Você está na página 1de 41

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ - IFPA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PROPRIEDADE INTELECTUAL E TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA


PARA A INOVAÇÃO – PROFINIT
MESTRADO EM PROPRIEDADE INTELECTUAL E TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA PARA A INOVAÇÃO

DANUSE FARIAS MAR

APLICATIVO DE APOIO A PESQUISADORES PARA BUSCA DE


ANTERIORIDADE E DEFINIÇÃO DO NÍVEL DE MATURIDADE TECNOLÓGICA.

BELÉM - PA
2020
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ - IFPA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PROPRIEDADE INTELECTUAL E TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
PARA A INOVAÇÃO – PROFINIT
MESTRADO EM PROPRIEDADE INTELECTUAL E TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA PARA A INOVAÇÃO

DANUSE FARIAS MAR

APLICATIVO DE APOIO A PESQUISADORES PARA BUSCA DE


ANTERIORIDADE E DEFINIÇÃO DO NÍVEL DE MATURIDADE TECNOLÓGICA.

Documento apresentado à Banca


Examinadora, como requisito para obtenção
do título de Mestre em Propriedade Intelectual
e Transferência de Tecnologia para a Inovação
pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Pará (IFPA).

Orientador: Prof. Dr. Mauro André Damasceno


de Melo.

Áreas de concentração: Desenvolvimento de


aplicativos e materiais didáticos e instrucionais
e de produtos, processos e técnicas.

BELÉM – PA
2020
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ - IFPA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PROPRIEDADE INTELECTUAL E TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
PARA A INOVAÇÃO – PROFINIT
MESTRADO EM PROPRIEDADE INTELECTUAL E TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA PARA A INOVAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ - IFPA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PROPRIEDADE INTELECTUAL E TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
PARA A INOVAÇÃO – PROFINIT
MESTRADO EM PROPRIEDADE INTELECTUAL E TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA PARA A INOVAÇÃO

DANUSE FARIAS MAR

APLICATIVO DE APOIO A PESQUISADORES PARA BUSCA DE


ANTERIORIDADE E DEFINIÇÃO DO NÍVEL DE MATURIDADE TECNOLÓGICA.

Documento apresentado à Banca


Examinadora, como requisito para obtenção
do título de Mestre em Propriedade Intelectual
e Transferência de Tecnologia para a Inovação
pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Pará (IFPA).

Orientador: Prof. Dr. Mauro André Damasceno


de Melo.

Áreas de concentração: Desenvolvimento de


aplicativos e materiais didáticos e instrucionais
e de produtos, processos e técnicas.

Aprovada em: 30/09/2020

______________________________________________________
Orientador: Prof. Dr. Mauro André Damasceno de Melo
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA)

_______________________________________________________
Examinadora: Prof. Dra. Maria das Graças Ferraz Bezerra
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA)

_______________________________________________________
Examinador: Prof. Dr. Leandro de Oliveira Ferreira
Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA)

_______________________________________________________
Examinador: Msc. Rodrigo Pereira Barata
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA)
AGRADECIMENTOS

À Deus primeiramente, pois creio que sem sua divina graça nada alcançamos.

Aos meus amados pais, Leonaldo e Maria, sempre generosos e


compreensíveis, me ensinando que sempre é possível quando há fé e perseverança.

Aos demais familiares e amigos, que mesmo indiretamente contribuíram nesta


trajetória, com sua compreensão e torcida.

Às minhas estimadas e inseparáveis companheiras desta jornada, sempre


dispostas a ajudar e excelentes incentivadoras: Thaís Haber e Brena Renata. Vocês
fizeram a diferença a cada passo e continuam até o fim.

À querida Clarisse Andrade, sempre preocupada e responsável por grande


parte da injeção de ânimo dada a mim em momentos críticos.

À amiga Juliane Pantoja, pelo auxílio em horários que só uma amiga


preocupada e disposta atenderia.

Ao meu caro orientador, Dr. Mauro André, que com muita leveza e
responsabilidade me conduziu até aqui.

Ao Jeanfson de Oliveira, pela disponibilidade e paciência em nos ajudar a


tornar este aplicativo real.

À estimada Dra. Maria das Graças Ferraz, a motivadora inicial desta jornada.
Sua persistência e competência inspiram.

Por fim, ao IFPA, PROFINIT e FORTEC, e todos os seus colaboradores, pela


oportunidade de aproveitamento deste programa de Mestrado, o qual já faz grande
diferença no cenário da Inovação e Propriedade Intelectual no Brasil.
RESUMO

Apesar da existência de profissionais lotados nos Núcleos de Inovação Tecnológica


(NITs) e capacitados para a avaliação das tecnologias desenvolvidas nas ICTs,
principalmente no que se refere ao seu potencial de registro, a procura por parte dos
pesquisadores com intuito de obter direcionamentos acerca dos procedimentos a
serem aplicados neste processo ainda é, na maioria dos casos, incipiente. Muitas
pesquisas passíveis de registros e posteriormente de transferência tecnológica,
acabam sendo suprimidas e inutilizadas em termos de mercado por infringirem no
decorrer de seu estudo regras essenciais para sua proteção intelectual. Diante disso,
o presente estudo tem como objetivo a elaboração de um aplicativo de interface
amigável (Android e IOS) capaz de não apenas orientar o pesquisador no processo
de busca de anterioridade em base de dados de patentes, mas também definir,
através de um questionário simples e direto, o estado de maturidade da sua
tecnologia em termos do TRL (Technology Readiness Level). Esperamos que
através da orientação sobre a busca de anterioridade, o pesquisador possa tomar
decisões sobre a continuidade ou adequação de seus objetivos. Já para a definição
do nível de maturidade da tecnologia (TRL), esperamos que estas possam ser
mapeadas pelos agentes de inovação para possíveis janelas de transferência
tecnológica e/ou possivelmente fomentadas através de recursos agora balizados em
níveis de maturidade condizentes com riscos tecnológicos diminuídos. Uma vez
aplicado, o questionário TRL direcionará o pesquisador ao NIT de sua instituição
para maiores esclarecimentos sobre os passos a serem dados no sentido de
proteção da propriedade intelectual.

Palavras-chave: TRL. NIT. Transferência Tecnológica. Proteção Intelectual.


ABSTRACT

Despite the existence of professionals working in Technological Innovation Centers


and qualified to evaluate the technologies developed in ICTs, especially regarding
their potential for registration, the search by the researchers in order to obtain
Guidance on the procedures to be applied in this process is still, in most cases,
incipient. Much of the recordable and later technology-transferable research ends up
being suppressed and rendered useless in market terms because in the course of its
study it violates rules essential for its intellectual protection. Given this, the present
study aims to develop a user-friendly interface app (Android and IOS) capable of not
only guiding the researcher in the patent database search process, but also define,
through a questionnaire. simple and straightforward, the state of maturity of its
technology in terms of the Technology Readiness Level (TRL). We hope that through
guidance on the search for priority, the researcher can make decisions about the
continuity or adequacy of their goals. For the definition of the technology maturity
level (TRL), we hope that these can be mapped by the innovation agents to possible
technology transfer windows and / or possibly fostered through resources now
marked at maturity levels consistent with reduced technological risks. Once applied,
the TRL questionnaire will direct the researcher to his institution's NIT for further
clarification on the steps to be taken towards intellectual property protection.

