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"Porque eles mesmos anunciam

de nós qual a entrada que


tivemos para convosco, e como
dos ídolos vos convertestes a
Deus, para servir ao Deus vivo
e verdadeiro." (1 Ts 1.9)
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Em consequência do pecado,
não há culturas inocentes nem
inofensivas, mas todas elas
podem ser transformadas pelo
Evangelho de Cristo.
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1- Paulo, e Silvano, e Timóteo, à igreja dos
tessalonicenses, em Deus, o Pai, e no Senhor Jesus
Cristo: graça e paz tenhais de Deus, nosso Pai, e do
Senhor Jesus Cristo.

2- Sempre damos graças a Deus por vós todos, fazendo


menção de vós em nossas orações,

3- lembrando-nos, sem cessar, da obra da vossa fé, do


trabalho do amor e da paciência da esperança em
nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai,
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4- sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de
Deus;

5- porque o nosso evangelho não foi a vós somente em


palavras, mas também em poder, e no Espirito Santo, e
em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre
vós, por amor de vós.

6- E vós fostes feitos nossos imitadores e do Senhor,


recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do
Espírito Santo,
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7- de maneira que fostes exemplo para todos os fiéis
na Macedonia e Acaia.

8- Porque por vós soou a palavra do Senhor, não


somente na Macedonia e Acaia, mas também em
todos os lugares a vossa fé para com Deus se
espalhou, de tal maneira que já dela não temos
necessidade de falar coisa alguma;
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9- porque eles mesmos anunciam de nós qual a
entrada que tivemos para convosco, e como dos
ídolos vos convertestes a Deus, para servir ao
Deus vivo e verdadeiro

10- e esperar dos céus a seu Filho, a quem


ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos
livra da ira futura.
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O O Evangelho é o poder de Deus para a
salvação de todo aquele que crê (Rm.1:16).

O O Evangelho, poder de Deus, muda a cultura,


que é obra da criatividade humana.

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O Cultura, - “…aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as
crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros
hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da
sociedade…” (Edward B. Taylor). Conjunto de ideias, abstrações e
comportamento que os homens têm numa determinada sociedade.

O Sendo, porém, uma criação humana, tem-se que a cultura jamais


pode afrontar os princípios estabelecidos por Deus ao homem. O
poder criativo do homem está sujeito à observância dos princípios
éticos estabelecidos pelo Senhor, tanto que Deus apenas
determinou que o homem desse nomes aos seres criados depois
que lhe ordenou o que era o certo e o que era o errado.

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O Ao pecar, o homem perdeu a comunhão com o Senhor
e, por causa disso, passou a estar sob o domínio do
pecado, pecado este que determina a própria
formação da cultura por parte do homem.

O Com a dispersão da comunidade única pós-diluviana


após o juízo de Babel (Gn.11:9), os povos ali nascidos
passaram a construir diferentes culturas, até porque a
língua é um fator fundamental na formação de uma
cultura e Deus confundiu as línguas, impondo, pois,
uma diversidade cultural para o mundo.
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O Israel foi criado por Deus para restaurar a “comissão
cultural” na humanidade e, por isso, o Senhor
expressamente determinou a Israel que não se misturasse
com os povos existentes na terra de Canaã.

O Antes mesmo de Israel entrar na Terra Prometida, porém,


esta separação determinada por Deus não foi observada
pelos israelitas. Uma “muita mistura de gente” (Ex.12:38) e o
“fermento do Egito” fez com que Israel tivesse imensas
dificuldades para ser esta “propriedade peculiar dentre os
povos”, sendo a fonte do fracasso espiritual da geração do
êxodo.
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O Apesar desta dura lição aprendida ainda no deserto, a
geração da conquista, ao entrar na Terra Prometida, também
não cumpriu a determinação divina de separação. O
resultado disto foi que o próprio Deus, diante desta
desobediência, resolveu manter estes gentios entre os
israelitas para que servissem de espinho e laço para o povo
de Deus (Jz.2:1-5, 20-23).

O Esta convivência entre os gentios que não foram


desalojados de Canaã e Israel trouxe grandes e graves
prejuízos aos israelitas: a adoção da cultura gentílica,
inclusive a idolatria (Jz.2:10-15), que levou à perda da Terra
Prometida.
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O Esta situação denomina-se “sincretismo” fusão de
doutrinas de diversas origens, seja na esfera das
crenças religiosas, seja nas filosóficas.

