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TendenciasDemandasTI FINAL BAIXA PDF
TendenciasDemandasTI FINAL BAIXA PDF
TENDÊNCIAS
E DEMANDAS
TECNOLÓGICAS
EM TI
Série TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - hardware
TENDÊNCIAS
E DEMANDAS
TECNOLÓGICAS
EM TI
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
TENDÊNCIAS
E DEMANDAS
TECNOLÓGICAS
EM TI
© 2012. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-
nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por
escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo Integrado de Educação a Distância do
SENAI de Goiás, em parceria com os Departamentos Regionais do Distrito Federal, Bahia e
Paraíba, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos
os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
______________________________________________________________
S477t
SENAI-Departamento Regional de Goiás
Tendências e demandas tecnológicas em TI /SENAI –
Departamento Regional de Goiás – Goiânia, 2012.
154p.: il.
CDD – 004
______________________________________________________________
SENAI Sede
3 Inovação Tecnológica....................................................................................................................................................45
3.1 O que é inovação..........................................................................................................................................46
3.2 Impacto no mercado...................................................................................................................................49
3.3 Inovação de produtos.................................................................................................................................53
3.4 Inovação do processo.................................................................................................................................60
3.5 Inovação organizacional............................................................................................................................66
3.6 Inovação de marketing...............................................................................................................................69
3.7 Gestão da inovação.....................................................................................................................................74
Referências......................................................................................................................................................................... 147
Índice................................................................................................................................................................................... 151
Introdução
Caro aluno, nesta unidade curricular você conhecerá a evolução do mercado e assim com-
preender como funciona o ciclo de demandas por novos produtos.
Carga Horária
Módulos Unidades Curriculares Carga Horária
Módulo
• Fundamentos para Documentação Técnica 140h
Bons estudos!
Demanda por novos
produtos industrializados
Um dos resultados visíveis com as mudanças ocorridas durante a história é a constante bus-
ca por novos produtos.
Desde a Revolução Industrial vemos um grande desenvolvimento no processo, produtivida-
de e qualidade de novos produtos, tornando-os ainda mais interessante com o surgimento da
eletricidade e a chegada do mundo digital.
Outro fator que devemos levar em consideração ao estudarmos a demanda por novos pro-
dutos é o impacto do ciclo virtuoso na produção desses. Podemos observar que uma série de
fatos ou fenômenos que naturalmente se interligam resultam numa repetição cíclica, promo-
vendo inovação e aperfeiçoamento.
Ao final deste capítulo você será capaz de definir e relacionar:
a) as demandas por novos produtos;
b) as constantes revoluções da aldeia global;
c) o impacto do ciclo virtuoso sobre a demanda de novos produtos;
d) a convergência digital e seus produtos.
Tendências e Demandas Tecnológicas em TI
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A CRIAÇÃO
Dreamstime (2012)
UM NOVO PRODUTO
DAVI E GOLIAS
Dreamstime (2012)
Você lembra a história do pequeno Davi? Ele vence o gigante Golias com o uso
de um estilingue.
Na década de 60/70, a AT&T (American Bell) possuía uma influência tão forte
no mercado de telecomunicações americano que o governo decidiu, para o bem
da população, que ela deveria ser fragmentada em empresas menores, as chama-
das Baby Bell´s. Dessa forma, cada pequena empresa atuaria de forma regional e
a AT&T trabalharia com os estados, em ligações a longa distância, como nosso
DDD. A AT&T se manteve como empresa principal na área nas décadas de 70,80,
2 Demanda por Novos Produtos Industrializados
17
e 90, contudo, a poucos anos, foi adquirida por uma das empresas originarias dela
na divisão. O que aconteceu? Em última instância ela foi vítima da crença de que
o VOIP (nova tecnologia), voz sobre IP, não afetaria seus negócio de chamadas a
longa distância. O grande problema para a mesma é que o VOIP se tornou uma
realidade e afetou suas receitas.
Não acreditar em inovação pode matar.
DEXTER
Figura 3 − Dexter
NARCISO
O QUE FAZER?
Usando uma expressão popular: “se correr o bicho pega se ficar o bicho come!”
2 Demanda por Novos Produtos Industrializados
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Dreamstime (2012)
Figura 5 − Leão pronto para atacar
Foto no jornal,
Cadeia nacional
...
Viola o canto ingênuo do caboclo
..."
(Revoluções por Minuto, RPM)
DO TEAR AO TEAR
Dreamstime (2012)
Dreamstime (2012)
A REVOLUÇÃO ELÉTRICA
Dreamstime (2012)
Figura 8 − Lâmpada de tungstênio
A REVOLUÇÃO DA INFORMAÇÃO
FabriCO (2012)
Figura 9 − O mundo digital
A poesia detalha, tão bem, a vida como uma roda de desafios e mudanças. A
própria vida é tratada como uma roda, um ciclo. O ciclo da vida. Começo, meio,
fim e recomeço, já que em um ciclo não existe fim. A demanda por novos produ-
tos e serviços pode ser vista da mesma forma. Como um ciclo de início, meio, fim
e recomeço com um novo produto.
2 Demanda por Novos Produtos Industrializados
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Dreamstime (2012)
CASOS E RELATOS
FabriCO (2012)
Figura 12 − Abacaxi
A capital do abacaxi
A cidade de Xique-xique vivia uma crise imensa, com seu comércio fe-
chando, e com a economia local parada. Um dia, o novo prefeito resolveu
que incrementaria a economia local.
2 Demanda por Novos Produtos Industrializados
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Dreamstime (2012)
Figura 13 − Colmeia
O CICLO VICIOSO
Dreamstime (2012)
Figura 14 − Representação do círculo vicioso
Gordon Earl Moore, um dos criadores da Intel, em 1965, fez a seguinte afirma-
tiva:
Fonte: <ftp://download.intel.com/museum/Moores_Law/Arti-
cles-press_Releases/Gordon_Moore_1965_Article.pdf>
2 Demanda por Novos Produtos Industrializados
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A LEI DE NATHAN
SAIBA Para saber mais sobre as Leis de Nathan, leia o artigo origi-
nal disponível em: <http://wm.microsoft.com/ms/acm97/
MAIS nm100.asf>.
Dreamstime (2012)
Figura 15 − Convergência digital
O ser humano é um ser social. Vive em grupos e para tal emprega a informação
e meios de transmissão para se comunicar. No início eram as pinturas nas caver-
nas e a conversa ao redor da fogueira, hoje é a internet.
No mundo em que vivemos encontramos várias formas e fontes de informação,
porém quase todas são analógicas. O mundo computacional é digital, devemos
entender como digitalizar esta informação analógica para seu uso computacional.
NYQUIST
Rochester Institute of Technology (2012)
QUANTIZAÇÃO
Já que lidar com valores não inteiros é um problema, podemos resolver isto ar-
redondando os mesmo. A solução que foi apresentada para o problema foi quan-
tizar (aproximar) o sinal ajustando para o intervalo mais próximo. Por exemplo,
um valor 2,1 iria para 2; um 2,9 para 3.
