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Walzer

Vivemos numa comunidade distributiva, juntamo-nos


para partilhar, dividir, trocar.
Nunca houve apenas um critério para todas as
distribuições , houve sempre vários critérios que tiveram
o seu lugar devido
-mérito, competência, sangue e nascimento, amizade,
necessidade, troca livre, lealdade política, decisão
democrática etc.
Procurar por unidade é não compreender a matéria da
justiça distributiva, não pode ser uma coisa una.
Portanto Pluralismo.
O problema não são os interesses particulares, são a
história, cultura, pertença.
Walzer define a justiça como construção humana, e
defende que os princípios de justiça são eles próprios
plurais, ou seja diferentes bens sociais devem ser
distribuídos por diferentes razões ,por processos
diferentes, agentes diferentes, e que essas diferenças
derivam da própria compreensão dos bens sociais pelo
inevitável produto histórico e cultural particular de cada
contexto.

“People conceive and create goods, which they then


distribute among themselves”
Ou seja os bens não aparecem do nada,e estes bens tem
os seus significados que são cruciais para as relações
sociais, eles estão nas mentes das pessoas antes de
estarem nas mãos das pessoas, as distribuições são feitas
conforme concepções partilhadas do que os bens são e
para que servem.
Todos os bens pelos quais a justiça distributiva se
preocupa são bens sociais.
Processos sociais diferentes levam a uma diferente
valorização de bens. Como consequência os bens sociais
são diferentes consoante cada cultura

2) Homemns e mulheres tomam identidades concretas


pela maneira como criam e possuem os bens sociais.
3) Relativismo total, não há nenhum conjunto de bens
primários ou básicos passíveis de pertencerem a todos os
mundos materiais ou morais.
Mesmo comida , tem diferentes significados em
diferentes lugares. (pão etc)
4-Portanto se o objetivos dos bens está relacionado pelo
seu movimento na sociedade, os critérios distributivos
não estão no bem em si mas valorização do bem pela
sociedade.
Todas as distribuições são justas ou injustas
relativamente ao significado social dos bens.
5- as distribuições tem de ser autonómas , daí exisitirem
esferas que devem ter os seus próprios procedimentos, a
sua própria lógica, em que numa determinada esfera
apenas certo critério é apropriado ( problema da
competitividade de critérios)

Não pode existir intrusão de esferas.


Mas as esferas estão conectadas, logo só pode existir
uma autonomia relativa.

Um bem é dominante se quando um individuo o tem,


porque o têm, podem comandar todo um leque de bens.(
dinheiro…)
É monopolizado quando uma entidade o usa contra todos
os rivais.
Domínio é uma forma de usar os bens sociais que não
está limitada pelo seu valor intrínseco ou que faz o seu
significado à sua imagem

Monopólio é uma forma de controlar e ter bens sociais


em prol de explorar esse domínio

Vários tipos de monopólios em sociedades que


funcionam de forma diferente,
Capitalistas, tecnoracias, sociedades
filosóficas,aristocracias, supremacia divina,
Portanto existe sempre conflito social pelo bem
dominante
De 3 modos diferentes:
_dizer que o monopólio é injusto e que a redistribuição
devia ser igual ou mais ou menos partilhada de melhor
forma
- dizer que a dominância é injusta e que portanto o
caminho deve estar aberto para a distribuição autónoma
dos bens.
- dizer que este certo padrão de domínio e monopólio são
injustos porque querem um outro bem, por outro grupo
para repor este bem dominante.

Para walzer a perspetiva mais interessante é a segunda,


porque no primeiro caso, mesmo que numa sociedade
capitalista todos tenham os mesmos rendimentos, pelo
processo do mercado, conversão, vai trazer
desigualdades de novo na mesma.(problema da igualdade
simples)
O problema maior é o domínio.
O foco então deve ser a redução do domínio.
A igualdade complexa e a tentativa de não
convertabilidade bens provavelmente reduziria os
conflitos sociais.
Monopólios não são maus
O regime de igualdade complexa é o oposto da tirania
Estabelece um certo tipo de relações em que domínio é
impossível.
Na igualdade complexa , o individuo mesmo que tenha
acesso a um cargo politico superior é desigual na esfera
politica em relação a outro, mas não ser desiguais
enquanto esse oficio politico não lhe der superior acesso
médico, melhor educação, oportunidades empresariais,
etc
Desde que a politica não seja um bem dominante , não é
convertível, e portanto poderia haver uma relação de
igualdade com os indivíduos que governam.

Como impedir estes bens dominantes? É possível?


Se a dominância fosse eliminada ,e a autonomia das
esferas garantida e essas pessoas tivessem sucesso de
forma independente nas outras esferas então isso
garantiria que naõ é possível viver como iguais numa
sociedade
Um individuo que fosse cientista, descovertas, fosse
politoco, amado, e que ama e portanto isto é raro e a
maioria serão diferentes pessoas , no entanto , as long as
os bens que eles possuírem não se intrometam com
outros bens em comboio não há nada a temer no seu
mérito.
O principio distributivo deve ser o foco da nossa atenção,
leva-nos a estudar o significados dos bens sociais no seu
contexto expecífico e a avaliar as diferentes esferas
distributivas por dentro, com a sua lógica e processos
próprios

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