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AB OPINIÃO quarta-feira, 5 de dezembro de 2001 A3 52.87


TENDÊNCIAS/DEBATES
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Gaiolas e asas daspor Ianni.
12 49
RUBEM ALVES
Tribunal de Justiça
“Excelente ainiciativada Folha de pu-
blicar as propostas dos candidatosà pre-
Pinçou palavras apresentadas aolongo
do programa e montou um pensamento
14 48
r
sidênciado Tribunal de Justiçade São lógico —criado por sua própria cabe-

2
s pensamentos me chegam de
O forma inesperada, sob a forma de
aforismos. Fico feliz porque sei que
Paulo(‘Tendências/Debates’, pág. A3,
4/12) etambém os bastidoresda eleição
ça— para induzir-nos a acreditar que o
ilustre sociólogo se deixa fascinar pelo 47
—emreportagem assinadapor Lilian terror. Lamentável talatitude.”
Lichtenberg, William Blake e Nietzsche
frequentemente eram também ataca-
Christofoletti(Brasil, pág. A5, 2/12). Antonio Carlos Barbosa Bondim
(Coronel Fabriciano, MG)
46
A eleição renova as esperançasde de-
dos por eles. Digo “atacados” porque
eles surgem repentinamente, sem pre-
paro, com a força de umraio.Aforismos
mocratização interna doPoder Judiciá-
rioparaque, entreoutras coisas,todos Ciclosporina
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os magistrados vitalíciospossam partici- “A preocupação eaestranhezarelata-
são visões: fazem ver, sem explicar. Pois
ontem, de repente, esse aforismo me
pardo processo eleitoral. Esse reclamo
daexpressiva maioriados magistrados
daspelo sr. AntônioBarbosa daSilvaem
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atacou: “Há escolas que são gaiolas. Há cartapublicadaontemnestaseção não
escolas quesão asas”.
Escolas que são gaiolas existem para
brasileiros e das principais entidades as-
sociativasnão conseguiu convencero
senador Bernardo Cabral, relatorda re-
são novidade.
Novamentereafirmamosquenãohá 28 43
que os pássaros desaprendam a arte do diferençaentre omedicamentogenérico
forma do Judiciário. Vinteanosde de- ciclosporinadaAbbotte omedicamento 42
3
vôo. Pássaros engaiolados são pássaros mocracia não foramsuficientes para ex-
sob controle. Engaiolados, o seu dono dereferência Sandimmun NeoralNo-
tirpar os medos de umagestão partici-
pode levá-las para onde quiser. Pássaros
engaiolados sempre têm um dono. Dei-
pativa.”
Jayme Martins de Oliveira Neto,
vartis.
Diferentementedo quefoiafirmado 41
xaram de ser pássaros. Porque a essên- pelosr.Barbosa,a lei 9.787/99 determina
cia dospássaros éo vôo.
presidente do IPAM —Instituto Paulista de
Magistrados (São Paulo, SP)
que ogenéricosejaumequivalentetera-
pêutico domedicamentodereferência.
40
Escolas que são asas não amam pássa-
Pelos cincotestesdebioequivalênciaa
ros engaiolados. O que elas amam são
os pássaros em vôo. Existem para dar quea ciclosporina da Abbott foi subme- 39
aos pássaros coragem para voar. Ensi- tida,comprovou-seque ébioequivalente 40
nar o vôo, isso elas não podem fazer,
Escolas que são gaiolas experiência com as escolas: “Fui força-
aoSandimmunNeoraldaNovartis.Os
testes foramrealizados nosEUA eapro- 42 38
porque o vôo já nasce dentro dos pássa- do (!) a estudar o que os professores ha-
vadospeloFoodsandDrugsAdminis-
ros. O vôo não pode ser ensinado. Só
podeser encorajado. existem para que pássaros viam decidido que eu deveria aprender.
E aprender à suamaneira”.
tration(FDA),o que épermitidopela le- 37

4
gislaçãobrasileira (MP 2.134-34,de 23/
Esse simples aforismo nasceu de um desaprendam o vôo; as O sujeito da educação é o corpo, por-
sofrimento: sofri conversando com pro-
fessoras de segundo grau, em escolas de que são asas não amam
que é nele que está a vida. É o corpo que
08/01,parágrafo único doart. 3ºe RDC
10,item 3.1.2.2).