Tendências e Demandas Tecnológicas em TI
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PAM Quantização
- 127
AS MÍDIAS
a) O áudio
FabriCO (2012)
Figura 19 − Exemplo de onda sonora
1 FONETIZAR b) A imagem
Tornar fonético. Examinar
sob o ponto de vista
fonético. Grafar (os
vocábulos) segundo a
fonética.
FabriCO (2012)
Figura 20 − Exemplo de imagem
c) O vídeo
FabriCO (2012)
Figura 22 − Vídeo
O vídeo consiste em uma mídia muito utilizada nos dias atuais por permitir
capturar o movimento das coisas. No processo de digitalização de um vídeo são
empregadas técnicas de amostragem temporal da imagem. No caso, o olho hu-
mano é capaz de perceber 30 imagens por segundo, obtemos 30 fotos por segun-
do e aplicamos técnicas de digitalização das fotos obtidas. Um segundo arquivo é
gerado capturando o áudio e digitalizando o mesmo usando práticas já descritas.
No final um arquivo de saída é gerado combinando os arquivos de vídeo e de
áudio obtidos.
Formatos conhecidos de arquivos de vídeo são mpeg4, mpeg2, avi, dvix.
Dreamstime (2012)
Figura 23 − Ícones de mídias
O JORNAL E O LIVRO
Dreamstime (2012)
Figura 26 − Livros
online e os casos, como o tradicional Jornal do Brasil, que optou por manter ape-
nas uma versão online.
A portabilidade de livros é um elemento interessante para o usuário e colabo-
ra com a sustentabilidade. A impressão de documentos como um todo tende a
diminuir ao longo do tempo, gerando um consumo de madeira menor para este
fim, bem como a redução de custos e de espaço usado para guardar livros.
AS CARTAS
FabriCO (2012)
Figura 27 − Carta
O TELEFONE
Dreamstime (2012)
Dreamstime (2012)
AS MUDANÇAS
da TV digital (conhecida como SBTVD no Brasil) por ser online e interativa, se co-
meçarmos a enumerar, a lista é imensa no uso das mídias, e então temos várias
mudanças.
A demanda por novos produtos que aliem diversas mídias online apenas está
começando.
A TELEVISÃO
FabriCO (2012)
Figura 30 − Caminhos
Da mesma forma que um novo meio, no caso a internet, leva a uma forma
diferente de tratar as mídias, o que fazemos com elas, agora digitais, muda subs-
tancialmente. Alguns exemplos para refletirmos:
2 Demanda por Novos Produtos Industrializados
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a) o ensino atual cada vez mais possui conteúdos online e caminha para o ensi-
no não presencial a distância e a web é a alavanca deste processo;
b) o diagnóstico de doenças é feito de forma colaborativa por especialista em
rede;
c) a edição de livros é realizada online por grupos de pessoas em países dife-
rentes.
A lista de possibilidades é imensa. Cada uma significa novos produtos, uma
demanda constante em um ciclo virtuoso alimentando as probabilidades da cria-
tividade humana. E do seu ponto de vista, profissional de tecnologia da informa-
ção, abrindo novos campos de atuação. Nos dizeres de Aldous Huxely chegamos
ao “admirável mundo novo” (the brave new world).
Recapitulando
Neste capítulo você compreendeu o que são as demandas por novos pro-
dutos e como as revoluções influenciaram o caminho percorrido até a
chegada do mundo digital.
Entendeu a importância do ciclo virtuoso dentro da demanda por novos
produtos e a promoção do aperfeiçoamento neste processo.
Inovação tecnológica
A busca por novidades faz parte do homem desde a sua origem, estando presente nas mais
diversas áreas do conhecimento.
Pessoas e fatos inovadores transformaram produtos e conceitos, levando a indústria a uma
dinâmica mais ágil e eficaz, impactando diretamente no mercado e sua competitividade.
A inovação dos produtos e seus processos de fabricação é diretamente motivada pelo de-
senvolvimento tecnológico e econômico do mercado. Em conjunto, a boa organização de uma
empresa e um marketing bem planejado e executado propicia o máximo de eficiência, suprindo
as necessidades demandadas.
Ao final deste capítulo você será capaz de:
a) definir o que é inovação e seu impacto no mercado;
b) relacionar a inovação de produtos, processos, organizações e marketing à área de TI;
c) entender o que é e como praticar a gestão da inovação.
Tendências e Demandas Tecnológicas em TI
46
A procura do novo. O ser humano sempre esta buscando, como vimos nas
palavras de Gessinger, do grupo Engenheiros do Hawaii, ou nas de Gene Rodden-
berry, na série Jornada nas estrelas, a busca é constante. A Bíblia Sagrada nos traz
a visão da procura de conhecimento do homem em sua origem por Adão e Eva. A
maçã mordida é o conhecimento obtido.
A busca da inovação é o motor da sociedade e seu objeto de destaque no
mundo. A inovação está presente em diversas áreas do saber, alguns exemplos:
a) Leonardo Da Vinci foi inovador em quase tudo o que fez, podemos citar
seus conceitos de anatomia;
b) Van Gogh e Picasso representam uma forma de ver o mundo diferente pela
pintura;
c) Freud apresentou um olhar inovador sobre o ser humano entendendo-o do
ponto de vista psicológico e não somente físico;
3 Inovação Tecnológica
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A APPLE E A INOVAÇÃO
A Apple foi fundada por dois Steves: Wornizak e Jobs. O primeiro, um enge-
nheiro de computação; o segundo, um inovador. O diferencial da empresa foi
Steve Jobs que sempre primou por ter produtos inovadores e usáveis por leigos.
Tendências e Demandas Tecnológicas em TI
48
INOVAÇÃO
Dreamstime (2012)
Figura 33 − Inovação
Ou seja, a inovação é uma nova forma de fazer algo, trazer o novo. A Apple,
como vimos a pouco, se enquadra perfeitamente na definição da FINEP.
3 Inovação Tecnológica
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A NECESSIDADE DE INOVAÇÃO
Vamos a um exercício criativo. Feche os olhos. Imagine que você está em uma
máquina do tempo e que foi para o ano de 1813. Não é tanto tempo assim. Pense
que acabou de acordar em um novo dia. O que vai fazer hoje?
Há 200 anos não tínhamos “alguns” produtos. Como a eletricidade, o telefone,
a televisão, a internet, ou melhor, o computador. Se enumerarmos, a lista é imen-
sa. Tanto elementos básicos como os citados quanto outros, como carros, aviões,
ou mesmo um mero medicamento para um resfriado. Nos últimos 200 anos muita
coisa mudou. Inovações foram colocadas na prática, novos produtos surgiram, o
mundo mudou.
