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NOTA EXPLICATIVA Secretaria de Geologia, Ministério de

Mineração e Transformação Mineral Minas e Energia LEGENDA


1. INTRODUÇÃO 3.3.1. Unidade hidrogeológica Serra Geral (g'3)
O condicionamento hidrogeológico de uma região é função de suas características geoló- A unidade hidrogeológica Serra Geral corresponde a área de ocorrência da seqüência extru-

Características dos Sistemas Aqüíferos


gicas, geomorfológicas, climáticas, da cobertura vegetal e da ocupação antrópica a que está siva basáltica denominada Formação Serra Geral, em altitudes superiores a 300 m. Conside- 400000 420000 440000 460000 480000 500000 520000 540000 560000
submetida. O volume de água subterrânea armazenado, a sua circulação, a sua qualidade e ra-se que abaixo da cota 300, na área de ocorrência dessa formação geológica, passa a o-
a possibilidade de sua extração irão depender: correr a unidade hidrogeológica São Bento, adiante descrita. Sua área de ocorrência se res-
- da existência em profundidade de formações geológicas com porosidade (espaço) e per- tringe ao extremo norte da Região Metropolitana, abrangendo pequenas áreas nos municí-
meabilidade adequadas ao armazenamento e circulação da água subterrânea (aqüíferos), pios de Dois Irmãos, Sapiranga, Taquara e Santo Antônio da Patrulha. IMPORTÂNCIA HIDROGEOLÓGICA RELATIVA LOCAL VULNERABILIDADE
Sistemas Aqüíferos Unidades Geológicas e Litológicas Domínios
NATURAL Hidrogeológicos
em situação (profundidade) que permita a extração da água nelas contidas, com os equipa- Tratam-se de típicos aqüíferos fraturados, onde o fluxo da água em subsuperfície restringe- NEGLIGENCIÁVEL MUITO PEQUENA PEQUENA MEDIANA GRANDE

mentos existentes; -se aos planos de descontinuidade de origem secundária existentes nas rochas. Em vista da Aqüíferos intergranulares extensos Depósitos fluviolacustres e deltáicos
pequena ocorrência dentro da área de abrangência desse mapeamento; da proximidade com g'3 semi-confinados a confinados. recentes; depósitos de planície lagunar

PLANÍCIE FLUVIOLACUSTRE
- da existência de condições de recarga. A água da chuva deve conseguir chegar até os
aqüíferos para recarregá-los; a zona de recuo da escarpa basáltica (área de descarga) e pelo tipo de ocupação (pequenas b2 ALTA Permeabilidade baixa a alta. Vazão
muito variável. Água de má qualidade,
e paludais situados imediatamente a
noroeste da barreira marinha
- da disponibilidade hídrica (volume de água disponível para infiltrar no solo e recarregar os propriedades rurais), apresenta importância hidrogeológica muito pequena, quase negligenci- g'3
ável. Por sua natureza, possuem comportamento muito heterogêneo, indo de poços não a- utilização restrita. Poços de até 40m
aqüíferos). Os dados existentes apontam para um valor médio anual de cerca de totalmente revestidos.
200 mm/ano (cerca de 15% da precipitação média anual) disponível para recarga dos aqüífe- proveitáveis até poços com capacidade específica da ordem de 0,2 l/s/m. A água produzida,
ros na Região Metropolitana de Porto Alegre. Esse valor corresponde a 200.000 m³/km²/ano em geral de boa qualidade, tende a ser bicarbonatada cálcica, algumas vezes com dureza e- g'3 g4 Aqüíferos intergranulares extensos Depósitos fluviolacustres e deltáicos
ou 548 m³/km²/dia. levada. g4 g4 b1 ALTA
confinados de boa permeabilidade com
2. CRITÉRIOS DE MAPEAMENTO O índice de vulnerabilidade natural varia com as características da recarga do sistema fratu- g'3 água de péssima qualidade,
O mapeamento dos aqüíferos da Região Metropolitana de Porto Alegre foi levado a efeito a rado. Quanto mais direta a recarga, maior o índice. Em geral classifica-se como mediano. # # Dois Irmãos contaminando aqüíferos subjacentes.
partir da caracterização dos domínios hidrogeológicos (divisão territorial circunscrita por limi- 3.3.2. Unidade hidrogeológica São Bento (g4) f3 # #Nova #Hartz# g'3 Aqüíferos intergranulares extensos Depósitos de planície lagunar compostos
tes estruturais ou hidrogeológicos nítidos, de dimensão regional e com traços comuns sob o Essa unidade caracteriza-se pela ocorrência do Arenito Botucatu coberto por uma camada de # # Ivoti #
#
confinados a semi-confinados. por seqüência mista compreendendo
ponto de vista geológico e/ou hidrogeológico, e que normalmente comporta vários sistemas rochas efusivas com espessura tal que permita a captação de água subterrânea no arenito. ## # g4
aqüíferos) que ocorrem na área mapeada. A partir daí foram definidos os sistemas aqüíferos Como o Aqüífero Botucatu apresenta mergulho muito suave, normalmente é interceptado a
###
#
##
Araricá# b4 ALTA
Permeabilidade média a alta. Vazões
na faixa dos 30 a 60 m³/h*. Água com
areias finas a médias, imaturas e mal
classificadas, depósitos sílticos-argilosos
componentes de cada um deles, de acordo com o manual MAPAS HIDROGEOLÓGICOS pequena profundidade com relação à área de recarga. O nível piezométrico costuma estabe- ## teores de Fe e Mn elevados. Poços de e intercalações de argilas plásticas.
lecer-se muito próximo ao contato com as efusivas superiores. Em alguns casos, em áreas g4 g4 Parobé
- Definição e Legenda (CPRM, 1996). ### até 50 m totalmente revestidos.
# #
Por outro lado, em vista da ocorrência de uma certa homogeneidade de comportamento submetidas a movimentação de blocos por falhamentos, o nível piezométrico situa-se dentro
Rio Grande do Sul g4 #
##Sapiranga f3S-23# 9

RS
do arenito. Levando em conta que na área abrangida pelo mapeamento a cota média do topo # # Aqüíferos intergranulares extensos livres. Depósitos de barreira marinha. Areias
quando se aplica friamente o conceito de sistemas aqüíferos, foram caracterizadas unidades g4 Estância# Velha # R

RS-020
#

-47

6720000
hidrogeológicas para possibilitar a apresentação de nuances de comportamento relevantes do arenito é de aproximadamente 100 m em relação ao nível do mar, estipulou-se uma altitu- # # # Permeabilidade alta. Água com baixo pH. amareladas bem selecionadas de origem
a5

6720000
RMPA e4 e4 # Taquara Níveis estáticos profundos. Vazões na

0
## # #
dentro do quadro de aproveitamento hídrico subterrâneo da área mapeada. Foram utilizados de de 300 m para o limite superior dessa unidade. Em princípio, os poços perfurados teriam
uma profundidade máxima de 300 m, operando com níveis dinâmicos na faixa dos 200 m. No
# f2 # ## ALTA
faixa dos 100 m³/h*. Captação por poços
predominantemente eólica
na análise do comportamento hidrogeológico regional, dados de 1.200 poços tubulares perfu- #
rados dentro da área objeto de mapeamento. município de Morro Reuter, imediatamente a norte de Dois Irmãos (limite norte da Região ##
Campo Bom
f2 de até 120 m totalmente revestidos.

