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PUC - Campinas

CEATEC

61395 – Estruturas Metálicas


Introdução

Prof. Dr. Rodrigo Cuberos Vieira


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Plano da Disciplina
Conteúdo:

1 – Introdução: histórico, processo de fabricação,


tipos de aço, tipos de perfis, normas de
dimensionamento, propriedades mecânicas do aço,
revisão das características geométricas dos perfis; Prova 1
2 – Ações e segurança das estruturas;

3 – Forças devidas ao vento;


3

Plano da Disciplina
Conteúdo:

4 – Barras tracionadas;
Prova 2
5 – Barras comprimidas;

6 – Barras submetidas à flexão simples;


Prova 3
7 – Barras submetidas à flexão composta;
4

Plano da Disciplina
Critério de avaliação:
- Prova 1 (individual)
- Exercícios para casa
- Prova 2 (individual)
(em dupla ou individual)
- Prova 3 (individual)

MF ≥ 5,0 Aprovado

MF = média final;
P1 = nota da primeira prova valendo de 0 a 10 pontos;
P2 = nota da segunda prova valendo de 0 a 10 pontos;
P3 = nota da terceira prova valendo de 0 a 10 pontos;
Ei = nota do exercício para casa valendo de 0 a 10 pontos;
n = número total de exercícios para casa.
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Plano da Disciplina
Recuperação:

- Uma prova de recuperação sobre o conteúdo de todo o semestre;

- Substitui a menor nota entre P1, P2 e P3. As duas provas


remanescentes terão peso 3 e a recuperação terá peso 4:

R = nota da recuperação valendo de 0 a 10 pontos;

MF ≥ 5,0 Aprovado
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Plano da Disciplina
Informações importantes:
1 – As datas de entrega dos exercícios serão definidas ao longo do semestre;

2 – Exercícios entregues após a data estipulada não serão aceitos;

3 – A 2ª chamada de prova (para os alunos que perderam uma das três provas)
somente será realizada mediante abertura de requerimento na secretaria
acadêmica, no prazo de até cinco dias após a data da prova, com apresentação
dos documentos que justifiquem a ausência. A data da prova de 2ª chamada será
combinada com o(s) aluno(s);

4 – Não será tolerado nenhum tipo de cola nas provas. Cola implica em nota
zero na prova;

5 – O arredondamento da média será feito somente após a recuperação;

6 – Atenção com as faltas (é necessário ter 75% de presença).


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Plano da Disciplina
Datas das avaliações:

- Prova 1: 02/04

- Prova 2: 09/05

- Prova 3: 13/06

- Recuperação: 20/06
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Plano da Disciplina

Bibliografia básica:

- Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR8800:2008: Projeto de


estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios;

- Pfeil, Walter e Pfeil, Michele – Estruturas de Aço: Dimensionamento


prático de acordo com a NBR8800:2008;

- Silva, Valdir Pignatta e Pannoni, Fábio – Estruturas de Aço para Edifícios:


Aspectos tecnológicos e de concepção.
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Plano da Disciplina
Bibliografia complementar:
- Dias, Luís Andrade de Mattos – Edificações de Aço no Brasil. Zigurate
Editora;

- Dias, Luís Andrade de Mattos – Estruturas de Aço: Conceitos, técnicas e


linguagem. Zigurate Editora;
- Gere, James M. – Mecânica dos Materiais. Thomson Editora;

- Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 6123:1988: Forças


devidas ao vento em edificações;
- Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 8681:2003: Ações e
segurança nas estruturas – procedimento;

- Salmon, Charles G. e Johnson, John E. – Steel Structures: Design and


Behavior.
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Histórico
- Conhecimento da produção do ferro é muito antigo, sendo utilizado
na fabricação de armamentos nos impérios gregos e romanos;

- Início do século XVIII: início da utilização do ferro em obras


estruturais, com o método de produção industrial do mesmo,
barateando a sua produção;

- Ferro fundido foi o primeiro material empregado na construção civil,


em pontes em arco ou treliçadas, entre 1780 e 1820;
- O aço já era conhecido desde a Antiguidade, porém a sua produção
era muito cara;

- 1864: desenvolvimento de um forno para a produção de aço em larga


escala. Assim, o aço passou a substituir o ferro na construção civil.
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Histórico no Brasil

- 1921: implantada a Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira para a


produção de arame farpado e perfis leves;