Da mesma forma que se fossemos transportados ao passado, imagine alguém
daqueles dias, 1813, sendo trazido ao presente. Seria interessante discutirmos e
pensarmos qual seria o maior impacto e qual o maior choque gerado. Se a falta
dos produtos atuais, que não existiam no passado, ou a presença do novo para
aquele que vem para o futuro. Qual a sua opinião? Achamos que o choque do
novo é maior. O novo causa mudança e gera desconforto, já que requer adapta-
ções e aquisição de outros conhecimentos, desafios. Cazuza disse em “Só as mães
são felizes”:
CASOS E RELATOS
Ju Melo (2012)
Dona Ana, hoje com 60 anos de idade, aprendeu com sua vó, na infância,
que para se fazer um bom pão de queijo o segredo é ter um queijo curado
(seco) de boa qualidade, um bom polvilho e com as mãos amassar mis-
turando bem, de forma a se obter uma massa uniforme até identificar o
ponto da massa, fazer pequenas bolhas e colocar para assar. Ana cresceu
e ao longo da vida sempre fez assim. Comprou o queijo, ralou no ralo
manual, comprou o polvilho, os ovos e leite e preparou seu pão de queijo.
Na idade adulta, encontrou um artefato estranho que era o multiprocessa-
dor de alimentos: colocava o queijo lá dentro e o aparelho soltava o mesmo
ralado. Mesmo acreditando que o sabor não seria o mesmo aderiu à facili-
dade. Depois veio a batedeira elétrica, que facilitou mais ainda o trabalho,
o forno não era mais a lenha, virou a gás e hoje elétrico. Muitas mudanças.
Hoje ela está encucada. Ela pediu para sua bisneta mais velha comprar os
produtos para fazer pão queijo e ela chegou com o pão de queijo pronto
no saquinho lacrado, já pré-assado. Quase pronto. Dona Ana imaginou
como da vez do multiprocessador, que o sabor não seria o mesmo, que
não seria igual. Contudo, como a bisneta Mariana pediu, ela colocou no
forno e esperou. Resignada foi comer o pão de queijo depois de pronto.
E não é que ficou bom: “Ficou excelente” – exclamou ela – “Igual ao da
minha vó!” Para a bisneta apenas disse, “Fazendo com amor, tudo fica
bom”. Depois disso ficou pensativa. Há algum tempo queria usar um for-
no de micro-ondas. Gostaria de saber quando vai poder assar seus pães
de queijos prontos no micro-ondas.
Tendências e Demandas Tecnológicas em TI
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Esta breve história nos faz lembrar que a inovação é difícil de ser aceita, mas
ao ser absorvida se torna parte da rotina e não conseguimos viver sem ela. O que
dona Ana não sabia, também, é que a empresa que fabrica os pães de queijo, que
ela assou, possui um certificado ISO 9001:2008 de qualidade total no processo
produtivo básico.
A INFORMÁTICA
AS MUDANÇAS
A COMPETITIVIDADE
Você já parou para pensar em como as coisas evoluem? Veja o caso dos veí-
culos, por exemplo. Lembra-se da quantidade de inovações que a indústria auto-
mobilística lançou nos últimos tempos? Motores bicombustíveis, freios ABS, sus-
pensão inteligente e computadores de bordo, entre várias outras. A esse tipo de
inovação, chamamos de inovação de produtos. Seu principal objetivo é modificar
as características dos produtos, melhorando sua qualidade, e alterando a forma
como é percebido pelos seus consumidores. É fácil perceber a importância disso,
não é?
Neste tópico, você entenderá por que as empresas devem inovar seus produ-
tos e vai conhecer alguns dos principais produtos inovadores que surgiram em
função do desenvolvimento da área de TI ao longo da história.
ESTE PRODUTO
DÁ A VIDA ETERNA!
COMO VENDEREMOS
ATUALIZAÇÃOES?
Denis Pacher (2012)
Segundo o SEBRAE:
c) Macintosh: lançado em 1984, foi um sucesso de público. Valia US$ 2,5 mil e
trazia inovações como a interface gráfica e o mouse. Competiu ativamente no
mercado contra a IBM na década de 1980, e foi determinante para a IBM e a
Microsoft buscarem o desenvolvimento de uma interface gráfica no IBM PC.
3 Inovação Tecnológica
57
wUserGrm_wnr (2006)
f) Web (World Wide Web): marca uma forma inovadora de se usar um produto
já existente. A internet da década de 70, restritas aos pesquisadores da com-
putação, se torna um produto inovador acessível a todos por meio de uma
interface interativa e intuitiva provida pelos navegadores internet.
g) iPod: foi lançado em 2001. Com mais de 220 milhões de unidades vendidas,
este tocador de MP3 e de vídeos tornou-se um enorme sucesso, podendo
ser considerado o produto responsável por resgatar as finanças da Apple.
Inicialmente a ideia era tratar o aparato tecnológico como extensão corpo-
ral. O I dos produtos Apple vem de “Eu”, em inglês, associando a visão de
extensão do eu com o produto inovador.
AS REDES SOCIAIS:
Dreamstime (2012)
redes sociais. São representadas pelos mais diversos produtos (Twitter, Google+,
Facebook e tantos outros) apresentam uma nova dinâmica de organização das
pessoas, seja por afinidades pessoais ou profissionais. Eles permitem a prática do
uso da tecnologia e da internet com foco nas pessoas e não nos computadores,
levando a novo patamar de convivência e integração, independente do local em
que estejam praticando a ideia de aldeia global de Mcluhan.
Dreamstime (2012)
MUDANÇAS
so a uma rede sem fio de velocidade e alcance muito grandes e com baixo custo,
tranquilamente toda uma nova gama de produtos surgiria para empregar essa
inovação. Vamos a um teste rápido: o que tem de errado na foto abaixo?
FabriCO (2012)
Figura 45 − Mapa em papel
Bem, se você tem mais de 30 anos talvez não tenha visto nada de errado. E na
verdade não há. Está apenas faltando trocar o mapa em papel por um GPS. O sur-
gimento de novas tecnologias levam as coisas a serem feitas de forma diferente,
é improdutivo pensar que podemos voltar ao passado.
Neste tópico você aprendeu o conceito de inovação de produtos e entendeu
por que as empresas devem inovar seus produtos. Conheceu ainda alguns dos
principais produtos inovadores que surgiram em função do desenvolvimento da
área de TI ao longo da história.
O FORDISMO
PROCESSOS
Você já ouviu a seguinte frase: “Processo bom, resultado bom; processo ruim,
resultado ruim”?
Essa é uma das premissas da área de desenvolvimento de software que pode
ser levada para todas as outras áreas. Quando queremos produzir um produto, te-
mos que ter um processo. O processo é um roteiro, uma sequência de passos que
deve ser seguida para criação de um produto. Quanto melhor (mais maduro) o
processo, melhor tende a ser o produto final. Logo, a inovação de processo pode
ser considerada um aprimoramento de processos.