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quer aprender para poder viver. É ele
periferia. O que elas contam são relatos Também contrariamente aoescrito
de horror e medo. Balbúrdia, gritaria, pássaros engaiolados que dá as ordens. A inteligência é um
instrumento do corpo cuja função é aju-
pelosr.Barbosa,oparecer dodr.José
Gomes de Pinhoafirmaque ‘incontesta-
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desrespeito, ofensas, ameaças... E elas, dá-lo a viver. Nietzsche dizia que ela, a
timidamente, pedindo silêncio, tentan-
do fazer as coisas que a burocracia de- os adolescentes de periferia? Ou serão as inteligência, era “ferramenta” e “brin-
quedo” do corpo. Nisso se resume o
Prefeitura de SP
velmente,trata-seda mesma formafar-
macêutica’.Alémdisso, osdois pontos 34
escolas que são violentas? As escolas se- “AprefeitaMarta Suplicyprometeu levantados pelosr.Barbosa noparecer
termina que sejam feitas, como dar o
programa, fazer avaliações... Ouvindo rão gaiolas? Vão me falar sobre a neces-
sidade das escolas dizendo que os ado-
programa educacional do corpo: apren-
der “ferramentas”, aprender “brinque-
que, emdois meses degestão,tirariaa ci-
dadedeSãoPaulo daUTI.
dosr.José Liporage Teixeirasãotecnica-
menteincorretos,pois os medicamentos
54 33
os seus relatos, vi uma jaula cheia de ti-
gres famintos, dentes arreganhados, lescentes de periferia precisam ser edu-
cados para melhorarem de vida. De
dos”. “Ferramentas” são conhecimen-
tos que nos permitem resolver os pro-
Noentanto,peloque setemvistono
centrovelho,na avenidaPaulista,na rua
apresentamamesmaformafarmacêuti-
ca enãoexistemudança nafaixatera-
56 32
garras à mostra —e a domadoras com blemas vitais do dia-a-dia. “Brinque- Augustae em outros bairros, anossa ci-
seus chicotes, fazendo ameaças fracas acordo. É preciso que os adolescentes, pêutica daciclosporina daAbbott.
dos” são todas aquelas coisas que, não dadeestáatualmente em estado demor- Reiteramosaindaquea Anvisa possui 31
5
demais para a força dos tigres. que todos, tenham uma boa educação. tendo nenhuma utilidade como ferra- teclínica.
Sentir alegria ao sair de casa para ir à Uma boa educação abre os caminhos de mentas,dão prazere alegria àalma. diversospareceresde hospitaisdo Brasil
Esperamosqueessamortenãoseja ir- edoexteriorondea ciclosporinada Ab-
uma vida melhor. Mas eu pergunto:
escola? Ter prazer em ensinar? Amar os
alunos? O sonho é livrar-se de tudo nossas escolas estão dando uma boa
Nessas duas palavras, ferramentas e
brinquedos, está o resumo da educação.
reversível.Torço paraquea nossaprefei-
tareaja,pois,casocontrário,logoestare-
bott vem sendoutilizada sem nenhum 30
educação? O que é uma boaeducação? Ferramentas e brinquedos não sãogaio- problemade eficáciaclínica.Portudo is-
aquilo. Mas não podem. A porta de fer- moscelebrandoamissadesétimodia.”
ro que fecha os tigres é a mesma porta
que as fecha comos tigres.
O que os burocratas pressupõe sem
pensar é que os alunos ganham uma
las. São asas. Ferramentas me permitem
voar pelos caminhos do mundo.
Paulo Armando da Silva Villela
(São Paulo, SP)
so,afirmamos que osquestionamentos
relativosao registrodomedicamentoda 29
boa educação se aprendem os conteú- Abbott não têm suportecientífico que
Nos tempos de minha infância, eu ti- Brinquedos me permitem voar pelos ★ venha justificarumareanálise doproces- 28
dos dos programas oficiais. E, para tes-
nha um prazer cruel: pegar passarinhos.