COSTEIRO
Metropolitana), a Corsan pretende operar com profundidades e níveis dinâmicos superiores RS-24 # Novo #
É sugerida a seguinte compartimentação hidrogeológica para a Região Metropolitana de Por-
a 300m.
g4 0
Hamburgo # Aqüíferos intergranulares extensos Depósitos de planície lagunar à jusante
to Alegre: #
# Montenegro Rio

RS
A ocorrência dessa unidade é bastante restrita dentro da região Metropolitana, limitando-se a # ###
b2 dos Sinos semi-confinados a confinados. da barreira marinha, compostos de areias
Domínio f3 f3

-1
RS-287 #
Unidade Hidrogeológica Porosidade parte dos municípios de Estância Velha, Ivoti, Dois Irmãos e Santo Antônio da Patrulha. Tra- # g'3 ALTA Permeabilidade média. Vazões variáveis síltico-argilosas, mal selecionadas de cor

22
b2 b2 f2
Hidrogeológico tam-se de aqüíferos confinados a semiconfinados de continuidade discutível, já que encon- Portão#
b3 entre 10 e 100 m³/h*. Água de boa quali- creme e laminação plano-paralela

BR-116
# # # A
tram-se muito afetados por movimentação de blocos de origem tectônica. Sempre que possí- BR-386 # g4 g'3 MUITO dade junto à barreira marinha; a qualidade incipiente que se interdigitam com
1. Planícies fluviolacustres atuais (b2) Intergranular vel, a locação dos poços deve seguir critérios estruturais. A área de recarga dessa unidade #
f3 b2 Capela de
ALTA diminui em função da interdigitação depósitos marinhos praiais e continentais
I- Planície Fluvio- Santana # b2
2. Aqüíferos salinizados (b1) Intergranular corresponde à área de ocorrência das unidades hidrogeológicas denominadas aqui como # g4 com depósitos continentais. Poços até em direção à base.
lacustre 3. Planície lagunar interna (b4) Intergranular Serra Geral, por infiltração no sistema fraturado. # # g4 120 m (totalmente revestidos), surgentes
f3 RS-242
Excluído o Aqüífero Águas Claras, constitui-se na unidade com melhores condições de utili- f3 f2
na zona de influência da barreira marinha.
1. Águas Claras (a5) Intergranular #
II- Costeiro zação como manancial da Região Metropolitana, apresentando capacidades específicas na b2 Aqüíferos descontínuos restritos a zonas Formação Serra Geral. Derrames
2. Planície lagunar externa (b3) Intergranular faixa de 0,1 a 1,0 l/s/m. A água produzida nessa unidade é, como norma, de excelente quali- # b2 #
1.Serra Geral (g'3) Fratura dade, com teores de sólidos totais dissolvidos geralmente inferiores a 300 mg/l. A vulnerabili- BR f3 ##
# # f3 g´3 MÉDIA fraturadas. Vazões na faixa dos 2-5 m³/h*. basálticos de coloração marrom,
Água de boa qualidade (bicarbonatadas). cinza-escuro a preta, granulação fina.
dade natural dos aqüíferos que a compõem é diretamente proporcional à espessura da co- -3 São Leopoldo Poços até 200 m.
2. São Bento (g4) Mista bertura basáltica, sendo no geral baixa na área fraturada e negligenciável nas áreas não fra- 86 #
III- Bacia do 3. Botucatu1 (e4) Mista turadas. # #
R
# io C # f2 g4 Grupo São Bento (Juro-cretáceo).
aí b2 Aqüíferos descontínuos restritos
Paraná 4. Botucatu2 (f3) Mista 3.3.3. Unidade hidrogeológica Botucatu # # f3 a zonas fraturadas encobrindo aqüífero Formação Serra Geral representada por
5. Camadas vermelhas (f2) Mista Localização da Região Metropolitanade Porto Alegre - RMPA #
#
# ##
intergranular confinado. derrames de basaltos cinza-escuro a
A unidade hidrogeológica Botucatu corresponde aos sistemas aqüíferos inserido em litologi- # pretos, finos a afaníticos, sempre
6. Passa Dois (f'3) Mista #
7. Rio Bonito (e3) Mista
as essencialmente areníticas, geologicamente mapeadas como Arenito Botucatu. São reco-
nhecidos dois sistemas aqüíferos com comportamentos bastante distintos: (i) Um sistema a- ##
## e4 g4 BAIXA
Permeabilidade média a alta. Vazões
na faixa dos 15-60 m³/h*. Água de recobrindo as Formações Botucatu e/ou
qüífero do tipo e4, ocupando uma porção muito reduzida da área de ocorrência do Arenito # f3 # # f2 ### Santo Antônio excelente qualidade. Poços com Sanga do Cabral.
1. Depósitos de encosta (j2) Aqüitardo # # Sapucaia da Patrulha
e4

RS-470
Botucatu; e (ii) um sistema aqüífero do tipo f3, correspondente ao restante da área atualmen- BR- profundidade entre 150 e 300 m;

6700000
IV- Escudo #

6700000
2. Dom Feliciano (g2) Fratura 386 #

RS-
# f2 # # do Sul # captação com filtros no aqüífero
Sul-Rio-grandense te mapeada como Arenito Botucatu. # f2 # # # intergranular.
3. Pinheiro Machado (g3) Fratura 3.3.3.1. Subunidade e4 inos #

124
# os S # # RS-030 ##
4. Sul-Rio-Grandense ( l1) Aqüiclude Pelos critérios de classificação utilizados, a ocorrência dessa subunidade se restringe a pe-
Nova
# Santa # Rio d # f2 # f2 Aqüíferos intergranulares descontínuos. Formação Botucatu composta por arenitos
b2 f2 g4