Keywords: TRL. NIT. Technology Transfer. Intellectual Protection.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Registros de depósitos de pedidos de invenção no Brasil em 2017 (A) e


2018 (B)..................................................................................................................... 17
Figura 2. Perfis de depositantes de patente de invenção, residentes no Brasil em
2017 (A) e 2018 (B). .................................................................................................. 17
Figura 3. Ranking dos paises cedentes e/ou licenciantes de Direitos de P.I. ........... 20
Figura 4. Representantes de registro ou averbação de contratos de tecnologia,
residentes no Brasil. .................................................................................................. 20
Figura 5. Fases de programa de pesquisa, desenvolvimento e inovação. ................ 22
Figura 6. Portal do Instituto Nacional da Propriedade Intelectual – INPI. .................. 24
Figura 7. Portal do Escritório Europeu de Patentes – ESPACENET. ........................ 25
Figura 8. Portal do Google Patents. .......................................................................... 25
Figura 9. Interface principal do aplicativo .................................................................. 31
Figura 10. Informações básicas sobre Patentes ....................................................... 31
Figura 11. Tutoriais e links de bases de dados ......................................................... 32
Figura 12. Informação pré-questionário TRL ............................................................. 32
Figura 13. Exemplos de perguntas para definição do TRL ....................................... 32
Figura 14. Diagnóstico do nível de maturidade da tecnologia. .................................. 33
Figura 15. Identificação e Relatório do Projeto.......................................................... 33
LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Ranking dos depositantes residentes de patentes de invenção, 2017. ..... 18


LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Níveis de maturidade tecnológica (TRLs). ................................................ 21


Quadro 2. Editais de inovação e seus critérios de avaliação. ................................... 27
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 12

2. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 13

2.1. A Propriedade Intelectual no Brasil ............................................................. 13

2.2. Inovação Tecnológica nas Universidades ................................................... 15

2.3. Dificuldades nas Universidades quanto à Transferência de Tecnologia ..... 18

2.4. Nível de Maturidade Tecnológica ................................................................ 21

2.5. Sistemas de Buscas de Patentes................................................................ 23

2.6. Editais de Pesquisa e Inovação .................................................................. 26

3. OBJETIVOS ....................................................................................................... 28

3.1. Geral ........................................................................................................... 28

3.2. Específicos .................................................................................................. 28

4. JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 29

5. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................. 30

6. RESULTADOS ................................................................................................... 31

7. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 34

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 36

APÊNDICES ............................................................................................................. 40

APÊNDICE A ............................................................................................................ 41
12

1. INTRODUÇÃO

“A gestão das políticas públicas de proteção à propriedade intelectual se


apresenta como um instrumento importante para apoiar o crescimento econômico do
país.” (MATIAS-PEREIRA, 2011, p. 569). Com isso, é de fundamental importância que
as instituições sejam dotadas de ambientes com estímulos voltados à Propriedade
Intelectual – PI, além do esclarecimento de sua importância e os requisitos para a
concessão de uma patente, com articulações junto ao governo e às empresas para
que novos investimentos sejam feitos.
Vale lembrar que a discrepância no Brasil entre sua produção científica e a
produção tecnológica é bastante relevante, visto que a academia se propõe a resolver
questões significativas da sociedade em geral e com estas resoluções, adquire-se
artigos que para o meio acadêmico é substancial. Porém, a exposição destes artigos
dificultam a proteção intelectual dos produtos adquiridos a partir de tais resoluções,
eliminando assim um possível viés econômico para a ICT.
Em vistas disso, é comum que grandes pesquisadores que possuem diversos
artigos científicos publicados não consigam potencializar os resultados de seu estudo,
muitas vezes, por falta de maiores esclarecimentos sobre a área da propriedade
intelectual. Poucos pesquisadores conhecem as regras e o caminho a ser seguido
para que sua pesquisa seja transformada em um pedido de registro de patente. A esse
respeito, Dias e Almeida (2013) consideram que:

O desconhecimento de todo o processo de proteção industrial, por parte dos


pesquisadores, contribui, de maneira significativa, não apenas para o baixo
volume no depósito dos pedidos de patente, mas também para a reduzida
geração de divisas quanto às tecnologias criadas e produzidas no Brasil .

Superada esta etapa de desinformação sobre proteção de tecnologias e efetivo


pedido de registro de patente, é crucial entender e efetuar a próxima fase:
transferência de tecnologia. E um meio que ajuda bastante no esclarecimento da
avaliação da tecnologia para uma possível comercialização da mesma é a utilização
do Technology Readiness Level – TRL.
O TRL é uma ferramenta considerada essencial para estratégias adotadas na
Gestão de Projetos, pois é possível acompanhar a evolução da tecnologia e ainda
verificar a próxima etapa a ser desenvolvida. Ele ajuda tanto na avaliação da aplicação
13

do produto quanto na sua valoração. E esta avaliação “deve ser feita iterativamente
até os requisitos e os recursos estarem alinhados dentro de um risco aceitável.” (GIL;
ANDRADE; COSTA, 2014, p. 94).
Antenor (2018), exemplifica que no Brasil, diversas instituições importantes
como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), a
Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (INPE), entre outras, utilizam o TRL para a avaliação de
maturidade tecnológica, o que demonstra a importância da ferramenta em nível de
mensuração.
Portanto, é significativo o uso desta ferramenta em processos que buscam
tomadas de decisões sobre o direcionamento do mesmo, bem como na idealização
de possíveis fomentos para o andamento do processo. Porém, é importante lembrar
que tal ferramenta não é absoluta, mas é passível de adaptações conforme o tipo de
aplicação, como já se vê em diversas instituições em diferentes países.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. A Propriedade Intelectual no Brasil

A Propriedade Intelectual (PI) é muito importante para o desenvolvimento


científico, tecnológico e inovador de um país, já que ela dá a visibilidade ao mundo
sobre as diversas soluções diferenciadas e ajuda na formalização de parcerias sob
produtos, processos e serviços entre os setores interessados.
Campos e Denig (2011) afirmam que:

O sistema de propriedade intelectual foi criado para garantir a propriedade ou


exclusividade que é resultado do esforço intelectual, nos campos industrial,
científico, literário e artístico. Essas atividades intelectuais são também
chamadas de ativos intangíveis, que por definição, são os ativos que não
possuem existência física e são baseados em conhecimento.

