Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A virtude moral seria então uma mediania na parte desiderativa da alma que
traz a excelência moral, mas ainda cabe apresentar através de que
procedimento se utiliza para alcançar a excelência na pratica das ações
virtuosas.
Ele prossegue dizendo que é necessário não apenas saber que uma coisa é
certa e possui o bem em como objetivo, nesse caso como disposição da alma,
também é necessário saber a sua justa regra e o modo apropriado de sua
aplicação, como no exemplo do médico. Decisões que estão de acordo com a
deliberação de quem possuem o conhecimento prático.
Ele procede então com a divisão das virtudes da alma, sendo elas virtudes do
caráter e o do intelecto, e faz algumas observações a respeito da alma,
respectivamente a virtude moral é privada de razão, aparentemente volitiva e
inclinada a acatar as suas tendências ao prazer e a dor, já a parte intelectual das
virtudes possui um principio racional que qual possui a capacidade
deliberação sobre as volições da alma. Sobre o principio racional, ele o divide
em duas partes, uma parte contemplativa que contempla verdades invariáveis
(Sophia), e outra que contempla as coisas variáveis, pois cada parte conhece
os objetos que lhes são semelhantes e quando esses se encontram separados as
suas partes também diferem em seu conhecimento. Uma parte que é
calculativa e outra que é cientifica. Uma que delibera e calcula sobre o que é
variável e outra que contempla verdades teóricas invariáveis, que são causas
reconhecidas pelo intelecto, diferente das verdades práticas que são realizadas.
Parece ser então a faculdade intelectiva da alma, que analise e calcula, parece
exercer a sua função em uma dupla via uma que intelege o conteúdo
emocional da alma, aquele ligado as disposições de caráter, em outra via é a
capacidade de tomar a decisão que cabe em cada momento se, executada com
o fim no bem, se torna uma boa deliberação. Que feita em si mesmo, gera a
boa ação. A deliberação é feita em vista de uma escolha, porém a escolha não
é objeto de deliberação, a sua finalidade já está bem definida quando
deliberamos. Quando ele diz que a busca mais eficaz de alcançar esse primeiro
principio que na ordem de descobrimento é o ultimo, parece fazer referencia
ao objetivo ultimo da ação, e todas aquelas que são feitas em vista de outro
fim, são feitas em referencia a Eudaimonia, que na ordem da realização, ou
seja, o processo de deliberação dos meios que conduzam a ação, nesse caso
feitos da melhor maneira e da forma correta, pois isso que caracteriza a ação
como boa.
Ele nos leva a concluir que devemos dispor de modo racional todas as virtudes
morais, para que sejam empregadas sempre na justa medida com excelência.
Perece que, é voltando-se a para um ideal de harmonia, que concilie nossas
disposições, desejos e emoções, que na hora da deliberação, nossa razão esteja
em acordo com o reto desejo e não ocorra um conflito, nos desviando assim da
ação no bem, nos tornando no máximo continentes ou incontinentes. A
unidade das virtudes parece estar em sincronia com o exercício adequado de
nossa racionalidade. Sendo essa disposição geral um modelo direcionador da
ação a perfeição em todos os aspectos da vida, mas nesse caso uma perfeição
que é um objetivo alcançável, pois o melhor e mais perfeito está como um
ideal estabelecido na escolha do individuo.