- 1946: entra em operação a Usina Presidente Vargas da CSN


(Companhia Siderurgia Nacional), em Volta Redonda – RJ, para a
produção de chapas, trilhos e perfis de bitolas americanas;

- 1953: FEM (Fábrica de Estruturas Metálicas) é construída dentro


da CSN;

- 2017: Brasil é o 9º maior produtor de aço do mundo, com 34,4


milhões de toneladas (2016: 31,3 milhões de tonelada). A produção
mundial foi de mais de 1,69 bilhão de toneladas (fonte: WSA -
World Steel Association);
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Definições
Metais ferrosos:
Uso estrutural na
- Aço (mais importante);
construção civil
- Ferro fundido;
- Ferro forjado;
Metais não ferrosos:
Uso na construção civil: janelas,
- Alumínio
portas, telhas, grades e outros

Aço e ferro fundido são ligas de ferro e carbono com:


- Elementos residuais do processo de fabricação: silício,
manganês, fósforo e enxofre;
- Elementos de liga: adicionados para melhorar as
características físicas e mecânicas;
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Definições
Aço:
- Teor de carbono: 0,008% à 2,11%. Em geral abaixo de 1,0%;
- Resistência à ruptura por tração ou compressão iguais;
- Automobilismo, construção civil, molas, máquinas agrícolas.
Ferro fundido:
- Teor de carbono: 2,0% à 4,3%;
- Boa resistência à compressão. Resistência à tração é cerca de
30% da resistência à compressão;
- Peças de máquinas, bases de motores.

Ferro forjado:
- Teor de carbono: menor que 0,12%;
- Fibras de escória permitem distinguir do aço com baixo teor
de carbono.
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Definições
Aço:
- Há mais de 3500 especificações de aço;
- Classificação feita em função do teor de carbono:
Uso estrutural na
- Aços com baixo teor de carbono: até 0,3%; construção civil
- Aços com médio teor de carbono: 0,3% à 0,6%;
- Aços com alto teor de carbono: acima de 0,6%.

O carbono aumenta a resistência do aço, porém o torna mais


duro e frágil:
- Baixo teor de carbono: menor resistência, mais dúctil;
- Alto teor de carbono: maior resistência, mais frágil;
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Definições
- Ductilidade: capacidade do material se deformar sob a ação de cargas;
- Material dúctil apresenta grandes deformações antes de romper, ou
seja, fornecem avisos de que irá ocorrer a ruptura. Material frágil rompe
sem aviso;

Diagrama Força x Deslocamento:


(a) material frágil, (b) material dúctil

- Nos aços estruturais é desejável o comportamento dúctil, com aviso de


ruptura. Baixo teor de carbono
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Processo de fabricação do aço


- Aço: liga metálica composta de ferro com pequena quantidade de
carbono que lhe confere propriedades como resistência e
ductilidade apropriadas para o uso na construção civil;
- Matérias-primas principais: minério de ferro (hematita), calcário e
carvão mineral (coque);

Cilindros de laminação
Panela de gusa
Corte do alto-forno
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Processo de fabricação do aço


- 1ª etapa – Preparo das matérias-primas: transformação do carvão
mineral em coque siderúrgico (aquecimento em câmara fechada);
- 2ª etapa – Alto-forno: minério de ferro, calcário e coque são
carregados na parte superior do forno. Entrada de ar quente na parte
inferior do alto-forno. O coque queima produzindo calor e
monóxido de carbono, que reduzem o óxido de ferro à ferro
liquefeito, com excesso de carbono. O calcário converte o pó de
coque e os minérios terrosos em escória. Pela parte inferior do alto-
forno são retiradas a liga ferro-carbono liquefeito (gusa) e a escória
de alto forno, utilizada na produção de cimento;
- 3ª etapa – Conversor de oxigênio: Injeção de oxigênio dentro da
massa líquida de ferro fundido, transformando-a em aço. O
oxigênio queima o carbono (CO e CO2) durante 15 à 20 minutos.
Na superfície fica uma escória e o aço é lançado numa panela;
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Processo de fabricação do aço

- 4ª etapa – Tratamento do aço na panela: adição de elementos


como alumínio e silício para absorver os gases e evitar a formação
de grandes vazios no aço;

- 5ª etapa – a) Lingotamento convencional: o aço é descarregado em


fôrmas para confecção de blocos (lingotes). Os lingotes são
transportados até os fornos de regularização de temperatura,
preparatórios para a laminação;

- 5ª etapa – b) Lingotamento contínuo: os lingotes são moldados


continuamente, chegando aos laminadores em forma de placas ou
tarugos cortados por maçaricos;
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Processo de fabricação do aço


- 6ª etapa – Laminação: As placas ou tarugos são aquecidos ao
rubro e passam diversas vezes pelos laminadores desbastadores,
que são dois rolos giratórios que comprimem a placa, reduzindo a
seção e aumentando o comprimento. A seguir passam pelos
laminadores para produção de placas e perfis laminados;

Laminador
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Tipos de Aço
- Aços-carbono;
Classificação:
- Aços de baixa liga.