Sintetizando, a propriedade intelectual consiste em “direitos que resultam na


exclusividade de reprodução ou emprego de um produto (ou serviço), num sentido
amplo” (MATIAS-PEREIRA, 2003, p. 4), além de garantir o direito moral
(intransferível/imprescritível) a seu inventor, e o patrimonial (transferível/temporário)
ao seu titular.
14

Segundo Campos e Denig (2011, p. 104), “o Brasil se manifestou na questão


da propriedade intelectual, pela primeira vez em 1809, quando Dom João VI expediu
o Alvará de Patentes, sendo o quarto país a criar sua lei de patentes”. Nesta época, o
direito do inventor à exclusividade era de 14 anos, este estímulo era utilizado em
grande parte de uma forma individualista, pois a maioria dos inventos aconteciam por
parte de apenas um inventor, hoje esta concepção mudou, o esforço de vários
indivíduos em conjunto proporciona uma inovação que pode ser compartilhada com a
sociedade de uma forma muito mais ampla que anteriormente. E ainda, o valor
econômico nem sempre é remetido integralmente aos reais inventores, pois quando
se trata de organizações privadas, estas são as detentoras do ativo produzido em
suas dependências por seus colaboradores, registrando o ativo em seu nome (pessoa
jurídica) e portanto, recebendo os royalties devidos, cabendo à detentora partilhar ou
não algum tipo de bônus para os inventores de tal ativo, porém, o direito de autoria
sempre será dado ao inventor (pessoa física).
Após várias mudanças e regulamentações iniciais na legislação sobre a
propriedade intelectual, hoje ela é dividida em 3 nichos:

1. Direito Autoral (Direito do Autor, Direitos Conexos e Programa de


Computador).
2. Propriedade Industrial (Marca, Patente, Desenho Industrial, Indicação
Geográfica, Segredo Industrial e Repressão à Concorrência Desleal).
3. Proteção Sui Generis (Topografia de Circuitos Integrados, Cultivar e
Conhecimento Tradicional).

Assim sendo, o “segmento da Propriedade Intelectual que tradicionalmente


afeta mais diretamente ao interesse da indústria de transformação e do comércio, tal
como os direitos relativos a marcas e patentes” (BARBOSA, 2010, p. 23) é a
Propriedade Industrial, a qual é regida pela Lei 9.279/96. Tais direitos acabam
transformando-se em investimentos, os quais ampliam a concorrência destacando a
imagem institucional que é gerada por meio de seus produtos e serviços, tornando-se
mais visível e competitivo, se diferenciando no mercado e muitas vezes, conquistando
a preferência do consumidor. Portanto, a Propriedade Industrial é o nicho com maior
desdobramentos e o que possui, dentre suas variáveis, maiores possibilidades de
realizar transferências tecnológicas, visando um bom retorno econômico.
15

Contudo, a cultura da proteção da propriedade intelectual ainda é insuficiente


nas ICTs brasileiras se comparado à cultura nos países desenvolvidos. Mesmo com
os esforços do escritório nacional de propriedade intelectual desenvolvendo ações
para tal, o número de publicações científicas continua elevado enquanto a proteção
intelectual de produtos obtidos na pesquisa, são mínimas. Segundo Filho et al (2014),
isso acontece pelo tipo de avaliação que ainda se faz aos pesquisadores brasileiros,
pois “são avaliados pelo número e qualidade de suas publicações e não pelo sucesso
comercial ou pelo impacto social de suas descobertas e a interação com o setor
privado ainda é vista com desconfiança pela academia”. Este fator acaba infringindo
o requisito de novidade da criação intelectual, descartando um possível potencial
tecnológico para a sociedade.

2.2. Inovação Tecnológica nas Universidades

A inovação tecnológica é um assunto cada vez mais constante dentro das


universidades, e está se tornando ponto obrigatório para o desenvolvimento intelectual
e econômico, pois com isto, as portas do setor produtivo se abrem, através do
desenvolvimento da pesquisa aplicada para dar segmento à produtos tecnológicos e
assim, elevar o padrão econômico do país, além de dar o devido reconhecimento à
universidade e incentivar novos pesquisadores a propor soluções inovadoras à
problemas do meio social.

A “inovação tecnológica” consiste na inovação aplicada a um conjunto de


conhecimentos que permite o desenvolvimento das etapas necessárias para
a produção e comercialização de novos produtos, processos e/ou serviços;
comumente, a fase de P&D é uma das etapas que compreende a inovação
tecnológica (P&D&I). (ASSAFIM, 2005, p. 16).

É fato que a inovação tecnológica em algumas universidades ainda está sendo


efetuada de forma gradual se comparada com a produção científica gerada em seu
interior, e um setor de grande contribuição para esta demanda, com papel essencial
em prospectar e incentivar o andamento e proteção das novidades desenvolvidas na
universidade é o Núcleo de Inovação Tecnológica – NIT, o qual tem papel fundamental
quanto à Propriedade Intelectual, disseminando a importância de novos ativos de
inovação, proteção e transferência dos mesmos.
16

Contudo, em certas universidades é preciso ainda se criar a cultura da inovação


e alguns meios para tal são:

• Realização de eventos de sensibilização quanto a importância da


propriedade intelectual para a comunidade interna e externa;
• Promoção de capacitações sobre buscas de anterioridade, formas de
proteções, identificação de editais de inovação que contemplem seu projeto
(a iniciar ou já em andamento);
• Divulgação da importância dos espaços empreendedores existentes nas
ICTs (incubadoras, parques e polos tecnológicos);
• Implementação da política de inovação institucional;
• Entre outros.

Com isso, entende-se que o “papel do NIT passa pela compreensão das
principais etapas das atividades de pesquisa e extensão realizadas em cooperação
com a comunidade externa ou na prestação de serviços para esta comunidade.”
(MARQUES; PIZOLOTTO, 2018, p. 47).
No mais, sabe-se que:

as universidades e instituições de pesquisa no Brasil têm um papel


fundamental nesse processo de inovação, uma vez que as mesmas dispõem
de capital intelectual, geralmente subaproveitado devido à falta de iniciativas
que promovam o engajamento necessário ao aproveitamento dos benefícios
que o Sistema de Propriedade Intelectual pode proporcionar. (SILVA;
RUSSO, 2018, p. 105).

Apesar dos esforços, os registros de depósitos de pedidos de patentes de


invenção no Brasil, nos anos de 2017 e 2018, revelam que os depositantes, em sua
maioria, não são residentes do Brasil (Figuras 1).
17

Figura 1. Registros de depósitos de pedidos de invenção no Brasil em 2017 (A) e 2018 (B).

A B

FONTE: Instituto Nacional de Propriedade Industrial (2017, 2018a)

Por outro lado, as instituições de ensino, pesquisa e governo aparecem em


segundo lugar como o perfil residente no Brasil que mais deposita patentes de
invenção, nos anos de 2017 e 2018, conforme as figuras abaixo:

Figura 2. Perfis de depositantes de patente de invenção, residentes no Brasil em 2017 (A) e


2018 (B).

A B

FONTE: Instituto Nacional de Propriedade Industrial (2017, 2018a)

Os dados abaixo revelam que as universidades brasileiras mesmo com grandes


dificuldades quanto à investimentos, estão indo no caminho certo e tem grande
potencial de inovação, devendo buscar as melhorias para massificar o próximo passo
do processo: a transferência tecnológica.
18

Tabela 1. Ranking dos depositantes residentes de patentes de invenção, 2017.

