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Parte I
Introdução à
Integração
Nesta parte...
S erá oferecida uma visão geral de Cálculo II, mais
uma revisão de Pré-Cálculo e Cálculo I. Você desco-
brirá como medir as áreas de formas estranhas utilizando
uma nova ferramenta: a integral definida. Mostraremos
as conexões entre diferenciação, que você conhece de
Cálculo I, e integração. Você também verá como essa con-
exão oferece uma forma prática para resolver problemas de
área.
Visão Aérea de um
Problema de Área
Neste Capítulo
Medida da área de formas utilizando a geometria clássica e a analítica
Compreensão da integração como a solução para um problema de área
Construção de uma fórmula para calcular integrais definidas utilizando a
soma de Riemann
Aplicação da integração no mundo real
Consideração de sequências e séries
Adiantando um pouco de matemática avançada
você não sabe como medir é dividi-la em formas que você sabe
como medir (retângulos, por exemplo).
Confira a Área
Encontrar a área de alguma forma básica — quadrados, retângulos,
triângulos e círculos — é fácil. Mas um método confiável para encon-
trar a área de formas contendo curvas mais esótéricas que confundiu
os matemáticos durante séculos. Nesta seção, forneceremos o básico
sobre como esse problema, chamado problema de área, é formulado
em termos de um novo conceito, de integral definida.
y y y
Figura 1‑2: 2
Um retân-
gulo, um 1
1
triângulo e
um círculo
representa- x x x
1 1 –1 1
dos em um
–1
gráfico.
y y y2 y
x2 = =1
2 4
1
1 1 1 y =
x
y = x2
Figura 1‑3:
Uma parábola, x x x
–1 1 –1 1 1
uma elipse e –1
uma hipér- –1 –1
bole repre-
sentadas em –1
um gráfico. –2
Figura 1‑4: y y y
Uma curva
senoidal,
uma curva y = sen x y = ex
1 1 y = ln x
exponencial
e uma curva
logarítmica x x x
representa- –π π 2π 1
das em um
gráfico. –1
y
y = ƒ(x)
y
y=2
Figura 1‑6: A
área retan- x=1 x=4
gular sob a
função y = 2
entre x = 1 e
x = 4. 4
Área =1 ∫ 2 dx
Como você pode ver, a função que está sendo integrada aqui é f(x)
= 2. Os limites de integração são 1 e 4 (perceba que o valor maior
vai no alto). Você já sabe que a área é 6, então já pode resolver esse
problema de cálculo sem lançar mão de qualquer método assusta-
dor ou complicado. Mas, ainda assim, está integrando, então, por
favor, parabenize- se, pois não podemos fazer isso daqui.
y
y=x
Figura 1‑7:
A área trian- x=0 x=8
gular sob a
função y = x,
no intervalo
x = 0 e x = 8. 8
Área =0 ∫ x dx
y = 16 − x 2
y
Figura 1‑8:
A área x = −4 x=4
semicircular
no intervalo
de x = -4 e
x = 4. 4
Área =-4 ∫ 16 − x 2 dx
x2 + y2 = 16
Então, você pode representar essa área sombreada como uma inte-
gral definida:
Divida as Tarefas
Uma boa maneira de abordar uma tarefa complicada — desde
planejar um casamento até escalar o Monte Everest — é dividi-la
em pedaços pequenos e manejáveis.
y
y=x 2
Figura 1‑9: x
A área sob x=1 x=5
a função
y = x², no
intervalo x = 1
e x = 5. 5
Área =1 ∫ x 2 dx
Mesmo que você não possa resolver essa integral definida direta-
mente (por enquanto), pode aproximá-la ao dividir a região som-
breada em dois pedaços, como demonstrado na Figura 1-10.
y
y = x2
Figura 1‑10:
Área x
aproximada x=1 x=5
com dois
retângulos.
Cada retângulo tem uma largura 2. A parte de cima dos dois retân-
gulos cortam o ponto onde a função x² encontra x = 1 e x = 3, então
suas alturas são 1 e 9, respectivamente. Logo, a área total dentro
dos dois retângulos é 20, pois
Claro, isso é uma aproximação grosseira com a área real. Mas até
mesmo uma aproximação grosseira é melhor que nenhuma. Para se
obter uma aproximação melhor, tente cortar a figura que você está
medindo em pedaços menores, como exibido na Figura 1-11.
y
y = x2
Figura 1‑11:
Uma aproxi-
mação mais
precisa;
a área é x
aproximada
x=1 x=5
por quatro
retângulos.
Qual é a altura?
Quando você está dividindo uma forma zontais de todos os retângulos que irá usar.
estranha em retângulos, encontrar a lar- Então, para cada retângulo:
gura de cada um deles é fácil, pois todos
1. Veja onde o topo do retângulo encon‑
têm a mesma largura. Você apenas divide a
tra a função.
largura total da área que está medindo pelo
número de retângulos. 2. Encontre o valor de x naquele ponto
observando o eixo x diretamente
Encontrar a altura de cada retângulo indi-
abaixo desse ponto.
vidual, contudo, requer um pouco mais de
trabalho. Comece por traçar os topos hori- 3. Obtenha a altura do retângulo ao
substituir o valor de x na função.
2 (1) + 2 (9) = 2 (1 + 9) = 20
1 (1) + 1 (4) + 1 (9) + 1 (16) = 1 (1 + 4 + 9 + 16) = 30
Como você pode ver, o = foi alterado para ≈, isto é, a equação foi
rebaixada para uma aproximação. Isso muda sua propriedade — a
integral definida é a área exata dentro dos limites especificados, ao
qual as áreas dos retângulos apenas se aproximam.
Então, você pode não estar surpreso por descobrir que quando
expressa essa aproximação nos termos de um limite, remove a
margem de erro e restaura a aproximação ao status de uma equação:
Base =
Como você pode ver, tudo que estamos fazendo aqui é expressar a
variável b em termos de a, b e n.
hi = f(xi*)
y
y = x2
Figura 1‑12:
Aproxima-
ção das x
áreas com x=1 x=5
retângulos
esquerdos.
Como você pode ver, as alturas dos quatro retângulos são determi-
nadas pelos valores de f(x) quando x é igual a 1, 2, 3 e 4, respectiva-
mente — isto é, f(1), f(2), f(3) e f(4). Perceba que o canto superior
esquerdo de cada retângulo toca a função e determina a altura de
cada retângulo.
y
y = x2
Figura 1‑13:
Aproxi-
mação da x
área com x=1 x=5
retângulos
direitos.
y
y = x2
Figura 1‑14:
Aproxi-
mação da x
área com x=1 x=5
retângulos
centrais.
Defina o Indefinido
A fórmula da soma de Riemann para a integral definida, que dis-
cutimos na seção anterior, permite que você calcule áreas que
não pode calcular utilizando a geometria clássica ou analítica. O
lado ruim dessa fórmula é que ela é bem complicada. No Capítulo
3, mostraremos como utilizá-la para calcular a área, mas a maio-
ria dos estudantes leva as mãos à cabeça e diz: “Deve haver uma
maneira melhor!”
y
y = sen x
A
B
Figura 1‑15: x
A área entre
a função
y = cos x
y = sen x e
y = cos x, no π
x=
intervalo x =π0 4
4
àx= .
x=0
Figura 1‑16:
y = In x
A distância B
entre o A
ponto A e x
o ponto B
ao longo da
função y =
In x. x=1 x=3
Figura 1‑17:
y
Um
sólido de
revolução,
produzindo
pelo giro da y = x2
função
y = x² ao
redor do
eixo x
x = 0.