O Este sincretismo levou à rejeição do “reino de


Deus” pelos israelitas, pois, mesmo depois do
cativeiro da Babilônia, tanto o sincretismo quanto o
“purismo” não evitaram que os judeus rejeitassem
o Messias, com a transferência do “reino” para
outra nação, a Igreja (Mt.21:43).
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O À Igreja, a exemplo do que já ocorrera com Israel, é também
exigida a separação do pecado, ou seja, a santidade. Assim
como Deus exigiu de Israel a santidade (Lv.19:2), o mesmo
fez em relação à Igreja (I Pe.1:15,16; 2:9).

O É tarefa da Igreja pregar o Evangelho, pregar a salvação em


Cristo Jesus e, com a salvação, com o novo nascimento,
nasce uma nova ética, a ética cristã, a ética estabelecida
pelo Senhor, fundamentalmente, no Sermão do Monte, e
complementada pelo Novo Testamento, que, com o Antigo,
forma um conjunto único e completo da revelação divina à
humanidade.
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O Deve, portanto, a Igreja se inserir na cultura de um povo,
não atacá-la nem tentar modificá-la de fora para dentro,
mas, sim, inserir-se dentro da cultura de uma determinada
sociedade e, ali, mediante a pregação eficaz e poderosa da
Palavra de Deus, ser o instrumento para o novo nascimento
das pessoas.

O Este novo nascimento fará com que as pessoas mudem de


conduta e esta modificação trará, inevitavelmente, novos
hábitos, novos costumes e a cultura será transformada,
retornando-se à principiologia divina distorcida ao longo da
vida pecaminosa da sociedade.
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O Este processo é o que se tem denominado pelos teólogos
de “inculturação”, ou seja, a Igreja, a exemplo do seu
Senhor, deve, em primeiro lugar, “encarnar-se” na sociedade
que está sendo evangelizada “encarnação” que não tem,
entretanto, qualquer sentido de conivência e prática do
pecado com os integrantes da sociedade em pecado.

O Este é sentido da expressão que o Senhor Jesus disse aos


discípulos quando afirmou que “assim como o Pai Me
enviou, Eu vos envio a vós” (Jo.20:21), expressão dita pelo
Senhor no domingo de Sua ressurreição, quando já vitorioso
sobre o pecado e a morte.
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O Na tarefa da evangelização, não podemos ceder à
tentação da “imposição cultural”, ou seja, da
tentativa de sobrepormos a nossa “cultura” à
“cultura dos evangelizados”.

O Quando “encarnamos” em alguma cultura, não


podemos deixar a nossa santidade, a nossa
separação do pecado, o que significa jamais
participar daquilo que, existente na cultura, é
pecaminoso.
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O A “encarnação”, de modo algum, significa a crença
de que a cultura é capaz de modelar o homem
segundo a vontade de Deus.

O A “encarnação” é necessária mas insuficiente para


a instalação do “reino de Deus” em uma
determinada sociedade, advindo daí a necessidade
da sua continuidade através da “transformação”.
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OA “transformação” somente virá mediante o
arrependimento dos pecados e a fé em Cristo Jesus. A
Igreja deve, a partir dos parâmetros da cultura onde
está inserida, mostrar que Jesus é o Salvador do
mundo, que é necessário crer n’Ele para se ter a vida
eterna.
O A “transformação” importa na denúncia dos elementos
culturais que são contrários à vontade de Deus e na
pregação de uma mensagem de “inconformismo com
o mundo” e de “transformação pela renovação do
entendimento”.
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O Quando estamos na fase da “transformação”, da pregação da
salvação em Cristo Jesus, à evidência que estaremos a levar uma
mensagem nova para uma determinada cultura (At.17:19-21), pois,
realmente, o Evangelho é uma “novidade” para o mundo que não
tem Deus nem a salvação.

O Esta “novidade” precisa ser apresentada em termos em que possa


ser compreendida. É preciso identificar, em cada cultura, o
chamado “fator Melquisedeque”, como bem denominou o teólogo
canadense Don Richardson (1935- ) em livro com este nome, onde
bem demonstrou que, em todas as culturas, existe uma consciência
universal de um Deus único.

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O A “transformação” é uma operação do Espírito Santo que, através
da salvação dos indivíduos, traz modificações e alterações na
cultura dos evangelizados, visto que modifica seu “modus vivendi”,
com o abandono das práticas culturais que são pecaminosas.

O Esta transformação fará, necessariamente, que haja modificação


cultural naquilo que não é compatível com a Palavra de Deus. Por
isso, não se trata de “adaptar” o Evangelho a realidades culturais,
nem tampouco de “sufocar” as realidades culturais por causa do
Evangelho, mas de mudar as realidades culturais existentes para
que elas sejam conformes ao Evangelho. – a dimensão “pascal” da
inculturação.