INOVAÇÃO DE PROCESSO
Existem diversas motivações para a empresa inovar seus processos, sendo que
podemos citar duas razões principais:
a) Razões tecnológicas
a) melhorar o desempenho de técnicas já existentes: obtendo ganhos me-
diante economia no desenvolvimento ou um produto de melhor quali-
dade;
3 Inovação Tecnológica
63
Em todas as áreas existe uma forte busca de melhoria nos processos, seja por
razões tecnológicas ou econômicas.
a) Código de Barras:
FabriCO (2012)
Pense num supermercado em que não usa código de barras nos produtos? A
demora seria imensa. A utilização do código de barras no processo de vendas de
produtos foi uma inovação importante. Tornou o processo mais ágil, gerando um
novo processo de vendas.
Tendências e Demandas Tecnológicas em TI
64
b) GPS:
Dreamstime (2012)
Figura 49 − GPS
Os primeiros navegadores viajavam o mundo com uma bússola. Hoje não con-
seguiríamos o mesmo feito em uma grande cidade. A introdução do GPS trouxe
ganhos tanto na possibilidade de escolha de rotas mais adequadas, quanto em
atividades como o monitoramento de serviços de transporte e entrega de mer-
cadorias.
c) Cartão de Crédito/Débito: FabriCO (2012)
d) Internet Banking:
FabriCO (2012)
Figura 52 − MPS BR
Você sabia que cerca de 70% das empresas criadas no país fecham as portas?
Mas por que isso ocorre? Por diversos motivos, especialmente aqueles ligados a
questões financeiras e recursos humanos. Mas, outro fator vem sendo considerado
umas das principais causas do fechamento das empresas: a falta de organização.
O Professor José Dornelas considera a falta de preparo e a carência de conhe-
cimentos gerenciais − incluindo a capacidade de planejar − como os pontos cru-
ciais que impedem o empreendedor de fazer seu negócio crescer e se desenvol-
ver. Mas o que isso tem a ver com inovação organizacional? Vamos responder a
essa pergunta e entender melhor esse conceito.
Todas as empresas sempre tentam fazer uma boa organização, pois é por meio
dela que muitas de suas funções e atividades serão concluídas. Dois dos princi-
pais objetivos pelos quais uma empresa busca se organizar são:
a) obter o máximo de eficiência;
b) obter uma resposta efetiva para as necessidades de mercado.
Uma empresa deve ser organizada. Assim, estará preparada para suprir as ne-
cessidades do mercado. Como o mercado está em processo de constante mu-
dança, a organização administrativa deve ser flexível para adaptar-se a ela e se
estabilizar no mercado.
CASOS E RELATOS
Eliminando os papéis
Dreamstime (2012)
Figura 54 − Papéis arquivados
Ligue a TV, assista à novela das nove e pense por que os personagens passam
tanto tempo na cozinha, por exemplo, comentando sobre um produto. Ou use
sua conta no Gmail e note na aba direita da tela que o Google adivinhou o assun-
to da mensagem que você está lendo e te sugeriu um produto. O que será isso?
Tendências e Demandas Tecnológicas em TI
70
Isso ocorre por que as estratégias de marketing das empresas exercem influ-
ência sobre você! Sem perceber, ao ver um comercial na TV ou um anúncio em
uma revista, jornal ou internet, você sente vontade de adquirir determinado pro-
duto, mesmo que nem precise dele. Isso é pura influência do marketing, que é o
processo utilizado pelas empresas para determinar que produtos ou serviços são
interessantes aos seus clientes, assim como a estratégia que será utilizada nas
comunicações e no desenvolvimento das vendas destes produtos.
Devemos entender o marketing tendo como principal finalidade criar valor e
satisfação para o consumidor. Na prática esse trabalho, de “te convencer” que
precisa de determinado produto, começa pelo estudo de mercado e definição de
uma estratégia de marketing, passando pelas estratégias de publicidade e ven-
das, e finalizando com a assistência pós-venda. Ao longo do tempo diversas for-
mas e uso de meios foram trabalhados.
O QUE É MARKETING
TIPOS DE MARKETING
que está focado em conquistá-lo para atendê-lo durante muito tempo, for-
mando um compromisso de relacionamento e fidelidade;
e) Marketing na internet: também conhecido como i-marketing, web marke-
ting, marketing online ou e-marketing; é o marketing de produtos ou serviços
na internet. Podemos dizer que este é o tipo de marketing mais inovador
atualmente. Vamos aprender um pouco mais sobre ele?
b) E-mail
O correio eletrônico também é uma forma eficaz de propaganda. Mas, os cui-
dados devem ser redobrados para que não configurem SPAM (propaganda sem
autorização de quem recebe). Deve sempre ter uma mensagem para quem rece-
be dizendo que se enviá-la de volta não receberá novamente o e-mail.
FabriCO (2012)
FabriCO (2012)
Figura 58 − Vídeo marketing
CASOS E RELATOS
Vendendo mais
A empresa Quality S/A investiu muito em seus produtos, sendo que mui-
tos deles não possuíam competidores em qualidade e eficácia. A empresa
acreditava que a melhor propaganda era ter um produto de qualidade.
Contudo, a melhoria do processo fabril não significou aumento de vendas.
Para alavancar suas vendas contratou uma empresa especializada para
divulgar seus produtos, a GirSan que, observando o orçamento proposto
pela contratante, optou por desenvolver um plano de marketing agres-
sivo usando nova mídias por intermédio de banners em sites especiali-
zados, malas diretas, mantendo online demonstrações dos produtos e
realizando uma boa divulgação nas principais redes sociais. Com pouco
investimento, mas com devido planejamento, a Quality S/A via suas ven-
das decolarem e alcançar um patamar até maior que o esperado.
Imagine que uma empresa está desenvolvendo um novo produto, ou uma nova
forma de trabalhar os produtos que já possui. Certamente esse processo inovador
irá transformar a empresa de algum modo. Se pensarmos a inovação tecnológica
enquanto o processo transformador da empresa, então, precisará ser gerenciada.
Para atender essa demanda gerencial, surgiu a área de gestão da inovação.
Dreamstime (2012)
Figura 61 − Inovação
Segundo UBEDA:
FORESIGHT
OS RISCOS
Dreamstime (2012)
Figura 62 − Riscos
Recapitulando
Anotações:
Aplicações de novas tecnologias
Atualmente toda a base da comunicação está migrando para meios digitais, um exemplo é o
uso de SMS, ou mesmo e-mails e redes sociais, o que deixa toda a sociedade interligada.
Com o aperfeiçoamento e surgimento diário de novos de hardwares, softwares e periféricos
em geral, mobilidade, interatividade e conectividade viraram palavras-chaves no mundo das
novas tecnologias.
Outro fator importante a ser observado com o crescimento da tecnologia é o comércio ele-
trônico, que permite um retorno rápido e barato, e as redes sociais, que percorrem as mais
diversas relações interpessoais.
Ao final deste capítulo você será capaz de definir:
a) o que é comunicação e a sua evolução;
b) a era pós PC;
c) tipos de periféricos;
d) o conceito de conectividade e computação em nuvem;
e) o comércio eletrônico e o mercado global;
f) as principais redes sociais;
g) a sustentabilidade na área de TI;
h) a gestão eletrônica de documentos.
