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ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA E
ORÇAMENTÁRIA
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
BRAZILIAN
CONCURSOS
COMPRA COLETIVA DE MATERIAIS PARA CONCURSO
Sumário
Orçamento Público - Parte I............................................................................................3
1. Introdução ao Estudo de AFO e Orçamento Público.....................................................3
1.1. AFO, Orçamento Público e Direito Financeiro.............................................................3
1.2. Atividade Financeira do Estado.................................................................................4
1.3. Fontes de AFO e Orçamento Público.........................................................................9
1.4. Competência para Legislar sobre Direito Financeiro e Orçamento Público.............. 12
2. Finanças Públicas e Orçamento Público – Artigos 163 a 169 da CF/1988. . ................. 14
2.1. Finanças Públicas – Normas Gerais.. ....................................................................... 14
2.2. Dos Orçamentos – Parte 1.......................................................................................17
3. Um Pouco sobre o Orçamento Público..................................................................... 30
3.1. Definições Iniciais................................................................................................... 30
3.2. Orçamento Autorizativo X Impositivo.....................................................................32
3.3. Teto de Gastos – Novo Regime Fiscal..................................................................... 37
3.4. Natureza Jurídica do Orçamento............................................................................38
3.5. Outros Aspectos Relevantes do Orçamento...........................................................39
Resumo.........................................................................................................................45
Mapas Mentais............................................................................................................. 48
Questões Comentadas em Aula.................................................................................... 50
Questões de Concurso................................................................................................... 51
Gabarito........................................................................................................................62
Gabarito Comentado. .....................................................................................................63
Referências................................................................................................................... 91
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Uma boa maneira de começar a estudar essa matéria é compreender do que ela trata e
saber distingui-la de outras matérias muito similares em termos de assuntos cobrados nos
editais de concursos públicos. Estou me referindo às matérias AFO, Direito Financeiro e Fi-
nanças Públicas, onde, por exemplo, o tema Orçamento Público é normalmente presente.
Em comum temos o fato de que o estudo do Direito Financeiro, de AFO e das Finanças Pú-
blicas tem como objeto a Atividade Financeira do Estado, sendo que o Direito Financeiro tem
Assim, podemos dizer que o Direito Financeiro é mais amplo que AFO, com foco, claro, nas
normas que regulam seu campo de atuação. Na verdade, o estudo de AFO engloba o Direito
Financeiro com uma “pegada” administrativa, ou seja, abrange a atividade financeira do esta-
Assim, sucintamente, podemos enxergar o estudo de AFO pela ótica de assegurar a exe-
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a direção, o controle e a tomada de decisões dos gestores públicos em cada uma dessas
fases.
modo amplo e está mais voltado para uma abordagem legalista e doutrinária, a matéria AFO
Bem, devidamente situados, veja agora como a Doutrina conceitua o Direito Financeiro.
o ramo do Direito Público que estuda a atividade financeira do Estado sob o ponto de vista jurídico.
Sucintamente, guarde que podemos enxergar o estudo de AFO pela ótica de assegurar a
a direção, o controle e a tomada de decisões dos gestores públicos em cada uma dessas fa-
ses.
to AFO quanto o Direito Financeiro tem como objeto de estudo a Atividade Financeira do Es-
tado – AFE, que, por sua vez, ENGLOBA 4 elementos que estão intimamente ligados:
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Direito Financeiro
GERIR
Orçamento/planejamento
OBTER
Receita
GASTAR
Despesa
CRIAR
Crédito
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Entendida essa descrição simplória do que é o Direito Financeiro, vamos ver uma questão
DIRETO DO CONCURSO
item seguinte.
dade financeira do Estado no que diz respeito a orçamento público, receita pública, despesa
COMENTÁRIO
Errado.
Tenha em mente que o Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que disciplina a atividade
financeira do estado, que abrange a receita pública (obtenção de recursos), o crédito público
dio de recursos).
Por seu turno, o Sistema Financeiro Nacional é regulado pelo Direito Econômico, que discipli-
Lembrando o saudoso Mestre Aliomar Baleeiro, que nos disse que a atividade financeira
des, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu a outras pessoas de direito público.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Sociedade Estado
Tributo
Orçamento
Atividade
financeira
do estado
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seus fins.
2) Além disso, nem sempre os recursos obtidos são suficientes, por isso o Estado precisa
criá-los (CRÉDITO PÚBLICO) para que os mesmos sejam capazes de atender todos os
dispêndios.
3) Por fim, toda essa atividade deve ser gerenciada (ORÇAMENTO PÚBLICO).
Orçamento público
ATENÇÃO
Importante destacar que, no que diz respeito à extensão da atividade financeira do Estado,
o STF já manifestou posição no sentido de que os Tribunais de Contas têm competência para
DIRETO DO CONCURSO
A atividade financeira do Estado, caracterizada pela presença constante de uma pessoa jurí-
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COMENTÁRIO
Errado.
Amigo(a), na verdade a atividade financeira do Estado engloba obter receita, criar crédito pú-
blico, gerir recursos e gastá-los para promover desenvolvimento econômico e social e o bem
comum de sua sociedade.
Logo, é errado dizer que a atividade financeira do Estado tem como principal finalidade a arre-
cadação de recursos. Volto a lembrar que a principal finalidade do Estado é promover desen-
volvimento econômico e social e o bem comum de sua sociedade.
ATENÇÃO
A CF/1988 além de destinar um capítulo para tratar das finanças públicas, recepcionou a Lei
n. 4.320/1964 atribuindo-lhes status de Lei Complementar.
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pelo Congresso Nacional por maioria simples, em processo legislativo de lei ordinária, então
Em verdade, essa incongruência deve-se ao fato de que a CF/1988 exige lei complementar
para tratar de exercício financeiro e dos instrumentos do Plano Plurianual – PPA, da Lei de
período de tempo durante o qual o Estado realiza a sua atividade financeira, arrecadando re-
ceitas e executando despesas, é a Lei n. 4.320/1964, editada e publicada como originalmente
ENTRETANTO, NÃO se pode afirmar, que pelo fato de ser uma lei pretérita à CF/1988, que
inaugurou um novo ordenamento jurídico no Brasil a partir daquele ano, e que vai de encontro
à norma do art. 165, § 9º, I, foi automaticamente revogada com a publicação da Lei Maior.
A Lei n. 4.320/1964 não foi revogada, mas sim recepcionada como se Lei Complementar
fosse. ASSIM, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (ADI 1726), a Lei
n. 4.320/1964 foi recepcionada com o status de lei complementar perante o texto constitu-
Em suma, a Lei n. 4.320/1964 é uma lei formalmente ordinária, aprovada por meio de
rialmente complementar, pois a matéria de que ela trata é de lei complementar, com fulcro no
Desse modo, pelo fato de a Lei n. 4.320/1964 ter sido recepcionada pelo atual ordena-
mento jurídico brasileiro, ditado pela Carta Magna de 1988, com status de lei complementar,
somente poderá ser alterada por uma lei federal de mesma matéria, e lei complementar.
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O PULO DO GATO
Importante deixar claro que o Direito Financeiro, e, por tabela, também AFO e o Orçamen-
to Público, não são normatizados apenas pela CF/1988 e pela Lei n. 4.320/1964, pois a Lei
Complementar n. 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal-LRF) também tem relevante impor-
tância.
Além dessas 2 Leis Complementares, temos as Leis do PPA, da LDO e da LOA que serão
apresentadas ao longo do curso.
Ao longo do curso também faremos menções às jurisprudências mais significativas do
STF e a dispositivos infra legais como Decreto 93.872/86 e os Manuais MTO – Manual Técni-
co do Orçamento e MCASP – Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público.
Veja a pirâmide das fontes do Direito Financeiro e Orçamentário:
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Importante registrar que a competência para legislar sobre Direito Financeiro e Orçamento
Público é concorrente da União, estados e Distrito Federal, como define o art. 24, I e II; e § 1º
a 4º da CF/1988. Veja:
Veja essa linha de raciocínio na sequência dos parágrafos do inciso II art. 24 da CF/1988,
especialmente o que revela o 4º:
Note que o dispositivo normativo acima não faz menção aos municípios, mas existe a
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Nessa pegada, a doutrina, EMBORA NÃO DE MODO PACÍFICO, tem aceito que existe com-
petência também para os Municípios, com base no art. 30, I, da CF/1988.