• Aços-carbono:
- São os aços mais utilizados;
- O aumento da resistência é produzido pelo carbono, e em
menor escala pelo manganês;

- Elementos adicionais (valores máximos):


- Carbono: 2,0%
- Silício: 0,60%
- Manganês: 1,65%
- Cobre: 0,35%
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Tipos de Aço

Classificação dos aços-carbono:

- Baixo teor de carbono: até 0,3%;


- Médio teor de carbono: 0,3% à 0,6%;
- Alto teor de carbono: acima de 0,6%.

Aumento do teor de carbono aumenta a resistência e diminui a


ductilidade, dificultando a soldagem.

Em estruturas usuais utilizam-se aços com baixo teor de carbono.

Mais dúctil e melhor para soldar.


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Tipos de Aço
Aços-carbono com baixo teor de carbono:
- Produzidos em maior escala no mundo;
- Grande ductilidade (deformabilidade);
- Resistência ao escoamento: de 250 MPa à 415 MPa;
- Resistência à ruptura: de 400 MPa à 520 MPa;
Aços-carbono com médio teor de carbono:
- Rodas e trilhos de trem, engrenagens e componentes
estruturais de alta resistência.
Aços-carbono com alto teor de carbono:
- São especialmente resistentes à abrasão e ao desgaste;
- Ferramentas de corte, molas, arames de alta resistência e
componentes agrícolas.
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Tipos de Aço
• Aços de baixa liga:
- São aços-carbono acrescidos de elementos de liga: cromo, colúmbio,
cobre, manganês, molibdênio, níquel, fósforo, vanádio, zircônio;
- Alguns elementos de liga aumentam a resistência do aço, permitindo
obter resistência elevada com teor de carbono baixo (0,20%);

• Dentre os aços-carbono e os de baixa liga, destacam-se:

- ASTM A-36: aço mais utilizado na fabricação de perfis soldados


(chapas com t ≥ 4,57 mm), especificado pela American Society for
Testing and Materials; Aço-carbono

- ASTM A572/Gr50: aço utilizado na fabricação de perfis


laminados; Aço de baixa liga
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Tipos de Aço
Aços sem qualificação estrutural:

- Aplicação:
- Componentes de telhas;
- Caixilhos;

- Indevidamente utilizado em estruturas;

- Nomenclatura internacional: SAE 1020 (SAE – Society of


Automotive Engineers);

- Norma brasileira equivalente ao SAE: NBR 6006:1980;

- ABNT 1020/NBR 6006 = SAE 1020;


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Produtos Siderúrgicos Estruturais


• Chapas:
- Produtos laminados de aço com largura superior à 500 mm;
- Chapas grossas: espessura > 5,0 mm;
- Chapas finas: espessura ≤ 5,0 mm;

• Perfis:
- São as peças mais importantes para o projeto, fabricação e
montagem;
- I, H, U e Z;
- Mais utilizados:
- L, denominados cantoneiras;
- Laminação (à quente);
- Podem ser - Conformação à frio;
obtidos por: - Soldagem de chapas ou perfis;
- Eletro-soldagem.
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Produtos Siderúrgicos Estruturais


Perfis laminados:
- Fabricados a quente nas usinas siderúrgicas;
- Dimensões padronizadas (usar perfis soldados e
formados a frio se necessitar de dimensões diferentes);
- Dimensionamento pela NBR 8800:2008.

