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BRASIL 1 — OBJETIVO Este método fixa o modo de proceder-se & determinagao da pressio de vapor manomé- trica a 37,8°C em gases liquefeitos de petréleo. 2 — RESUMO DO ENSAIO Ao iniciar o ensaio, purga-se 0 aparelho enchendo-o e esvaziando-o com uma porcéo de amostra. Enche-se o aparelho com a amos- tra, drena-se 20% do contetido e faz-se a lei- tura da presséo de vapor ao ser atingido o equilibrio térmico entre a amostra e um banho de temperatura constante. Esta pressfio, de- pois de devidamente corrigida, & definida co- mo “pressiio de vapor do G.L.P", CUIDADO: Se a aparelhagem for utili- zada em temperaturas mais elevadas que a pecificada, a expansao do liquido poderé acar- retar rutura violenta do aparelho, principal- mente se forem introduzidas amostras com elevadias concentragées de propeno, a tempera- turas préximas ou abaixo de seu ponto de ebu- ligdo. 3 — APARELHAGEM 3.1 — Bomba de pressio de vapor, ma- nometro, banho de 4gua e termémetros con- forme descrito no Apéndice. 3.2 — Conezdes para Amostragem Deverdo ser empregados, para conectar 0 aparelho de pressio de vapor fonte de amos- tragem, tubos com diametro de 63mm (1/4 Press de Vapor de Gases Liquefeitos de Petréleo MB - 205 1970 | Publicado em 1962 Revisto em 1970 pol), de comprimento o menor possivel, de material resistente & presso de operacao e a corrosividade dos produtos a serem amostra- dos. Uma conexéo fiexivel facilitaré a purga- cdo e @ amostragem. 4 — AMOSTRAGEM As amostras devem set obtidas e arma- zenadas de acérdo com o descrito na Norma para Amostragem de Gases Liquefeitos de Pe- tréleo (IBP/ABNT/P-NB-156), a menos que possam ser tomadas diretamente da fonte do material a ser ensaiado, 5 — PROCEDIMENTO 5.1 — Preparagéo da aparelhagem 5,1.1— Se a aparelhagem tiver sido usa- da com produtos diferentes do ensaiado, des- monte 0 conjunto, limpe-o completamente e purgue-o com ar, 5.1.2 — Monte 0 conjunto com 0 mané- metro adaptado mantendo abertas a valvula de admissio da cémara menor e a valvula de passagem reta entre as duas cAmaras, e fe- chada a valvula de drenagem. 5.2 — Ensaio 5.2.1 — Purga — Conecte a valvula de admisséo da cdmara menor & fonte de amos- tragem (item 3.2) ¢ abra-a para introduzir a amostra no aparelho. Cuidadosamente, abra a valvula de drenagem para permitir que o ar, vapéres, ou ambos, existentes no interior do ASSOCIACAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS RIO DE JANEIRO (Sede) — Avenida Almirante Barroso, 54 - 15° andar — Tel. 242-9984 Caixa Postal 1680 — ZC-00 — End. Teleg. Normatécnica INSTITUTO BRASILEIRO DE PETROLEO Avenida Rio Branco, 156 - 10? andar - Salas 1034/38 — Tel. 222-5843 — Caixa Postal 343, ZC-00 — End, Teleg. IBRAPE- Rio de Janeiro- GB 1 Dy Prossio de Vapor de Gases Liquefeitos de Petréleo ee G 1970 aparelho possam escapar para permitir o en- chimento. Com a linha de amostragem ainda conectada, feche a valvula de drenagem e a vélvula de admisséo, nesta ordem, Inverta 0 aparelho rapidamente, abra a valvula de dre- nagem e mantenha-a nesta posicéo até que todo 0 liquido se esgote. Deixe escapar os va- pores até que a presso do aparelho atinja a pressio atmostérita, Feche a valvula de drena- gem. CUIDADO: Deve-se dispér de meios de exaustéo convenientes para remover do ambi- ente os liquidos e vapéres durante téda a ope- rag NOTA 1 — Se for necessdrio, para facili- tar a transferéncia da amostra, tanto durante @ purga quanto durante a amostragem, abre completamente a valvula de drenagem, estan- do fechada a valvula de entrada e deixe a amostra evaporar até que o aparelho esfrie abaixo da temperatura da amostra. 