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Peixes
Período fóssil: Cambriano Médio–
Recente
PreЄ
Pg
N
Peixes de várias espécies
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
(sem classif.) Craniata
Superclasse: Peixes
Grupos incluídos
Agnatha
†Placodermes
Chondrichthyes
Actinopterygii
Sarcopterygii
Grupos excluídos
Tetrápodes
Os peixes são animais vertebrados, aquáticos, tipicamente ectotérmicos, que possuem
o corpo fusiforme, os membros transformados em barbatanas ou nadadeiras (ausentes em
alguns grupos) sustentadas por raios ósseos ou cartilaginosos, guelras ou brânquias com
que respiram o oxigénio dissolvido na água (embora os dipnóicos usem pulmões) e, na
sua maior parte, o corpo coberto de escamas.[1][2]
Os peixes são recursos importantes, principalmente como alimento, mas também são
capturados por pescadores recreativos, mantidos como animais de estimação, criados
por aquaristas, e expostos em aquários públicos. Os peixes tiveram um papel importante
na cultura através dos tempos, servindo como divindades, símbolos religiosos
(ver ichthys), e como temas de arte, livros e filmes.[3]
Uma vez que o "peixe" é definido negativamente, e exclui os tetrápodes (ou seja,
os anfíbios, répteis, aves e mamíferos) que são descendentes da mesma origem, é um
agrupamento parafilético, não considerado adequado na biologia sistemática. A
classe Pisces, de Lineu é considerada tipológica, mas não filogenética.[3]
Os primeiros organismos que podem ser classificados como peixes eram cordados de
corpo mole que apareceram pela primeira vez durante o período Cambriano.[4] Embora eles
não tivessem uma verdadeira espinha dorsal, possuíam notocórdio, que lhes permitiu
serem mais ágeis do que os invertebrados marinhos. Os peixes continuaram a evoluir
durante o Paleozoico, diversificando-se em uma grande variedade de formas. [3]
Índice
1Classificação
2Importância dos peixes
3Ecologia dos peixes
o 3.1Classificação ecológica
o 3.2Hábitos alimentares
o 3.3Hábitos de reprodução
o 3.4Hábitos de repouso
o 3.5Migrações
o 3.6Camuflagem e outras formas de proteção
4Anatomia dos peixes
o 4.1Anatomia interna
4.1.1Bexiga natatória
o 4.2Anatomia externa
4.2.1Forma do corpo
4.2.2Nadadeiras
4.2.3Escamas ou placas
4.2.4Linha lateral
5Sistema nervoso e órgãos dos sentidos
o 5.1Dor
o 5.2Idade de um peixe
6Preservação
o 6.1A destruição do habitat
o 6.2Pesca excessiva
o 6.3As espécies exóticas
7Classificação sistemática
8Ver também
9Referências
10Ligações externas
Classificação
Técnica de diafanização - espécime esclarecido para a visualização de estruturas anatômicas em
exposição no MAV/USP.
No uso comum, o termo peixe tem sido frequentemente utilizado para descrever
um vertebrado aquático com brânquias, membros, se presentes, na forma de nadadeiras,
e normalmente com escamas de origem dérmica no tegumento. Sendo este conceito do
termo "peixe" utilizado por conveniência, [5] e não por unidade taxonômica, porque os peixes
não compõem um grupo monofilético, já que eles não possuem um ancestral comum
exclusivo. Para que se tornasse um grupo monofilético, os peixes deveriam juntar
os Tetrápodes.[6]
Os peixes são tradicionalmente divididos nos seguintes grupos:
Por vezes, usa-se a palavra peixe para designar vários animais aquáticos (por exemplo na
palavra peixe-mulher para designar o dugongo). Mas a maior parte dos organismos
aquáticos muitas vezes designados por "peixe", incluindo as medusas (águas-vivas),
os moluscos e crustáceos e mesmo mamíferos muito parecidos com os peixes como
os golfinhos, não são peixes.[7]
Os peixes encontram-se em praticamente todos os ecossistemas aquáticos, tanto em água
doce como em água salgada, desde a água da praia até às grandes profundezas
dos oceanos (ver biologia marinha). Mas há alguns lagos hiper-salinos, como o Grande
Lago Salgado, nos Estados Unidos da América do Norte onde não vivem peixes.[8]
Os peixes têm uma grande importância para a humanidade e desde tempos imemoriais
foram pescados para a sua alimentação. Muitas espécies de peixes são criadas em
condições artificiais (ver aquacultura), não só para alimentação humana, mas também
para outros fins, como os aquários.[9]
Há algumas espécies perigosas para o homem, como os peixes-escorpião que têm
espinhos venenosos e algumas espécies de tubarão, que podem atacar pessoas nas
praias. Muitas espécies de peixes encontram-se ameaçadas de extinção, quer
por pesca excessiva, quer por deterioração dos seus habitats.[10]
O ramo da zoologia que estuda os peixes do ponto de vista da sua posição sistemática é
a ictiologia. No entanto, os peixes são igualmente estudados no âmbito da ecologia,
da biologia pesqueira, da fisiologia e doutros ramos da biologia.[10]
