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Materiais de

Moldagem
Siliconas
Prof. Dr. Élvio Luís Ramos Vieira
Especialista em Ortodontia, Saúde Coletiva e das Famílias e em Ciências Forenses
Mestre em Perícias Forenses
Doutor em Odontologia – Odontopediatria
Este módulo será composto por três aulas:
Aula 1- Introdução e conceitos :
Alginato e Gessos
Aula 2 - Siliconas de adição e Siliconas de
condensação
Aula 3 - Polissulfetos e Poliéteres
Ao final de cada aula deste módulo,você
deverá:
 Identificar corretamente os materiais de
moldagem estudados.

 Manipular corretamente os materiais de moldagem


estudados.
 Manusear os materiais de moldagem de acordo com
as normas da biossegurança.
A moldagem...
é um passo importante para o
sucesso do tratamento reabilitador!

por esta razão...


deve ser a mais exata possível pois,
maior será a precisão do trabalho realizado!

em prótese...
as siliconas são os materiais de
moldagem mais utilizados!
São à base de borracha sintética (elastômeros)

São classificadas em:

 Siliconas de adição

 Siliconas de condensação
Siliconas– Apresentação
 Silicona densa ou base pesada: consistência espessa,
com elevada quantidade de carga, embalado em potes.
Também pode apresentar um ativador e um
catalisador. Empregado na técnica de dois tempos,
juntamente com a silicona de baixa viscosidade.

 Silicona de baixa viscosidade ou pasta fluida:


Apresentada em diferentes consistências, com
diferença de fluidez. Regular, leve ou ultra-leve.
Também pode apresentar um ativador e um
catalisador.

 Catalisador: Ativador da reação de polimerização.


Pode ser pasta ou líquido.
Siliconas – Apresentação
 Mistura manual

Manipulação e espatulação:
realizadas pelo profissional conforme as orientações do fabricante

Desvantagem: Maior chance de proporcionar e manipular


inadequadamente o material = Maior chance de erros ou falhas

 Automistura

Disponível nas consistências de baixa viscosidade. Dispensa a


manipulação e a espatulação, pois a mistura do material é realizada
pela ativação do êmbolo da pistola

Vantagem: Proporcionamento e manipulação sem chance de erros ou


falhas
Mistura manual - Silicona de condensação - sem uso de luvas de látex

Colher dosadora cheia = 01 medida Foram usadas três medidas...

Dose do catalisador segundo o fabricante Homogeneizar a massa e o catalisador


Moldagem dupla
Preparar a mistura para inserção
na moldeira

Moldagem obtida
Mistura manual - Silicona de condensação – Uso de luvas de látex

Proporcionamento base pesada – Colher dosadora totalmente preenchida = 01 porção

Utilizaram-se 04 porções... Logo...

A quantidade da pasta catalisadora = 04 medidas do diâmetro da colher dosadora.


Mistura manual da massa densa com o catalisador

Aspecto liso e uniforme sem marcas de pasta


Molde obtido
catalisadora colocação na moldeira
ATENÇÃO:
Silicona de Adição –
Manipulação base pesada sem luvas
de látex
Silicona de Condensação –
Manipulação da base pesada pode
ser com ou sem luvas de látex
Manipulação da pasta fluida

Pastas de comprimentos iguais Manipulação das pastas

Espatulação das pastas


Inserção do material na seringa
Seringas para elastômeros
Manipulação da pasta fluida

Pelo sistema de automistura:

►dois tubos acoplados, paralelos


entre si, com saída única por uma
ponteira espiralada internamente,
onde as pastas se misturam de forma
homogênea

►Um êmbolo de comando único


pressiona as pastas contidas nos
tubos
Manipulação da pasta fluida

O sistema automistura permite:


Proporcionamento correto das pastas fluidas ou de baixa
viscosidade

Diminui consideravelmente a inclusão de bolhas de ar à mistura

O material ao passar pela ponteira em espiral já está pronto


para ser levado ao dente preparado e à moldeira
 SILICONAS DE ADIÇÃO
(polivinilsiloxano)

INDICAÇÃO
APRESENTAÇÃO
TÉCNICAS DE MOLDAGEM
VANTAGENS/DESVANTAGENS
Silicona de Adição – Apresentação
 Silicona denso ou base pesada: consistência espessa,
com elevada quantidade de carga, embalado em potes
contendo catalisador e em outro pote,o ativador.
Empregado na técnica de dois tempos, juntamente
com o Silicona de baixa viscosidade

 Silicona de baixa viscosidade ou pasta fluida:


Apresentada em diferentes consistências, com
diferença de fluidez. Regular, leve ou ultra-leve.
Também apresenta um ativador e um catalisador

 Adesivo: Para ser usado na moldeira individual. Pode


ou não acompanhar o kit. Depende do fabricante.