Fazia minhas próprias arapucas, punha tar a qualidade da educação, criam me-
caminhos da alma. Quem está apren-
dendo ferramentas e brinquedos está “Parabéns ao oportunista PFL, de An- so. 68
fubá dentro e ficava escondido, espe-
rando... O pobre passarinho vinha,
canismos, provas e avaliações, acresci-
dos dos novos exames elaborados pelo
aprendendo liberdade, não fica violen-
to. Fica alegre, vendo as asas crescer...
tonio Carlos Magalhães, de Cassio Tani-
guchi e dos coronéis da indústria da seca
E,devidoa essasinverdades,eivadas
de más intenções,a Anvisaestáproces-
sandoo sr. AntônioBarbosa daSilva.”
70 27
atraído pelo fubá. Ia comendo, entrava Ministério daEducação. Assim todo professor, ao ensinar, teria nordestina, pelas críticas ao governo de
na arapuca e pisava no poleiro. E era Mas será mesmo? Será que a aprendi- de se perguntar: “Isso que vou ensinar, é Marta Suplicy na cidade de São Paulo Gonzalo Vecina Neto, diretor-presidente
da Anvisa (Brasília, DF)
26
6
uma vez um passarinho voante. Cuida- zagem dos programas oficiais se identi- ferramenta? É brinquedo?” Se não for, é feitas no horário eleitoral gratuito de 3/
dosamente eu enfiava a mão na arapu-
ca, pegava o passarinho e o colocava
fica com o ideal de uma boa educação?
Você sabe o que é “dígrafo”? E os usos
melhor deixar delado.
As estatísticas oficiais anunciam o au-
12.
O partido de Roseana Sarney mais cri- Petistas 25
dentro de uma gaiola. O pássaro se lan- da partícula “se”? E o nome das enzimas mento das escolas e o aumento dos alu- ticou o governo de Marta —que assu- “Em relaçãoàreportagem‘Petista está
çava furiosamente contra os arames, que entram na digestão? E o sujeito da nos matriculados. Esses dados não me
dizem nada. Não me dizem se são gaio-
miu uma prefeitura falida em São Pau-
lo— do que mostrou proposta de gover-
mais velho, ricoemoderado’ (Brasil,pág.
A11,2/12),na oportunidadeem que
24
batia as asas, crispava as garras e enfiava frase “Ouviram do Ipiranga as margens
las ou asas. Mas eu sei que há professo- no num eventual comandodo Brasil.
o bico entre os vãos. Na inútil tentativa
de ganhar de novo o espaço, ficava en-
plácidas de um povo heróico o brado
retumbante”? Qual a utilidade da pala- res que amamo vôodos seus alunos. Aliás, a propaganda de Roseana mais
cumprimentoojornalistaPlínioFraga
pelaqualidadedotexto eporsuacapaci- 23
sanguentado... Sempre me lembro com
tristeza daminhacrueldadeinfantil.
vra “mesóclise”? Pobres professoras,
também engaioladas... São obrigadas a
Há esperança... parecia um ato de populismo do que
uma demonstração de compromisso
dadedecaptaro essencialdo estudo por
mimrealizado,gostaria de solicitar uma
82 22
Violento, o pássaro que luta contra os ensinar o que os programas mandam,
sabendo que é inútil. Isso é hábito velho
Rubem Alves, 68, educador, psicanalista e escri-
tor, é professor emérito da Unicamp e autor de,
entre outros, “A Escola com que Sempre Sonhei
com a ética e com a governabilidade do
país.
retificação que consideroimportante.
Osdadossobre aescolaridadedospar-
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arames da gaiola? Ou violenta será a
imóvel gaiola que o prende? Violentos, das escolas. Bruno Bettelheim relata sua
sem Imaginar que Pudesse Existir” (Papirus).
www.rubemalves.com.br
A Folha expôs muito bem —no mes-
mo dia, no caderno Brasil— uma faceta
ticipantese deseuspaissereferem, to- 21
dos, apenasao segundocongressodoPT
do trabalho infantil no Maranhão, mos-

7 20
(1999).Nãohá comparaçãoentreum
trando parte da verdadeira condição so- congresso eoutro,porqueessesdados
cial pífia em que vivem 40 mil crianças não foramcoletados napesquisade1991.