Sempre é bom lembrar que, no âmbito da competência concorrente, cabe à União esta-
belecer normas gerais, e aos Estados, DF e Municípios suplementar o que foi estabelecido
pela União. Em verdade, a norma geral já foi editada pela União desde 1964. Trata-se da Lei n.
4.320/1964, lei federal de normas gerais de direito financeiro, de abrangência nacional, vincu-
lando, portanto, todos os entes políticos.
ATENÇÃO
Importante deixar claro novamente que, no âmbito da legislação concorrente, cabe à União le-
gislar sobre normas gerais de direito financeiro (art. 24, § 1º, CF/1988), e o Estado/DF mantém
competência suplementar (art. 24, § 2º, CF/1988), tendo os municípios a prerrogativa consti-
tucional de suplementar a legislação federal e estadual, no que couber, conforme já explanado
(art. 30, II, CF/1988) e com apoio da Doutrina, embora não pacífica.
E se não houvesse legislação federal, o que não é o caso, o Estado teria competência legis-
lativa plena (art. 24, § 3º, CF/1988), o que significaria a possibilidade jurídica de editar lei de
normas gerais de direito financeiro para atender a suas peculiaridades?
Sim!
Se ligue!
Mas como dito antes, não é o caso, pois a União já estabeleceu as Normas Gerais (Lei n.
4.320/1964).
Entretanto, é importante deixar claro que mesmo diante dessa possibilidade, se depois so-
brevier a lei federal, posterior à edição da lei estadual de normas gerais de direito financeiro,
as normas contrárias da lei estadual de normas gerais terão a sua eficácia suspensa, sendo
válidas apenas as disposições normativas que não contrariarem as federais editadas, pois a
superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual no que
lhe for contrária (art. 24, § 4º, CF/1988).
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As Normas Gerais de Finanças Públicas estão previstas nos artigos 163 e 164 da nossa
CF/1988.
Vamos conhecê-los?
DICA
Entenda e memorize tais matérias, pois esse ponto é muito
cobrado em prova.
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JURISPRUDÊNCIA
Importante destacar ainda que o Supremo Tribunal Federal – STF já se manifestou (STF,
ADI 2.238-MC, DJ de 06.10.2000) no sentido de que que as matérias relacionadas no
art. 163 da CF/1988 podem ser reguladas por lei complementar de maneira fragmen-
tada, ou seja, o caput do mencionado artigo NÃO se refere a uma única LC – Lei Com-
plementar, podendo, em verdade, serem editadas algumas LCs para abarcar todas as
matérias relacionadas.
Importante destacar ainda que o termo “finanças públicas” do inciso I, é bem amplo. As-
sim, entende-se que os demais incisos do art. 163 podem ser considerados abrangidos por
esse termo.
Atualmente no Brasil temos em vigência a Lei n. 4.320/1964 é que estatui Normas Gerais
sobre Finanças Públicas e Direito Financeiro, também conhecida como lei do orçamento pú-
blico, que é uma lei originalmente ordinária, federal, porém de abrangência nacional, vincu-
lando todos os entes políticos, quais sejam União, Estados, DF e Municípios. Mesmo sendo
uma lei formalmente ordinária e materialmente complementar, a Lei n. 4.320/1964 somente
poderá ser alterada, desde a vigência da atual Constituição, por uma lei complementar tanto
quanto à forma e quanto à matéria.
Guarde que basicamente que no art. 164 da CF/1988 temos aspectos constitucionais re-
lacionados ao BACEN – Banco Central.
Nessa seara é importante lembrar que de acordo com o inciso VII do art. 21 da nossa Car-
ta Magna, é competência exclusiva da União emitir moeda, sendo tal competência é exercida
exclusivamente pelo BACEN.
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Guarde ainda que no § 1º do art. 164 temos a vedação expressa para que o BACEN conce-
da, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade
que não seja instituição financeira.
Ora, como até a promulgação da CF/1988, o BACEN podia fazer empréstimos ao Tesouro
Nacional, ao BACEN era permitido aumentar a oferta de moeda para gerar recursos para em-
prestar ao Tesouro e com o aumento de moeda em circulação no mercado, a inflação aumen-
taria em função da desvalorização da própria moeda em virtude da sua abundância.
Importante ter em mente que essa vedação feita pela CF/1988 reforçou o papel de autori-
dade monetária do BACEN em consonância com o CMN – Conselho Monetário Nacional.
Já o § 2º do art. 164 permite ao BACEN comprar e vender títulos de emissão do Tesouro
Nacional, desde que o objetivo da transação seja especificamente o de regular a oferta de
moeda ou a taxa de juros. Ou seja, a ideia é que os títulos do Tesouro Nacional não sejam um
meio do BACEN simplesmente emprestar dinheiro ao Tesouro Nacional.
O § 3º costuma ser muito cobrado em prova. Por meio dele a o Constituinte determinou
que as disponibilidades de caixa da União sejam depositadas no BACEN.
No caso das disponibilidades de caixa dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e
dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, a determina-
ção é de que sejam depositadas em instituições financeiras oficiais, respeitando as exceções
previstas em lei. Note que, desde que haja previsão legal, existe sim a possibilidade de que as
disponibilidades de caixa sejam depositadas em instituições financeiras não oficiais, desde
que haja previsão em lei.
JURISPRUDÊNCIA
Nessa seara, o STF já se manifestou no sentido de que tal lei deve ser uma simples lei
ordinária editada pela União, mas de caráter nacional, ou seja, de acordo com o STF as
Constituições ou as leis estaduais NÃO PODEM dispor sobre essa matéria.
JURISPRUDÊNCIA
De acordo com o STF (STF ADI. 2661-MC, DJ de 23.08.2002), essa cláusula de depósito
compulsório nas instituições financeiras oficiais tem por valor subjacente a moralidade
administrativa.
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Vamos agora à literalidade do artigo, já que comum a sua cobrança em provas de concur-
sos públicos:
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco
central.
§ 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacio-
nal e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira.
§ 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o ob-
jetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por
ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
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§ 14. A lei orçamentária anual poderá conter previsões de despesas para exercícios seguintes, com
a especificação dos investimentos plurianuais e daqueles em andamento. (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 102, de 2019) (Produção de efeito)
§ 15. A União organizará e manterá registro centralizado de projetos de investimento contendo, por
Estado ou Distrito Federal, pelo menos, análises de viabilidade, estimativas de custos e informa-
ções sobre a execução física e financeira. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 102, de 2019)
(Produção de efeito).”
Destaque-se que essa Lei Complementar ainda não foi promulgada, tendo seu papel sido
exercido pela Lei n. 4.320/1964 já comentada anteriormente.
Esse art. 165 será exaustivamente trabalhado quando estudarmos os Instrumentos de
Planejamento e Orçamento (Leis Orçamentárias) na aula 2.
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I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
incompatíveis com o plano plurianual.
§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor mo-
dificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão
mista, da parte cuja alteração é proposta.
§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual se-
rão enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complemen-
tar a que se refere o art. 165, § 9º.
§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta
seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.
§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante
créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um
inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo
Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos
de saúde. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015)
§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no § 9º, in-
clusive custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art. 198, vedada a
destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais. (Incluído pela Emenda Constitucional
n. 86, de 2015)
§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 9º
deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita
corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa
da programação definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165. (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 86, de 2015)
§ 12. A garantia de execução de que trata o § 11 deste artigo aplica-se também às programações
incluídas por todas as emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito
Federal, no montante de até 1% (um por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício
anterior. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)
§ 13. As programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12 deste artigo não serão de execução
obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica. (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional n. 100, de 2019)
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§ 14. Para fins de cumprimento do disposto nos §§ 11 e 12 deste artigo, os órgãos de execução
deverão observar, nos termos da lei de diretrizes orçamentárias, cronograma para análise e ve-
rificação de eventuais impedimentos das programações e demais procedimentos necessários à
viabilização da execução dos respectivos montantes. (Redação dada pela Emenda Constitucional
n. 100, de 2019)
I – (revogado); (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)
II – (revogado); (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019) )
III – (revogado); (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)
IV – (revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)
§ 15. (Revogado) (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)
§ 16. Quando a transferência obrigatória da União para a execução da programação prevista nos
§§ 11 e 12 deste artigo for destinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, independerá da
adimplência do ente federativo destinatário e não integrará a base de cálculo da receita corrente
líquida para fins de aplicação dos limites de despesa de pessoal de que trata o caput do art. 169.
