãos, teremos as informações
necessárias para que se realizem as inspeções periódicas afim de acompanhar a evolução
de possíveis alterações estruturais do equipamento que possam vir a comprometer a
segurança durante a operação do mesmo.
Cabe ressaltar que este trabalho não foi elaborado com o objetivo de cumprir com
todas as etapas necessárias para o dimensionamento do vaso estudado. Um
dimensionamento detalhado iria requerer abordagens mais aprofundadas dos tópicos e
análises adicionais.
62
Bibliografia
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Code”, American Society of Mechanical Engineers, 1999.
[3] ASME, Seção VIII Divisão I, “Rules for Construction of Pressure Vessel”, American
Society of Mechanical Engineers, 2015.
[4] ASME, B.16.5 - “Pipe Flanges and Flanged Fittings”, American Society of
Mechanical Engineers, 2013.
[5] BENAC, D. J., CHEROLIS, N.; Wood, D. Managing Cold Temperature and Brittle
Fracture Hazards in Pressure Vessels. Journal of Failure Analysis and Prevention.
February 2016, Volume 16, Issue 1, pág. 55–66, https://doi.org/10.1007/s11668-015-
0052-3, (Acesso em 19 Setembro 2018).
[6] CALLISTER, W. D., Ciências e Engenharia dos Materiais, Editora Cengage
Learning, 2001.
[13] TELLES, S., Vasos de Pressão. Rio de Janeiro, 2. ed. LTC, 2001.
63
[14] SPENCER, J. e Tooth, A. S., Pressure Vessel Design – Concepts and Principles.
Grã-Bretanha, 1st. Editora E & F Spon, 1994.
64