5.2.2 — Amostragem Retorne o aparelho, agora contendo sd- mente vapéres, & sta posicio normal e abra a valvula de admisséo. To logo @ presséio no aparelho se iguale & da fonte de amostragem, abra momentaneamente a vélvula de drena- gem. Se nao aparecer liquido imediatamente repita a operacdo de purga. Se aparecer liqui- do, feche imediatamente a vélvula de drena- gem ea valvula de admissao, nesta ordem, Feche a valvula da fonte de amostra e desco- necte a linha de amostragem. Feche imediata- mente a vélvula entre as duas cémaras ¢ abra a valvula de admiss4o com 0 aparelho em po- sigo normal. Feche a valvula de admissio logo que no escape mais liquido e, imediata- mente, abra a valvula entre as duas cimaras. CUIDADO: Antes dessa operagéo a ca- mara maior esta chela de liquido; qualquer aquecimento no aparelho pode provocar ex- panséo do liquido e possivel rutura; € neces- sdrio prosseguir com o ensaio tio ripidamen- te quanto possivel, 5.2.3 — Determinacdo da pressio de va- por Inverta o apatelho e agite-o vigorosa- mente. Repita a operacio de agitagao. Retor- ne-o & posigdo normal e imerja-o no banho de agua. Deve-se imergir o aparetho intelramen- te, inclusive 0 topo da vélvula de drenagem. Durante a determinagdo da pressio de va- por mantenha a temperatura constante em 37,8 + 01°C determinada pelo termémetro no banho de Agua. Observe vazamentos no aparelho, enquanto imerso no banho de agua. Interrompa o ensaio se notar vazamen- to. Depois de deixar o aparelho no banho du- yante 5 minutos, retire-o, inverta-o, agite-o vir gorosamente e retorne-o ao banho. Execute a operacéo rapidamente para evitar resfria- mento do cilindro ou do seu contetido. 5.2.4 — Repita o procedimento anterior com intervalos néio menores que dois minutos. Antes de cada remog&o do aparelho do banho, faca a leitura manométrica (uma leve batida no medidor poderd auxiliar na indicago cor- reta da pressda). Se obtiver trés leituras su- cessivas iguais, 0 que se d geralmente apés 20 a 20 minutos, anote a pressio lida como “pressio de vapor do G.L.P. néo corrigida” 5.2.5 — Sem remover 0 manémetro do aparelho de pressdo de vapor, compare a “pres- so de vapor néo corrigida” com a presséo em um outro mandmetro préviamente calibrado. Esta comparacdo pode ser efetuada ligando-se o manémetro calibrado a valvula de drena- gem e abrindo-a em seguida, Anote qualquer correcéo assim determinada como “correcéo do manémetro” —2- @ MB - 205, Pressdo de Vapor de Gases Liqueteitos de Petrdleo 6 — CALCULO 6.1 — Faca a correciio da “pressio de vapor no corrigida’” do G.L.P, de acérdo com o item 5.2.5 para obter @ pressiio corrigida ®). 6.2 — Converta P, para a condigao nor- mal de pressio pela formula: P,=Pi— (760-P) (1,32) 104 P, = pressio de vapor do GLP em kgi/em* P, = presséo de vapor corrigida P = pressio atmosférica em mm Hg 7 — RESULTADOS 7.1 — A presséo de vapor obtida (P,) deve ser expressa em kgi/em? a 37,8°C. 7.2 — Os resultados déste ensaio sio comparaveis aos do método ASTM D-1267/55. 8 — PRECISAO 8.1 — Repetibilidade ‘A diferenga entre os resultados em du- plicata, obtidos pelo mesmo operador, néo de- vera exceder de 0,025kgf/em* + 0,5% da mé- aia 8.2 — Reprodutibitidade A diferenca entre os resultados obtidos por operadores diferentes nao deverd exceder de 0,05 kgi/em* + 0,5% da média, APENDICE A.1 — Bomba de Presséo de Vapor Sera constituida por duas eémaras de ago inoxidavel: uma superior com um volume de 80% do total do conjunto, e outra inferior, com 20%. Estas camaras obedecerio acs re- quisitos seguintes: A.1.1— 4 cémara maior (80% de capa- cidade) sera cilindrica com 50 + 3mm de dia- metro interno ¢ 254 = 3mm de comprimento yout dean Teeicis So eacawo do F1G.1-APARELMO PARA DETERMINAGEO ‘A PRESSAO DE VAPOR DO GLP interno, com as superficies internas (no senti- do longitudinal) ligeiramente inclinadas para permitir melhor drenagem quando a bomba for mantida em posic&o vertical. Uma das ex- tremidades da camara seré munida de uma junta de, no minimo, 5mm de diametro in- terno, que far conexao (fig. 1 E) com a val- vula de drenagem de 6mm, A outra extremi- dade apresentaré uma abertura de 19mm de diametro para conexdo das duas cdmaras, De- ver-se-d ter especial culdado