(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)
§ 17. Os restos a pagar provenientes das programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12
poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira até o limite de 0,6%
(seis décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, para as progra-
mações das emendas individuais, e até o limite de 0,5% (cinco décimos por cento), para as progra-
mações das emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal.
(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)
§ 18. Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumpri-
mento da meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, os montantes
previstos nos §§ 11 e 12 deste artigo poderão ser reduzidos em até a mesma proporção da limita-
ção incidente sobre o conjunto das demais despesas discricionárias. (Redação dada pela Emenda
Constitucional n. 100, de 2019)
§ 19. Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que observe
critérios objetivos e imparciais e que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresen-
tadas, independentemente da autoria. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)
§ 20. As programações de que trata o § 12 deste artigo, quando versarem sobre o início de investi-
mentos com duração de mais de 1 (um) exercício financeiro ou cuja execução já tenha sido inicia-
da, deverão ser objeto de emenda pela mesma bancada estadual, a cada exercício, até a conclusão
da obra ou do empreendimento. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 100, de 2019)”.
ATENÇÃO
Agora vem uma novidade: a EC n. 105/2019 incluiu o art. 166-A na CF/1988:
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II – transferência com finalidade definida. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
§ 1º Os recursos transferidos na forma do caput deste artigo não integrarão a receita do Estado,
do Distrito Federal e dos Municípios para fins de repartição e para o cálculo dos limites da despesa
com pessoal ativo e inativo, nos termos do § 16 do art. 166, e de endividamento do ente federado,
vedada, em qualquer caso, a aplicação dos recursos a que se refere o caput deste artigo no paga-
mento de: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
I – despesas com pessoal e encargos sociais relativas a ativos e inativos, e com pensionistas; e
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
II – encargos referentes ao serviço da dívida. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
§ 2º Na transferência especial a que se refere o inciso I do caput deste artigo, os recursos: (Incluído
pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
I – serão repassados diretamente ao ente federado beneficiado, independentemente de celebração
de convênio ou de instrumento congênere; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
II – pertencerão ao ente federado no ato da efetiva transferência financeira; e (Incluído pela Emen-
da Constitucional n. 105, de 2019)
III – serão aplicadas em programações finalísticas das áreas de competência do Poder Executivo
do ente federado beneficiado, observado o disposto no § 5º deste artigo. (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 105, de 2019)
§ 3º O ente federado beneficiado da transferência especial a que se refere o inciso I do caput deste
artigo poderá firmar contratos de cooperação técnica para fins de subsidiar o acompanhamento
da execução orçamentária na aplicação dos recursos. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 105,
de 2019)
§ 4º Na transferência com finalidade definida a que se refere o inciso II do caput deste artigo, os re-
cursos serão: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
I – vinculados à programação estabelecida na emenda parlamentar; e (Incluído pela Emenda Cons-
titucional n. 105, de 2019)
II – aplicados nas áreas de competência constitucional da União. (Incluído pela Emenda Constitu-
cional n. 105, de 2019)
§ 5º Pelo menos 70% (setenta por cento) das transferências especiais de que trata o inciso I do
caput deste artigo deverão ser aplicadas em despesas de capital, observada a restrição a que se
refere o inciso II do § 1º deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 105, de 2019)
Obs.: Ainda nessa aula vamos conhecer um pouco mais sobre a Emenda Constitucionais
86/2015, 100/2019 e 105/2019, e na aula seguinte vamos nos aprofundar no estudo
desse artigo.
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Analisando o conteúdo dos incisos de parte do artigo acima transcrito, podemos ver que
o inciso I proíbe o início de programas ou projetos não incluídos na LOA.
Em outras palavras, mesmo com previsão no PPA ou na LDO acerca da realização de des-
pesas vinculadas a determinadas ações ou programas governamentais, o efetivo gasto e, as-
sim, a execução do projeto, somente poderão ir adiante se houver previsão específica quanto
às receitas e despesas na LOA, em consonância com o princípio da universalidade.
DIRETO DO CONCURSO
COMENTÁRIO
Errado.
Não existe exceção! O início de programas e projetos não incluídos na LOA é vedado pela CF!
Já o inciso II proíbe a realização de despesas que superem os créditos orçamentários ou
adicionais, ou seja, toda despesa deve estar vinculada a uma receita, não sendo permitido
assumir obrigações sem a indicação da respectiva fonte de financiamento.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Podemos ver que no inciso III, existe um limite quanto à realização de operações de crédito,
tendo em vista que ao serem contratadas e contraídas aumentam o endividamento do Estado.
ATENÇÃO
Essa é a chamada “Regra de Ouro” das Finanças Públicas! De acordo com a “Regra de Ouro”
das Finanças Públicas, a contratação de operações de crédito não poderá ser superior ao
montante das despesas de capital, a não ser que haja autorização específica pelo Poder Le-
gislativo, por maioria absoluta, mediante crédito adicional suplementar ou especial, com fi-
nalidade precisa. Ela tenta garantir que as receitas advindas do endividamento estejam no
mesmo patamar do gasto com investimentos.
DIRETO DO CONCURSO
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
COMENTÁRIO
Certo.
Sim, é necessária a existência de prévia autorização legislativa para a instituição de fundos
de qualquer natureza, já que a constituição, em seu art. 167, inciso IX, veda a instituição de
fundos sem prévia autorização legislativa.
O PULO DO GATO
Em outras palavras, enquanto nas receitas dos impostos, a regra é a da não vinculação, quan-
do se trata da disciplina das contribuições, a norma constitucional é inversa: deve haver vin-
culação à finalidade pela qual o tributo foi exigido.
JURISPRUDÊNCIA
Importante deixar registrado também que o STF firmou JURISPRUDÊNCIA acerca do
art. 169, § 1º, DA CF/1988, entendendo que a ausência de dotação orçamentária prévia
em legislação específica não autoriza a declaração de inconstitucionalidade da lei,
impedindo tão somente a sua aplicação naquele exercício financeiro. Assim, caso uma
lei conceda um aumento de remuneração a servidores sem dotação suficiente na LOA ou
sem autorização na LDO, ela não será declarada inconstitucional.
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Nessa linha de raciocínio, a única restrição é que a referida lei não poderá ser aplicada na-
quele exercício financeiro. Caso, no exercício seguinte, exista dotação na LOA, e autorização
na LDO, a lei que concede o aumento poderá ser aplicada.
O mais curto de nossa aula! Vamos fazer a leitura e, em seguida, ver o posicionamento
do STF:
JURISPRUDÊNCIA
De acordo com o STF, cujo trecho do MS 34.483 (Min. Dias Toffoli, j. 22-11-2016, 2ª T, DJE
de 8-8-2017) a seguir reproduzimos, “o direito prescrito no art. 168 da CF/1988 instru-
mentaliza o postulado da Separação de Poderes e, dessa perspectiva, institui um dos fun-
damentos essenciais para a permanência do Estado Democrático de Direito, impedindo a
sujeição dos demais Poderes e órgãos autônomos da República a arbítrios e ilegalidades
perpetradas no âmbito do Poder Executivo respectivo. É dever de cada um dos Pode-
res, por ato próprio, proceder aos ajustes necessários, com limitação de empenho (des-
pesa), ante a frustração de receitas que inviabilize o cumprimento de suas obrigações (LC
101/2000, art. 9º), operando-se esses ajustes em um ambiente de diálogo institucional,
em que o Poder Executivo sinaliza o montante da frustração de receita – calculada a partir
do que fora projetado no momento da edição da lei orçamentária e a receita efetivamente
arrecadada no curso do exercício financeiro de referência – e os demais Poderes e órgãos
autônomos da República, no exercício de sua autonomia administrativa, promovem os
cortes necessários em suas despesas para adequarem as metas fiscais de sua respon-
sabilidade aos limites constitucionais e legais autorizados, conforme sua conveniência
e oportunidade”.