Tubarão-serra
Na maior parte das vezes, estas migrações estão relacionadas ou com a reprodução ou
com a alimentação (procura de locais com mais alimento). [22] Algumas espécies
de atuns migram anualmente entre o norte e o sul do oceano, seguindo massas de
água com a temperatura ideal para eles.[23]
Os peixes migratórios classificam-se da seguinte forma:* [24][25]
Anatomia interna
Esqueleto
Coração
Aparelho digestivo
Bexiga natatória
A bexiga natatória é um órgão que auxilia o peixe a manter-se a determinada profundidade
através do controle da sua densidade relativamente à da água. É um saco de paredes
flexíveis, derivado do intestino que pode expandir-se ou contrair de acordo com a pressão;
tem muito poucos vasos sanguíneos, mas as paredes estão forradas com cristais
de guanina, que a fazem impermeáveis aos gases.[31]
A bexiga natatória possui uma glândula que permite a introdução de gases,
principalmente oxigénio, na bexiga, para aumentar o seu volume. [32] Noutra região da
bexiga, esta encontra-se em contacto com o sangue através doutra estrutura conhecida
por "janela oval", através da qual o oxigénio pode voltar para a corrente sanguínea,
baixando assim a pressão dentro da bexiga natatória e diminuindo o seu tamanho. [31]
Modelo didático do coração de peixe.
Nem todos os peixes possuem este órgão: os tubarões controlam a sua posição na água
apenas com a locomoção e com o controle de densidade de seus corpos, através da
quantidade de óleo em seu fígado; outros peixes têm reservas de tecido adiposo para essa
finalidade.[31]
A presença de bexiga natatória traz uma desvantagem para o seu portador: ela proíbe a
subida rápida do animal dentro da coluna de água, sob o risco daquele órgão rebentar. [32]
A denominação bexiga natatória foi substituída por vesícula gasosa.[32]
Anatomia externa
Para além de mostrar diferentes adaptações evolutivas dos peixes ao meio aquático,[33] as
características externas destes animais (e algumas internas, tais como o número
de vértebras) são muito importantes para a sua classificação sistemática.[34]
Forma do corpo
A forma do corpo dos peixes "típicos" – basicamente fusiforme – é uma das suas
melhores adaptações à locomoção dentro de água. [35] A maioria dos peixes pelágicos (ver
acima), principalmente os que formam cardumes activos, como os atuns, apresentam esta
forma "típica".[36]
No entanto, há bastantes variações a esta forma típica, principalmente entre
os demersais e nos peixes abissais (que vivem nas regiões mais profundas dos oceanos).
[36]
Nestes últimos, o corpo pode ser globoso e apresentar excrescências que servem para
atrair as suas presas.[22]
A variação mais dramática do corpo dos peixes encontra-se nos Pleuronectiformes, ordem
a que pertencem os linguados e as solhas.[37] Nestes animais, adaptados a viverem
escondidos em fundos de areia, o corpo sofre metamorfoses durante o seu
desenvolvimento larvar, de forma que os dois olhos ficam do mesmo lado do corpo –
direito ou esquerdo, de acordo com a família.[36]
Muitos outros peixes demersais têm o corpo achatado dorsiventralmente para melhor se
confundirem com o fundo. Alguns, como os góbios, que são peixes muito pequenos que
vivem em estuários, têm inclusivamente as nadadeiras ventrais transformadas num botão
adesivo, para evitarem ser arrastados pelas correntes de maré.[36]
Os Anguilliformes (enguias, congros e moreias) têm o corpo "anguiliforme", ou seja em
forma de serpente, assim como algumas outras ordens de peixes.[38]
Nadadeiras
As diversas estruturas da nadadeira
Preservação
Ver artigo principal: Lista Vermelha da IUCN, Declínio das populações de peixes
marinhos
A destruição do habitat
A Lista Vermelha da IUCN em 2006 nomeou 1.173 espécies de peixes que estão
ameaçadas de extinção. Incluem-se espécies como o Bacalhau-do-atlântico, Diabo
Hole, Celacantos, e grandes Tubarões-brancos.[54] Porque os peixes vivem debaixo d'água
são mais difíceis de estudar do que os animais terrestres e plantas, e informações sobre
as populações de peixes é muitas vezes inexistente. No entanto, peixes de água doce
parecem particularmente ameaçados, porque eles vivem muitas vezes em corpos d'água
relativamente pequenos. Por exemplo, o Buraco do Demônio tem apenas 6 metros (10 por
20 pés) para a piscina.[35][55]
A chave do estresse sobre os ecossistemas de água doce é a degradação do habitat,
incluindo a poluição da água, a construção de barragens, a remoção de água para uso por
seres humanos,[56] e a introdução de espécies exóticas. Um exemplo de um peixe que se
tornou em perigo por causa da mudança de habitat é o esturjão pálido, um peixe norte-
