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Tomar sobre si a sua cruz e seguir o Salvador signi ca continuar com fé no caminho
do Senhor e não nos deixar levar por hábitos mundanos.
“Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e
siga-me;
Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida
por causa de mim, achá-la-á.
Pois que aproveita ao homem, se ganhar o mundo inteiro, e perder a sua alma? ou
que dará o homem em troca da sua alma?” 4
Por meio dessa declaração, o Salvador enfatizou que todos aqueles que estão
dispostos a segui-Lo precisam renunciar a si mesmos e controlar seus desejos,
apetites e paixões, sacri cando todas as coisas, mesmo a própria vida, se necessário,
sendo totalmente submissos à vontade do Pai — assim como Ele o fez. 5 Esse é, na
realidade, o preço a ser pago pela salvação de uma alma. Jesus utilizou, intencional
e metaforicamente, o símbolo de uma cruz para ajudar Seus discípulos a entender
melhor o que realmente signi cavam o sacrifício e a devoção à causa Dele. A
imagem de uma cruz era bem conhecida entre Seus discípulos e entre os habitantes
do Império Romano, uma vez que os romanos forçavam as vítimas que seriam
cruci cadas a carregar publicamente sua própria cruz ou as vigas para o local onde
a execução ocorreria. 6
Foi somente após a Ressurreição do Salvador que a mente dos discípulos foi aberta
para que entendessem tudo o que havia sido escrito sobre Ele 7 e o que seria
requerido deles daquele momento em diante. 8
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De modo semelhante, todos nós, irmãos e irmãs, precisamos abrir nossa mente e
nosso coração para entendermos mais plenamente a relevância de tomarmos sobre
nós a nossa cruz e segui-Lo. Aprendemos nas escrituras que aqueles que desejam
tomar sobre si a sua cruz amam a Jesus Cristo de tal modo que se negam a toda
iniquidade e a toda concupiscência mundana e guardam os mandamentos Dele. 9
Por exemplo, para aqueles que ainda não encontraram um companheiro eterno e
que podem estar se sentindo solitários e desesperançados, ou para aqueles que
passaram por um divórcio e se sentem abandonados e esquecidos, asseguro-lhes
que aceitar o convite do Salvador de tomar sobre si a sua cruz e segui-Lo signi ca
continuar com fé no caminho do Senhor, mantendo um padrão de dignidade, e não
nos deixar levar por hábitos mundanos que, mais cedo ou mais tarde, afastarão
nossa esperança no amor e na misericórdia de Deus.
Para aqueles que cometeram pecados graves, aceitar esse mesmo convite signi ca,
entre outras coisas, humilhar-se perante Deus, aconselhar-se com os líderes
apropriados da Igreja e arrepender-se de seus pecados e abandoná-los. Esse
processo também abençoará todos os que estão lutando contra vícios debilitantes,
incluindo opioides, drogas, álcool e pornogra a. Ao darem esses passos, vocês se
aproximarão mais do Salvador, Aquele que pode nalmente livrá-los da culpa, do
pesar e da escravidão espiritual e física. Além disso, vocês talvez desejem buscar o
auxílio de sua família, dos amigos, de pro ssionais de saúde competentes e de
orientação pro ssional.
Por favor, nunca desistam caso voltem a falhar e nunca se considerem incapazes de
abandonar o pecado e de vencer o vício. Vocês não podem se dar ao luxo de parar
de tentar e assim permanecer na fraqueza e no pecado! Sempre se esforcem para
fazer o melhor que puderem, manifestando por suas obras o desejo de limpar o
vaso interior, conforme ensinado pelo Salvador. 12 Às vezes a solução para certos
desa os vem após meses e meses de esforço contínuo. A promessa contida no Livro
de Mórmon de que “é pela graça que somos salvos, depois de tudo o que pudermos
fazer” 13 pode ser aplicada nessas circunstâncias. Lembrem-se de que a dádiva da
graça do Salvador “não está necessariamente limitada a ‘depois’ de tudo o que
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pudermos fazer. Podemos receber Sua graça antes, durante e depois do momento
em que expandimos nossos próprios esforços”. 14
Testi co que ao nos esforçarmos continuamente para vencer nossos desa os, Deus
nos abençoará com o dom da fé para sermos curados e com o dom de operar
milagres. 15 Ele fará o que não somos capazes de fazer por nós mesmos.
As escrituras nos ensinam que há uma maneira de nos livrar dessas situações —
convidando nosso Salvador a nos ajudar a substituir nosso coração de pedra por
um novo coração. 17 Para que isso aconteça, precisamos nos achegar ao Senhor com
nossas fraquezas 18 e implorar Sua ajuda e Seu perdão, 19 especialmente durante o
momento sagrado em que partilhamos do sacramento todos os domingos. Que
escolhamos buscar Sua ajuda e dar um importante e difícil passo ao perdoarmos
aqueles que nos magoaram, de modo que nossas feridas comecem a ser curadas.
Prometo-lhes que ao fazê-lo, suas noites serão repletas do alívio que advém de se
ter uma mente em paz com o Senhor.
Quando estava na cadeia de Liberty em 1839, o profeta Joseph Smith escreveu aos
membros da Igreja uma carta contendo profecias que se aplicam perfeitamente a
situações e circunstâncias como essas. Ele escreveu: “Todos os tronos e domínios,
principados e poderes serão revelados e concedidos a todos os que tiverem
perseverado valentemente por causa do evangelho de Jesus Cristo”. 20 Portanto,
queridos irmãos e irmãs, todos os que tomaram sobre si o nome do Salvador,
con ando em Suas promessas e perseverando até o m, serão salvos 21 e poderão
habitar com Deus em um estado de felicidade sem m. 22
Todos nós enfrentamos circunstâncias adversas em nossa vida que nos fazem sentir
tristes, desamparados, desalentados e, às vezes, até enfraquecidos. Alguns desses
sentimentos podem nos levar a fazer as seguintes perguntas ao Senhor: “Por que
estou passando por essa situação?” ou “Por que não consigo alcançar minhas
expectativas? A nal de contas, estou fazendo tudo ao meu alcance para carregar
minha cruz e seguir ao Salvador!”
Meus queridos amigos, devemos nos lembrar de que tomar sobre nós a nossa cruz
inclui sermos humildes e con armos em Deus e em Sua in nita sabedoria.
Devemos lembrar que Ele conhece a cada um de nós e que está ciente de nossas
necessidades. Também precisamos aceitar o fato de que o tempo do Senhor é
diferente do nosso. Às vezes buscamos uma bênção e estabelecemos um limite de
tempo para que o Senhor a con ra a nós. Não podemos condicionar nossa
delidade a Ele impondo um prazo para que Ele conceda nossos desejos. Quando
agimos assim, nós nos assemelhamos aos ne tas céticos da antiguidade, que
zombavam de seus irmãos e irmãs dizendo que o prazo estabelecido para o
cumprimento das palavras proferidas por Samuel, o Lamanita, já havia se
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Irmãos e irmãs, quero testi car-lhes que tomar sobre nós a nossa cruz e seguir o
Salvador exige que sigamos Seu Exemplo e nos esforcemos para ser como Ele, 26
enfrentando pacientemente as circunstâncias da vida, renunciando e desprezando
os apetites do homem natural, e esperando no Senhor. O salmista escreveu:
Testi co-lhes que ao seguirmos os passos de nosso Mestre e esperarmos Nele, que é
Quem verdadeiramente traz cura à nossa vida, teremos descanso para nossa alma e
nossas cargas se tornarão suaves e leves. 29 Presto testemunho dessas coisas no
sagrado nome de Jesus Cristo. Amém.
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