BACIA DO PARANÁ
Rita # Permeabilidade baixa a média; quando de granulação média, cor rosa,
A importância hidrogeológica relativa local tem conceituação subjetiva, tendo a definição das quenas áreas basicamente nos municípios de Estância Velha e Santo Antônio da Patrulha, # # ## # #
# Esteio
#
# f2 f2
áreas levado em conta um cotejo entre a quantidade de água (disponibilidade versus neces- constituindo uma franja de largura variável na base da escarpa basalto-arenítica.
O comportamento hidrogeológico dessa subunidade está amplamente condicionado pela mo-
#
#
# #
# ## g4 # # e4 MÉDIA
A
fraturados média a alta. Vazões entre 10
e 40 m³/h*. Água de excelente qualidade.
apresentando estratificação cruzada de
grande porte.
sidade), sua qualidade (salinidade, contaminação) e explotabilidade (possibilidade técnica e
vimentação tectônica que atingiu a área durante a separação continental e seqüenciais a es- #
#
##
RS
-1 b2 b2 ALTA Poços de 50 a 200 m, em geral,
econômica de captação).
4 b2 ## # # # ## #
### # 18 # Glorinha totalmente revestidos.
3. HIDROGEOLOGIA DA REGIÃO METROPOLITANA DE sa. Os falhamentos de caráter essencialmente gravitacional provocaram grandes desloca-
mentos de blocos, colocando em contato camadas de diferente permeabilidade, além de pro- f2 RS
-24 # # # # ## # # ### ##
#
BR-290 e4 #
#
Aqüíferos extensos confinados com Formações Botucatu (parcial), Sanga do
PORTO ALEGRE mover uma ampliação considerável da condutividade hídrica ao longo das zonas fraturadas. #
## # # ##
# # f2 # b3 Lagoa BAIXA influência de zonas fraturadas. Cabral e Rio do Rasto (parcial). Arenitos
3.1. Domínio Hidrogeológico Planície Fluviolacustre Constituem características dessa subunidade o comportamento heterogêneo com relação às # g4 dos (f2) finos, siltitos e lamitos de coloração
Esse domínio hidrogeológico compreende toda área coberta pela sedimentação fluvial atual e vazões produzidas, com capacidades específicas variando de 0,01 a 0,5 l/s/m, compatível
# # #
## ##
#
Canoas
#########
# # #
Barros
f2 f3 BAIXA A
Permeabilidade muito baixa. Vazões de
0,5 a 1,5 m³/h* (f2) e 1 a 4 m³/h (f3)*. avermelhada.
subatual, assim como as planícies lacustres e lagunares construídas durante os períodos com sistemas com circulação restrita, e a excelente qualidade da água produzida. A profundi- b2 # #
# ## f'3 # # ## MÉDIA Água de boa qualidade. Captação por
dade dos poços é também muito variável. Em geral os poços mais profundos (entre 150 e b2 b2 # # # # # ## # # # (f3) poços com 150 a 250 m.
transgressivos e regressivos pleisto-holocênicos. # # # # # j2 e4 a5
São características básicas desse domínio a pequena profundidade de exploração e a má 220m) são os mais produtivos. No entanto, a interceptação de zonas fraturadas a pequenas b2 # # ######## f'3 # f2 # Aqüíferos intergranulares/fraturados Grupo Passa Dois (Permiano superior),
qualidade das águas subterrâneas nele contidas. ou médias profundidades podem proporcionar alto rendimento em poços relativamente rasos. Triunfo # # Gravataí #
g2 # # # ### # ## f2# extensos confinados. Permeabilidade principalmente folhelhos escuros das
3.1.1. Planícies fluviolacustres atuais e subatuais (b2)

BR-116
Na região sul do município de Santo Antonio da Patrulha, área de ocorrência da unidade pla- # Cachoeirinha f2
Aqüíferos intergranulares inseridos nos depósitos fluviais, lacustres e deltáicos que ocorrem nície fluviolacustre (sistema aqüífero b2), a pequena espessura e água de má qualidade a- São Jerônimo # #Charqueadas ac
Rio
Jac b2 # # ## # # g3 ### b2 f´3 BAIXA
baixa ampliada por intrusão/fratura.
Vazões variáveis entre 1 e 10 m³/h*.
Formações Estrada Nova e Irati.
Ocasionalmente, Formações Rio Bonito
ao longo dos cursos d'água mais importantes da região (Jacuí, Caí, Sinos e Gravataí) e seus presentadas por esta faz com que a prospecção se dirija à subunidade e4 subjacente. Embo- uí Rio Grava b2 Água de boa qualidade com eventual e Rio do Sul em profundidade.
afluentes principais. Normalmente são compostos por uma seqüência areno-silto-argilosa, a- ra muitos dos poços perfurados nessa subunidade sejam revestidos apenas na porção supe-
b1
taí b2 f2 presença de teores elevados de Fe e
presentando gradação granulométrica descendente da base para o topo. Na porção inferior rior (normalmente até cerca de 30 m), é recomendável o revestimento total e captação atra-
b2 b2 ##
## #
b3 Mn. Poços de 50 a 250 m.
predominam seixos e areias conglomeráticas ou muito grosseiras. Intermediariamente pre- vés de filtros. # b1 b2 # b3

RS
Essa subunidade comporta-se como uma área de recarga direta e armazenamento, com um # # # # Aqüíferos intergranulares descontínuos Formação Rio Bonito, com arenitos
dominam as granulometrias areia fina a média, sendo a parte superior composta ba- b2 # # # associados a zonas fraturadas. Vazões cinza-esbranquiçados finos, siltitos
e3

-40
sicamente de argila (lamas), com teores variáveis de silte. Esta seqüência é por vezes rom- índice de vulnerabilidade natural mediano em vista da boa permeabilidade da cobertura su- # #
# b1 # # #
j2 Alvorada #
## e3 b2 a5
MÉDIA variáveis entre 1 e 10 m³/h*. Água de cinza e folhelhos escuros. Formação