Tendências e Demandas Tecnológicas em TI
84
4.1 COMUNICAÇÃO
Fonte de Usuário da
Transmissão Receptor
informação Sinal de informação
mensagem
A fogueira era apenas o facilitador. Nos dias atuais a internet não é nem o
meio, nem a mensagem. É o facilitador. Diríamos que é a “fogueira” ao redor da
qual a tribo, agora global, se reúne para se comunicar.
Bem, antes de tudo precisamos entender um pouco como a informação é en-
tendida por nós humanos.
É uma diferença simples, mas uma forma distinta de pensar e entender uma
mensagem. No ideograma devemos pensar para entender.
FabriCO (2012)
Figura 67 − Computadores
MICROCOMPUTADOR
A REDE
FabriCO (2012)
As primeiras redes eram apenas LANs, quando muito tendo algum link MAN
ou WAN para sincronismo de dados.
No modelo de redes, em determinado momento existiu uma proposta interes-
sante: os processadores estavam ficando muito rápidos e existia muita memória
em uma máquina. Um computador apenas poderia servir uma rede local como
um pequeno mainframe.
OS THIN CLIENTS
Servidor
Denis Pacher (2012)
Switch
Internet
Router
Figura 70 − Ambiente thin client
FabriCO (2012)
Figura 72 − Smartphone
OS TABLETS
Samsung (2012)
Figura 73 − Tablet
Com a manufatura de circuitos integrados cada vez menores, e com custo re-
duzido, bem como a popularização do acesso à internet nos permite ter o concei-
to de internet das coisas.
A visão é que tenhamos em carros, geladeira, televisão, e outros aparelhos ele-
trodomésticos a facilidade de acesso à internet pelo dispositivo. Um exemplo é a
geladeira com tela LCD que permite acesso à internet, um produto de mercado
atual.
Tendências e Demandas Tecnológicas em TI
94
Dreamstime (2012)
Figura 74 − Geladeira com internet
Podemos ter ainda o uso do acesso à internet para monitoramento. Uma ge-
ladeira pode informar ao fabricante via rede que o compressor esta para estra-
gar, levando a uma atitude ativa da indústria de notificar o usuário antes da falha
acontecer e agendar um atendimento, levando a uma maior satisfação do cliente.
Outro exemplo pode ser o carro que ao passar por um posto pode informar via
bluetooth seus dados de sensores. O fabricante recebe os dados e baseado neles
envia uma mensagem de volta alertando o usuário sobre algum evento, como a
necessidade de troca de uma pastilha de freio ou do óleo do câmbio.
Se pensarmos a computação através de uma rede de sensores, em que espa-
lhemos em nosso lar e em nossos dispositivos, as possibilidades são grandes no
que se refere à aplicação dessa nova tecnologia.
TV DIGITAL: INTERATIVIDADE
Sony (2012)
4.3 OS PERIFÉRICOS
2 I/O rém, ainda desenvolvemos softwares lembrando estes elementos. Temos dois ti-
pos de periféricos:
Entrada e Saída.
a) periféricos de entrada: formam os elementos que alimentam o sistema,
numa fase inicial tínhamos somente o teclado e na década de 80 passamos
a usar o mouse;
b) periféricos de saída: são representados pela impressora e o monitor.
Essencialmente, nossos periféricos de I/O2 para interagir com o sistema faziam,
e muitas vezes fazem, uso apenas de dois dos cinco sentidos humanos:
a) visão: a usamos para interagir com o computador, os olhos são usados
como entrada da informação que vem do computador;
b) tato: utilizamos as mãos como uma saída de nossa informação para o com-
putador.
No teclado, onde nossas mãos interagem ainda, é usado o antigo layout de te-
clado da máquina de escrever, o QWERTY. Parece muito pouco, e é muito pouco.
Não é intuitivo, de fácil uso.
sensível ao toque, que permite uma seleção mais natural do que queremos. O ato
de eliminarmos o teclado (porém este aparece como um teclado virtual) repre-
senta um ganho, o uso de ícones é mais natural ao ser humano, permitindo uma
maior produtividade.
A popularização da tela de toque permitiu criar um novo conceito de compu-
tador que tem se tornado padrão: o tablet. Pense em um tablet com teclado, não
faria sentido, você não acha? Seria um notebook.
Dreamstime (2012)
3 PROTOTIPAÇÃO KINECT
Consiste em criar uma
versão simplificada do
produto que se está
projetando. Simplificação
essa que pode ser feita
tanto em papel quanto com
alto grau de fidelidade (com
muitos detalhes).
Dreamstime (2012)
Figura 79 − Microsoft Kinect
Figura 81 − Impressora 3D
Dreamstime (2012)
4.4 CONECTIVIDADE
FabriCO (2012)
O HOME PLUG
Solwise (2012)
REDE MESH
Denis Pacher (2012)
Uma rede sem fio normalmente trabalha em modo estruturado, onde temos
um AP4 central e as estações que se conectam ao mesmo, mas se você se recordar
do que sabem sobre o padrão IEEE 802.115 o mesmo também suporta o modo
AD-HOC, onde temos a organização da comunicação entre as estações sem um
ponto de acesso central. Uma ideia semelhante que surgiu foi a de se ter um AP
que atenda uma região e esta se liga ao AP2 vizinho, que por sua vez liga-se a
um AP3, e assim sucessivamente, fazendo uso de diversos canais e construindo
uma malha de conexão entre os diversos APs, sendo que alguns deles também
possuíram conexão a rede externa para internet via XDSL ou outra forma. Este
modelo é atraente por cobrir grandes regiões com um custo relativamente baixo
com grande flexibilidade.
Redes em malha são uma alternativa presente em diversos países e constitui
uma forma bem eficaz de se cobrir um bairro ou cidade de médio porte provendo
acesso à internet, por exemplo, em baixo custo.
IEEE 802.22
EEE
802.22
Denis Pacher (2012)
Fonte: http://blog.gonzalo-vazquez-vilar.eu/img/blog-ieee-802.22.png
6 qos O uso pleno do espectro antes designado para TV analógica deu uma nova
vida às redes sem fio.
Quality of Service, qualidade
de serviço. Devemos lembrar que a rede de celular é de rádio celular como a nossa wifi,
mas que pagamos muitas vezes valores altos pelo seu uso, logo, mesmo LTE sen-
do uma boa solução técnica, economicamente é de difícil uso.
7 mpls
AS DUAS INTERNETS
Figura 88 − QoS
Fonte: http://www.myaccesscomm.com
A internet começou como rede aberta, em que não se pagava para usá-la.
Ao longo do tempo, ao inserir pessoas físicas, passou-se a cobrar pelo acesso de
forma diferenciada. Com a internet virando negócio existe a necessidade de se
estabelecer QoS6. Diversas soluções foram propostas e testadas e chegamos ao
ambiente atual, o MPLS7.