FONTE: Instituto Nacional de Propriedade Industrial (2018b)

2.3. Dificuldades nas Universidades quanto à Transferência de


Tecnologia

A transferência tecnológica é basicamente uma permuta de um produto ou


serviço, onde o detentor da tecnologia a repassa a terceiros, em busca de obtenção
de benefícios, sejam eles financeiros, sociais, mercadológicos, etc. Esta transferência
é feita através de contrato, cujos bens em questão, devem estar “protegidos por
institutos de propriedade intelectual ou de determinados conhecimentos técnicos de
caráter substancial e secreto não suscetíveis de proteção monopólica.” (ASSAFIM,
2005, p. 41).
Este tipo de transferência vem sendo impulsionada crescentemente e um dos
estímulos para isto é a incitação da parceria entre universidades e setor produtivo,
devido às expertises diferenciadas de cada um. Com este olhar, vários incentivos
foram criados e uma das Leis que iniciaram este processo foi a chamada Lei de
Inovação (Lei 10.973/2004) a qual “foi proposta para intensificar as relações
universidade-governo-empresa, segundo o modelo ‘triple-helix’, no sentido da
apropriação social de conhecimentos gerados pelas atividades de pesquisa.”
(ALBUQUERQUE; NETO, 2005, p. 138). A partir desta Lei, várias alterações foram
geradas com vistas a superar obstáculos percebidos no andamento do processo e
19

flexibilizar a execução das atividades propostas, reduzindo as dificuldades verificadas


anteriormente.
Dentre uma das vantagens que pode-se obter em uma parceria entre
universidades e empresas, destaca-se a oportunidade para as universidades
usufruírem de ótimos equipamentos e excelente infraestrutura das empresas
parceiras para ajudar em sua produção e pesquisa, por outro lado, os laboratórios
existentes nas universidades também podem ser usufruídos pela empresa, bem como
as técnicas dominadas pelos colaboradores de tal laboratório. Deste modo, é visível
o ganho das partes, adquirindo expertise e facilidade no uso de equipamentos o qual
seriam onerosos, não só quanto a obtenção como quanto a manutenção posterior em
seu ambiente de trabalho.
Apesar das vantagens existentes, as universidades ainda enfrentam um grande
problema na realização de transferência de tecnologias geradas em seu meio. Os
fatores que contribuem para este cenário são diversos, porém, um dos mais enfáticos,
apesar dos incentivos oferecidos, é a falta de uma boa articulação entre universidade
e empresa. Daí a importância novamente dos NITs, no papel de facilitador nesta
interação, identificando parcerias externas, com agentes preparados para situações
de negociação com as devidas medidas protetivas. Com a instauração do Novo Marco
Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, sob a Lei 13.243/2016, os NITs passaram a
dispor de total poder para este tipo de negociação, permitindo maior articulação entre
as partes (universidade/empresa) e com isto, “criam-se oportunidades não apenas
para os diretamente envolvidos, como para o desenvolvimento socioeconômico na
região onde o NIT está inserido” (VIA REVISTA, 2018, p. 171).
Por enquanto, o cenário neste contexto não é ideal entre as universidades,
como veremos a seguir, nos registros do INPI do ano de 2018, o Brasil não aparece
entre os três primeiros países cedentes e/ou licenciantes de Direitos de P.I. (Figura
3). E em se tratando de requerentes de registro de averbação de contratos de
tecnologia residentes no Brasil, as universidades não se encontram em um patamar
almejado. Estes requerentes, em sua grande maioria, tratam-se de empresas de
médio e grande porte, seguidas de empresas de pequeno porte, microempresa (ME)
e microempreendedor individual (MEI) (Figura 4).
20

Figura 3. Ranking dos paises cedentes e/ou licenciantes de Direitos de P.I.

FONTE: Instituto Nacional de Propriedade Industrial (2018a)

Figura 4. Representantes de registro ou averbação de contratos de tecnologia, residentes no


Brasil.

FONTE: Instituto Nacional de Propriedade Industrial (2018a)

Esta cultura e facilidade de transferência ainda é insatisfatória se comparada


às necessidades que o país possui em explorar as potencialidades geradas nas
universidades. Além da problematização encontrada na interação entre esses dois
eixos, outra dificuldade é a valoração das tecnologias, bem como o processo de
negociação por conta da burocratização existente dentro da própria universidade.
Cabe à ela o ofício de construir boas estratégias, reunindo diferentes formas de
21

negociação de seus ativos e serviços disponibilizados, investigando de forma


embasada, antes de qualquer negociação, o real potencial mercadológico de tal ativo.
E isto deve ser feito de forma eficiente, evitando que as tecnologias se tornem
obsoletas e desmotivem a compra por parte dos que a anseiam.

2.4. Nível de Maturidade Tecnológica

A identificação dos estágios de maturidade tecnológica são importantes nas


avaliações de tecnologia e ajuda a propor valorações consistentes quanto aos
contratos de vendas ou de licenciamentos de uma forma bem elaborada. O método
Technology Readiness Level (TRL) auxilia na estimativa de possíveis investimentos,
riscos financeiros, tempo de permanência no mercado, etc., e com isso, ajuda na
tomada de decisão da organização sobre o destino da tecnologia.
Este método surgiu nas dependências da NASA, onde se buscava a exatidão
da preparação de uma determinada tecnologia para ir ao espaço. Foi então
desenvolvido associado a escalas com níveis de complexidade (9 no total), onde ao
alcançar a nota máxima, significaria o alcance do objetivo final (alçar voo), pois
significaria que ela já teria sido testada e pronta para uso.
Hoje, o TRL é um forte indicador de mercado, bastante utilizado por diversas
organizações que trabalham com tecnologia e inovação, principalmente em países
desenvolvidos, em que este contexto é intenso. E ele facilita “o entendimento sobre o
estágio atual de desenvolvimento, além de sustentar decisões de fomento de recursos
para a inovação e aquelas relacionadas à transição da tecnologia” (VELHO, 2017, p.
120), mostrando se a mesma está preparada ou não para a comercialização.
Como já mencionado anteriormente, são 9 os níveis escaláveis do TRL e
podem ser visualizados de tal forma:

Quadro 1. Níveis de maturidade tecnológica (TRLs).

NÍVEL DESCRIÇÃO

Tecnologia ainda no campo da materialização das ideias com


TRL 1
identificação de potenciais aplicações observadas.
22

A tecnologia já possui aplicações potenciais obtidas a partir de


TRL 2 observações, porém ainda não existem testes, ensaios, simulações
ou experimentos.

A finalidade ou funcionalidade de minha tecnologia (produto ou


TRL 3 processo) foi analisada através de simulações, testes e
experimentos.
A tecnologia já apresenta-se em uma configuração ou arranjo pré
acabado para ser testado em ambiente semelhante ao real,
TRL 4
apresentando suas partes formadoras perfeitamente integradas e
funcionais, porém ainda em ambiente laboratorial.

A tecnologia foi posta a prova na forma de protótipo de forma


TRL 5
rigorosa em um ambiente ou contexto real ou muito semelhante.

A tecnologia demonstrou ser eficaz após os testes em ambientes


TRL 6 ou contexto semelhante ao real e já se apresenta com potencial de
pré-produção compartilhada com o mercado.

A tecnologia foi demonstrada em um ambiente operacional/real,


TRL 7 com todas as exigências do mesmo e agora passa por
demonstrações de vendas e/ou avaliação comercial e/ou contrato.

Tecnologia já testada em ambiente operacional/real e definida


TRL 8 como qualificada para suas finalidades, com introdução inicial no
mercado e/ou contrato.

TRL 9 Tecnologia e sua produção já encampada por uma empresa.

FONTE: Autor (2019)

No intuito de verificar os níveis de TRL em uma escala mais abrangente,


vejamos a Figura 5 utilizada pela Embrapa, onde é representada as fases de um
programa de pesquisa, desenvolvimento e inovação.

Figura 5. Fases de programa de pesquisa, desenvolvimento e inovação.