em evitar que essas jungdes impecam a perfeita drenagem das cémaras, A.1.2 — Sistema de vélvula de drenagem A valvula de drenagem de 6mm (fig. 1 D) serd ajustada lateralmente a junta de co- nexdo (fig. 1 E). Esta junta de conexao tera um diametro interno minimo de 5mm; sua Ci OY Pressio de Vapor de Gases Liquefeitos de Petréleo 1970 MB - 205, extremidade inferior sera roscada para rece- ber a cimara maior e # extremidade superior também, a fim de adaptar-se & conexao de 6.3mm do manémetro (fig 1 H). A.1.3—A cémara menor (20% de capa- cidade) seré cilindrica com diametro interno de 50 4: 3 mm e um comprimento interno tal que a razio dos volumes das cémaras maior € menor esteja entre 3,95 e 4,05 (Nota A.1) ‘A extremidade superior da cémara menor seré conectada a uma vélvula de passagem reta (fig. 1G) por intermédio de um orificio de 19mm de didmetro. A passagem da valvula nao deveré apresentar um diametro interno inferior a 14mm. A parede inferior da camara se ajustaré a uma conexo cilindriea rosca- da lateralmente para receber uma valvula de admissio de 6,3mm (fig. 1 F) NOTA 1 — Na determinag&o da capacida de do apareiho deve-se considerar como volu- me da cimara de 20% de capacidade o espaco abaixo de valvula de passagem reta. © volume acima desta vélvula, incluindo a porgéo da conexio com a camara de capacidade de 80%, deve ser computada como volume da camara maior, A.1.4 — Método de acoplamento das c- maras de 80% e 20% de capacidade — Qual- quer meio de conexao poderd ser utilizado des- de que a montagem nao apresente vazamento nas condigdes do ensaio. A.1.5 — Ensaio hidrostatico — As céma- ras montadas devem ter garantia do fabrican- te para suportar pressio hidrostatica de 70 kgf/cm? sem deformacdo permanente. A.1.6 — Ensaio para veriticagio de vaza- mento — Antes de colocar em uso um apare- tho névo e téda vez que necessério, deve-se ve- rificar se hé vazamento no aparelho de pres- so de vapor, enchendo-o de ar, gas natural, nitrogénio ou outro gas similar, A presso de 35 kgf/cm? e imergindo-o completamente em Agua, $6 deverdo ser usados aparelhos apro- vados nésse ensaio. A.2 — Manémetro Seré do tipo Bourdon, de preciso, com um diametro de 100 a 140mm (fig. 1 A). O medidor deveré abranger uma faixa que en- globe a pressdo de vapor do produto em en- saio de acérdo com a tabela I, Serdo usados tmicamente medidores cuja curva no apre- sente em nenhum dos seus pontos, diferengas superiores a 2% dos valores reais, Os medido- res que ultrapassarem esta porcentagem sero considerados imprecisos. A.3 — Banho de Agua Possuiré dimensées tais que permitam manter 0 cilindro em posi¢ao vertical com a valvula de drenagem abaixo do nivel da agua. A temperatura do banho seré de 37,8 = 0,1°C. A.4 — Termémetro Sera usado o termémetro IBP 18C, G | @y Presséo de Vapor de Gases Liquefeitos de Petréleo 1970 MB - 205 TABELA | Presso de vapor a 37,8 °C Faixa, kgf/em? (Ib/pol2) | Intervalo numerado até 6 Kgt/em2 {90 tb/pol2) Oat (a 100) ‘acima de 6 kat/emz (80 tb/pol2) OaltT (0a 250) ‘kgf/cm2 (Ib/pol2) O5 oy 10 (25) Graduac&o intermediaria kgf/cm? (Ib/pol) 0,025 (0,5) 0,05 = (1,0) e COMISSAO DE LABORATORIO Tomaram parte na elaboragdo déste metodo os seguintes membros da Comissio de Laboratério do TBP: Henrique José Kerbel (Coordenador) Antonio Claret Campos Antonio Palmeira Dellyo de Almeida Alvares Jacy Palmeira José Arthur Mota Vieira Paulo Patrocinio Samir -Aride Sérgio Maurmo William Scott — TEXACO BRASIL S/A (PRODUTOS DE PETROLEO) — REFINARIA DUQUE DE CAXIAS REDUC/PETROBRAS, — REFINARIA DE PETROLEOS DE MANGUINHOS S/A — SOCIEDADE TECNICA E INDUSTRIAL DE LUBRIFI- CANTES SOLUTEC 8/A — CONSELHO NACIONAL DO PETROLEO. — REFINARIA DE PETROLEO UNIAO S/A — REFINARIA PRESIDENTE BERNARDES RPBC/PE- TROBRAS — SHELL BRASIL 8/A (PETROLEO) — COMPANHIA ATLANTIC DE PETROLEO — INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLOGICAS aig

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