RS-118
1
f2

6680000
pida por lentes de material grosseiro que se inserem entre os sedimentos mais finos, cor- perficial e da ocorrência de fraturamentos, amenizado pela profundidade normalmente alta do #
6680000
boa qualidade na ausência de carvão. Rio do Sul com ritmitos, arenitos finos
respondendo a paleocanais fluviais. Do mesmo modo, as porções mais grosseiras podem topo da primeira camada aqüífera. j2# ## ##
# #
## Produção variável. Poços com até 60 m. e diamictitos.
3.3.3.2. Subunidade f3 # # # #
conter lentes de sedimentos finos, correspondendo a depósitos remanescentes em ambien-
#
# b2 g3 # # # #
# j2 #
# Cobertura semipermeável sobre aqüífero Depósitos continentais de encosta e
tes de menor competência (lagos, planície de inundação, etc). Essa unidade inclui alguns de- A medida que se afasta da escarpa basalto-arenítica, o comportamento hidrogeológico das li- b2 # g3
b1 PORTO
## ## ALEGRE

0
e3 # b3 fraturado (g3). Área de recarga. Possível leques aluviais. Distribuem-se sob a

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pósitos de planície lagunar. tologias vai se alterando. Embora o condicionamento estrutural permaneça, ele já não é tão
b2 g3# # #
# # # BAIXA captar pequenas vazões (média de forma de um manto de espessura

RS
Na região onde a área-fonte principal dos sedimentos é o Escudo Sul-Rio-Grandense, perceptível. O comportamento dos aqüíferos torna-se mais homogêneo, com um rendimento
sempre que atingem boa espessura comportam-se como aqüíferos caudalosos. No entanto, muito inferior ao da subunidade anterior. As capacidades específicas medidas situam-se na b2
b2 #
#
# g3 #
##
# g3#
## g3
#
j2 A
MÉDIA
500 l/h) em poços de até 60 m. Água variável, normalmente com secção
g2 # # pode apresentar teores elevados de Fe triangular, na parte inferior das encostas

SUL-RIO-GRANDENSE
#

ESCUDO SUL-RIO-GRANDENSE
são poucas as áreas onde podem ser usados para o abastecimento humano, em razão da faixa dos 70-100 l/h/m (aproximadamente 0,02-0,03 l/s/m), sendo extraídas vazões na faixa BR-290 # # # #
a5 e Mn. dos terrenos graníticos.
péssima qualidade da água produzida, a qual, de uma maneira geral, apresenta teores eleva- dos 5.000 a 8.000 l/h, com rebaixamentos da ordem de 100 m. A água é de boa qualidade, #j2
# # g2 #
Inclui o manto eluvial.
#
g2 ## j2 b2
dos de ferro, manganês e sulfatos, devido a constante presença de matéria orgânica e ao semelhante a produzida pelos aqüíferos da subunidade anterior. e3 #
Arroio dos Ratos
Aqüíferos descontínuos restritos a zonas
processo diagenético em andamento. Atua como área de recarga para a Subunidade e4 e Unidade São Bento. A posição topográfi- e3 g3 b4 ## b2 j2###### Viamão
# fraturadas, livres. Poços de profundidade
Corpos granitóides sin e tardi-tectônicos,
# ## ## # normalmente pouco alterados (exceção

40
ca relativamente elevada contrabalança a boa permeabilidade das camadas superficiais, le- #
Na região onde a área-fonte dos sedimentos corresponde às formações sedimentares e ou
# l1 g3
MÉDIA variada (até 300 m) e comportamento porção leste do município de Guaíba),
l1

-0
g2

BR-116
vulcânicas da Bacia do Paraná, a composição desses depósitos passa a ser mais argilosa, vando-nos a estabelecer um índice de vulnerabilidade natural médio a baixo para essa sub- # Eldorado do Sul b4 # # # # ## A

RS
# muito heterogêneo. Vazões variáveis (1 a
concedendo-lhes permeabilidade muito baixa. A ocorrência de depósitos de origem paludal unidade. e3 j2 # ## # #
g3 ALTA realçados no relevo, embora sem atingir
3.3.4. Unidade hidrogeológica Camadas Vermelhas (f2) ##
#
g3 g2
#
# b2 g3 5 m³/h*). cotas muito elevadas (abaixo de 250 m).
interdigitados determina a ocorrência de altos teores de ferro, manganês e sulfatos, como na
Guaíba
#
# ### # j2 Predominância das baixas vazões.
zona anterior. Em algumas regiões onde a área-fonte predominante é o Arenito Botucatu, co- Essa unidade hidrogeológica corresponde à área de ocorrência das unidades geológicas ma- g3 # # # #
RS-04
0
mo na planície aluvial do rio dos Sinos nos seus cursos alto e médio, existe a possibilidade peadas como Sanga do Cabral e Rio do Rasto (parcial). Embora na sua maior extensão de- # ## # ## ## # Aqüíferos descontínuos restritos a zonas Rochas granodioríticas e monzograníticas
# ####
de obtenção de água subterrânea em quantidade e qualidade aproveitáveis, havendo restri- vesse receber a classificação de aqüitardo, pela ampla exploração a que foi e está sendo g2 # fraturadas, cobertura elúvio-coluvial bem com estrutura gnáissica contendo
# g3 g3
#
#
# desenvolvida. Melhor rendimento médio enclaves de dioritos e tonalitos
ções, no entanto, devido à pequena espessura da unidade. São situações particulares que submetida e conseqüente importância como fonte alternativa de abastecimento d'água, será #
g2
# # j2 # MÉDIA

ESCUDO
merecem um estudo específico. aqui considerada como um sistema aqüífero. Alcança espessuras superiores a 250m, sen- #
# j2 # g3 A em relação ao sistema anterior. Vazões
variáveis entre 1 e 20 m³/h. Comum a
deformados de formas e tamanhos
variados. Normalmente alterados em
Resumindo, essa unidade hidrogeológica é composta por aqüíferos extensos semi-confina- do normalmente explorado por poços com profundidade na faixa dos 200 m. Apresenta rendi- # ALTA
g3 j2# a5 ocorrência de teores de fluoretos acima superfície e topograficamente
b2 # g2
dos, rasos (profundidade de exploração inferiores a 40 m), capazes de fornecer vazões altas mentos muito baixos, com capacidades específicas na faixa dos 30 l/h/m (0,008 l/s/m). Como
(capacidades específicas superiores a 1,0 l/s/m), mas produtores de águas com más caracte- costuma apresentar níveis piezométricos altos e entradas profundas, através de grandes re- g2 j2 # do máximo permissível. rebaixados em relação a unidade
rísticas físico-químicas (teores acima do permissível de ferro, manganês e sulfatos, principal- baixamentos são obtidas vazões da ordem dos 1.500 a 3.000 l/h. Apresenta índice de vulne- g2 #
## b3 Poços entre 60 e 200 m. anterior.
mente). Por suas características e posição, são altamente vulneráveis à contaminação a par- rabilidade natural baixo. # Áreas sem água subterrânea Rochas pertencentes ao Escudo
I1