FONTE: Capdeville; Alves; Brasil (2017), adaptado pelo Autor (2019)


23

Para facilitar a visualização do nível em que se encontra determinada


tecnologia, utiliza-se a chamada calculadora TRL, pois, segundo Quintella, et al
(2019):

uma calculadora de TRL é composta de questões que identificam pré-


requisitos necessários para serem atendidos em cada nível. Essas
calculadoras apresentam como vantagem o enquadramento do nível de
maturidade de uma determinada tecnologia em um setor específico.

Porém, nem todos os setores encaixam-se perfeitamente nos requisitos


apresentados na mesma calculadora. Dificilmente as questões direcionadas para o
desenvolvimento de aplicativo, por exemplo, serão direcionadas com a mesma
exatidão para outros setores. Daí a existência de outros níveis de maturidade, criados
de acordo com as necessidades encontradas, como exemplo: Nível de Maturidade de
Inovação (NMI), Nível de Maturidade de Fabricação (NMF), etc.

Apesar de algumas limitações, a escala TRL traz muitos benefícios


consideráveis e ainda é a métrica mais conhecida e utilizada entre as organizações
que se propõem a verificar os níveis de maturidade, risco da tecnologia, restrições,
etc. Com isso, é essencial seu conhecimento e uso diante de qualquer projeto que
envolva inovação tecnológica.

2.5. Sistemas de Buscas de Patentes

A consulta em banco de dados de patentes é necessária ao inventor de uma


tecnologia para evitar cópias e com isso, desperdícios temporais, financeiros e
psicológicos. Torna-se, portanto, obrigatório o acesso a bancos de dados de patentes
para verificação do estado da técnica do tipo de tecnologia a ser desenvolvida. Além
disto, é possível verificar as descrições de pedidos de registros realizados, mesmo
ainda não deferidos ou indeferidos, além de obter outras referências dentro deste
mesmo documento.
O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), é o único órgão
responsável no Brasil, por conceder registros de patentes, marcas, desenho industrial,
indicações geográficas e de computador, além de averbações de contratos de
transferência de tecnologia e de franquia empresarial. (CAMPOS; DENIG, 2011). Em
seu portal, é possível fazer buscas para verificação de anterioridade gratuitamente,
24

encontrando registros depositados no Brasil (de residentes e não residentes) (Figura


6). A verificação da anterioridade é um requisito importante para a concessão, já que
a patente só poderá ser concedida, dentre outros fatores, se houver novidades, ou
seja, se não houver nada igual ou bastante semelhante em qualquer outro lugar do
mundo.

Figura 6. Portal do Instituto Nacional da Propriedade Intelectual – INPI.

FONTE: INPI (2019)

Outra base de dados bastante utilizada e também gratuita é o Espacenet,


pertencente ao Escritório Europeu de Patentes (EPO), trata-se de uma base
internacional, sendo possível encontrar documentos de mais de 90 países quando se
faz a busca em inglês (Figura 7). Como auxílio, esta base permite a tradução
automática de resumos, reinvindicações e descrições entre inglês e português.
25

Figura 7. Portal do Escritório Europeu de Patentes – ESPACENET.

FONTE: ESPACENET (2019)

Adicionalmente, outro exemplo de base de dados gratuito, é o Google Patents


que inclui mais de 120 milhões de publicações de patentes de mais de 100 escritórios
de patentes em todo o mundo (Figura 8). Além disso, esta ferramenta contém cópia
dos documentos técnicos e livros indexados no Google Scholar e Google Livros para
que se possa obter uma visão completa do estado da arte de determinada tecnologia.

Figura 8. Portal do Google Patents.

FONTE: Google Patents (2019)


26

2.6. Editais de Pesquisa e Inovação

O governo tem reduzido cada vez mais os investimentos diretos em pesquisa


e desenvolvimento nas universidades.

Em épocas anteriores, 80% ou mais dessas pesquisas eram financiadas


pelos governos como “bem público”, mas, desde então, esse porcentual tem
diminuído progressivamente, obrigando as universidades a procurarem
novas fontes de apoio e novos critérios para poderem obtê-lo. (CHESNAIS;
SAUVIAT, 2006, p. 466).

Essas novas fontes são diversas, compartilhamento de laboratórios, contratos


de pesquisa, editais de financiamentos de pesquisa e inovação, etc.
Os editais de pesquisa e inovação são um dos mais utilizados, e tem como
objetivo geral fomentar a inovação. Cada edital tem seu próprio direcionamento, seja
ele à universidades, empresas, startups, etc., com regras próprias bem definidas e
utilizando requisitos diferenciados para aprovação do projeto.
Junto aos editais, acompanham as instituições de fomento que são as
responsáveis pela disponibilização dos recursos financeiros para o andamento do
projeto. Como exemplo, cita-se a Financiadora de Inovação e Pesquisa (FINEP),
Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Fundação Amazônia de Amparo a
Estudos e Pesquisas do Estado do Pará (FAPESPA), etc. Estas instituições podem
prover recursos tanto reembolsáveis quanto não reembolsáveis, dependendo do
regulamento de cada uma (expresso em edital), e geralmente apoiam diversas etapas
(pesquisa básica, aplicada, inovações/desenvolvimento de produtos, etc.).
Quanto a projetos de inovação tecnológica, verifica-se a ausência em alguns
editais quanto a um requisito considerado muito importante: o grau de maturidade da
tecnologia que será desenvolvida no projeto. Já sabemos que este requisito ajuda
bastante no entendimento do nível em que a tecnologia se encontra e o seu potencial
mercadológico, e com base nisto, pode ser utilizado como suporte de decisão para
aprovação do edital. Quintella, et al (2019) nos fala que:

Para uma tecnologia com maturidade de TRL4 a TRL7, é essencial obter


financiamento para continuar o seu desenvolvimento. Diversas tecnologias
não conseguem esse financiamento, por isso costuma-se denominar esses
estágios de maturidade de “Vale da Morte”. Adicionalmente, nesses estágios
ocorre também o momento em que as tecnologias, por motivos técnicos, não
alcançam níveis mais avançados de TRL, ou seja, o risco é altíssimo.
27

Abaixo, exemplos de editais solicitantes e não solicitantes do nível de


maturidade tecnológica como critério avaliativo.

Quadro 2. Editais de inovação e seus critérios de avaliação.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
EDITAL OBJETIVO
(LIGADOS À INOVAÇÃO)
Edital n° 04/2019 de Auxílio Foco em pesquisa aplicada  Estágio de
a Projetos de Inovação e objetivando a inovação, desenvolvimento
Pesquisa Aplicada – APIPA propondo soluções de tecnológico e/ou inovação
– PROPPG – IFPA problemas reais, com que se alcançará com o
natureza institucional, resultado do projeto;
empresarial ou comunitária,  Nível de inovação
por meio do proposta com a execução
desenvolvimento e aplicação do projeto;
de novos dispositivos,  Impacto da inovação
instrumentos, ferramentas, proposta no mercado local,
produtos, processos ou regional, nacional e
serviços tecnológicos de mundial.
impacto econômico ou
social, visando a solução de
problemas reais do setor
produtivo.
Edital 2019 - Petrobras Identificar e selecionar ideias  Grau da inovação;
Conexões para Inovação inovadoras através de um  Nível de maturidade da
processo público e Tecnologia;
competitivo baseado em  Escalabilidade da solução;
critériospré-estabelecidos,  Detenção de propriedade
mantendo conformidade Intelectual.
com os requisitos do
Regulamento Técnico da
ANP para investimentos em
Pesquisa, Desenvolvimento
& Inovação.
Edital FAPEMA N.º Apoiar projetos voltados  Diferencial competitivo;
007/2019 - Apoio à Difusão para a criação de soluções  Grau de inovação;
de Ambiente de Inovação de base tecnológica com  Estágio da solução.
28