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Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, em-
pregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de
pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de
pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas
públicas e as sociedades de economia mista.
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a adaptação
aos parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos os repasses de verbas fede-
rais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não observarem os referi-
dos limites.
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado
na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios ado-
tarão as seguintes providências:
I – redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de
confiança;
II – exoneração dos servidores não estáveis.
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegu-
rar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável
poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a
atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal.
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização correspon-
dente a um mês de remuneração por ano de serviço.
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, veda-
da a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de
quatro anos.
§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do disposto no
§ 4º”.
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federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não observarem
os referidos limites.
Note que o § 1º do art. 169 da nossa Carta Magna nos diz que os aumentos de despe-
sas com pessoal, independentemente da forma ou do órgão, só poderão ser feitos se houver
prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e
aos acréscimos dela decorrentes ou se houver autorização específica na LDO, ressalvadas as
ATENÇÃO
Importante destacar que a LDO de cada Ente Federado pode definir limites inferiores aos es-
tabelecidos na LRF. A própria LRF estabeleceu como limite de alerda 90% do limite que não
poder ser ultrapassado.
Nós sabemos que os gastos com a folha de pagamento de pessoal e inativos e pensionis-
tas representam o “carro chefe” das despesas de todo o setor público brasileiro. Assim, uma
das regras básicas da Lei de Responsabilidade Fiscal diz respeito à imposição de limites para
os gastos com pessoal.
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JURISPRUDÊNCIA
Existe jurisprudência do STF no sentido de que a conduta de outros órgãos sobre os
quais o Poder Executivo não pode exercer ingerência não lhe pode trazer tais conse-
quências danosas, ou seja, o descumprimento de limites de gastos previstos na legis-
lação orçamentária realizado pelos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público
Estaduais, órgãos dotados de autonomia institucional e orgânico-administrativa, não
pode ensejar a inscrição do Poder Executivo do estado-membro nos sistemas restritivos
ao crédito utilizados pela União.
Nosso objetivo agora é avançar um pouco mais no tema Orçamento Público, também
chamado de “orçamentos anuais”, mas que tecnicamente falando, de forma restritiva, é a LOA
Podemos dizer que o Orçamento é um processo contínuo, dinâmico e flexível, que traduz
em termos financeiros para determinado período (um ano), os planos e programas de traba-
lho do governo.
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Em outras palavras, é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arrecadação de receitas
e fixa a realização de despesas para o período de um ano e o Poder Legislativo lhe autoriza,
trativa.
Outra forma de vermos o orçamento é como um processo mais amplo, englobando tam-
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Note que o Poder Executivo prevê e o Poder Legislativo lhe autoriza (temos um sistema
misto), por certo período, e em pormenor, a execução das despesas destinadas ao funciona-
mento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral do país,
Em suma, podemos dizer que o Orçamento do Estado é o ato contendo a aprovação pré-
sas discricionárias, autorizativo, e não impositivo, ou seja, a fixação de despesas é uma mera
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Em verdade, em nossa pátria, a realização de uma despesa pública (gasto público) está,
portanto, condicionada à disponibilidade financeira de receitas arrecadadas durante o exercí-
cio financeiro (1º de janeiro a 31 de dezembro, conf. art. 34, Lei n. 4.320/1964).
Nesse sentido, nossa Carta Magna determina que o Poder Executivo publique, até 30 dias
após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
Ainda de acordo com a CF/1988 em seu art. 168:
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das individuais à LOA por parte dos congressistas, sendo que tais emendas serão aprovadas
até 1,2% da Receita Corrente Líquida – RCL prevista no projeto de LOA encaminhado ao Con-
gresso Nacional.
Registre-se que esse apelido não corresponde à realidade, uma vez que apenas uma pe-
quena fatia da LOA passou a ser de execução obrigatória, divergindo assim do conceito dou-
trinário de orçamento impositivo, aquele em que a aprovação da Lei obriga o Executivo a
executar a LOA de forma mais amarrada.
De qualquer forma, guarde que a EC n. 86/2015 tornou impositiva apenas emendas indivi-
duais dos parlamentares, mas não trouxe qualquer novidade em relação às chamadas emen-
das de bancadas, aquelas que são apresentadas, por exemplo, por parte de uma bancada de
determinado Estado da Federação.
ATENÇÃO
Apenas com a promulgação da EC n. 100/2019, é que as emendas de bancada também pas-
saram a ser obrigatórias (limite para a execução de 0,8% em 2020 e, a partir de 2021, de 1% da
RCL) e houve a revogação dos incisos I a IV do § 14, que tratavam das medidas a serem toma-
das em caso de impedimento de ordem técnica que inviabilizassem a execução das emendas.
Ainda de acordo com a nova redação de nossa Carta Magna trazida pela EC n. 100/2019,
quando as emendas impositivas resultarem em transferências obrigatórias a Estados e Mu-
nicípios, os recursos transferidos não integram a RCL – Receita Corrente Líquida dos entes
destinatários.
Além dessas novidades, a EC n. 100/2019, em seu § 17 do art. 165, dispôs acerca dos
restos a pagar no âmbito do orçamento impositivo, determinando que os restos a pagar pro-
venientes das programações orçamentárias previstas nos § 11 e 12 (emendas impositivas
individuais e de bancada) poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução
financeira até o limite de 0,6% (seis décimos por cento) da RCL realizada no exercício anterior,
para as programações das emendas individuais, e até o limite de 0,5% (cinco décimos por
cento), para as programações das emendas de bancada.
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Atente, portanto, ao fato de que metade das emendas impositivas (0,6% e 0,5%, respectiva
dos 1,2% para as emendas individuais e do 1% para as emendas de bancada) podem ser des-
tinadas para o pagamento de restos a pagar.
Mas guarde que as emendas impositivas podem ser contingenciadas, de acordo com os
ditames da LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal.
Ainda temos o § 19 do art. 165 que dispôs acerca do critério equitativo para execução das
emendas, definindo como equitativa a execução das programações de caráter obrigatório
que observe critérios objetivos e imparciais e que atenda de forma igualitária e impessoal às
emendas apresentadas, independentemente da autoria.
O PULO DO GATO
ATENÇÃO
No dia 12/12/2019 o Congresso Nacional promulgou a EC – Emenda Constitucional 105/2019,
acrescentando o art. 166-A em nossa Carta Magna, tratando das emendas individuais im-
positivas.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
suam emenda parlamentar passam a dispor de maior liberdade na aplicação dos recursos
públicos.
Trocando em miúdos, o resultado dessa EC n. 105/2019 é que vai ficar mais fácil o acesso
aos recursos das emendas parlamentares individuais, já a partir do Orçamento Geral da União
mente executadas, embora sujeitas a bloqueios e metade do valor das emendas devia ser
O PULO DO GATO
Uma importante inovação trazida pela EC n. 105/2019 é a previsão de que seja feita a trans-
ferência direta de recursos federais para os demais Entes, sem a necessidade de convênio ou
A ideia é que a descentralização dos recursos realizada dessa forma, com a liberação
imediata da verba para os cofres dos Estados, DF e Municípios traga agilidade e melhoria nos
vinculação a um objeto específico (transferência com finalidade definida) ou para uso li-
vre (transferência especial) sob certas condições. Em outras palavras, temos dois tipos
de transferências: a especial (no texto original era chamado de “doação”), que é quando o
parlamentar encaminha recursos para o Ente sem destinação específica; e a com finalidade
ro ano de vigência da emenda constitucional devem ser executadas até o mês de junho e que
70% dos recursos oriundos das emendas parlamentares individuais terão que ser utilizados
em investimentos.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
DICA
Esses recursos não podem ser usados para despesas com
pessoal (ativos, inativos ou pensionistas) e para pagar encar-
gos sociais e também não poderão ser usados para pagar ju-
ros da dívida.