A ideia de MPLS é simples. A operadora ao fornecer um serviço para um cliente
configura uma rota fixa na rede de roteadores e prevê reserva de banda para esta
rota. Dessa forma os pacotes que trafegam entre dois pontos em uma rede MPLS
são marcados com identificadores (tags) de forma tal que os switches/roteadores
fazem o encaminhamento dos pacotes baseado no tag e não no endereço IP tra-
dicional. Se tivermos reserva de banda para alguns tags conseguimos então QoS
(qualidade de serviço) na internet, uma rede sem conexão, permitindo seu uso de
melhor forma comercial.
4 Aplicações de novas tecnologias
105
Password: **********
Login
Denis Pacher (2012)
Figura 89 − Nuvem
Para tornar mais clara esta definição, utilizaremos como exemplo os provedo-
res de e-mail que rodam na internet, também conhecidos com webmails (Hotmail,
Yahoo!, Gmail etc.). Nesse tipo de serviço, o usuário pode acessar sua conta, con-
tendo todas as suas mensagens armazenadas em um ou mais computadores, fisi-
camente instalados em local desconhecido, a qualquer hora e de qualquer lugar.
Mas a utilização da computação em nuvem vai além do armazenamento de e-
-mails, arquivos, imagens etc. Esta tecnologia permite o processamento de forma
remota. Editores de texto, planilhas eletrônicas, softwares de elaboração de apre-
sentações e edição de imagem são exemplos de aplicações que estão disponíveis
neste modelo. O GoogleDocs, disponível em <http://www.google.com/google-
-d-s/hpp/hpp_pt-PT_pt.html>, é um exemplo deste tipo de serviço. É um softwa-
re gratuito que permite que trabalhos sejam criados e compartilhados de forma
online. É acessado via internet e permite a edição de documentos ou planilhas por
várias pessoas simultaneamente, em tempo real. O conceito de computação em
nuvem pode ser visualizado na figura a seguir.
Servidores
Aplicação
Laptops Desktops
Computar Rede
Sam Johnston (2012)
Computação em Nuvem
(Cloud Computing)
Figura 90 − Computação em Nuvem
A TEMPESTADE
Dreamstime (2012)
Figura 91 − Tempestade
4 Aplicações de novas tecnologias
109
Da mesma forma que no mundo real, onde o tempo pode fechar e nossas nu-
vens sumirem, no mundo virtual também pode ter problemas.
Quando estudamos segurança da informação, sempre damos atenção espe-
cial aos servidores e núcleo de serviços computacionais da empresa. Ao se fazer
usos de computação em nuvem estes elementos não estão mais em nossas mãos,
mas nas de terceiros, e muitas das vezes em outros países.
Se de um lado o mercado tende, de forma irreversível, para o modelo de com-
putação em nuvem, o mesmo mercado tem demonstrado a preocupação com
esse modelo. O referencial durante muito tempo foi o serviço da Google, contudo
no último ano, 2011, o serviço esteve indisponível em mais momentos que devia.
O serviço de jogos da Sony, baseado em computação em nuvem, teve problemas
ainda maiores. Foi invadido, tendo a confidencialidade de seus dados afetada, e
ficando indisponível por um longo período de tempo.
Algumas empresas acreditam que ao se fazer usos da computação em nuvem
não necessitam mais se preocupar com segurança. Ledo engano, os problemas
de segurança não somem, simplesmente afastamos os servidores de perto da
empresa, mas podem ser minimizados no quesito disponibilidade quando pen-
samos na replicação fornecida pelo ambiente em nuvem.
Neste tópico, você aprendeu o conceito de computação em nuvem e suas princi-
pais vantagens, e aprendeu ainda que esse modelo pode ser visto como um serviço.
4.6 O COMÉRCIO
Dreamstime (2012)
O COMÉRCIO ELETRÔNICO
FabriCO (2012)
Figura 93 − E-commerce
OS CANAIS DE RETORNO
O MERCADO GLOBAL
Dreamstime (2012)
Figura 95 − Mercado Global
O PAGAMENTO
O pagamento por produtos que, até pouco tempo, era realizado em dinheiro
e cheque, tem migrado rapidamente para mecanismos de transações eletrônicas
via cartão de crédito e débito. Esse modelo é conveniente por algumas razões:
a) substitui o cheque, um meio de pagamento problemático por ter o risco de
falsificação e não ter fundos;
b) dá maior segurança ao vendedor por garantir o recebimento pelo produto
e também evita manter dinheiro em quantidade em caixa, o que representa
um risco para assaltos seja na loja ou no trânsito do dinheiro para o banco;
c) dá maior segurança ao comprador ao evitar que carregue dinheiro em espé-
cie ou emita cheques que possam ser adulterados;
d) dá flexibilidade ao comércio e ao comprador ao permitir transações online.
4 Aplicações de novas tecnologias
113
FabriCO (2012)
O ESTADO E ENCARGOS
Figura 97 − Impostos
Tendências e Demandas Tecnológicas em TI
114
A SEGURANÇA
Previsc (2012)
Um elemento que faltava para o comércio online era o assinar algo. Com a
adoção da infraestrutura de chaves públicas no Brasil via ICP-Brasil esse problema
foi resolvido. Hoje podemos assinar digitalmente um documento e enviar para
qualquer parte do Brasil com a possilidade de autenticar o mesmo, online.
A nova identidade que está sendo implantada, o RIC (Registro de Identidade
Civil), possui um smart card já preparado para o cidadão colocar seu certificado
digital se desejar.
4 Aplicações de novas tecnologias
115
Dreamstime (2012)
Figura 99 − Redes sociais
Segundo Ziviani et al., as redes sociais (ou as relações sociais) são um ou mais
conjuntos finitos de atores, ou eventos, e as relações definidas entre eles. Enten-
de-se por ator, uma pessoa ou alguma entidade social reunindo um grupo de
pessoas, como uma instituição ou uma organização. Sua categorização permitirá
agregações que potencializem a análise a ser realizada na rede. Além disso, essas
redes emergem de processos culturais e políticos manifestando um desejo coleti-
vo em inovar como um padrão organizacional capaz de expressar, em seu arranjo
de relações, ideias inovadoras, nascidas da vontade de resolver problemas atuais.
Cada rede tem uma configuração particular: depende do ambiente onde se for-
ma e atua da cultura política dos membros e, em especial, da cultura política dos
facilitadores, dos objetivos compartilhados.
Com a internet, surgem as redes sociais online, que são aquelas baseadas em
softwares disponíveis na internet.
AS REDES SOCIAIS
Dreamstime (2012)
SAIBA Você pode descobrir mais sobre o universo das redes sociais
no site <http://escoladeredes.net/>. Trata-se de uma rede de
MAIS pessoas dedicadas à investigação de redes sociais.