em Tecnologia Digital no potencial de escalabilidade


Estado do Maranhão – e replicabilidade por parte
Startups de empresas emergentes
(doravante denominadas
Startups), que busquem
contribuir para o
desenvolvimento
socioeconômico do Estado
do Maranhão por meio da
aplicação da inovação.
Edital FAPERJ Nº 17/2019 – Fomentar a transformação  Grau de Inovação da
Programa “Doutor de projetos de Pesquisa, Tecnologia e Potencial de
Empreendedor: Desenvolvimento e Inovação Mercado;
Transformando conduzidos por doutores  Estágio de
Conhecimento em Inovação residentes no Estado do Rio Desenvolvimento da
– 2019” de Janeiro em Tecnologia (TRL) e
empreendimentos baseados Potencial de Mercado.
em conhecimento
científico/tecnológico.

FONTE: Autor (2019), adaptado de IFPA; PETROBRÁS; FAPEMA; FAPERJ (2019)

3. OBJETIVOS

3.1. Geral

Elaborar um aplicativo para auxiliar no processo de busca de anterioridade e


definição do nível de maturidade de potenciais tecnologias existentes no ambiente
acadêmico.

3.2. Específicos

• Fornecer e facilitar o acesso à base de dados de patentes, juntamente com


tutoriais (audiovisuais) orientando os passos a serem tomados;
• Criar uma ferramenta capaz de definir o estado de maturidade de uma
determinada tecnologia através da escala TRL (Technology Readiness Level);
29

• Facilitar o acesso ao programa, utilizando-o em dispositivos móveis, dispondo


do benefício da mobilidade e fluidez.

4. JUSTIFICATIVA

A dificuldade da procura de pesquisadores em obter maiores detalhes sobre a


proteção de suas pesquisas consiste em poucas gerações de ativos para suas
respectivas instituições. Muitos estudos avançam e a possibilidade de se gerar
tecnologias passíveis de proteções intelectuais são enormes, visto o potencial
intelectual encontrado nas ICTs. Porém, um grande problema encontrado no decorrer
deste processo é a falta de verificação em base de patentes sobre tecnologias iguais
ou semelhantes a que está sendo desenvolvida naquele momento, uma simples busca
elimina questões como a criação de algo já elaborado e protegido, além do que, a
partir destas descobertas, também é possível adaptar algo já existente, fazendo
melhorias pontuais e funcionais, transformando em novas tecnologias.
Após esta questão da proteção intelectual, vem a etapa da transferência da
tecnologia protegida, ou seja, o que dá à ICT, titular do ativo, a capacidade de evoluir
economicamente através da venda, licenciamento, e outras possíveis formas de
trocas deste bem. Para isto, é imprescindível que a tecnologia tenha um nível de
maturidade, a qual dê ao receptor da tecnologia a percepção de sua evolução e seu
possível potencial mercadológico para que sejam decididas formas de fomento de
recursos para a referida inovação.
Cada ICT possui seu Núcleo de Inovação Tecnológica – NIT, o qual tem o papel
de cuidar dos ativos gerados nas ICTs, onde almeja-se o acompanhamento desde o
início da pesquisa no direcionamento correto quanto as questões de proteção
intelectual, e ainda, o auxílio posterior quanto as questões da transferência da
tecnologia quando possível. Porém, nem sempre é possível que os NITs saibam sobre
os estudos realizados nas ICTs a tempo de orientar o pesquisador a como proceder
para se obter proteções e, quais os tipos viáveis e aptos à proteção, isto se dá
geralmente pela pequena quantidade de colaboradores na maioria das vezes neste
departamento. Portanto, em grande parte, o NIT acaba sendo informado sobre as
pesquisas pelos próprios pesquisadores, que aos poucos reconhecem a importância
da proteção dos resultados de seu estudo e procuram se informar melhor sobre os
30

direcionamentos que devem seguir, contudo é comum a deficiência quanto ao contato


imediato entre o pesquisador e o NIT.

5. MATERIAIS E MÉTODOS

A pesquisa foi realizada de forma aplicada, utilizando materiais bibliográficos


para o referencial teórico e no aplicativo, de forma interativa, através das plataformas
android e ios. Ele nos concede informações como os requisitos básicos de
patenteabilidade e orientações sobre como realizar consultas nas bases de dados de
patentes: INPI, ESPACENET e GOOGLE PATENTS e, com isso, podemos verificar
as possibilidades e aspirações em relação à determinadas tecnologias. Ele também
nos mostra, através de um breve questionário sobre as etapas da tecnologia, o nível
de maturidade em que ela se encontra. Como ilustração, podemos visualizar um
Fluxograma no Apêndice A deste trabalho.
O aplicativo foi produzido no laboratório de Biologia Molecular e Neurologia
(LBN) do IFPA, campus Bragança e optou-se para elaboração deste aplicativo o
método de prototipagem evolucionária, onde a incorporação de diferentes níveis de
funcionalidade podem ser realizadas a qualquer momento da evolução do protótipo,
possibilitando assim a avaliação permanente do produto por parte dos interessados
(demandante), e a adequação de necessidades identificados durante os testes iniciais
(PAULA FILHO, 2001; PRESSMAN, 2010).
O aplicativo foi desenvolvido através do programa NetBeans IDE 8.2 utilizando
a linguagem de programação JAVA e linguagem de modelagem unificada (Unified
Modeling Language – UML). Teve sua fase de comunicação caracterizada pela
definição dos requisitos básicos e incrementais do aplicativo. Posteriormente seguiu-
se para as fases de “plano rápido” e “modelagem rápida do protótipo”, viabilizando a
experimentação do mesmo pelo solicitante e abrindo para a inserção de requisitos
específicos observados durante os testes preliminares, possibilitando assim o
momento de construção do produto (PRESSMAN, 2010).
31

6. RESULTADOS

A ferramenta desenvolvida neste trabalho ajuda o pesquisador a tratar o


assunto de forma imediata e correta, por meio de orientação básica sobre a
possibilidade de pedido de registro de patente através da busca de anterioridade e
ainda identifica o nível de maturidade da tecnologia.
A tela inicial (Figura 9) nos traz os caminhos a serem percorridos pelo aplicativo,
direcionando de forma intuitiva às orientações que deseja, como a visualização de
Tutoriais que auxiliam na busca de patentes em diferentes bases, com os devidos
links e a verificação do Nível de Maturidade Tecnológica.

Figura 9. Interface principal do aplicativo Figura 10. Informações básicas sobre Patentes

FONTE: Autor (2020) FONTE: Autor (2020)

Ao clicar na tela de “Busca de Patentes”, é apresentada uma noção básica dos


requisitos obrigatórios para uma tecnologia ser patenteada antes mesmo de iniciar
qualquer busca em bases de dados (Figura 10). Em seguida, são disponibilizados
tutoriais audiovisuais de 3 (três) diferentes bases de patentes, para ajudar o usuário
no procedimento das buscas corretamente e ainda, são fornecidos links que
encaminham aos portais de buscas nas bases de dados de patentes indicados nos
tutoriais (Figura 11). O resultado obtido nas buscas auxilia na decisão da continuidade
e/ou adequação de seus objetivos.
32

Figura 11. Tutoriais e links de bases de dados

FONTE: Autor (2020)

Além da verificação de patenteabilidade, é ideal verificar também o nível de


maturidade da tecnologia (Figura 12), respondendo as perguntas dispostas (Figura
13).

