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RESUMO DOS TESTES PARA ESPUMA DE COLETES SALVA-VIDAS

Baseado na Norma ISO 12402-7

Preparação das amostras:

- Serão utilizadas 18 amostras de espuma, cada uma delas medindo 300mm x 300mm. Para
espumas com espessura inferior ou igual a 16mm, o material deverá ser empilhado de tal
modo que a espessura da amostra alcance o valor mais próximo possível de 25mm. As
amostras serão divididas em 3 grupos com 6 amostras cada, a serem referenciadas como:

- A1, A2, A3, A4, A5, A6

- B1, B2, B3, B4, B5, B6

- C1, C2, C3, C4, C5, C6

Condições padrão:

- Antes de todos os testes, as amostras devem ser mantidas por um período mínimo de 24h
sob condições ambientes de (23±2)ºC e (50±5)% de umidade relativa.

Teste 1: Densidade após absorção de água (A1, A2, A3, A4, A5, A6, B1, B2, B3, B4, B5, B6, C1,
C2, C3, C4, C5, C6):

- A massa de cada amostra deve ser individualmente pesada em uma balança analítica com
precisão de ±0,5g.

- Cada amostra deve ser submersa em no mínimo 50mm de água doce por 24h

- O volume inicial de cada amostra deve ser medido após o período de submersão através do
seguinte método:

a) Medindo o volume inicial de água dentro de um recipiente rígido através de um manômetro


inclinado (Wi)

b) Submergindo a amostra neste mesmo recipiente e

c) Medindo o volume final de água dentro de um recipiente rígido através de um manômetro


inclinado (Wf)

- O volume da amostra deve então ser calculado da seguinte forma:

V = (Wf - Wi) x A onde:

V = Volume da amostra em mm3

Wi = Nível inicial da água em mm


Wf = Nível final da água em mm

A = Seção horizontal do recipiente de medição (ex: largura x comprimento) em mm 2

- A densidade da amostra deve ser calculada da seguinte forma:

D = m / Vk onde:

D = Densidade da amostra, em kg/m 3

m = Massa da amostra, em kg

Vk = Volume da amostra, convertido para m3

 Condição de aprovação: Nenhuma.

Teste 2: Flutuabilidade Específica (A1, A2, A3, A4, A5, A6, B1, B2, B3, B4, B5, B6, C1, C2, C3, C4,
C5, C6):

- Cada amostra deve ser submersa em no mínimo 50mm de água doce por 24h. Após o período
de imersão:

a) Medir o empuxo gerado pela amostra enquanto submersa em água

b) Corrigindo os resultados para condições padrão de pressão atmosférica de 760mmHg e


temperatura da água de 20ºC da seguinte forma:

BCI = BI x (Pi / 101,3) x (293,15 / TI + 273,15) onde:

BCI = Flutuabilidade corrigida, em Newtons (N)

BI = Flutuabilidade medida, em Newtons (N)

Pi = Pressão atmosférica medida, em Kilopascal (kPa)

Ti = Temperatura da água medida, em graus Celsius (

ºC)

- A flutuabilidade específica de cada amostra deve ser individualmente calculada da seguinte


forma:

SBi = BCI / V onde:

SBi = Flutuabilidade específica da amostra, em N/mm 3

BCI = Flutuabilidade corrigida, em Newtons (N)

V = Volume da amostra em mm3, medido no item 3

 Condição de aprovação: Nenhuma.


Teste 3: Estabilidade Térmica (A1, B1, C1):

- Cada amostra deve ser recortada em tamanhos de (200±2)mm x (200±2)mm e espessura de


(20±2)mm e armazenada sob “condições padrão” durante 24h. Caso sejam utilizadas placas
com espessura inferior a 20mm, estas devem ser empilhadas até que se alcance a espessura
mínima de 20mm.

- Cada amostra deve ser pesada e ter seu volume medido. Caso seja utilizado o método de
deslocamento de líquido para determinação do volume, as amostras devem ser
posteriormente colocadas para secar durante (24±0,5)h sob condições padrão.

- As amostras devem ser colocadas em uma superfície plana dentro de um forno, mantido a
temperatura constante de (65±1)ºC com ar circulante a uma razão de 3 a 10 trocas de ar por
hora, durante um período de (8±0,5)h. Somente amostras de mesmo material podem ser
colocadas concomitantemente dentro do forno.

- Após serem retiradas do forno, as amostras devem ser colocadas sob “condições padrão”
durante (16±0,5)h.

- Após o período de descanso acima, as amostras devem ser submetidas a um ambiente a (-


30±1)ºC por um período de (8±0,5)h.

- Após este período, as amostras devem ser colocadas novamente sob “condições padrão”
durante (16±0,5)h.