 Ponta misturadora: Pode ou não acompanhar o kit de


silicona. Depende do fabricante. Serve para
automistura
Silicona de Adição - Indicações
Moldagens na seguintes situações clínicas:
coroas
inlays
onlays
pontes
prótese parcial removível
implantes Silicona de adição – Fabricante 3M
Silicona de adição – Fabricante Dentsply

Ponta
misturadora

Pastas Massa densa


fluidas ou base pesada
(catalisador e (Catalisador e ativador)
ativador)
Adesivo para moldeira Colheres
individual dosadoras
Silicona de adição – outras marcas comerciais
 Técnica a dois tempos ou moldagem dupla
 Técnica a um só tempo

Técnicas de Moldagem
Técnica de Moldagem
Fonte:
http://www.dentsply.com.br/isotst/imgcatalogo/clinical3_aquasildent%C3%ADstica.pdf

Alívio das áreas retentivas na moldagem.

Base leve na moldagem aliviada


Molde com base leve e pesada

Atentem para a riqueza de detalhes do molde e do modelo de gesso!!!


Manipulação e inserção da massa
densa na moldeira selecionada Pastas fluidas base e catalisadora nos
tubos para adaptar na pistola

Inserção da pasta fluida na moldeira Inserção da pasta fluida ne dente


selecionada
Inserção da pasta fluida ne dente

Molde obtido
Moldagem simultânea
com pastas fluidas de
diferentes
consistências

CASO 1
Moldeira parcial – permite registro
simultâneo das áres superior e
inferior a serem moldadas

Pasta fluida em toda a extensão


da moldeira parcial
Inserção da pasta fluida no dente
preparado

Molde obtido
Registros simultâneos das arcadas superior e inferior!!!
Moldagem
simultânea com
massa densa e pasta
fluida
Caso 2
Insira a base pesada após manipulada na moldeira selecionada A pasta fluida é inserida na moldeira e no dente preparado

A pasta fluida é inserida na moldeira e no dente preparado Molde obtido. Observar a reprodução da área moldada
SILICONA DE ADIÇÃO

Vantagens x Desvantagens

Vazamento após 30 minutos


até 07 dias
SILICONA DE ADIÇÃO

Vantagens x Desvantagen s

Exige proporcionamento exato das medidas


entre as pastas para evitar bolhas negativas
no modelo de gesso
SILICONA DE ADIÇÃO

Vantagem x Desvantagem

Permite duplo
vazamento
SILICONA DE ADIÇÃO

Vantagens x Desvantagen s

Não permite utilizar luvas de látex na


manipulação!!!
 SILICONAS DE CONDENSAÇÃO
(polissiloxano)

INDICAÇÃO
APRESENTAÇÃO
TÉCNICA DE MOLDAGEM
VANTAGENS/DESVANTAGENS
Indicações

 Moldagens de preparos dentais, próteses


parciais removíveis e totais
 Menor fidelidade de cópia quando comparada
à silicona de adição
Silicona por Condensação
 Apresentação:
Massa densa ou
pasta base;
Pasta fluida ou
Baixa viscosidade
Catalisador
Apresentação comercial
 Técnica a dois tempos ou moldagem dupla
 Técnica a um só tempo

Técnicas de Moldagem
Técnica de Moldagem
Técnica de Moldagem em dois tempos
Sequência clínica:
Seleção das moldeiras
Seleção do material de moldagem
Afastamento gengival com fio retrator
Instrumental para afastamento gengival
1 – Sugador de saliva, espelho bucal,
pinça, explorador
2 – Rolos de algodão, bolinhas de algodão
3 – Tesoura
4 – Instrumento para inserção de fio
retrator
5 – Porta-agulha
6 – Compressas de gaze
7 – Pote dappen
8 – Hemostático
9 – Fio retrator
Colocação do fio retrator para afastamento gengival
Técnica a dois tempos ou moldagem dupla
Material - Silicona de Condensação
 1º passo – Dosagem e manipulação da
massa densa (pasta densa) e da pasta
catalisadora:

 2º passo – Dosagem e manipulação as


pasta de baixa viscosidade e pasta
catalisadora:

ATENÇÃO: Seguir sempre as instruções do


fabricante!!!
Proporcionamento base pesada – Colher dosadora totalmente preenchida = 01 porção

Utilizaram-se 04 porções... Logo...