Benevenuto et al. citam que as redes sociais na web são, geralmente, compos-
tas pelas seguintes funcionalidades:
a) Perfis dos usuários: perfis podem ser utilizados não só para identificar o in-
divíduo no sistema, mas também para identificar pessoas com interesses em
comum e articular novas relações. Tipicamente, perfis contêm detalhes de-
mográficos (idade, sexo, localização etc.), interesses (passatempos, bandas
favoritas etc.) e uma foto. Além da adição de texto, imagens e outros objetos
criados pelo usuário, o perfil na rede social também contém mensagens de
outros membros e listas de pessoas identificadas como seus amigos na rede.
Perfis são geralmente acessíveis por qualquer um que tenha uma conta na
rede social online ou podem ser privados, de acordo com as políticas de pri-
vacidades definidas pelo usuário;
b) Atualizações: para encorajar usuários a compartilhar e navegar por con-
teúdo compartilhado por amigos, redes sociais online geralmente fazem as
atualizações imediatamente visíveis aos amigos na rede social;
c) Comentários: a maior parte das aplicações de redes sociais permite que
usuários comentem o conteúdo compartilhado por outros. Alguns sistemas
também permitem que usuários adicionem comentários nos perfis de ou-
tros usuários. Comentários são um meio primordial de comunicação em re-
4 Aplicações de novas tecnologias
117
Agora que você conhece o mundo das redes sociais, que tal conhecer um
pouco mais sobre a relação que devemos ter com elas? Veja que para fazer parte
delas é fácil, pois basta estar conectado à internet. Mas, uma vez em uma rede
social, o que podemos e o que não podemos fazer?
Dreamstime (2012)
O site afirma ainda que, além de afetar o lado profissional, as redes sociais po-
dem influenciar também o lado pessoal:
balho ou sobre um novo projeto da empresa que você trabalha. Mas, se este
for o tipo de notícia que poderia ser vantajosa para um concorrente da sua
empresa, então não é algo que você deva compartilhar. Notícias de uma ex-
pansão planejada ou de um grande projeto e qualquer coisa sobre seu local
de trabalho devem ser mantidas privadas. Muitas companhias são tão sérias
sobre não serem incluídas em redes sociais que elas proíbem seus empre-
gados de usar sites como o Facebook no trabalho. Alguns departamentos
de TI até filtram as URLs e bloqueiam o acesso a esses sites, de modo que os
funcionários não fiquem tentados a se logar neles;
h) Links para outros sites: com 51% dos usuários de redes sociais tirando van-
tagem de mais de um site, há a possibilidade de haver links cruzados de um
para outro, especialmente se você tem os sites indicados na sua página. Você
pode postar alguma coisa que considere inocente no Facebook, mas aí isso
está ligado ao seu perfil de trabalho do Linkedin e você colocou seu empre-
go em risco. Se você interligar seus vários perfis, saiba que o que você posta
em um mundo fica disponível para os outros;
i) Planos sociais: compartilhar seus planos sociais para todos verem não é
uma boa ideia. A menos que você esteja planejando uma grande festa e con-
vidando todos os usuários com os quais está conectado, isso só fará com que
seus amigos se sintam de fora. Há também algumas questões de segurança
aqui. Se você estiver planejando uma saída com um grupo de amigos, por
exemplo, apenas lembre-se de que qualquer um que tenha acesso ao seu
perfil poderá ver seus planos e consequentemente saber onde você estará
em determinada hora e local;
j) Conversas pessoais: no Facebook, usuários podem enviar mensagens pes-
soais ou postar notas no mural de outro usuário. O mural está lá para to-
dos verem, enquanto as mensagens são entre o remetente e o destinatário,
como em um e-mail. Assuntos pessoais e privados nunca devem ser compar-
tilhados no mural. Você não vai sair por aí com um megafone anunciando
uma questão privada para o mundo, e a mesma coisa acontece na internet.
Isso cai no mundo nebuloso da etiqueta das redes sociais. Não há um guia
oficial para esse tipo de coisa, mas use o bom senso. Se não é algo que você
se sinta confortável em compartilhar com família, conhecidos, colegas de
trabalho ou estranhos, então você não deve compartilhar no seu mural do
Facebook.
Neste tópico, você aprendeu quais são as principais redes sociais, seus propó-
sitos e seu link na internet, o cuidado que devemos ter ao acessá-las e, finalmente,
como se comportar uma vez que estamos nelas.
4 Aplicações de novas tecnologias
123
4.9 TI VERDE
Dreamstime (2012)
DEFINIÇÃO DE TI VERDE
SUSTENTABILIDADE
FabriCO (2012)
Figura 104 − Cuidado com a natureza
TI E SUSTENTABILIDADE
CASOS E RELATOS
Energia limpa
A reportagem “Apple usa energia ‘suja’ em seus centros de dados”, de
18/04/2012, disponível em, afirma que “Amazon, Apple e Microsoft rece-
beram notas baixas em um estudo divulgado na terça-feira (17/04/2012)
pelo Greenpeace sobre o uso de energia limpa, enquanto Facebook,
Google e Yahoo receberam elogios”.
4 Aplicações de novas tecnologias
127
Yahoo 56,4%
Dell 56,3%
Google 39,4%
Facebook 36,4%
Twitter 21,3%
HP 19,4%
Apple 15,3%
Microsoft 13,9%
Amazon 13,5%
IBM 12,1%
Neste tópico, você aprendeu sobre TI Verde, qual sua relação com o termo sus-
tentabilidade e conheceu casos reais de empresas de tecnologia que contribuem
para o meio ambiente.
FabriCO (2012)
O uso de papel para armazenar informações está entre os meios mais antigos
empregados pela humanidade. Você já parou para pensar que com a atual ca-
pacidade de processamento e armazenamento de arquivos nos computadores
pode ser o fim da utilização do papel?
Já pensou quantas árvores deixariam de ser derrubadas, mesmo de refloresta-
mento, caso a utilização de papéis diminuísse no mundo? Dá para perceber que
seria um grande avanço para a sustentabilidade do planeta. Neste tópico, vamos
aprender um pouco sobre o Gerenciamento Eletrônico de Documentos (GED),
que é uma tecnologia muito utilizada, cujo principal benefício é permitir o ge-
4 Aplicações de novas tecnologias
129
DEFINIÇÃO
APLICAÇÕES
IMPLEMENTAÇÕES
APRENDENDO MAIS
Grande parte dos conceitos apresentados aqui foi obtida no Portal GED,
(<http://www.ged.net.br/>). Este portal foi criado com o objetivo de colaborar
na disseminação de conceitos e tecnologias relacionadas à Gestão Eletrônica de
Documentos. Sua administração é formada por um conselho de organizações
e profissionais de diferentes especialidades, conferindo abrangência de visão e
independência em relação a tendências de mercado, tecnologias consolidadas,
emergentes e marcas empresariais.
A revisão dos conteúdos é de competência do Centro de Referência Brasil
(<http://www.centrodereferencia.com/>), que também é responsável pela sele-
ção de orientadores e colaboradores.