- Este ciclo deve ser repetido até que as amostras tenham sido expostas 10 vezes a cada
temperatura.

- Ao final dos ciclos, as medidas iniciais de peso e volume devem ser repetidas, e a
porcentagem de alteração de volume calculada.

 Condição de aprovação: Não pode haver alteração de volume superior a 5% em nenhuma das
amostras, nem sinais de danos tais como encolhimento, rachaduras, dissolução ou alterações
mecânicas quando comparadas às amostras que não passaram por este ensaio.

Teste 4: Compressão (A1, A2, A3, A4, A5, A6, B1, B2, B3, B4, B5, B6, C1, C2, C3, C4, C5, C6)

- Retirar 3 espécimes medindo (100±2)mm x (100±2)mm de cada uma das amostras, após
terem sido mantidas sob “condições padrão” de armazenamento por 24h. Os testes devem ser
realizados sob estas mesmas condições ambientes. Caso sejam utilizadas placas com espessura
inferior a 20mm, estas devem ser empilhadas até que se alcance a espessura mínima de 20mm

- A flutuabilidade das amostras devem ser medidas da seguinte forma:

BI = (B1I + B2I + B3I ) / 3 onde:

BI = Flutuabilidade média inicial, medida em Newtons (N)


B1I = Flutuabilidade inicial medida da amostra 1, em Newtons (N)

B2I = Flutuabilidade inicial medida da amostra 2, em Newtons (N)

B3I = Flutuabilidade inicial medida da amostra 3, em Newtons (N)

- A flutuabilidade deve então ser corrigida da seguinte maneira:

BCI = BI x (Pi / 101,3) x (293,15 / TI + 273,15) onde:

BCI = Flutuabilidade corrigida, em Newtons (N)

BI = Flutuabilidade medida, em Newtons (N)

Pi = Pressão atmosférica medida, em Kilopascal (kPa)

Ti = Temperatura da água medida, em graus Celsius (

ºC)

Procedimento:

- Cada espécime deve ser colocada sob água doce em uma superfície lisa de metal pelo menos
20% maior que as medidas dos espécimes, e então comprimido a uma taxa de 200mm/min até
que uma pressão de 50kPa seja atingida. Esta posição inferior do êmbolo deve ser registrada
para as compressões seguintes.

- O espécime deve ser completamente descomprimido e o ciclo repetido outras 4 vezes,


usando a posição inferior do êmbolo (registrada no passo anterior) como limite do curso de
compressão.

- O espécime deve então ser seco por 7 dias sob “condições padrão”. O processo de
compressão deve então ser repetido sem a presença de água por um total de 500 vezes. Caso
ocorra deformação da amostra, o ponto superior do curso de deslocamento do êmbolo deverá
ser recalibrado para que se mantenha o tempo de compressão / descompressão igual durante
todo o período de teste.

- Após os ciclos, o espécime deve seco por ao menos 3 dias sob “condições padrão” e sua
flutuabilidade final deve ser medida da seguinte forma:

BF = (B1F + B2F + B3F ) / 3 onde:

BF = Flutuabilidade média final, medida em Newtons (N)

B1F = Flutuabilidade final medida da amostra 1, em Newtons (N)

B2F = Flutuabilidade final medida da amostra 2, em Newtons (N)

B3F = Flutuabilidade final medida da amostra 3, em Newtons (N)

- A flutuabilidade deve então ser corrigida da seguinte maneira:


BCF = BF x (PF / 101,3) x (293,15 / TF + 273,15) onde:

BCF = Flutuabilidade final corrigida, em Newtons (N)

BF = Flutuabilidade final medida, em Newtons (N)

PF = Pressão atmosférica medida, em Kilopascal (kPa)

TF = Temperatura da água medida, em graus Celsius (

ºC)

- A perda de flutuabilidade (B L) deve ser medida da seguinte forma:

BL = ((BCI – BCF) / BCI) x100

 Condição de aprovação: Não pode haver alteração de flutuabilidade superior a 10% em


nenhuma das amostras.

Teste 5: Fator de Retenção de Flutuabilidade (A2, A3, A4, B2, B3, B4, C2, C3, C4)

Geral 1: Os Fatores de Retenção de Flutuabilidade resultantes deste teste devem ser usados
para compensar a perda de flutuabilidade prevista de acordo com o especificado na ISO
12402-1 até a ISO 12402-6

Geral 2: Este procedimento substitui os procedimentos descritos nos testes 3 e 4

- As amostras devem ser armazenadas em prateleiras durante (120±1)h a (22±2)ºC

- Em seguida, as amostras devem ser submersas em água a temperatura ambiente durante


(24±0,5)h a uma profundidade de 50mm, seguido da medição da flutuabilidade de cada uma
das amostras com uma precisão de 0,01N.