O responsável pela greve nas universidades daquele Estado.
E Roseana Sarney e seu partido ainda
têm a cara-de-pau de criticar Marta e di-
Assim,nãosepode falarquehouveum
processode mobilidadesocial acentuado
19
I VA N VA L E N T E e R O B E R T O R O M A N O zer que o PT sabe mais criticar do que
entre oprimeiroeo segundocongresso.
Oqueocorreu foi umforteprocessode 18
governar.” mobilidadesocialintergeracional,ou se-

A greve das instituições federais de


ensino superior (Ifes) ainda não
começavam a caminhar, o executivo
suspendeu o pagamento dos grevistas,
Vander José das Neves (Piracicaba, SP)
ja, entrea geraçãodospaisea dos parti-
cipantesdo segundocongresso.
96 17
acabou. A responsabilidade por esse fa-
to é exclusivamente do governo federal,
O Executivo investiu em
reprimir e derrotar o
colhendo por sua atitude provocadora
maior unidade da categoria, fortalecen-
Terrorismo
“ParabenizoogeógrafoDemétrio
No mais, areportagem estáprimoro-
sa.”
98 16
o que ficou patente nas recentes medi- do a greve. Magnolipeloexcelente artigo de3/12 Benedito Tadeu César (Porto Alegre, RS)
das de tentativa de descumprimento de movimento grevista, A truculência do governo e seu alvo de
derrotar os docentes culminam com a
(‘Fascínio peloterror’,‘Tendências/De-
bates’,pág.A3). Overdadeiro cientista 15
8
decisões da Justiça e no desapreço à or- Nota daRedação —Leia abaixo aseção
demjurídica. como na greve dos atitude de desacatar as decisões da Justi- social não podeserpresaeartíficede “Erramos”.
É preciso destacar que a greve envolve
a quase totalidade das universidades, petroleiros de 1995 ça e aedição do pacotaço antigreve.
É inaceitável que, num momento em
análisessimplistas epreconceituosase
sabe queoterrorismo éa negaçãoda po-
14
escolas e centros técnicos federais do que um acordo está em vias de se con- lítica. Obemcontrao mal?Issoé bem CNBB
país. Ela decorre da corrosãoprograma-
denciou má vontade em dialogar com
cluir, o próprio ministério, que deveria mal!” “Aproposta daCNBBde boicotaros
partidos queapóiempolíticoscompro-
13
da das instituições estatais. Em que pese estar à frente da busca de saídas para o José Marcos Thalenberg
os docentes. As frágeis negociações que
a retórica oficial sobre a produção e di- impasse e de gestões efetivas para viabi- (São Paulo, SP) vadamente corruptoséumainiciativa
12
fusão dos saberes como insumo decisi-
vo do desenvolvimento, o governo dei-
se verificaram ocorreram sempre por
enorme esforço deparlamentares.
lizar o funcionamento da universidade
pública com qualidade, passe a distri-
★ importantepara aaproximaçãoda Igreja
Católicacoma realidade socialdo país.A 110
xa de ampliar os campi e, ao contrário
do que afirma a propaganda do Minis-
O Executivo investiu em dividir, fragi-
lizar, reprimir e derrotar o movimento
buir as ameaças aos reitores para torná-
los capatazes dos seus próprios pares,
“Quem assistiu ao programa ‘Roda Vi-
va’ com o sociólogo Octavio Ianni pôde
IgrejaCatólica,quepermaneceu calada
durantemomentos importantes dahis- 112 11
tério da Educação, o pequena incre- grevista, como na greve dos petroleiros seguindo decisões contrárias às ordens admirar-se com a inteligência e a lucidez tória brasileira, parece agora dispostaa
mento no número de vagas registrado de 1995. O Ministério da Educação não judiciais. O Executivo enviou à Câmara do pensamento de um homem inco- participarativamente dasdiscussõese 10
nas Ifes decorre da iniciativa e do esfor- se mobilizou para ampliar as verbas or- o projeto de lei que representa um bru- mum. Causa-me repulsa a forma desele- dastentativas deconstruir umpaís me-
ço daspróprias universidades.