6660000
3.3.5. Unidade hidrogeológica Passa Dois (f'3) j2 b3
6660000

tir da superfície. Essa situação é em parte amenizada pela ocupação antrópica não muito in- g2 j2 -------- significativa, mesmo em termos Sul-Rio-Grandense em cotas
tensa, já que se trata de áreas inundáveis, e por se desenvolverem parcial ou totalmente em Corresponde a área de ocorrência das Formações Estrada Nova e Irati, compostas predomi- g2 b2 # relativos. elevadas (acima de 250 m).
áreas de preservação ambiental permanente. nantemente por folhelhos sílticos, localmente calcíticos. A predominância de sedimentos pelí- j2 b1 g2# #
De um modo geral, a prospecção da água subterrânea na área de ocorrência dessa unidade ticos nas litologias que compõem essa unidade, impõem a mesma um condicionamento hidro- LA * - As vazões estão referidas a um rebaixamento de 25m a partir do nível estático.
se dirige aos aqüíferos subjacentes, a não ser nos casos em que o uso previsto para a água geológico que determina a inexistência de bons aqüíferos porosos. No entanto, por serem ca- # G g2
permita sua utilização a despeito da má qualidade. Nos poços perfurados nessa unidade nor- madas mais coerentes que as que compõem a unidade anterior, respondem mais positiva-
g2 O
#
#
malmente são isoladas as contribuições d'água a ela associadas. Em alguns casos o trata- mente aos fraturamentos, adquirindo zonas de maior permeabilidade ao longo dos mesmos. g2 G j2 j2 a5
Soma-se a isso a ocorrência de diques e soleiras de diabásio, relacionados a Fm. Serra Ge- #
mento da água pode se tornar economicamente viável. U b1
g2
3.1.2. Aqüíferos salinizados (b1) ral, intrusivos na seqüência sedimentar pré-vulcânica da Bacia do Paraná, predominantemen- A a5
No delta do Jacuí e áreas limítrofes nos municípios de Eldorado do Sul, Canoas e Porto Ale- te nos folhelhos da Fms. Irati e Estrada Nova.
## ÍB b2 #
gre, assim como na zona sul de Porto Alegre (bairros Lami, Belém Novo, Ponta Grossa) Os poços que interceptam esses corpos intrusivos costumam apresentar zonas de contribui- e3 A
constata-se a ocorrência de teores muito altos de cloretos nas águas produzidas pelos aqüí- ção logo acima ou dentro dos mesmos. As vazões sempre são superiores às vazões médias b1 j2#
#
b3
g2
feros relacionados aos depósitos fluviolacustres recentes que ali ocorrem. Nessas áreas ve- dos poços que atravessam apenas a coluna sedimentar, sem estímulo estrutural. A principal b2 e3
rifica-se a contaminação dos aqüíferos fraturados subjacentes, com um incremento conside- área de ocorrência corresponde ao norte dos municípios de Canoas e Cachoeirinha, e sul b2 Lagoa
rável do teor de cloretos (até 3.000 mg/l), inviabilizando o uso da água subterrânea como dos municípios de Esteio e Sapucaia do Sul. A análise de 220 poços perfurados nessa área
mostrou a incidência de 60 % (131) de ocorrência de corpos intrusivos. Em muitos poços fo- j2 do
fonte de abastecimento para qualquer atividade. b3 Casamento Unidades Hidrogeológicas
Em princípio não existem critérios de superfície que possam definir a ocorrência de saliniza- ram interceptados dois corpos. g2 b2
ção em profundidade em áreas onde não existem poços perfurados, já que não há ligação Infelizmente não existem critérios de superfície para locação desses corpos e seu uso como g3
clara entre o tipo de depósito e o fenômeno da salinização. parâmetro para prospecção da água subterrânea. Um levantamento aeromagnetométrico da
área poderia identificar os corpos maiores e definir a existência de um padrão, auxiliando efe-
3.1.3. Planície lagunar interna (b4) tivamente a tarefa de locação de poços que visem interceptar corpos intrusivos em profundi- a5 - Águas Claras
Essa unidade corresponde aos aqüíferos ocorrentes nos depósitos de planície lagunar sobre dade.
rochas pertencentes ao Escudo Sul-Rio-Grandense, situados a sul do rio Jacuí e oeste do A capacidade específica dos poços perfurados nessa unidade oscila de 0.020 l/s/m, no aqüí- b1 - Aquíferos Salinizados
Lago Guaíba, e que hoje se expressam fisiograficamente na forma de terraços. Restringe-se fero intergranular, a 0,2 l/s/m, quando são interceptados corpos intrusivos. A profundidade de g2
ao município de Guaíba. exploração oscila de 50 a 250 m, sendo normalmente determinada pela ocorrência das intru- b2 - Planícies Fluviolacustres atuais e subatuais

6640000
Constituem aqüíferos intergranulares extensos confinados a semi-confinados, com permeabi- sões. A água produzida é normalmente de boa qualidade, ocorrendo eventualmente teores e-
6640000