Figura 12. Informação pré- Figura 13. Exemplos de perguntas para


questionário TRL definição do TRL

FONTE: Autor (2020) FONTE: Autor (2020)


33

Ao final do questionário, é retornado o nível de maturidade que a tecnologia se


encontra, e o pesquisador é orientado a procurar o NIT de sua instituição para receber
melhores orientações sobre o Nível de Maturidade Tecnológica (Figura 14).

Figura 14. Diagnóstico do nível de maturidade da tecnologia.

FONTE: Autor (2020)

Além disto, é possível gerar um relatório com os dados básicos do projeto


(nome, autor, e-mail e TRL), a fim de informar previamente ao NIT e prepará-los para
possíveis discussões e estratégias (Figura 15).

Figura 15. Identificação e Relatório do Projeto

FONTE: Autor (2020)


34

Com isso, almeja-se que os agentes de inovação alocados no NIT verifiquem


possibilidades de transferência tecnológica e/ou fomentos através de recursos que
sejam condizentes com os riscos tecnológicos verificados na escala TRL.

7. CONCLUSÃO

Com mais este recurso a serviço do pesquisador, espera-se que suas


pesquisas prosperem e tornem-se não só grandes estudos como já acontece
amplamente através de artigos, mas também grandes tecnologias, melhoradas à luz
de outras tecnologias já patenteadas, capazes de inovar e aprimorar cada vez mais a
vida acadêmica, social, empresarial, etc.
Já sabemos que um grande impasse para tal, vem da base. Grandes
pesquisadores deixam de seguir em frente com suas pesquisas e não as transformam
em tecnologias patenteadas, por não ter o “incentivo” na “palma da mão”. Este
aplicativo traz portanto, de uma forma eficiente, uma noção básica sobre a busca de
patentes e desperta com isso, anseio por mais esclarecimentos, o que o levará a
procura pelo setor competente da instituição: o NIT. Bem como, ajuda também a ter
uma noção maior sobre o mercado, com o conhecimento do Nível de Maturidade da
Tecnologia em questão, que aliado aos conhecimentos técnicos de agentes do NIT
da ICT, terá também a percepção de seu potencial mercadológico.
Com isso, espera-se que o aplicativo potencialize o interesse dos
pesquisadores sobre a proteção de seus ativos, contribuindo de maneira significativa
no aumento do número de depósitos de pedidos de patente, e desperte mais ainda o
interesse na aplicação de suas pesquisas em setores industriais, verificando
constantemente a maturidade tecnológica dos ativos e fazendo os ajustes necessários
para a elevação do nível.
Certamente, com a divulgação dos benefícios do aplicativo e a utilização
constante por parte dos pesquisadores, se descobrirá mais tecnologias com níveis
avançados de maturidade ou chances de avanço, o que despertará novos interesses,
aumentando a dedicação e agregando valor à tecnologia. Portanto, este aplicativo nos
mostra que é um grande estímulo ao pesquisador, pois o ajuda em suas limitações
iniciais quanto à Propriedade Intelectual e auxilia também a equipe técnica do NIT a
35

analisar os riscos e tipos de negociação que poderão ser feitas com o ativo a partir do
nível de maturidade da tecnologia gerado.
36

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, L. C.; NETO,I. R. Ciência, Tecnologia e Regionalização:


Descentralização, Inovação e Tecnologias Sociais. Rio de Janeiro: Garamond.
2005.

ANTENOR, G. A. A relação entre Maturidade Científica e Tecnológica


(TRL) e mecanismos de aprendizagem, colaboração e transferência de
tecnologia em projetos de pesquisa e desenvolvimento. 2018. 110 f.
Dissertação (mestrado acadêmico) – Programa de Pós-Graduação em
Administração, Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza (CE), 2018.

ASSAFIM, J. M. de L. A Transferência de Tecnologia no Brasil: Aspectos


Contratuais e Concorrenciais da Propriedade Industrial. Rio de Janeiro: Lumen
Juris. 2005.

BARBOSA, D. B. Uma introdução à Propriedade Intelectual. 2. ed. Editora


Lumen Juris. 2010. 951 p. Disponível em:
http://www.denisbarbosa.addr.com/arquivos/livros/umaintro2.pdf. Acesso em:
20 nov. 2019.

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. LEI 9.279, de 14 de maio de


1996. Regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9279.htm. Acesso em: 20 nov.
2019.

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. LEI 10.973, de 02 de dezembro


de 2004. Dispõe sobre estímulos à inovação e à pesquisa científica e
tecnológica no ambiente produtivo e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.973.htm.
Acesso em: 20 nov. 2019.

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. LEI 13.243, de 11 de janeiro de


2016. Dispõe sobre estímulos ao desenvolvimento científico, à pesquisa, à
capacitação científica e tecnológica e à inovação. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13243.htm.
Acesso em: 20 nov. 2019.

CAMPOS, A. C.; DENIG, E. A. Propriedade Intelectual: uma análise a partir da


evolução das patentes no Brasil. Revista Faz Ciência. v. 13, n. 18, p. 97-120,
jul/dez 2011. Disponível em: http://e-
revista.unioeste.br/index.php/fazciencia/article/view/7977/6700. Acesso em: 19
jul. 2019.

CAPDEVILLE, G. de; ALVES, A. A.; BRASIL, B. dos S. A. F. Modelo de


inovação e negócios da Embrapa Agroenergia: gestão estratégica integrada
de P&D e TT. Brasília, DF: Embrapa Agroenergia, 2017. (Embrapa
Agroenergia. Documentos, 24). Disponível em:
37

https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/173992/1/DOC-24-
CNPAE.pdf. Acesso em: 27 nov. 2019.

CHESNAIS, F.; SAUVIAT, C. O Financiamento da Inovação Tecnológica no


Contexto Atual de Acumulação Financeira. In: PELAEZ, V.; TAMÁS, S. (org.).
Economia da inovação tecnológica. Tradução do capítulo de Tamás
Szmrecsányi. São Paulo: Hucitec: Ordem dos Economistas do Brasil, 2006. p.
449-497.

DIAS, C. G.; ALMEIDA, R. B. Produção científica e produção tecnológica:


transformando um trabalho científico em pedidos de patente. Revista Einstein
(São Paulo), São Paulo, v. 11, n. 1, p. 1-10, mar 2013. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-
45082013000100003&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 11 jul. 2019.

ESPACENTE. Disponível em:


https://worldwide.espacenet.com/patent/search/family/043049249/publication/D
E102009024139A1?q=car. Acesso em: 27 nov. 2019.

FAPEMA. Edital FAPEMA N.º 007/2019 - Apoio à Difusão de Ambiente de


Inovação em Tecnologia Digital no Estado do Maranhão – Startups. Disponível
em: https://www.fapema.br/index.php/edital-fapema-no-0072019-startups/.
Acesso em: 27 nov. 2019.