De acordo com esse novo artigo, os municípios, o Distrito Federal e Estados poderão dei-
xar esses recursos de fora do cálculo de limites com despesas de pessoal, de endividamento
e para repartição – no caso dos Estados, para com os municípios em seu território.
Guarde alguns aspectos presentes na EC n. 105/2019 podem aparecer em sua prova:
• Transferência especial – o dinheiro é repassado diretamente, sem necessidade de con-
vênio ou qualquer outro instrumento e pertencerá ao ente federado após concluído o
repasse. Uma vez incorporado à receita do beneficiado, o recurso deverá ser aplicado
em programações finalísticas das áreas de competência do Poder Executivo.
• Utilização dos recursos – deve ser respeitado o mínimo de 70% para despesas de capi-
tal, exceto encargos da dívida. Assim, 30% podem ser usados para despesas de custeio,
como insumos, materiais de consumo, contas de serviços públicos, entre outras.
• Cooperação técnica – o município beneficiado pode firmar contratos de cooperação
técnica relacionados ao acompanhamento da execução orçamentária. Atualmente,
esse serviço é prestado pela Caixa Econômica Federal.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
A EC 95, também chamada de “PEC dos Gastos”, que estabeleceu o “Novo Regime Fiscal”
trazendo no art. 111 do ADCT da nossa CF/1988 que:
Art. 111. A partir do exercício financeiro de 2018, até o último exercício de vigência do Novo Regi-
me Fiscal, a aprovação e a execução previstas nos §§ 9º e 11 do art. 166 da Constituição Federal
corresponderão ao montante de execução obrigatória para o exercício de 2017, corrigido na forma
estabelecida pelo inciso II do § 1º do art. 107 deste Ato das Disposições Constitucionais Transi-
tórias.”
Mastigando essa informação para você, o que a “PEC dos Gastos” trouxe à baila foi que
a partir de 2018 até o fim do Novo Regime Fiscal, a aprovação e execução das emendas indi-
viduais de execução obrigatória terão como limite o valor do exercício anterior acrescido do
IPCA de 12 meses.
a pagar”, uma vez que, até então, os resíduos passivos relativos às despesas empenhadas e
ainda não pagas dentro do mesmo ano, só tinha previsão em legislação infraconstitucional,
determinando que os restos a pagar podem ser considerados, até o limite de 0,6% da RCL do
ano anterior, para fins de cumprimento da execução financeira obrigatória de emendas indi-
viduais.
Importante deixar registrado que o orçamento público embora tenha formato de lei, sendo
aprovado como tal, o STF decidiu que o orçamento público, no Brasil, é lei apenas em sentido
formal.
ATENÇÃO
Em relação à sua natureza jurídica, é bom deixar registrado que o orçamento público embora
tenha formato de lei, sendo aprovado como tal, a DOUTRINA dominante, embora não pacífica,
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
JURISPRUDÊNCIA
Esse é o posicionamento do STF atualmente, para a Magna Corte, o orçamento público,
no Brasil, é lei em sentido formal. Entretanto, no que diz ao controle abstrato de cons-
titucionalidade de uma lei orçamentária, o STF entende que é possível sim (ADI 4048 e
4049).
Quando mencionamos o sentido formal da LOA é que temos uma lei que tem “cara”, ou
“forma” de lei, sendo formalmente aprovada pelo Poder Legislativo. A LOA pode ser chamada
de lei de efeitos concretos, sendo apenas lei quanto à forma (aprovada pelo Legislativo), mas
não quanto à matéria.
Em contraste, uma lei em sentido material é aquela norma que tem abstração e generali-
dade, não tendo destinatário certo. É um conjunto de hipóteses normativas abstratas, como
por exemplo, o Código Penal Brasileiro, tipifica o crime de furto, elenca explicitamente o tipo
penal como “subtrair coisa alheia móvel”, especificando as penalidades para quem comete o
ilícito, não mencionando quem será penalizado. Qualquer pessoa, em regra, que subtrair coisa
alheia móvel de terceiro, estará cometendo o crime, não tendo a lei destinatário certo. É uma
norma genérica, portanto. Assim sendo, o Código Penal é uma lei em sentido material.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
tárias e encaminham para o Poder Executivo (Ministério da Economia que absorveu o antigo
MPOG – Planejamento, Orçamento e Gestão), que faz a consolidação de todas as propostas
e encaminha um projeto de Lei de Orçamento ao Congresso Nacional.
O PULO DO GATO
Nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a do Poder Legislativo, pode ser encaminhada
diretamente ao Congresso Nacional pelo órgão que elabora a sua proposta orçamentária.
Essa competência é privativa do Presidente da República (Inciso XXIII, do art. 84, da CF).
a iniciativa das leis orçamentárias é exclusiva e obrigatória para Estados e Municípios e ainda ar-
gumenta que se trata de iniciativa legislativa vinculada, uma vez que deverá ser remetida ao Con-
gresso Nacional no tempo estabelecido pela própria Constituição Federal (in Direito Constitucional,
16ª edição, p.594).
ATENÇÃO
É até comum, em provas de concurso, perguntares sobre quem tem competência para dispor
sobre orçamento público no Brasil. Essa competência é exclusiva do Congresso Nacional.
DICA
O termo dispor (na área orçamentária) significa votar, apre-
sentar e rejeitar emendas, manter ou derrubar vetos do Presi-
dente da República, aprovar créditos adicionais, fiscalizar etc.
Aí eu lhe pergunto:
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Não! Essa competência é é exclusiva do CHEFE DO PODER EXECUTIVO, função essa exer-
cida pelo Presidente da República. A proposta apresentada por parlamentar caracteriza in-
constitucionalidade formal.
Nessa mesma linha de pensamento, se o envio ao Congresso Nacional do projeto de lei
orçamentária anual é de competência privativa (art. 84, caput, inciso XXIII) do chefe do Poder
Executivo e o parágrafo único do mesmo artigo não menciona explicitamente o inciso XXIII
como possibilidade de delegação pelo Presidente da República da matéria nele constante,
significa dizer que a iniciativa do orçamento público é indelegável.
Assim, o Doutrinador Alexandre de Moraes, agora Ministro do STF, e, portanto, “produtor”
de jurisprudência, prefere, portanto, chamá-la de competência exclusiva.
O PULO DO GATO
Essa distinção é feita em razão da existência de uma diferenciação entre a competência pri-
vativa e a competência exclusiva; esta indelegável, a primeira passível de delegação. Entre-
tanto, muitas vezes existe confusão e trata-se os dois conceitos de forma indistinta. Registre
que o fato de a iniciativa ser exclusiva do Presidente da República, no caso da União, dentre
outras características, faz com que a LOA seja uma lei ordinária especial.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
PEGADINHA DA BANCA
Cuidado com essa pegadinha. Existem questões de concursos que alegam que seria possível
um Poder enviar sua própria proposta orçamentária diretamente ao Poder Legislativo. Fique
A Lei Orçamentária Anual -LOA é o orçamento público propriamente dito, devendo conter
pode ser arrecadada acima do valor previsto no orçamento público por não existir teto para a
receita!
Por outro lado, em se tratando da despesa, usamos a expressão fixação, por ser prevista
com um limite até o qual poderá ser executada. A esse limite de autorização de gastos dá-se
por meio dos chamados créditos orçamentários, limitados por suas respectivas dotações.
Destaque-se ainda que, de acordo com o art. 166 da nossa Carta Magna, os projetos de
lei relativos ao PPA, à LDO, à LOA e aos créditos adicionais devem ser apreciados pelas duas
Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum, ou seja, devem ser analisados
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Concorda?
Por essa razão existem limites de gastos preestabelecidos para cada crédito orçamentá-
rio…
Aí eu lhe digo que essa tarefa é bastante complexa e é chamada de processo de elabora-
ção da proposta orçamentária, entretanto, pode ser simplificadamente explicada da seguinte
forma:
Pense no seu orçamento familiar, onde são orçados os gastos do mês em função das re-
ceitas recebidas.
