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Edema de Laringe

DEFINIÇÃO
É uma condição caracterizada por um início agudo ou gradual de edema em laringe
(cordas vocais / glote), causando rouquidão, tosse rouca ressonante, estridor e
desconforto respiratório moderado a grave.

CAUSAS TÓXICAS (Lista parcial - muitos compostos)

Vapor de amônia
Gás cloro
Gás mostarda e outros irritantes usados como armas químicas
Gases lacrimejantes
Pós, névoas e vapores de ácidos fortes, álcalis e outros compostos corrosivos ou
irritantes.

CAUSAS NÃO TÓXICAS

Anafilaxia
Infecções (crupe, epiglotite)
Queimaduras térmicas
Trauma

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Estridor e rouquidão são os achados principais. Outras manifestações incluem


taquipnéia, desconforto respiratório e tosse dolorosa. O esforço de tossir pode produzir
petéquias faciais e hemorragia subconjuntival. Laringoespasmo súbito ou obstrução
completa das vias aéreas podem ocorrer, levando à hipoxemia aguda e morte.

Geralmente existem outras evidências de exposição aguda aos irritantes químicos,


como hiperemia conjuntival, lacrimejamento excessivo e dor de garganta.

DIAGNOSTICO DIFERENCIAL

Asma
Difteria
Corpo estranho
Cistos e tumores de laringe

INVESTIGAÇÕES RELEVANTES

Gasometria arterial: quando há evidência de desconforto respiratório agudo (achados


podem incluir diminuição do pH , diminuição da pO2, diminuição ou aumento da pCO2)
Raio X de laringe e tórax
Laringoscopia (realizar com cautela)

TRATAMENTO
Oxigênio úmido.

Intubação traqueal ou traqueostomia em pacientes com obstrução das vias aéreas ou


hipoxemia grave.

Nebulização com epinefrina racêmica (adrenalina) pode ser utilizada como medida
paliativa temporária se o edema de laringe é causado por angioedema alérgico agudo
ou crupe viral; tem algum valor no tratamento do edema de laringe tóxico associado à
hiperemia. A oximetazolina pode servir como alternativa se a epinefrina racêmica não
for disponível.

Os corticosteróides tem valor incerto e, mesmo quando utilizados via intravenosa, o


início do efeito ocorre várias horas após.

da Publicação: 23/03/2002
paquidermia da laringe
espessamento das cordas vocais provocado por inflamação ou irritação crónicas
Em sala de aula, o professor deve ter o cuidado com a intensidade vocal, ou seja, evitar
de gritar. Isso provoca um impacto muito grande de uma prega vocal com a outra,
provocando edema. É importante verificar o nível de ruído ambiental em sala de aula,
ou seja, ventiladores muito barulhentos e janelas abertas durante a aula, provocam uma
competição sonora entre os ruídos e a voz , aumentando assim o esforço vocal,
prejudicando as pregas vocais. Se possível dê aula com microfone, pois diminui
bastante o esforço vocal, lembrando que é necessário também aprender falar ao
microfone. Para atividade ao ar livre, tente sempre utilizar um apito para chamar a
atenção dos alunos , tente sempre falar perto das crianças e organize, se possível, a
atividade a ser realizada em sala de aula. Se utilizar quadro de giz, procure usar giz
antialérgico e quando for limpar o quadro, utilize pano úmido, para não levantar tanta
poeira e consequentemente provocar tosse ou pigarro durante a aula. Mantenha
sempre ao seu lado uma garrafinha de água para beber vários goles de água durante a
aula. Isso é fundamental para hidratar as pregais vocais e diminuir a sensação de
ardência na garganta. Evite o cigarro, pois o fumo ocasiona edema nas pregais vocais e
consequentemente o aparecimento de rouquidão por conta do edema. Ao falar, articule
bem, pois a articulação bem precisa projeta melhor a voz. "Essas são algumas dicas
básicas para amenizar o dia a dia do professor. É muito importante que o professor faça
o exame de videolaringoscopia quando tiver rouquidão persistente por mais de 15 dias
e procurar um fonoaudiólogo para iniciar um trabalho de orientação vocal e terapia
fonoaudiológica dependendo do resultado do exame" diz Viviane.
O fonoaudiólogo é o profissional que cuida das alterações vocais, mas também
orienta quanto aos hábitos vocais adequados e inadequados, avalia a voz e tenta ajudar
ao professor a manter a qualidade vocal com exercícios terapêuticos que são realizados
semanalmente, objetivando uma melhora na qualidade vocal e consequentemente, uma
melhora na qualidade de vida do professor. Durante as sessões terapêuticas o
professor recebe orientações sobre produção vocal, respiração, relaxamente, e
exercícios específicos para o treinamento vocal. Vale a pena lembrar que existem
exercícios vocais que são específicos para cada caso e alguns que geralmente são
utilizados para a maioria das pessoas por serem exercícios de uso universal da voz,
Basicamente o treinamento vocal na terapia fonoaudiológica passa por etapas de
exercícios de relaxamento, respiração, articulação e técnicas e exercícios vocais
específicos. Abaixo, a fonoaudióloga descreve alguns exercícios que podem ser
realizados diariamente pelos professores, sob orientação do profissional.
1- Inicialmente devem ser realizados exercícios de relaxamento para a musculatura do
pescoço, ombros e para boca. Isso proporciona alívio para as tensões nestas regiões.
Exercícios como: virar a cabeça lentamente de um lado par outro, elevar a cabeça e
abaixa-la, fazer movimento de rotação da cabeça, elevar e abaixar os ombros, fazer
movimentos de rotação com os ombros, tanto para frente quanto para trás, são básicos
para que a musculatura fique relaxada diminuindo assim a tensão nas pregas vocais
2- Exercícios respiratórios. A respiração é a base para a produção vocal. Quanto maior
a capacidade respiratória, melhor será a fonação da pessoa, sem fazer esforço vocal.
Exercícios como: Inspirar profundamente pelo nariz e expirar lentamente pela boca,
inspirar pelo nariz e soltar o ar pronunciando o som do S lentamente, auxiliam na
movimentação da musculatura diafragmática e aumentam a capacidade respiratória.
3- Exercícios articulatórios. São fundamentais para uma boa dicção e articulação
proporcionando maior clareza ao falar, poupando o esforço vocal. Exercícios como:
esticar bem a língua e encolhe-la, fazer mímica exagerada como se fosse falar u-i sem
produção vocal, abrir bem e fechar a boca, movimentam a musculatura da lábios, língua
e mandíbula que auxiliam na projeção vocal.
É fundamental que o cantor vá ao fonoaudiólogo para que ele seja avaliado quando a
qualidade de sua voz, tipo respiratório, capacidade respiratória, timbre vocal a fim de
que seja montado um plano terapêutico individualizado para a redução do nódulo vocal,
que na maioria dos casos desaparece somente com a terapia fonoaudiológica, fazendo
com que a voz retorne ao normal e o cantor preserve sua voz que é seu instrumento de
trabalho.

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