lidade média a alta. Os poços atingem capacidades específicas na faixa dos 0,2 a 1,0 l/s/m. levados de Fe, Mn e F. O índice de vulnerabilidade natural dos aqüíferos que compõem essa g2 Lagoa b3 - Planície Lagunar Externa
A água apresenta em geral teores acima do permissível de Fe e Mn, influindo na cor. Capta- unidade é baixo. Negra
ção por poços de até 50 m, totalmente revestidos. l1 b4 - Planície Lagunar Interna
3.2. Domínio Hidrogeológico Costeiro 3.3.6. Unidade hidrogeológica Rio Bonito (e3) g3
O domínio hidrogeológico aqui denominado costeiro compreende os depósitos sedimentares Essa unidade, de ocorrência superficial restrita às áreas onde afloram as formações basais e3 - Rio Bonito
relacionados à Barreira Marinha e aos depósitos lagunares externos (situados entre a barrei- da Bacia do Paraná, está representada por aqüíferos descontínuos confinados associados a
ra e a costa atual). São definidas dentro da área de abrangência do mapeamento duas unida- zonas fraturadas, eventualmente ampliadas pela ocorrência de camadas sedimentares per- e4 - Botucatu1
des hidrogeológicas bem caracterizadas: (i) Aqüífero Águas Claras e (ii) Planície lagunar ex- meáveis.
terna. A espessura das litologias que suportam essa unidade é normalmente pequena, fazendo com f'3 - Passa Dois
São características gerais desse domínio o alto redimento dos poços e profundidade média que os poços nessa área atinjam o Escudo Cristalino a profundidades menores que 60 m.
de exploração. A composição arenosa das camadas superficiais e a pequena profundidade Embora ocorram poços com rendimento razoável (capacidade específica de 0,1 l/s/m), nor- f2 - Camadas Vermelhas
das camadas aqüíferas levam a caracterizar essa unidade como altamente vulnerável à con- malmente as vazões obtidas são muito baixas. A água produzida, em geral de boa qualidade
taminação a partir da superfície. na região, pode ter sua qualidade comprometida pela ocorrência de camadas de carvão. f3 - Botucatu 2
Em vista da recarga através de fraturas e da espessura relativamente pequena, considera-se
3.2.1. Aqüífero Águas Claras (a5) o índice de vulnerabilidade natural dessa unidade como mediano. g'3 - Serra Geral
Corresponde a zona de ocorrência dos depósitos de paleodunas costeiras, atualmente referi- 3.4. Domínio Hidrogeológico do Escudo Sul-Rio-Grandense
dos como Barreira Marinha, os quais constituem, sem dúvida, o melhor aqüífero da Região Esse domínio hidrogeológico possui a peculiaridade de apresentar a maior densidade de po- l1 LAGUNA DOS PATOS g2 - Dom Feliciano
Metropolitana de Porto Alegre. Essa unidade hidrogeológica, para a qual sugere-se aqui a ços cadastrados da Região Metropolitana no bloco leste (municípios de Porto Alegre, Via-
denominação de Aqüífero Águas Claras, distribui-se ao longo de uma faixa relativamente mão, Alvorada e Gravataí) e a menor densidade no bloco oeste (municípios de Guaíba, Eldo- g3 - Pinheiro Machado
estreita de direção sudoeste-nordeste com cerca de 100 km de extensão, atingindo os muni- rado do Sul, Arroio dos Ratos e São Jerônimo).
cípios de Tapes, Barra do Ribeiro, Viamão e Santo Antônio da Patrulha, os dois primeiros A separação das unidades pertencentes ao Escudo leva em conta basicamente a produtivi- g4 - São Bento
não pertencentes à Região Metropolitana de Porto Alegre. Estima-se a área de ocorrência dade média dos poços existentes nas diversas unidades geológicas, o que se relaciona com
da unidade em aproximadamente 700 km². a densidade de fraturamentos, relevo, condições de recarga e a resposta que os diversos ti- j2 - Depósitos de Encosta
pos litológicos dão aos esforços tectônicos a que são submetidos.
São características inerentes a esse domínio hidrogeológico a subordinação do fluxo e arma- l1 - Sul-Rio-Grandense

6620000
6620000

zenamento subsuperficiais aos planos de descontinuidade (falhas, fraturas, fissuras) existen-


tes nas rochas e a ocorrência comum de águas fluoretadas. # Poço tubular
3.4.1. Depósitos de encosta encobrindo litologias pertencentes ao
Escudo Sul-Rio-Grandense (j2)
Sob esta denominação são agrupados depósitos eluviais, coluviais, gravitacionais de encosta
e porções de leques aluviais não individualizáveis, assim como os elúvios e colúvios recentes
que tendem sempre a suavizar o relevo da região. Eles se distribuem ao longo de uma faixa
de largura variável em contato direto com as rochas do Escudo, por um lado, ocupando a
porção intermediária e inferior das encostas, e com os sedimentos fluviais por outro, na sua
porção mais rebaixada. O contato com as rochas graníticas torna-se pouco nítido, quando as CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS
mesmas encontram-se muito alteradas. Já o contato com os sedimentos fluviais é normal-
mente nítido e representado por um terraço erosional, em superfície. Já em profundidade o # Sede Municipal
que se observa é uma intergiditação, com os depósitos de encosta ora avançando sobre os
depósitos fluviais (períodos regressivos), ora sendo erodidos e retrabalhados e cedendo es- Rodovia
paço para os depósitos fluviais (períodos transgressivos). Esses depósitos podem atingir es- Ferrovia
pessuras da ordem de 60 m.
Embora esses depósitos constituam aqüíferos de baixo rendimento (se caracterizam mais a- Drenagem
propriadamente como aqüitardos) e comumente produzam águas com altos teores de ferro e
manganês, pela sua distribuição e pelo papel que desempenham na recarga dos aqüíferos
subjacentes, foram considerados como uma unidade hidrogeológica isolada. Corpo d'água.
A análise dos resultados obtidos em cerca de 250 poços que exploraram essa unidade nos Limite da Região Metropolitana
municípios de Porto Alegre, Viamão, Alvorada e Guaíba não confirma observações anterio-
res. Os poços costumam produzir vazões baixas, apresentando capacidade específica abai-
xo de 0,033 l/s/m. Para atendimento a demandas superiores a 10.000 l/dia, a prospecção
de água subterrânea na área de abrangência nessa unidade hidrogeológica deve ser dirigida
para os aqüíferos fraturados subjacentes. O aproveitamento da água produzida deve sempre
ser precedido de uma avaliação da sua qualidade. Nas zonas próximas ao contato com de- 400000 420000 440000 460000 480000 500000 520000 540000 560000
Figura 1 - Imagem de satélite (Embrapa Monitoramento por Satélite). Porção sudeste do município de Viamão. pósitos fluviais, existe a possibilidade da ocorrência em subsuperfície de camadas de maior
permeabilidade, resultantes do retrabalhamento fluvial dos depósitos de encosta.
A área de ocorrência do Aqüífero Águas Claras representa a única zona dentro da Região Constituem zonas com índice de vulnerabilidade natural à poluição baixo a moderado, de a-
Metropolitana de Porto Alegre onde pode ser projetada a implantação de qualquer empreendi- cordo com a maior ou menor declividade do terreno. MAPA GEOLÓGICO
mento que dependa de água subterrânea como fonte de abastecimento. Os poços bem cons- MAPA DE DOMÍNIOS HIDROGEOLÓGICOS
truídos produzem vazões significativas com pequenos rebaixamentos de nível (capacidades
3.4.2. Unidade hidrogeológica Pinheiro Machado (g3) 400000 420000 440000 460000 480000 500000 520000 540000 560000
400000 420000 440000 460000 480000 500000 520000 540000 560000
400000 420000 440000 460000 480000 500000 520000 540000 560000