Só que tenho que lhe dizer que na Administração Pública funciona um pouco diferente,
pois as receitas a serem arrecadadas já estão previstas em Lei, e incumbe ao Poder Executivo
prever o quanto será arrecadado no ano subsequente e a fixação das despesas em função
dessas receitas, cabendo ao Congresso Nacional autorizar sua execução.
A previsão das receitas e a fixação das despesas é semelhante ao à ideia do seu orçamen-
to familiar, só que com muito mais complexidade e burocracia…
Assim, para atender o que determinam as normas atuais e as mais avançadas técnicas
orçamentárias, no atual modelo orçamentário brasileiro deve existir estreita conexão entre
planejamento e orçamento, formando assim, o poderíamos chamar de binômio inseparável.
Na verdade a distribuição de recursos são Políticas Públicas. Para tanto, deve haver pla-
nejamento para o entrelaçamento entre Planejamento, Orçamento-programa e Implementa-
ção das ações.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Esse inter-relacionamento, no caso brasileiro, teve seu marco inicial, pelo menos do ponto
de vista legal, com o advento da Lei n. 4.320/1964, que pretendeu instituir o Orçamento-Pro-
grama, instrumento de alocação de recursos com ênfase não no objeto de gasto.
Amigo(a), você não precisa ser entendido no assunto para saber que os principais proble-
mas da economia brasileira tem sido a deficiência ou até mesmo a ausência de planejamento
de longo prazo.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
RESUMO
A Atividade Financeira do Estado – AFE consiste em obter, criar, gerir e despender o di-
nheiro indispensável às necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu a outras
pessoas de direito público.
As Finanças Públicas, o Orçamento Público, a AFO e o Direito Financeiro em especial,
encontra sua “gênese normativa” na Constituição Federal de 1988, especialmente entre os
artigos 163 e 169
O orçamento Público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arrecadação de receitas
e fixa a realização de despesas para o período de um ano e o Poder Legislativo lhe autoriza,
através de LEI, a execução das despesas destinadas ao funcionamento da máquina adminis-
trativa.
Importante deixar registrado que o orçamento público embora tenha formato de lei, sendo
aprovado como tal, o STF decidiu que o orçamento público, no Brasil, é lei apenas em sentido
formal.
A competência para legislar sobre Direito Financeiro e Orçamento é concorrente da União,
Estados e Distrito Federal, como define o art. 24, I e II; e § 1º a 4º da CF/1988. Apesar de não
fazer menção explícita aos municípios, existe a possibilidade de dispor sobre temas próprios
e específicos de direito financeiro, conforme disposição expressa do art. 30, II, CF/1988.
O orçamento Público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arrecadação de receitas
e fixa a realização de despesas para o período de um ano e o Poder Legislativo lhe autoriza,
através de LEI, a execução das despesas destinadas ao funcionamento da máquina adminis-
trativa.
Todos os Poderes e o Ministério Público elaboram suas propostas orçamentárias, porém
nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a do Poder Legislativo, pode ser encaminhada
diretamente ao Congresso Nacional. Essa competência é privativa do Presidente da Repúbli-
ca (Inciso XXIII, do art. 84, da CF). Mas quem tem competência para dispor sobre orçamento
público no Brasil, é exclusivamente do Congresso Nacional.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
PLANO DE AÇÃO
INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
MAPAS MENTAIS
Finanças Públicas e Orçamento Público na CF/1988
Receita Pública
Crédito Público CE/88 – artigo 165 a 169
Atividade Financeira do Embasamento
Gestão do Orçamento Público Estado Constitucional e Legal Lei n. 4.320/1964
Despesa Pública LRF
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
relação de operações de
créditos que excedam o
montante das despesas
de capital, ressalvadas
as autorizadas mediante
Utilização, sem autorização
créditos
legislativa específicas, de
suplementares ou
recursos dos orçamentos
especiais com finalidade
fiscal e da seguridade
precisa, aprovados pelo
social para supri realização de despesas ou
Poder Legislativo por
necessidade ou cobrir a assunção de obrigações
maioria absoluta.
deficit de empresas, diretas que excedam os
fundações e fundos créditos orçamentários
ou adicionais.
a Instituição de
fundos de qualquer
natureza, sem a transferência voluntária de
prévia autorização recursos e a concessão de
legislativa empréstimos, inclusive por
antecipação de receita, pelos
governo federal e estaduais e
a Realização de suas instituições financeiras,
despesas distintas para pagamento de despesas
do pagamento de com pessoal ativo, inativo e
benefícios do regime pensionista, dos Estados, do
geral de previdência Vedações Constitucionais DF e dos Municípios.
social com recursos em matéria Orçamentaria
provenientes das (artigom167 CF/1988)
contribuições social
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 5 (CESPE/COGE-CE/AUDITOR/2019) De acordo com as disposições constitucio-
nais acerca de orçamento público, é de iniciativa privativa do presidente da República projeto
de lei ordinária que disponha sobre
a) as diretrizes orçamentárias, que será acompanhado de demonstrativo regionalizado do
efeito decorrente de isenções e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia sobre
as receitas e despesas.
b) o orçamento anual, que compreende, entre outros, o orçamento fiscal referente aos poderes
da União e o orçamento da seguridade social.
c) o plano plurianual, cujo objetivo é orientar a elaboração da lei orçamentária anual e estabe-
lecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
d) as normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta, bem como
sobre as condições para a instituição e para o funcionamento de fundos.
e) a abertura de crédito extraordinário para atender a despesas imprevisíveis e urgentes,
como as decorrentes de calamidade pública, sendo vedada a edição de medida provisória
para esse fim.
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d) A LOA prevê a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas
de capital, desde que a proposta seja aprovada por maioria qualificada.
e) O plano plurianual tem por objetivo estabelecer a previsão da receita e a fixação da despesa
para o período de quatro anos.
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o próximo item.
goria de programação para outra, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação,
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ao orçamento anual e aos créditos adicionais deverão ser apreciados, na forma do regimento
A atividade financeira do Estado, caracterizada pela presença constante de uma pessoa jurí-
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b) especiais e para a contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de re-
ceita.
c) suplementares e para a liquidação dos passivos financeiros e dos restos a pagar.
d) especiais e suplementares e para a contratação de operações de crédito, exceto por ante-
cipação de receita.
e) suplementares e para a contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de
receita.
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GABARITO
1. e 28. C
2. E 29. d
3. E 30. C
4. C 31. C
5. b 32. C
6. c 33. E
7. a 34. d
8. C 35. C
9. E 36. E
10. E 37. C
11. E 38. c
12. E 39. E
13. E 40. e
14. E 41. C
15. C 42. C
16. E 43. E
17. E 44. c
18. C 45. E
19. E 46. E
20. C 47. d
21. E 48. E
22. C 49. a
23. E 50. E
24. e
25. E
26. C
27. E
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GABARITO COMENTADO
Questão 5 (CESPE/COGE-CE/AUDITOR/2019) De acordo com as disposições constitucio-
nais acerca de orçamento público, é de iniciativa privativa do presidente da República projeto
de lei ordinária que disponha sobre
a) as diretrizes orçamentárias, que será acompanhado de demonstrativo regionalizado do
efeito decorrente de isenções e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia sobre
as receitas e despesas.
b) o orçamento anual, que compreende, entre outros, o orçamento fiscal referente aos poderes
da União e o orçamento da seguridade social.
c) o plano plurianual, cujo objetivo é orientar a elaboração da lei orçamentária anual e estabe-
lecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
d) as normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta, bem como
sobre as condições para a instituição e para o funcionamento de fundos.
e) a abertura de crédito extraordinário para atender a despesas imprevisíveis e urgentes,
como as decorrentes de calamidade pública, sendo vedada a edição de medida provisória
para esse fim.
Letra b.
A resposta da questão está na literalidade do art. 165, § 5º, I, II e III da CF/1988. Confira com
grifos nossos:
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a) errada, já que o mencionado demonstrativo deve constar na LOA e não na LDO como cons-
c) errada, já que essa competência é da LDO, segundo o art. 165, § 2º da CF/1988, anterior-
mente reproduzida.
d) errada, já que tais normas serão estabelecidas por lei complementar, conforme previsão do
e) errada, já que 0s créditos extraordinários serão abertos por MP – Medida Provisória, con-
forme disposto no art. 167, § 3º, e no art. 62 da nossa Carta Magna. Confira com grifos nos-
sos:
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Letra c.