A quantidade da pasta catalisadora = 04 medidas do diâmetro da colher dosadora.


Mistura manual da massa densa com o catalisador

Aspecto liso e uniforme sem marcas de pasta


Molde obtido
catalisadora colocação na moldeira
Técnica a dois tempos ou moldagem dupla
Material – Silicona de Condensação
 1º passo – Dosagem e manipulação da
massa densa (pasta densa) e da pasta
catalisadora:

 2º passo – Dosagem e manipulação as


pasta de baixa viscosidade e pasta
catalisadora:

ATENÇÃO: Seguir sempre as instruções do


fabricante!!!
Proporcionamento e manipulação pasta fluida
Comprimentos iguais das pastas Aspecto da mistura inicial das pastas
fluidas base e catalisadora base e catalisadora

Lembrete: Manipulação manual da pasta fluida exige seringa de moldagem para inserção
do material

Aspecto da mistura final entre as pastas Parte da mistura é colocada na moldeira


base e catalisadora e parte, na seringa para moldagem
Moldagem
simultânea com
massa densa e pasta
fluida
Mesma sequência clínica realizada para a
silicona de adição
SILICONA DE CONDENSAÇÃO

Vantagens x Desvantagens

Menor custo
SILICONA DE CONDENSAÇÃO

Vantagens x Desvantagen s

Aguardar 15 minutos para vazamento para evitar


distorções devido a formação do subproduto
álcool etílico
SILICONA DE CONDENSAÇÃO

Vantagens x Desvantagen s

Permite uma única vazagem


Controle de Infecção e Biossegurança

 A prática da odontologia abrange uma grande


variedade de procedimentos. Estes procedimentos
geralmente implicam contato com secreções da
cavidade oral, como saliva, sangue, secreções orais,
secreções respiratórias e aerossóis. Isto pode
resultar na transmissão de infecções, tanto de
paciente para paciente, como dos profissionais para
pacientes ou dos pacientes para os profissionais.

 O uso de procedimentos de controle efetivo de


infecção e a utilização das normas de precauções
universais, no consultório e no laboratório dentário,
pode com certeza, prevenir infecção cruzada entre
dentistas, auxiliares, protéticos e pacientes.
Controle de Infecção e Biossegurança
Desinfecção das siliconas
 Imersão - solução de glutaraldeído a 2,0% por 10
min.

Nome comercial: Cidex®; Glutaron®, Glutacid®; Glutalabor®;


Microcide®

 Imersão - em ácido peracético 0,2% por 10 min.

Nome comercial: Cidex PA*®; Sterilife®; Proxitane®


*em associação com peróxido de hidrogênio.

Ministério da Saúde, 2000; Juchen et al., 2006


 ACD Auxiliar de Consultório Dentário. William Nivio dos Santos e Juan
Luis Coimbra. Rio de Janeiro, Livraria e Editora Rubio, 2004.
 Materiais Dentários. Ralph W. Phillips. Editora Guanabara, 1998.
 Materiais Dentários Restauradores. Craig, R.G.e Powers,J.M.
11 ed. São Paulo: Santos, 2004.
 Ministério da Saúde:
sna.saude.gov.br/legisla/legisla/inf_h/GM_P930_92inf_h.doc
 Ministério da Saúde. Controle de Infecções e a Prática Odontológica em
Tempos de AIDS. Manual de Conduta. Brasília, 2000.[pdf
 Juchen, Cristiane de Oliveira et al. Influência da imersão no
desinfetante ácido peracético sobre a estabilidade dimensional e tensão
superficial de siliconas.Rev. Fac. Odontol. Univ. Passo Fundo;11(1):69-72,
2006.

Acesse rede : www.cih.com.br/desinfetantes.htm


www.youtube.com/watch?v=0zXv4rM4vHI
www.youtube.com/watch?v=zMXiipbWsQ8&feature=related

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