Perfil laminado com mesas de Perfil laminado com mesas de


faces paralelas faces inclinadas
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Produtos Siderúrgicos Estruturais


Perfis soldados:

- Dimensionamento pela
NBR 8800:2008

- Série CS: coluna soldada, com relação d/bf = 1,0;


- Série CVS: coluna-viga soldada, com relação 1,0 < d/bf ≤ 1,5;
- Série VS: viga soldada, com relação 1,5 < d/bf ≤ 4,0;
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Produtos Siderúrgicos Estruturais


Perfis eletro-soldados:
- Chapas de aço estrutural, unidas entre si pela fusão:

- Dimensionamento pela
NBR 8800:2008

- Série CE: coluna eletro-soldada, com relação d/bf = 1,0;


- Série CVE: coluna-viga eletro-soldada, com relação 1,0 < d/bf ≤ 1,5;
- Série VE: viga eletro-soldada, com relação 1,5 < d/bf ≤ 4,0;
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Produtos Siderúrgicos Estruturais


Perfis formados a frio:
- Chapas de aço finas dobradas a frio;
- Liberdade para obter perfis com as dimensões desejadas;
- Perfis esbeltos: dimensionamento através de norma específica (NBR 14762:2010);

Dobradeira
Perfiladeira
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Tabelas de perfis
Perfil I laminado (padrão Açominas):
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Vantagens e Desvantagens
Vantagens das estruturas metálicas:

- Alta resistência: tração, compressão, flexão e cisalhamento;


- Estruturas mais leves fundações menos onerosas;
- Grande margem de segurança devido ao processo de
fabricação rigoroso. Material homogêneo, com propriedades
(resistência) bem definidas;
- Fabricação e montagem mecanizadas permitem prazos de
execução mais curtos;
- Reaproveitamento após desmontagem;
- Fácil substituição de peças (reforço estrutural);
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Vantagens e Desvantagens
Desvantagens das estruturas metálicas:

- Limitação da fabricação em função do transporte. Transporte


oneroso;

- Necessidade de tratamento superficial contra oxidação;

- Necessidade de mão-de-obra e equipamentos especializados


para fabricação e montagem;

- Limitação de disponibilidade de perfis.


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Exemplos de Aplicações
Passarelas de pedestres

Arcos planos treliçados de inércia variável sob piso de concreto armado


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Exemplos de Aplicações
Coberturas de ginásios de esportes

Arcos planos treliçados de inércia constante com banzos paralelos


38

Exemplos de Aplicações
Coberturas para escritórios

Vigas planas treliçadas em banzos paralelos


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Exemplos de Aplicações
Galpões industriais

Vigas planas treliçadas com banzos paralelos em duas águas


40

Exemplos de Aplicações
Complexos esportivos
Mineirão – Brasil – Estrutura tubular

Parque Aquático Maria Lenk – Brasil – Estrutura tubular


41

Exemplos de Aplicações
Aeroportos

Aeroporto Santos Dumont – Brasil – Estrutura tubular


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Proteção contra corrosão


- Ferrugem é o processo de oxidação (corrosão) do ferro. É um
processo natural: o ferro presente no aço combina com elementos do
meio ambiente (O2 e H2O) e volta ao seu estado original;
Proteções:
- Revestimento não metálico (pintura),
com superfície previamente limpa
(jateamento):

- Revestimento metálico, por exemplo a


galvanização (imersão em banho de
zinco fundido):
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Proteção contra corrosão


- Aços resistentes à corrosão atmosférica (aço
patinável): adição de certos elementos de liga
(cobre, níquel, cromo, silício) no aço, que alteram Aços com a
a estrutura interna da ferrugem, formando uma sigla COR
camada densa e amorfa, que isola o aço

Cuidados previstos no projeto:


- Evitar a formação de regiões de estagnação de detritos ou líquidos (prever furos
de drenagem na estrutura);
- Prever acessos e espaços para permitir a manutenção;
- Preencher com resina ou solda de vedação as frestas que ocorrem nas ligações;
- Evitar que elementos metálicos fiquem semi-enterrados ou semi-submersos;

- Posicionamento correto dos perfis


(sempre que possível):
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Proteção contra incêndio


- O aço, assim como outros materiais estruturais, quando submetidos
a altas temperaturas sofre redução da sua resistência e da sua rigidez:

Topo de um pilar aquecido Base de um pilar aquecido

- Objetivos: minimizar o risco à vida e reduzir a perda patrimonial;


- Com relação a proteção do patrimônio, a estrutura deve ser
projetada de modo a evitar o colapso. Após um incêndio, a estrutura
só pode ser reutilizada após verificação;
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Proteção contra incêndio


- Com relação a proteção à vida, a estrutura deve ser projetada de
modo a evitar o colapso em um tempo inferior ao necessário para a
desocupação do edifício;
- Códigos e normas nacionais e internacionais exigem segurança por
um determinado tempo (TRRF – tempo requerido de resistência ao
fogo), associado à curva padrão:

Curva temperatura x tempo Modelo de incêndio padrão


de incêndio real
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Proteção contra incêndio


Materiais de proteção térmica:
- Argamassa ou fibra projetada;

- Placas: gesso acartonado, lã de rocha,


manta cerâmica;
- Pintura intumescente: aumenta de volume com o calor, protegendo o aço;

- Elementos mistos de aço e concreto, além de vantagens estruturais (melhor


aproveitamento do aço e do concreto), podem proporcionar grande economia no
revestimento contra fogo. Porém, também devem ser devidamente verificados em
situação de incêndio:

Viga mista Laje mista Pilares mistos


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Propriedades mecânicas do aço


- Dentre os ensaios para verificar as propriedades mecânicas do aço, se destaca o
ensaio de tração:

Corpo de prova após o ensaio


Corpo de prova antes do ensaio

Máquina Universal:
- Com o ensaio de tração é obtido o diagrama
tensão x deformação:
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Propriedades mecânicas do aço


- No trecho de comportamento elástico pode ser aplicada a Lei de
Hooke: (deformação específica)

(tensão)

E = módulo de elasticidade longitudinal (ou módulo de Young ou módulo de deformação


longitudinal);
Módulo de elasticidade:
- Para o aço: E = 200000 MPa;
- Relação entre a tensão e a deformação longitudinal do material na fase elástica;
- Está relacionado a rigidez do material, quanto maior o valor de E, menos
deformável é o material;
Coeficiente de Poisson:
- ν = 0,3;
- Coeficiente de proporcionalidade entre as deformações longitudinal e
transversal de uma peça no trecho elástico.
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Propriedades mecânicas do aço


Coeficiente de dilatação térmica:
- β = 12x10-6/ºC;
- É a variação do material por unidade de comprimento e por grau de temperatura
de um material.

Módulo de elasticidade transversal:


- G = 77000 MPa;
- Corresponde à rigidez do material quando submetido a um carregamento de
cisalhamento;

Massa específica:
- ρa = 7850 kg/m³
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Normas de dimensionamento
Algumas normas brasileiras usadas em estruturas metálicas:
- NBR 6120:1980 – “Cargas para o cálculo de estruturas de edificações”;

- NBR 6123:1988 – “Forças devidas ao vento em edificações”;


Neste curso

- NBR 8681:2003 – “Ações e segurança nas estruturas – Procedimento”;

- NBR 8800:2008 – “Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e


concreto de edifícios”;

- NBR 14323:2013 – “Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço


e concreto de edifícios em situação de incêndio”;

- NBR 14762:2010 – “Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por


perfis formados a frio”;

- NBR 16239:2013 – “Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço


e concreto de edificações com perfis tubulares”;
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Características Geométricas
- As características geométricas das seções transversais das peças
estruturais são fundamentais para determinar a capacidade resistente
das estruturas. Sem elas não é possível fazer o dimensionamento;

- Características geométricas principais:

1) Área

2) Centro de gravidade

3) Momento de inércia: I

4) Raio de giração: r
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5) Módulo de resistência elástico: W

CG

6) Módulo de resistência plástico: Z


- Soma dos momentos estáticos das áreas comprimidas e tracionadas de uma seção:

M CGI Comprimida

CGII Tracionada

- Em relação a linha neutra:


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Observações Importantes
A resistência à tração

A resistência à compressão

I W resistência à flexão

𝑀 W maior σ menor
Tensão devido à flexão: 𝜎=
𝑊 W menor σ maior
Para um perfil U simétrico em relação ao eixo x:
σc σc
- M -
M
Wxs = Wxi y
+
x |σc| = |σt| σt
+
Wyd < Wye
σt
|σc| > |σt|
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Observações Importantes
Para um perfil I duplamente simétrico:
• Perfil 1:
50
σ1 σ1'
- M -
M

50
y
200

x +

σ1'
+
200
σ1

Ix > Iy
Para momentos iguais: |σ1| < |σ1’|
Wx > Wy
Portanto, o perfil é mais resistente à flexão em torno do eixo x.
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Observações Importantes
• Perfil 2: simétrico, com mesma área do perfil 1, mas com
altura menor
50
σ2
-
M
100

σ2
Ix1 > Ix2
Para momentos iguais: |σ1| < |σ2|
Wx1 > Wx2

Portanto, o perfil 1 é mais resistente à flexão em torno do eixo x


do que o perfil 2.

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