- As amostras devem ser então acondicionadas por 120h em um forno a (60±2)ºC com ar
circulante. Deve ser garantida uma distância de pelo menos 25mm entre as amostras.

- Logo após serem retiradas do forno, as amostras devem ser submergidas a uma
profundidade de (50±5)mm de água a uma temperatura de (23±2)ºC por (15±1)min

- Para determinação do Fator-V, as amostras devem ser retiradas da água, colocadas sobre
uma superfície lisa e rígida, pelo menos 25mm maior que as laterais da amostra e então
submetida a uma carga uniformemente distribuída de (120±6)kg durante (24±0,5)h. A
temperatura ambiente durante o teste deve ser de (23±2)ºC.

- Após o período de compressão, a amostra deve ser guardada em prateleiras sob “Condições
Padrão” durante um período de (264±1)h. Um espaçamento de pelo menos 25mm deve ser
mantido entre as amostras.
- Em seguida, as amostras devem ser novamente submersas em água a temperatura ambiente
durante (24±0,5)h a uma profundidade de 50mm, seguido da medição da flutuabilidade de
cada uma das amostras com uma precisão de 0,01N.

- O Fator-V deve ser calculado da seguinte forma:


N
100 Bf
FatorV = ∑ onde:
N i=1 Bi

Bf = Flutuabilidade final de cada uma das amostras

Bi = Flutuabilidade inicial de cada uma das amostras

N = Número de amostras submetidas ao ensaio de compressão

- O Fator-V associado à espessura de um tipo único de material flutuante deve ser calculado de
acordo com a fórmula acima. Caso haja amostras de espessura diferentes utilizando o mesmo
material flutuante, o Fator-V considerado deverá ser o menor valor obtido entre todas as
medições.

 Condição de aprovação:

- Fator-V maior ou igual a 94 para materiais utilizados em pelo menos 85% do material
flutuante dos coletes descritos na ISO 12402-1 a ISO 120402-3

- Fator-V maior ou igual a 85 para materiais utilizados em pelo menos 85% do material
flutuante dos coletes descritos na ISO 12402-4 a ISO 120402-6

- Fator-V maior ou igual a 80 para materiais utilizados em não mais do que 15% do material
flutuante de qualquer colete.

Teste 6: Flexibilidade a baixas temperaturas ( A6, B6, C6)

- As amostras devem possuir 25mm x 200mm e serem da espessura do material flutuante a ser
investigado.

- As amostras devem ser acondicionadas em ambiente a (-18±1)ºC durante 4 horas.

- Ainda resfriada, a amostra deve ser enrolada em seu maior comprimento, 180º ao redor de
um cilindro de aço, dentro de um período de 5s após sua retirada do freezer. O diâmetro
externo do cilindro deve ser igual a 2 vezes a espessura da amostra analisada.

 Condição de aprovação: Não pode haver rachadura visível na espuma sob um aumento ótico
de 5x.

Teste 7: Deflexão à Compressão ( A5, B5, C5)


- Retirar 3 espécimes medindo (100±3)mm x (100±3)mm de cada uma das amostras.

- Cada amostra deve ser submetida a compressão através de um equipamento capaz de aplicar
uma força contínua e uniforme, à uma razão de avanço entre 10mm/min e 50mm/min. A
superfície de aplicação de força do equipamento deve possuir no mínimo as dimensões de
110mm x 110mm.

- As espécies devem ser centralizadas sob a superfície de aplicação de força do equipamento. A


placa deve ser baixada lentamente até tocar a superfície da amostra. A posição inicial deve ser
registrada no momento que o equipamento registrar alguma leitura de carga.

- Comprimir as amostras em (25±0,5)% de sua espessura inicial, utilizando-se uma precisão de


0,01mm nesta medida. A carga necessária para gerar tal deflexão deverá ser registrada.

- A pressão para deflexão deverá ser calculada da seguinte forma:

PCD = F/A onde:

PCD = Pressão de Deflexão, em Kilopascal

F = Força requerida para comprimir 25% da espessura original da amostra, em Kilonewton

A = Área da amostra submetida à carga, em m2

 Condição de aprovação: A pressão de deflexão deverá ser igual ou superior a 7kPa.

Teste 8: Espessura( 4 amostras aleatórias)

- Deve ser utilizado um micrômetro com área de medição de 625mm² e que exerça uma
pressão de 28g para medição da espessura das amostras. O indicador deve possuir precisão de
0,1mm.

- 5 medições devem ser feitas em cada amostra e uma média por amostra deve ser calculada.
Uma média geral das 4 amostras deve também ser calculada.

 Condição de aprovação: A espessura média encontrada deve estar dentro de um erro de


±10% em relação à espessura nominal de projeto.

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