Até antes da entrada em vigência da Emenda Constitucional n. 86/2015, o nosso orçamento
era pacificamente considerado “autorizativo”, assim, até então, a não execução de um crédito
orçamentário autorizado pela LOA não era considerado crime de responsabilidade. Mas isso
mudou com a entrada em vigor da mencionada Emenda à Constituição, e, atualmente, o orça-
mento é considerado, em parte, impositivo.
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c) a edição de medida provisória para dispor sobre a criação e extinção de órgãos da adminis-
tração pública direta e indireta.
d) a vinculação da receita de impostos a despesas relacionadas às ações de manutenção e
desenvolvimento do ensino.
e) o remanejamento de recursos de uma categoria de programação para outra com o objetivo
de viabilizar resultados de projetos vinculados à ciência, tecnologia e inovação.
Letra a.
Conforme dispõe o art. 167, X, da CF/1988, é proibida a realização de transferências voluntá-
rias (aquelas feitas por convênios, acordo ou ajuste) da União para os Estados e dos Estados
para os municípios para a realização de despesas correntes de pessoal. Confira com grifos
nossos:
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Certo.
Para responder essa questão precisamos conhecer os dispositivos constitucionais que tra-
tam das regras de aumento das despesas com pessoal ativo e inativo no âmbito da União,
Estados, DF e Municípios, presentes no art. 169 da nossa CF/1988.
Assim, precisamos conhecer quais são as situações em que são permitidas as concessões de
vantagens ou afins que causem aumentos nas despesas com pessoal.
Nessa toada, temos no inciso I desse dispositivo a exigência de dotação orçamentária prévia
e suficiente para atender as projeções de despesa com pessoal decorrentes das concessões
das vantagens, aumentos EFETIVOS de remuneração, criação de cargos etc., mais quaisquer
acréscimos decorrentes dessas projeções.
Entretanto, a variação do poder aquisitivo da moeda (inflação) não se enquadra como aumen-
to efetivo já que não pode ser tratada como uma recomposição salarial efetiva, mas apenas
como uma recomposição ou revisão geral anual.
Em suma, leve para a prova que não se exige dotação orçamentária prévia no caso das varia-
ções das despesas com pessoal decorrentes de efeitos inflacionários.
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Errado.
Tenha em mente que o Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que disciplina a atividade
financeira do estado, que abrange a receita pública (obtenção de recursos), o crédito público
(criação de recursos), o orçamento público (gestão de recursos) e a despesa pública (dispên-
dio de recursos).
Por seu turno, o Sistema Financeiro Nacional é regulado pelo Direito Econômico, que discipli-
na o sistema econômico e as atividades econômicas exercidas tanto por particulares quanto
pelo próprio Estado.
Errado.
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Na verdade, essa competência é concorrente. Confira no art. 24 da CF/1988, com grifos nos-
sos:
Errado.
Na verdade, o orçamento de investimentos contempla os recursos destinados somente às
empresas cujo controle (maioria do capital social com direito a voto) pertença ao Governo
Federal e não a qualquer participação societária.
Errado.
Sim, é verdade que o PPA e a LDO são referências para a LOA, entretanto, a sua aprovação não
está condicionada à aprovação do PPA.
Em verdade, como os dois projetos são enviados até a mesma data, não seria razoável condi-
cionar a aprovação da LOA à aprovação do PPA.
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Errado.
Na verdade, não é um decreto e sim a lei que deve, de acordo com o art. 165, § 1º, da CF/1988,
instituir o plano plurianual que estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e
metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorren-
tes e para as relativas aos programas de duração continuada.
Certo.
Amigo(a), o lance aqui é que a EC n. 85/2015 incluiu o § 5º no art. 167 da CF/1988 que é uma
exceção à vedação do inciso VI, especificamente para as atividades de ciência, tecnologia e
inovação, com base na ideia de que essa área precisa de um pouco mais de flexibilidade que
as demais. Confira, novamente, com grifos nossos:
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI deste
artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 85, de 2015)”
Errado.
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, em-
pregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de
pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de
pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas
públicas e as sociedades de economia mista”.
Errado.
A nossa Carta Magna, em seu art. 165, § 5º, nos diz que essa é uma atribuição da LOA e não
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Certo.
Isso quem nos afirma é o art. 166 da CF/1988, que diz que “ os projetos de lei relativos ao
plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais
serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum”.
Errado.
Basta lembrar do art. 166 da CF/1988 que diz:
Assim, o erro da assertiva foi colocar TCU no lugar onde deveria constar Senado Federal.
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Certo.
A atividade financeira do Estado, caracterizada pela presença constante de uma pessoa jurí-
Errado.
Amigo(a), na verdade a atividade financeira do Estado engloba obter receita, criar crédito pú-
blico, gerir recursos e gastá-los para promover desenvolvimento econômico e social e o bem
comum de sua sociedade.
Logo, é errado dizer que a atividade financeira do Estado tem como principal finalidade a arre-
cadação de recursos. Volto a lembrar que a principal finalidade do Estado é promover desen-
volvimento econômico e social e o bem comum de sua sociedade.
Certo.
A assertiva resume o § 5º do art. 165 da CF/1988 que diz que A lei orçamentária anual com-
preenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha
a maioria do capital social com direito a voto;
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público”.
Errado.
Para responder essa questão é só lembrar do art. 165, II, da CF/1988, com grifos nossos:
Assim, quem propõe a LDO é o Poder Executivo e não o Poder Legislativo, a quem cabe o papel
de discutir e aprovar a mesma.
Letra e.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Colega, a alternativa correta acerca do regime constitucional dos gastos públicos é a letra E,
já que o art. 167, inciso I, da CF/1988 proíbe o início de programas ou projetos que não tenham
sido incluídos na LOA. Confira o mencionado dispositivo com grifos nossos:
Errado.
Opa, pode sim o Presidente da República propor modificações no projeto de lei relativo ao
PPA, desde que não iniciada a votação, na Comissão Mista, da parte cuja alteração é proposta.
Certo.
Isso é o mínimo, condição básica e essencial para que possa ser analisada no que diz respeito
ao atendimento às demais restrições.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Errado.
Na verdade, quando o examinador menciona “um ciclo de planejamento e execução do plano
orçamentário integralmente constituído”, ele está se referindo ao Ciclo Orçamentário amplia-
do, que é composto por PPA, LDO e LOA, e não somente pelo PPA e pela LDO.
Certo.
A assertiva em tela está de acordo com o art. 168 da CF/1988, de acordo com o qual as dota-
ções orçamentárias destinadas aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao MP e à DP devem ser
entregues pelo Poder Executivo, em duodécimos, até o dia vinte de cada mês, na forma da Lei
Complementar referida no § 9º do art. 165 da CF/1988.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objeti-
vos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorren-
tes e para as relativas aos programas de duração continuada.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Certo.
Está de acordo com o art. 166 da CF/1988. Confira com grifos nossos:
Certo.
A assertiva está de acordo com § 8º do art. 165 da CF/1988. Confira com grifos nossos:
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Certo.
A assertiva em tela está de acordo com o Inciso II do parágrafo 9º do art. 165 da CF/1988.
Confira com grifos nossos.
Errado
Opa! Conforme § 1º do art. 164 da CF/1988, é vedado ao banco central conceder, direta ou
indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja
instituição financeira.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Letra d.
Essa questão exigiu que o candidato soubesse apenas o objeto de estudo do direito financei-
ro, que, como sabemos é orçamento, o crédito, a receita e a despesa no âmbito da adminis-
tração pública, como dito na alternativa D.
As demais alternativas estão erradas, veja:
a) A receita arrecadada fica a cargo do Direito Financeiro, enquanto cabe ao Direito tributário
regulamentar a instituição dos tributos.
b) Aqui acertou ao falar da receita, da despesa e do orçamento público, mas esqueceu do
crédito público e colocou indevidamente a palavra “privado”, transformando a alternativa de
incompleta em errada.
c) Quem regulamenta a instituição de tributos é o Direito Tributário.
e) O erro é falar em somente da receita e da despesa públicas, já que temos crédito público e
orçamento também.