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O Com a “transformação”, a Igreja, então, faz
com que haja uma “recriação” da vida social,
com a conformação não mais com o pecado e
o mundo, mas com a vontade de Deus. –

O O Espírito Santo é “derramado” sobre a cultura


original, gerando uma nova cultura. - a
dimensão “pentecostal” da inculturação.
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O Diante do que já se viu a respeito do papel da
evangelização na cultura, temos claro já que não se
pode falar em uma Igreja que aceite moldar o
Evangelho a exigências culturais.

O “…A inculturação não deve ser confundida com


processos de adaptação superficial, nem mesmo com
a amálgama sincretista que dilui a originalidade do
Evangelho para o tornar mais facilmente aceitável…”
(Bento XVI), não é “…pegar o Cristianismo e misturar
com tudo o que é religião” (Felipe Aquino).
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O A Igreja, ao lidar com as culturas humanas, deve
influenciá-las, ou seja, através da evangelização, levar
as culturas a se modificarem, a se purificarem,
fazendo mais conformes à vontade de Deus, mais
conformes ao Evangelho.

O Há, porém, um grande risco para a Igreja, o de incorrer


nos mesmos erros seja da comunidade setita no
mundo antediluviano, seja de Israel, que é,
precisamente, o de ao invés de influenciar as culturas
das nações, deixar-se influenciar por estas culturas,
através do “sincretismo”.
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O A mistura com as culturas mundanas nada mais é
que a submissão aos elementos supraculturais
malignos que oprimem os homens que não têm
Deus nem salvação, é a adoção de práticas
pecaminosas, ainda que “travestidas” de cristãs.

O Se o sal deixar de salgar, tornar-se insípido e, diz o


Senhor Jesus, para nada mais presta senão para
ser lançado fora e pisado pelos homens (Mt.5:13).
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O A cultura global de hoje não é “nacional”, mas uma
cultura marcada pela coexistência da diversidade pós-
colonial, com a atuação de relações sociais das mais
diversas ordens e origens.

O Na cultura global podemos imaginar muitos recortes


(cultura da juventude, cultura dos homens de negócio,
cultura negra, cultura do migrante, cultura da pobreza,
cultura gay, cultura das mulheres, cultura da terceira
idade, e assim por diante).
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O A Igreja não pode se deixar influenciar por quaisquer
destas “culturas” que estão a ser disseminadas pelo
mundo globalizado, devendo, porém, influenciá-las, de
forma que sejam mais conformes à Palavra de Deus,
ao Evangelho.

O O que se tem verificado, infelizmente, é que, dentro do


quadro da apostasia de hoje, muitos dos que cristãos
se dizem ser se encontram totalmente influenciados
pelas culturas humanas, buscando até fazer o
“amálgama sincretista”.
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O O “cristianismo-cultura” é a redução da Evangelho ao
mínimo, onde o Evangelho “…se converte numa mercadoria
cuja aquisição garante ao consumidor a posse dos valores
mais altos: o êxito na vida e a felicidade pessoal agora e
para sempre.” (René Padilla).

O “O Deus deste cristianismo é o Deus da ‘graça barata’, o


Deus que sempre dá, mas nunca exige nada, o Deus feito
expressamente para o homem-massa que se rege pela lei
do menor esforço e busca as soluções fáceis, o Deus que se
concentra naqueles que não tem de negarem-se a ele,
porque o necessitam como analgésico…” (René Padilla).
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O Quando a Igreja se deixa influenciar pelos valores
mundanos, descaracteriza-se como Igreja e abre
mão do Evangelho, passando a ser irrelevante,
pronta a ser pisada pelos homens.

O Os referenciais em muitas igrejas locais,


atualmente, estão fora do Evangelho e, sim, nas
culturas humanas.
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O Devemos, porém, fugir desta cilada, deste ardil do
inimigo de nossas almas, mantendo-nos em santidade,
separados do pecado e continuando a pregar o
Evangelho, que não muda, mas permanece para
sempre (I Pe.1:25).
O O Evangelho é o poder de Deus para salvação de todo
aquele que crê, tanto do judeu, quanto do gentio
(Rm.1:16) e, por isso, continuará a transformar as
culturas humanas, mesmo num tempo de
globalização, mesmo diante dos recortes hoje
verificáveis e que têm alcance mundial.
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Amém.

Ev. Caramuru Afosnso Francisco

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