O governo percebe ser impossível re-
tomar a doutrina neoliberal, como em
1995, quando o ministro não corou ao
dizer que o país e as universidades bra-
çamentárias necessárias à concretiza-
ção das negociações realizadas. Tudo
que foi feito nesta área também se deveu
ao trabalho deparlamentares.
O Ministério da Educação segue a
tal retrocesso em relação ao que as ne-
gociações já haviam avançado, tanto no
que se refere ao volume de verbas a ser
alocado no Orçamento quanto no to-
cante à incidência dessas nos salários
gante como o doutor da USP Demétrio
Magnoli distorceu as idéias apresenta-

ERRAMOS
lhorparatodos.”
Marcelo Cizaurre Guirau (Osasco, SP)
9 9
8
sileiras não precisavam se preocupar mesma orientação (do FMI) que presi- dos professores.
com pesquisas, pois todo conhecimento de as ações do Planejamento e da Fazen- A insistência no desgaste das universi- E-mail: erramos@uol.com.br
7
da. Quando houve uma possibilidade dades e a truculência governamental
seria provido pelo mercado, pelas em-
presas transnacionais. real do fim da greve, com base num aprofundam o impasse. O presidente da 124 6
Se não mais veicula tal discurso, o mi-
nistro viabiliza a ferro e fogo a universi-
acordo —costurado sempre com a in-
tervenção do Parlamento, a partir de
República discursa sobre direitos em
Paris e finge que o problema não é dele.
A reportagem “Petista está mais velho,
rico e moderado” (Brasil, pág. A11, 2/12) Título de chamada na Primeira Pági- 126
dade que defende: instituições que, em
sentido contrário ao que manda a Cons-
uma proposta fechada, com a presença
da imprensa— em que seriam alocados
Para a educação e a sociedade brasilei-
ras, a luta dos docentes é de grande rele-
fez uma comparação equivocada: 73,6%
dos pais dos participantes do 2º Con-
na de ontem (4/12) informa incorreta-
mente que a expectativa de vida no país
5
tituição, abandonem a indissociabilida- no Orçamento do ministério mais R$ vância, pois mantém a tese democrática
da universidade pública, gratuita e de
gresso do PT de 1999 nunca tinham fre- subiu 2,8 anos na década de 90. Na ver-
4
10
de entre ensino, pesquisa e extensão de 363 milhões, o deputado Arnaldo Ma- quentado a escola ou apenas tinham dade, oacréscimo foi de 2,6anos.
serviços à comunidade e que tenham as deira (PSDB-SP), líder do governo, reti- qualidade. A intervenção do Parlamen-
cursadoaté oprimeiro grau. ★
suas atividades e o seu cotidiano atra-
vessados pela lógica do mercado e da
rou a garantia de alocação dos R$ 250
milhões que o próprio Executivo havia
to e a solidariedade de todos os segmen-
tos sociais organizados são absoluta- Só 8% deles tinham atingido ou ultra- 3
privatização do público. firmado inicialmente. mente necessárias. passado o nível universitário. O texto Diferentemente do publicado pelos ca-
Tornam-se inteligíveis as atitudes go-
vernamentais de fornecer muitos moti-
Destaquemos a truculência e a provo-
cação imprudentes como signos dos Ivan Valente, 55, deputado federal (PT-SP), é
afirmava, erroneamente, que esses nú-
meros se referiam ao congresso realiza-
dernos Brasil na edição de segunda-fei-
ra (pág. A13) e Dinheiro na edição de
2
membro da Comissão de Educação da Câmara. do em1991.
vos para a continuidade da greve. Desde
o início do movimento, o governo evi-
atos governamentais. Quando a greve
atingia o segundo mês e as negociações
Roberto Romano, 55, é professor titular de ética
e de filosofia política da Unicamp. ★
ontem (pág. B7), a Enron pediu concor-
data, e nãofalência. 138 1
+ +

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