específicas acima de 1,1 l/s/m). Modelos de fluxo realizados nessa unidade hidrogeológica Essa unidade é constituída por aqüíferos descontínuos restritos a zonas fraturadas desenvol-
para um cenário de 10 anos, mostram que, com vazões da ordem de 60.000 l/h, o aqüífero é vidos sobre granodioritos, migmatitos e gnaisses, normalmente rebaixados topograficamente Legenda Mapa Geológico
S# S# Sapiranga S#S# Parobé
Ivotí Dois Nova Hartz
muito pouco afetado. em relação à Unidade Dom Feliciano, descrita a seguir, em geral com espessa cobertura e- Irmãos
O nível estático de um modo geral é relativamente profundo (normalmente abaixo dos 20 m) luvial e/ou coluvial.
para um aqüífero livre. Isso se deve, basicamente, à posição topográfica elevada em relação Pela composição mais variada e ocorrência de minerais mais suscetíveis ao intemperismo, S# Campo S# Araricá S# S#Taquara
Estância
Velha
Q1 - Depósito Aluvionar
Q2 - Depósito Fluviolacustre
à área circundante, que provoca descarga sobre as unidades vizinhas, sempre que a altura as litologias que compõem essa unidade apresentam coberturas eluviais mais espessas e fo-
6720000 Montenegro
S# CapelaS# S# Novo S# BomS# 6720000
6720000

Santana Portão Hamburgo Q3 - Depósito Lacustre Paludal


saturada determina a formação de um gradiente adequado. A figura 1 mostra que a área de ram bem mais rebaixadas erosivamente que as litologias que compõem a Unidade Dom Feli-
ocorrência do Aqüífero Águas Claras é uma área superficialmente seca (rosada), enquanto ciano. Além disso, as litologias relacionadas à Unidade Pinheiro Machado foram hospedeiras S#
São Leopoldo Q4 - Depósito de Planície Lagunar - A
as áreas adjacentes, situadas na zona de descarga, mostram a coloração escura típica de de corpos graníticos intrusivos pertencentes àquela unidade, o que gerou planos de desconti- Santo Antônio Q5 - Depósito de Planície Lagunar - B
áreas alagadas ou muito úmidas. nuidade adicionais na encaixante. S#do Sul
Sapucaia S#
da Patrulha
Q6 - Depósito de Planície Lagunar - C
S# Esteio
6700000 Nova Santa Rita
Duas características marcantes da água fornecida por esse aqüífero são o baixo pH apresen- S# S#
Glorinha 6700000
6700000
Q7 - Depósito de Planície Lagunar - D
tado pela água, o qual chega a atingir o valor de 5,5, e o pequeno teor de sólidos totais dis- Pela natureza descontínua e pelo grande número de variáveis que influem no comportamento S# Cachoeirinha Gravataí
Canoas
Q8 - Depósito de Barreira Marinha
solvidos, normalmente próximo a 50 mg/l. Essas características emprestam a água um cará- hidráulico dos aqüíferos fraturados, a utilização de médias gera valores pouco utilizáveis. Na
Triunfo

ter corrosivo, exigindo a utilização de materiais quimicamente resistentes na construção dos Unidade Pinheiro Machado são registradas vazões de 0,1 a 10,0 l/s, com rebaixamentos os
S#S# S#Charqueadas S# S# TQ - Depósito Continental de Encosta e Leques Aluviais
poços. mais variados, levando a uma infindável gama de valores de capacidade específica. A pro-
São Jerônimo
S#Alvorada Ksg - Fm. Serra Geral
Pela sua constituição essencialmente arenosa, seu caráter livre e velocidade de recarga,
fundidade de ocorrência dos aqüíferos fraturados, decorrente que é da atitude dos planos de 6680000
S#PORTO 6680000 6680000 JKb - Fm. Botucatu
descontinuidade e da posição do poço em relação a estes, não pode também ser padroniza-
constitui-se em um aqüífero com vulnerabilidade natural que oscila de média (zonas com da. Atualmente, considera-se um horizonte de exploração entre 50 e 200 m de profundidade S#
Arroio dos S#do Sul
Eldorado
ALEGRE S#Viamão TRsc - Fm. Sanga do Cabral
GuaíbaS
#
nível estático abaixo de 30 m de profundidade) até extrema (nível estático a menos de 10m como razoável para essa unidade hidrogeológica. A qualidade das águas produzidas é geral- Ratos
Prr - Fm. Rio do Rasto
de profundidade). Em vista da sua elevada importância hidrogeológica, o Aqüífero Águas mente boa, ressalvada a ocorrência de teores de fluoretos acima do limite permitido para á- Pen - Fm. Palermo
Claras merece atenção especial quanto ao disciplinamento e monitoramento do uso da água gua potável. Em cerca de 70% das análises cadastradas ocorreram teores de F superiores a 6660000 La La Pi - Fm. Irati
6660000
nele contida. 2,0 mg/l, quando o limite médio recomendável para água potável é de 1,0 mg/l.
6660000 go go