FAPERJ. Edital FAPERJ Nº 17/2019 – Programa “Doutor Empreendedor:


Transformando Conhecimento em Inovação – 2019” Disponível em:
http://www.faperj.br/downloads/Edital_FAPERJ_N%C2%BA_17_2019_Program
a_Doutor_Empreendedor_Transformando_Conhecimento_em_Inova%C3%A7
%C3%A3o_2019.pdf. Acesso em: 27 nov. 2019.

FILHO. N. M. et al. Políticas de Inovação no Brasil. Insper: Centro de


Políticas Públicas (São Paulo), 2014, 11, ago., 72 p. Disponível em:
https://www.insper.edu.br/wp-content/uploads/2018/09/Politicas-Inovacao-
Brasil-C. Acesso em: 26 nov. 2019.

GIL, L.; ANDRADE, M. H.; COSTA, M. C. Os TRL (Technology Readiness


Levels) como ferramenta na avaliação tecnológica. Revista Ingenium, 2014,
139, jan/fev., p. 94-96.

GOOGLE PATENS. Disponível em: https://patents.google.com/?q=car&oq=car.


Acesso em: 28 nov. 2019.

IFPA. Edital n° 04/2019 de Auxílio a Projetos de Inovação e Pesquisa Aplicada


– APIPA – PROPPG – IFPA. Disponível em:
https://proppg.ifpa.edu.br/documentos-e-formularios/inovacao/edital-04-2019-
apipa/504-apipa-2019/file. Acesso em: 27 nov. 2019.

INPI. Disponível em:


https://gru.inpi.gov.br/pePI/servlet/LoginController?action=login. Acesso em: 27
nov. 2019.
38

INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL. Relatório de


Atividades INPI 2017. 2017. Disponível em:
http://www.inpi.gov.br/sobre/arquivos/relatorio-de-atividades-inpi-2017-versao-
portugues.pdf. Acesso em: 24 nov. 2019.

INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL. Relatório de


Atividades INPI 2018. 2018a. Disponível em:
http://www.inpi.gov.br/sobre/estatisticas/RelatoriodeAtividades2018.pdf. Acesso
em: 24 nov. 2019.

INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL. Indicadores de


Propriedade Industrial 2018: o uso do Sistema de Propriedade Industrial no
Brasil. Rio de Janeiro, 2018b. Disponível em:
http://www.inpi.gov.br/sobre/estatisticas/arquivos/pagina-inicial/indicadores-de-
propriedade-industrial-2018_versao_portal.pdf. Acesso em: 24 nov. 2019.

MARQUES, M. da S.; PIZOLOTTO, M. F. Implementação de uma cultura de


inovação: o caso do NIT do Instituto Federal Farroupilha. In. RUSSO, S. L. et
al. (org.). Propriedade Intelectual, Tecnologias e Inovação. Aracaju:
Associação Acadêmica de Propriedade Intelectual, 2018. p. 36-48.

MATIAS-PEREIRA, J. A gestão do sistema de proteção à propriedade


intelectual no Brasil é consistente? Revista de Administração Pública, Rio de
Janeiro, v.45, n. 3, p. 567-590, jun. 2011.

MATIAS-PEREIRA, J. Política de proteção à propriedade intelectual no


Brasil. In: ENANPAD, 27, 2003, Rio de Janeiro. Anais. Rio de Janeiro: ANPAD,
2003. p. 1-15. Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/945.
Acesso em: 16 nov. 2019.

PAULA FILHO, W. P. Engenharia de Software. 2ª ed. LTC; 2001.

PRESSMAN, R. S. Engenharia de software. 6º ed. Editora MCGrawHoll: Porto


Alegre, 2010.

PETROBRAS. Edital 2019 - Petrobras Conexões para Inovação. Disponível


em:
https://m.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/Petrobras%20Conex
o%cc%83es%20para%20Inovac%cc%a7a%cc%83o%20-%20Edital%202019-
1-.pdf. Acesso em: 27 nov. 2019.

QUINTELLA, C. M. et. Al. Maturidade Tecnológica: níveis de prontidão TRL. In.


RIBEIRO, N. M. (org.). Série Prospecção Tecnológica. Salvador (BA): IFBA,
2019. p. 18-59. Disponível em: http://www.profnit.org.br/wp-
content/uploads/2019/02/PROFNIT-Serie-Prospeccao-Tecnologica-Volume-
2.pdf. Acesso em: 26 nov. 2019.

RAUEN, Cristiane Vianna. O Novo Marco Legal da Inovação no Brasil: O


que muda na relação ICT-Empresa? Disponível em:
39

http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/6051/1/Radar_n43_novo.pdf.
Acesso em: 16 nov. 2019.

SILVA, W de V. R. ; RUSSO, S. L. Aspectos Gerais do Sistema de Propriedade


Intelectual no Brasil. In. RUSSO, S. L. et al. (org.). Propriedade Intelectual,
Tecnologias e Inovação. Aracaju: Associação Acadêmica de Propriedade
Intelectual, 2018. p. 93-106.

VELHO, S. R. K. et al. Nível de Maturidade Tecnológica: uma sistemática


para ordenar tecnologias. Brasília-DF, v. 22, n. 45, p. 119-140, jul-dez 2017.

VIA Revista. Habitats de inovação: conceito e prática / Ágatha Depiné;


Clarissa Stefani Teixeira, organizadoras – São Paulo: Perse. 294p. v.1: il. 2018.
40

APÊNDICES
41

APÊNDICE A – FLUXOGRAMA DO TESTE DE TRL

A sua invenção (ideia), pode ser executada? TRL 9

NÃO SIM
TRL 0 NÃO
TRL 8
SIM

Sua tecnologia se configura por estar na fase


Sua tecnologia já encontra-se pronta e
conceitual da pesquisa básica (de observação
finalizada, sendo utilizada pelo mercado?
e reporte de dados)?

SIM
NÃO NÃO
TRL 1
TRL 7
SIM

Sua pesquisa básica já começa a se estruturar


Sua tecnologia já foi testada em ambiente
inventivamente, identificando suas
operacional e real, estando qualificada,
potencialidades, conceituações e principais
introduzida no mercado, e finalizada?
funções a serem desempenhadas?

SIM
NÃO NÃO
TRL 1
TRL 6
SIM

Sua tecnologia já foi testada e analisada Sua tecnologia já foi apresentada e


através de simulações e experimentos? demonstrada em um ambiente
operacional/real, estando em uma fase inicial
NÃO de avaliação e contrato, com demonstrações
TRL 2 de vendas?
SIM SIM
NÃO
Sua tecnologia já apresenta-se em uma TRL 5
configuração ou arranjo pré-acabado para ser
testado em ambiente semelhante ao real,
apresentando suas partes formadoras Sua tecnologia apresentou-se como sendo
perfeitamente integradas e funcionais, porém eficaz após os testes em ambientes ou
ainda em ambiente laboratorial? contexto semelhante ao real e agora já
demostra potencial de pré-produção em
parceria com o mercado?

NÃO SIM
TRL 3 NÃO
Sua tecnologia apresentou-se como TRL 4
sendo eficaz após os testes em
SIM ambientes ou contexto semelhante ao
real e agora já demostra potencial de
pré-produção em parceria com o
mercado?

FONTE: Autor (2020)

Você também pode gostar