Certo.
É verdade, já que a Lei Orçamentária Anual – LOA não interfere nas relações entre os sujeitos
passivos e ativos das diversas obrigações tributárias, pois cabe ao Direito Financeiro disci-
plinar e regular a atividade financeira do Estado, exceto o que se refere à tributação, que é da
alçada do Direito Tributário.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Errado.
Na verdade, caso a União não edite normas gerais, os Estados exercerão a competência legis-
lativa plena, editando lei de normas gerais de Direito Financeiro para atender a suas peculiari-
dades, razão pela qual a assertiva está ERRADA, já que diz que o poder de estabelecer normas
gerais não pode ser por outro ente que não a União.
Certo.
Sem dúvida! A CF/1988, em seu Título VI, “Da Tributação e do Orçamento”, a partir do art. 145,
traz a disciplina básica do orçamento público, especialmente em seu Capítulo II, em discipli-
na as finanças públicas, trazendo, a partir do art. 165 até o 169, as regras de elaboração dos
orçamentos, seu processo legislativo e vedações orçamentárias.
A assertiva também está de acordo com a conceituação doutrinária, já que Orçamento Públi-
co é, na visão do Ilustre Aliomar Baleeiro, “ato pelo qual o Poder Legislativo autoriza o Poder
Executivo, por um certo período e em pormenor, a realização das despesas destinadas ao
funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica e geral
do país, assim como a arrecadação das receitas criadas em lei”.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Letra c.
Os projetos de Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO), de Lei Orçamentária Anual – LOA e do
Plano Plurianual – PPA são enviados ao Congresso Nacional pelo Presidente da República,
nos termos dos artigos 165 e 166, da Constituição Federal, abaixo reproduzidos com grifos e
comentários nossos:
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão (para as três esferas de governo):
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais”.
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum
[…]
§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor mo-
dificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão
mista, da parte cuja alteração é proposta.
Errado.
Para essa responder essa questão, precisamos conhecer a Emenda Constitucional 85/2015,
que incluiu o § 5º no art. 167 da Constituição, introduzindo uma exceção à restrição do inciso
VI. Veja com grifos nossos:
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Guarde que essa mudança foi introduzida com o fito de não atrapalhar as pesquisas e traba-
lhos realizados no âmbito científico, que podem exigir alterações rápidas nos projetos finan-
ciados com recursos públicos, e que não podem aguardar autorização legislativa.
Letra e.
Guarde que o princípio orçamentário da exclusividade foi consagrado na CF/1988 ao deter-
minar que a lei orçamentária anual não contenha dispositivo estranho à previsão da receita e
à fixação da despesa.
Entretanto, a nossa Carta Magna prevê como exceção a essa regra a autorização para a
abertura de créditos suplementares e para a contratação de operações de crédito, ainda que
por antecipação de receita. Trata-se do princípio da exclusividade orçamentária, previsto no
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art. 165, § 8º, da Constituição, e que traz a própria exceção na autorização para abertura de
créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que ARO. Confira com
grifos nossos:
Art. 165.
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Art. 100.
§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária
ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de pre-
catórios judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício
seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente.
Art. 184…
§ 4º O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária, assim como o mon-
tante de recursos para atender ao programa de reforma agrária no exercício.
cia do STF.
ras oficiais, cabendo unicamente à União, mediante lei nacional, definir eventuais exceções a
Certo.
Exato. Confira o diz parágrafo 3º do art. 164 da nossa CF/1988, com grifos nossos:
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco
central.
[…]
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§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por
ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
JURISPRUDÊNCIA
Destaque-se que o STF, em julgamento da ADI 2.661/MA, de 23/08/2002, pacificou a
jurisprudência nesse sentido, ao determinar que as disponibilidades de caixa dos Esta-
dos-membros e seus respectivos órgãos e entidades devem ser depositadas em insti-
tuições financeiras oficiais, cabendo unicamente à União, mediante lei de caráter nacio-
nal, definir as exceções, conforme o dispositivo constitucional acima reproduzido.
Certo.
Temos, ao longo da CF/1988, vários trechos que citam a redução das desigualdades regionais,
como no art. 3, inciso III (erradicar a pobreza… e reduzir as desigualdades sociais e regionais)
e o art. 170, inciso VII (redução das desigualdades regionais e sociais).
No âmbito das Finanças Públicas, o parágrafo 7º do art. 165 também é escrito nesse sentido.
Confira com grifos nossos:
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual,
terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
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Errado.
Guarde que no Brasil, o modelo de federalismo consagrado por nossa CF/1988 é o do federa-
lismo cooperativo.
Letra c.
A previsão constitucional mencionada no enunciado da questão é aquela do art. 163 da nossa
CF/1988. Confira com grifos nossos:
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Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais, previstos na CF, devem ser elaborados
em consonância com a LDO e apreciados pelo MPU.
Errado.
Na verdade, os planos e programas nacionais, regionais e setoriais, previstos na CF, devem
ser elaborados em consonância com o PPA e apreciados pelo Congresso Nacional, conforme
ordena o § 4º do art. 165 da CF/1988.
Errado.
Importante deixar claro que, no âmbito da legislação concorrente, cabe à União legislar sobre
normas gerais de direito financeiro (art. 24, § 1º, CF/1988), e o Estado/DF mantém competên-
cia suplementar (art. 24, § 2º, CF/1988), tendo os municípios a prerrogativa constitucional de
suplementar a legislação federal e estadual, no que couber, conforme já explanado (art. 30, II,
CF/1988) e com apoio da Doutrina, embora não pacífica.
Letra d.
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Essa questão exigiu que o candidato soubesse apenas o objeto de estudo do direito financei-
ro, que, como sabemos é orçamento, o crédito, a receita e a despesa no âmbito da adminis-
tração pública, como dito na alternativa D.
As demais alternativas estão erradas, veja:
a) A receita arrecadada fica a cargo do Direito Financeiro, enquanto cabe ao Direito tributário
regulamentar a instituição dos tributos.
b) Aqui acertou ao falar da receita, da despesa e do orçamento público, mas esqueceu do
crédito público e colocou indevidamente a palavra” privado”, transformando a alternativa de
incompleta em errada.
c) Quem regulamenta a instituição de tributos é o Direito Tributário.
e) O erro é falar em somente da receita e da despesa públicas, já que temos crédito público e
orçamento também.
Errado.
Guarde que o prazo máximo para o encaminhamento do projeto de LOA do executivo ao le-
gislativo é 31 de agosto do ano anterior, ou seja, 4 meses antes do encerramento do exercício
corrente.
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d) não podem suplementar qualquer legislação, pois não estão incluídos entre os entes que
possuem tal competência, os quais são elencados expressamente no texto constitucional.
e) podem suplementar lei federal, mas a superveniência de nova lei de âmbito nacional que
trate de normas gerais invalidará a lei municipal.
Letra a.
O CESPE confirmou o entendimento de que os municípios têm suas competências enumera-
das pela Constituição, mas não de maneira exaustiva, ou seja, o CESPE entende que os muni-
cípios têm competência legislativa suplementar, prevista no art. 30, II, abaixo, além de outras
competências elencadas no mesmo artigo. Confira:
Errado.
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Na verdade, a vedação que existe é apenas para que a instituição desses fundos não aconteça
sem a prévia autorização legislativa. Confira no art. 167, IX da CF/1988, com grifos nossos:
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REFERÊNCIAS
BALEEIRO, Aliomar. Uma introdução à Ciência das Finanças. 18. ed. [S.l.]: Método.
Agora é hora de avaliar a aula! Se gostou, ótimo! Se não gostou, comente onde podemos
melhorar!
Nos siga (profmanuelpinon) no instagram e facebook. Temos excelentes cards para revi-
são!
Até a próxima ou ao fórum de dúvidas!
Professor Manuel Piñon
manuelpinon@hotmail.com
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Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a
área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.
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