4 Aplicações de novas tecnologias
133
FabriCO (2012)
Você sabia que até o dia 25 de junho de 1996 qualquer pessoa poderia exercer
a profissão de enfermeiro no Brasil? Que até 30 de novembro de 1938 qualquer
pessoa poderia exercer a profissão de jornalista? E que isso aconteceu (e aconte-
ce) com várias profissões? Mas o que mudou a partir destas datas para os enfer-
meiros e jornalistas?
A resposta é: eles tiveram suas profissões regulamentadas. Mas o que significa
isso?
Isso significa que o exercício de determinada profissão deve ser regido por
uma norma regulamentadora. Ela é o instrumento que determina um conjunto
de regras que dispõe sobre o exercício da profissão. Em outras palavras, é tudo
aquilo necessário para exercer determinada profissão. A norma regulamentadora
da profissão de médico, por exemplo, determina que para exercer esta profissão a
pessoa deve fazer um curso superior de medicina de N horas em instituição reco-
nhecida pelo Ministério da Educação. Mas quem fiscaliza o cumprimento destas
normas? São as chamadas Entidades de Classe Profissionais.
Tendências e Demandas Tecnológicas em TI
134
PL 1561/2003
Dreamstime (2012)
Após a leitura dos artigos acima fica claro que as profissões relacionadas à área
de informática podem ser exercidas por qualquer pessoa, desde que esteja habi-
litada para tal. Fica claro também que no Brasil não haverá conselho para regula-
mentação desta profissão. Um ponto não discutido que vale a pena ser ressaltado
é a defesa dos interesses do profissional. Em nível mundial quem faz a defesa
do profissional não é um conselho, mas sim o sindicato de classe. O conselho
profissional supervisiona o profissional, protegendo a sociedade de atos errados
praticados pelo este.
A robot may not injure a human being or, through inaction, allow
a human being to come to harm.
Tendências e Demandas Tecnológicas em TI
138
(Isaac Asimov)
ABC (2012)
O CRIADOR
Dreamstime (2012)
Mary Shelley não tinha chegado à idade adulta quando escreveu “Franken-
stein: or, the modern prometheus”, que entre nós se popularizou como Franken-
stein. O cinema nos apresentou um monstro, em uma visão de que se somente
Deus cria a vida, o homem não pode fazê-lo, logo algo que crie a princípio é mau.
O mito grego do Prometheus reflete melhor o conceito da obra de Shelley, em
uma visão de autorregeneração, em detrimento da visão que o cinema divulgou.
Enquanto livro, Frankstein é uma das primeiras visões do homem transfor-
mando o homem.
PRÓTESES
Dreamstime (2012)
Figura 114 − Pirata com algumas próteses
O PRESENTE
Dreamstime (2012)
Figura 115 − Mão robótica segurando um ovo
O que você faz ao pegar um copo? Primeiro seu cérebro manda um comando
que se espalha por um feixe nervoso, chegando aos músculos, acionando-os para
pegar o copo. Este disparo elétrico leva o músculo a contrair ou distender, em um
complexo processo de acionamento de osso, através de articulações, usando os
neurorreceptores na pele se tem a textura e dureza do material de forma tal que
possamos segurar um copo, ou um ovo sem quebrá-lo.
No parágrafo anterior: o processo básico é o cérebro mandar um periférico
à mão pegar algo. A mão, usando de músculos, ossos, articulações e pele (tato),
obtém os dados (ovo) requeridos. O ponto determinante na ação de pegar o copo
ou ovo é o comando mental ao braço/mãos.
E se em um acidente a mão fosse amputada?
O braço mecânico
e mandar comandos do que fazer de volta à mão que exercerá a pressão. Parece
simples e seu uso tende a crescer.
Diversas outras próteses tem sido procuradas para solucionar problemas mo-
tores, em um primeiro nível braços, mãos, pernas, e agora os experimentos como
a visão têm evoluído bastante. Do primeiro protótipo de olho artificial, em que
tentamos substituir a função da retina para a retina eletrônica, que tem sido im-
plantada em caráter experimental, existe um longo percurso em relação à reso-
lução para a visão em cores e mesmo quantidades de pixels como peso e tipo de
conectividade dos equipamentos.
A visão de ter o corpo como uma rede de sensores que podem coletar e re-
ceber dados externos nos chama a atenção. Pense numa pessoa idosa que mora
sozinha, possuindo problemas cardíacos e pressão alta. Um sensor no corpo des-
ta pessoa detectaria um infarto eminente e comunicaria via rede de dados uma
central de monitoramento. Daí a pouco teríamos na porta uma ambulância com
um médico. Minutos e um diagnóstico preciso fazem diferença entre a vida, a
morte ou uma vida com sequelas.
Diversas tecnologias estão sendo testadas, a visão, monitoração e movimento
são apenas o primeiro passo talvez de uma integração maior entre o homem e a
eletrônica.
c) Nanotecnologia
A nanotecnologia é outra área promissora. Aqui desenvolvemos pequenos ro-
bôs microscópicos que podem atuar dentro do corpo humano desempenhando
funções vitais.
4 Aplicações de novas tecnologias
143
Recapitulando
Anotações:
REFERÊNCIAS
Cláudio Martins Garcia possui graduação em Ciências da Computação pela Universidade Federal
de Goiás, mestrado em Ciência da Computação pela Universidade de Campinas (UNICAMP) na
área de Sistemas de Computação. Atualmente é professor da Pontifícia Universidade Católica de
Goiás (PUC GOIAS) e SENAI - Departamento Regional de Goiás (EAD). Atua em especial na área de
Sistemas da Computação e Ciência da Informação, como foco em uso de tecnologias no processo
de comunicação de forma segura e imersiva.
Edison Andrade Martins Morais é Analista de Sistemas do Tribunal de Justiça do Estado de Goi-
ás, Professor Assistente II 20h do Instituto de Informática (INF) da Universidade Federal de Goiás
(UFG) e Professor Adjunto da Faculdade de Tecnologia SENAC Goiás. Possui mestrado em Ciência
da Computação pela UFG (2007), especialização em Análise e Projeto de Sistemas de Informação
pela UFG (2003), e graduação em Processamento de Dados pelo IUESO (1996). Tem experiência
como docente em graduação e pós-graduação presencial desde 2003, pós-graduação na modali-
dade EAD desde 2010, e experiência na área de Tecnologia da Informação desde 1997, com ênfa-
se em Governança em TI, Engenharia de Software, e Análise e Projeto de Sistemas de Informação,
Banco de Dados e Desenvolvimento de Software.
Índice
A
AP 91
F
Fonetizados 22
I
IEEE 802.11 91
I/O 84
M
MPLS 92, 93
P
Prototipação 87
Q
QoS 92
SENAI – Departamento Nacional
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros
FabriCO
Wania Pereira
Design Educacional
Jaqueline Tartari
Revisão Ortográfica, Gramatical e Normativa
Denis Pacher
Thiago Rocha Oliveira
Ilustrações
Denis Pacher
Thiago Rocha Oliveira
Tratamento de Imagens
Thiago Felipe Victorino
Diagramação
i-Comunicação
Projeto Gráfico