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UNIVERSIDADE POTIGUAR – UNP

Escola de Educação
Curso de Letras
Disciplina: Estudo do Sintagma
Docente: Ricardo Yamashita
Discentes: Karina Carlos e Talita Fernandes

No curso de Letras, descobrimos que a língua é inerente ao ser humano. Somos


capazes de falar da mesma forma, mas também de nos comunicarmos de maneiras
diferentes. Parece complicados, mas na verdade é bem simples.

A capacidade de nos comunicarmos e outro indivíduo entender o que queremos


dizer aponta que podemos nos reconhecer em seu idioma, sua língua, portanto, podemos
falar da mesma forma. No entanto, somos cada seres com seus grupos, amigos, tribos,
familiares e seres individuais. Dessa forma, podemos nos portar de maneira diferente com
cada pessoa que nos comunicamos no dia a dia.

Demos início falando sobre esse assunto pois, se imagine numa escola, dando
aula de Língua Portuguesa, numa sala com alunos de diferentes classes, diferentes
lugares, diferentes idades e de grupos diversos. Como podemos nos considerar capazes
de dizer que eles falam de forma certa ou errada? Simples: não podemos!

Ao analisar algumas gramáticas que são utilizadas no Ensino Básico em discussão


na disciplina de Estudo do Sintagma, ficou perceptível que algumas delas não estão aptas
para ensinar a forma padrão de Língua Portuguesa, que dirá perpassar o que realmente
deveria ser ensinado em sala de aula. Analisamos três gramáticas, são elas: “Gramática
Reflexiva” (Cereja e Magalhães), Atual Editora, 2008, sendo a primeira do 6º ano e a
segunda do 8º ano e “Gramática Descritiva do Português” (Perini), Editora Ática, 1996.

O que observamos das duas primeiras é que são incoerentes. Já no índice


percebemos que pulam assuntos necessários para o aprendizado e que em seu decorrer,
não encontramos nenhum estímulo ao texto. Vemos interpretação, imagens, figuras e
exercícios em excesso. Exercícios relacionados a gramática propriamente dita é o que
mais preenche suas páginas. É difícil encontrarmos um incentivo a leitura, mas quando
encontramos é um poema curto, embora também usado para se estudar a gramática
prescritiva.

As gramáticas escolares pesquisadas, não consistem em um seguimento lógico. É


perceptível que sua estrutura foi elaborada de forma básica, objetiva e prática.

Desse modo, os autores Cereja e Magalhães se utilizaram de poesias, charges,


anúncios publicitários, trechos de músicas. Além de muitos exercícios. Porém, não se
usou de textos amplos, para que os alunos pudessem desenvolver e exercitar mais a
leitura.

Em comparação, a gramática descritiva de Perini é mais estruturalista, completa,


padronizada e sequencial. Entretanto, voltada em sua maior parte para o público
acadêmico. Em sua composição o autor descreve um panorama histórico-comparativo,
fonológico, morfológico, sintático e semântico.

Diante do que foi debatido em sala, existem grandes variedades de formulações


gramaticais no que tange seu uso educacional no Brasil sendo divergentes de uma
gramática para outra.

Entende-se que o ensino gramatical está relacionado a capacidade e


aprendizagem da escrita da leitura e interpretação de textos. Campos afirma que, a
persistência no modo de ensino da nossa língua em sala de aula, é mais direcionado a
prática de exercícios tradicionalistas. Onde as escolas nos dias atuais não estão
capacitando seu alunado para o conhecimento diversificado dos gêneros textuais tais
como: poemas, resumos, artigos, relatórios e crônicas dentre tantos outro.

Pode-se concluir que a aprendizagem escolar fica prejudicada diante da falta de


um método didático voltado para o melhor desempenho de nossa gramática portuguesa.

Referências:
CAMPOS, de Elenice, REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE GRAMÁTICA

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