3.2.2. Planície lagunar externa (b3)


Gu
aíb
Gu
aíb
a
Pp - Fm. Palermo
a
Camadas aqüíferas inseridas nos depósitos lagunares externos à Barreira Marinha. A melhor O índice de vulnerabilidade natural dessa unidade é, assim como os demais parâmetros, bas- Prb - Fm. Rio Bonito
classificação de acordo com o manual (op. cit.) seria a de aqüíferos intergranulares, multica- tante variável dentro da sua área de ocorrência. De uma maneira geral o classificamos como Cvg - Granito Tipo Vila Garcia
madas, confinados a semi-confinados. Trata-se de uma seqüência de depósitos de areias síl- moderado. Em áreas muito rebaixadas topograficamente, de pequena declividade e sem co- 6640000 Cpb - Granito Tipo Passo do Barco
tico-argilosas, mal selecionadas de cor creme e laminação plano-paralela incipiente que se bertura sedimentar expressiva, o índice pode chegar a alto. 6640000 6640000
Nm - Granito Tipo Morrinhos
interdigitam com depósitos marinhos praiais e continentais em direção à base. Próximo à Nse - Granito Tipo Serra do Herval
Barreira Marinha podem interdigitar-se com depósitos eólicos a ela pertencentes. 3.4.3. Unidade hidrogeológica Dom Feliciano (g2)
Devido a uma relativa escassez de poços nela perfurados, o que em parte se relaciona com
Laguna dos Patos Laguna dos Patos Ncg - Granito Tipo Cerro Grande
Aqüíferos descontínuos restritos a zonas fraturadas desenvolvidos sobre corpos granitóides, # Sedes Municipais Par - Complexo Gnáissico Arroio dos Ratos
a abundância de água superficial, é a unidade hidrogeológica com comportamento menos intrusivos ou não na unidade anterior, em geral topograficamente mais elevados e com me- 6620000 Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre - RS Domínios Hidrogeológicos
conhecido da Região Metropolitana de Porto Alegre. Mancha Urbanas Npmp - Complexo Granito-Gnaissico Pinheiro Machado -
O comportamento hidrogeológico dessa unidade costuma variar de acordo com o percentual
nor cobertura eluvial.
Em princípio, duas características básicas distinguem essa unidade da anterior: (i) uma me-
# Sede Municipal
Rodovias
6620000
Planície Fluviolacustre
6620000
Fácies Porfirítica
de material grosseiro, normalmente relacionado a retrabalhamento de depósitos continentais Rodovia Costeiro
nor densidade de fraturamentos, levando a um menor rendimento médio dos poços e maior Npmi - Complexo Granítico Pinheiro Machado -
situados na porção inferior da coluna. Quando os poços perfurados nessa unidade intercep- incidência de poços nulos; (ii) menor ocorrência de altos teores de fluoretos e, conseqüente- Bacia do Paraná
Indiferenciado COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS - CPRM
tam em profundidade camadas pertencentes à Barreira Marinha, mostram artesianismo sur-
gente e água de boa qualidade. Mais para o interior da bacia, costumam produzir águas com
mente, maior potabilidade das águas produzidas. Escudo Sul-Rio-Grandense
DIRETORIA DE HIDROLOGIA E GESTÃO TERRITORIAL
teores muito altos de bicarbonato (acima de 300 mg/l). Foram medidas capacidades específi- Apesar da composição normalmente simples (quartzo e feldspatos) das litologias, em certas
cas na faixa dos 0,1 a 1,8 l/s/m. A profundidade de exploração é variável de acordo com a
distância da Barreira Marinha. Quanto mais próximo desta, menores as profundidades dos
áreas (E-SE do município de Guaíba, por exemplo) se desenvolveram espessos (mais de
60 m) mantos eluviais sobre elas. Essas coberturas mostram-se hidrogeologicamente esté- EXECUÇÃO PROJETO PLANO DIRETOR DE MINERAÇÃO DA
poços. Em princípio, a profundidade máxima dos poços perfurados nessa unidade não neces-
sita ultrapassar 120 m. Em vista da baixa coesividade dos depósitos constituintes, os poços
reis e parecem desempenhar um papel pouco relevante na recarga dos aqüíferos fraturados Autor: Geól. Arnaldo Roberto de Brum
Edição : Geól. Vitório Orlandi Filho
REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE - PDM
subjacentes.
devem ser totalmente revestidos. Como citado na unidade anterior, é muito difícil uma padronização de comportamento dos a- CHEFE DO PROJETO:
Constitui a unidade onde ocorrem áreas com o maior índice de vulnerabilidade natural da Re- qüíferos fraturados. Como foram constatadas contribuições em profundidades próximas a Geól. Luiz Fernando Pardi Zanini
gião Metropolitana.
3.3. Domínio Hidrogeológico da Bacia Do Paraná
300 m, esse é o limite exploratório recomendado dentro dessa unidade.
Em vista da recarga se processar diretamente sobre as fraturas em algumas áreas, conside-
Nota: O Mapa de Sistemas Aqüíferos, foi elaborado a partir de informações disponíveis em mapas geológicos, geomorfológicos,
topográficos e dados de 1200 poços tubulares cadastrados na Região Metropólitana de Porto Alegre - RMPA.
SUPERVISÃO DO PROJETO:
Geól. MSc. Marcos Alexandre de Freitas Escala: 1:250.000 Mapa dos Sistemas Aqüíferos
O Domínio Hidrogeológico Bacia do Paraná abrange a área de ocorrência de todas as unida- ra-se médio a alto o índice de vulnerabilidade natural dessa unidade hidrogeológica. A versão digital deste mapa foi editado em ambiente GIS-Arcview 3.2 Associado a este mapa, existe um banco de dados em Access
des litoestratigráficas que se situam entre o Escudo Sul-Rio-Grandense e a planície tércio- 2000, com informações sobre as características construtivas, litológicas e hidrodinâmicas dos poços tubulares. O Programa Levantamento de Informações para Gestão Territorial - GATE é executado pela CPRM 5 0 5 10 15 20km
3.4.4. Unidade hidrogeológica Sul-Rio-Grandense (Sistema Aqüífero l1) - Serviço Geológico do Brasil, através de suas Unidades Regionais, sob a coordenação do Departa-
quaternária correspondente aos domínios anteriormente descritos.
Áreas sem água subterrânea significativa, localizada sobre rochas pertencentes ao Escudo
Base planimétrica digital fornecida pela Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional - METROPLAN, tendo como
mento de Gestão Territorial - DEGET. Este projeto foi elaborado pela Superintendência Regional
ANEXO II
São características gerais desse domínio a subordinação total ou parcial do armazenamento origem as cartas digitalizadas pelo Centro de Cartografia Automatizada do Exército - CCAUEX e executadas a partir dos originais Projeção Universal Tranversa de Mercator Superintendência Regional de
e fluxo subsuperficiais à ocorrência de zonas fraturadas; a grande profundidade de explora- Sul-Rio-Grandense, a altitudes superiores a 250 m. A alternativa para obtenção de pequenas copiativos das cartas do Exército, na escala 1:50.000, editadas pela Diretoria do Serviço Geográfico/Brasil. de Porto Alegre em 2004, sendo integrado por 5 cartas: Mapa Geológico Integrado, Mapa dos
Datum Horizontal - SAD 69 Porto Alegre Escala: 1:250.000
ção e a boa qualidade das águas produzidas. vazões é a utilização de vertentes. Supervisor da Editoração: Geól.Luís Edmundo Giffoni Sistemas Aqüíferos, Mapa de Cadastro Mineral, Mapa das Jazidas de Carvão Mineral e Mapa de
Potencial Mineral para Não-Metálicos da RMPA.
DATA: abril 2006
Edição Final: Téc. Adm. Rui Arão Rodrigues e Téc. Cartografia Daniel Soares Mottim

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