americano de água doce que vive nos rios deteriorados pela ação humana. [57]
Pesca excessiva
A pesca excessiva é uma grande ameaça para peixes comestíveis, como o bacalhau e
o atum. A pesca excessiva, eventualmente, provoca colapso da população (conhecido
como estoque), pois os sobreviventes não conseguem produzir o suficiente para substituir
aqueles removidos. Extinção comercial Tal não significa que a espécie está extinta, mas
apenas que ele não pode mais sustentar uma pescaria. [40]
Um exemplo bem estudado de um colapso da pesca é a sardinha do Pacífico
Sadinops pescada ao largo da costa da Califórnia. De um pico de 790.000 toneladas em
1937 a captura declinou para apenas 24.000 toneladas em 1968, após o qual a pesca já
não era economicamente viável.[42]
A principal tensão entre a ciência da pesca e da indústria de pesca é que os dois grupos
têm opiniões diferentes sobre a resiliência da pesca para a pesca intensiva. Em lugares
como a Escócia, Terra Nova, e do Alasca a indústria da pesca é um grande empregador,
assim, os governos estão predispostos a apoiá-lo. [58] Por outro lado, cientistas e
conservacionistas empurram para a proteção rigorosa, alertando que muitas ações
poderim ser dizimado dentro de cinqüenta anos.[59]
As espécies exóticas
Introdução de espécies não-nativas ocorreu em muitos habitats. Um dos melhores
exemplos estudados é a introdução da perca do Nilo no Lago Vitória, na década de 1960.
[60]
A perca do Nilo gradualmente exterminada do lago de 500 espécies
endémicas de ciclídeos. Alguns deles sobrevivem agora em programas de reprodução em
cativeiro, mas outros são provavelmente extinta. Carp, snakeheads, tilápia, poleiro
europeu, truta, truta arco-íris, e lampreias marinhas são outros exemplos de peixes que
têm causado problemas ao serem introduzidos em ambientes considerados alienígenas. [61]
Classificação sistemática
A classificação simplificada no topo desta página é a mais próxima da utilizada por Lineu,
mas esconde algumas características importantes que fazem deste grupo dos "Peixes",
um agregado de espécies com diferentes aspectos evolutivos. Por essa razão, as
classificações mais recentes abandonaram alguns taxa tradicionais:
Domínio Eukariota, ao
Reino Animalia, aos clades
Metazoa
Bilateria
Deuterostomia, ao filo
Chordata e, dentro deste, ao clade
Craniata
A partir deste ponto, os estudos evolutivos mostraram divergências:
O taxon classe tem sido usado (e, na Wikipedia em inglês, encontramos vários exemplos)
para vários clades diferentes. Por essa razão, e até os taxonomistas acordarem numa
forma de classificação científica consensual, devemos abster-nos de utilizar esse taxon.
Os peixes, tanto espécies existentes como fósseis, dividem-se pelos seguintes clades:
Ver também
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Aquário
Biologia marinha
Interacções biológicas
Migração de peixes
Pesca
Lista de peixes que conseguem respirar fora d'água
Peixes ósseos
Peixes pré-históricos
Peixes ornamentais
Lista de peixes
Referências
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the white shark,Carcharodon carcharias». Journal of
Comparative Physiology. B Biochemical Systemic and
Environmental Physiology. 167 6 ed. pp. 423–
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2. ↑ Lawson, K.D., F.G. (1 de janeiro de 1973). «Temperature
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19. ↑ Lima, Ricardo Cunha (1978). Introdução à aquicultura.
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20. ↑ Dunayer, Joan, "Fish: Sensitivity Beyond the Captor's
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21. ↑ Kirby, Alex (30 de abril de 2003). «Fish do feel pain,
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22. ↑ Ir para:a b Albert, J.S., and W.G.R. Crampton. 2005.
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23. ↑ Johnson, Catherine; Temple, Grandin (2005). Animals in
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24. ↑ Biology of Fishes 2 ed. [S.l.: s.n.] 1996). p. 599–
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37. ↑ Journal of Undergraduate Life Sciences. «Appropriate
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de 2007 Parâmetro desconhecido |
acessodatea= ignorado (ajuda)
40. ↑ «Tuna groups tackle overfishing». BBC News. 26 de
Ir para:a b
Ligações externas
Árvore da vida (em inglês)
Base de dados de peixes (em inglês)
O mundo dos peixes (em inglês)
Fish Olympics (em inglês) - um jogo para crianças e
jovens de todas as idades
California Academy of Sciences (em inglês)
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Harvard Museum of Comparative Zoology (em inglês)
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