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CONFEITARIA
PROFISSIONAL
CONFEITARIA BRASILEIRA
CONTEMPORÂNEA
© Senac-SP 2009
Gerência de Desenvolvimento
Roland Anton Zottele
Coordenação Técnica
Gisela Redoschi Martins de Souza Brandão
Apoio Técnico
Rodrigo Aguiar Barraldi
Revisão Técnica
Samara Trevisan Coelho
Edição e Produção
Virtual Diagramação
CONFEITARIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA
2009
A Arte da Confeitaria Profissional - Confeitaria Brasileira Contemporânea
SUMÁRIO
O DOCE NO BRASIL / 8
BOLOS / 11
QUITANDAS / 12
DOCES DE TABULEIRO / 13
CARDÁPIO ORIENTATIVO / 39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS / 40
A CANA-DE-AÇÚCAR E UM POUCO DE
HISTÓRIA
A palavra açúcar tem a sua origem primitiva no sânscrito “sharkara” que significa grão ou
areia grossa tendo chegado à língua portuguesa provavelmente do árabe “al zukkar”. É
um carboidrato natural da cana “saccharum officinarum” do sudeste asiático.
Na Europa o açúcar era consumido por reis e nobres que a adquiriam de mercadores
monopolistas, os quais mantinham relações comerciais com o Oriente, a fonte de abas-
tecimento do produto. Por ser fonte de energia para o organismo, os médicos forne-
ciam açúcar em grãos para a recuperação ou alívio dos moribundos. Da botica o açúcar
passa sem demora para as mesas reais onde a sobremesa se transforma numa presença
constante nas refeições.
Portugal já contava nesses idos com uma tradição do açúcar à mesa, nascida nos Con-
ventos ou Mosteiros, a maior parte deles fundados por reis e príncipes (para além dos
instituídos por autoridades clericais). Eram por eles dotados de foros, mercês e padroados
que lhes garantiam subsistência abastada e farta, até 1834, data da extinção das ordens
religiosas em Portugal.
Os conventos acolhiam nas suas Regras as filhas da nobreza e das famílias mais ricas que,
além dos seus dotes de importantes rendas, traziam consigo hábitos de alimentação e
receitas familiares que deram origem a requintadas preparações gastronômicas e a doçaria
rica, por vezes complicada.
Durante cerca de setecentos anos, este saber foi-se acumulando e evoluindo com novos
ingredientes, mil-e-uma experiências e a longa prática das monjas que lhes dedicavam
intermináveis horas de trabalho, paciência e devoção, desafiando invejas e mascarando o
seu inevitável amor-próprio pela obra bem conseguida.
No Renascimento a Europa rumava para uma nova fase histórica com a ascensão do
comércio, entre outras atividades. O comércio era feito por vias marítimas, pois os se-
nhores feudais cobravam altos tributos pelos comboios que passavam pelas suas terras
ou, simplesmente, incentivavam o saque de mercadorias. Portugal, por sua posição geo-
gráfica, era passagem obrigatória para as naus carregadas de mercadorias. Isso estimulou
a introdução da cana-de-açúcar na Ilha da Madeira (Portugal), que foi o laboratório para
a cultura de cana e de produção de açúcar que mais tarde se expandiria com a descober-
ta da América.
O DOCE NO BRASIL
Nas casas-grandes o açúcar era sinal de opulência como pode ser observado nos cardá-
pios das festas de engenhos com quase cem diferentes doces. Mesmo no dia-a-dia não
faltava goiabada, doce de banana, de abóbora, cocada e bolos que eram consumidos em
diferentes horas do dia. Conta a história, que a nossa primeira sobremesa aculturada foi
comida em Olinda, nos engenhos Salvador e Nossa Senhora da Ajuda, pelas gentes de
Duarte Coelho e Jerônimo de Albuquerque: mel de engenho com farinha de mandioca.
Conta a história que as freiras dos conventos engomavam os seus hábitos com as claras
de ovos e utilizavam as gemas para fazer doces que deixavam todos com água na boca.
Isto explicaria a existência de muitos doces brasileiros com nomes seráficos: papos-de-
anjo, manjar-do-céu, entre outros.
Contudo, quando se fala na rica doçaria nacional, a importância do trabalho escravo não
pode ser ignorada. ...”Sem a escravidão não se explica o desenvolvimento no Brasil de uma
arte de doce, de uma técnica de confeitaria, de uma estética de mesa, de sobremesa e de
tabuleiro, tão cheias de complicações e até de sutilezas e exigindo tanto vagar, tanto lazer,
tanta demora, tanto trabalho no preparo e no enfeite de doces, dos bolos, dos pratos, das
toalhas, das mesas. Só o grande lazer das sinhás ricas e o trabalho fácil das negras e das
molecas explicam as exigências de certas receitas das antigas famílias das casas-grandes e
dos sobrados”( Gilberto Freyre).
A cultura doceira herdada por nós dos portugueses só pôde sobreviver graças às negras
escravas que faziam os doces, ensinadas por suas sinhás; afinal, certas delícias requeriam
um tempo de preparo tão grande que só os negros, com sua força, conseguiam suportar.
Mas, se tudo isso acontecia nas regiões Nordeste e Sudeste, onde a cana-de-açúcar se
adaptou bem, a região Sul do país não ficou atrás na confecção de doces. Os gaúchos
compravam o açúcar das regiões produtoras, uma vez que o seu era pouco e ruim, haja
vista o mate amargo, o chimarrão gaúcho, hábito que se lhe inveterou mais por necessi-
dade do que por gosto.
O colono do sul, que a princípio era agricultor, logo virou campeiro. A carne e o couro
logo tomaram a querência e a cana-de-açúcar que se plantava era pouca, o açúcar escu-
ro e áspero, mascavo brabo, de má catadura e de sabor suspeito. Mas, de procedência
açoriana, o colono sempre foi um apreciador e consumidor de doces, requisitos indis-
pensáveis para importar açúcar bom e fino da Bahia, de Pernambuco e até do Espírito
Santo.
A boa fama doceira da região sul do Brasil começou, provavelmente, com o pé-de-
moleque, o bolinho de coalhada de Viamão e Barra do Ribeiro, com os sonhos de Rio
Pardo, com o pudim da roça (de arroz), e logo foi firmada com os puxa-puxas de São
Leopoldo, as balas de guaco e de mocotó (indicadas para o peito) e as de mel-de-pau
(para tosse).
Mas é de Pelotas, especialmente de imigrantes do Aveiro ao sul do Rio Douro, que chega
a memória e o patrimônio dos doces portugueses para se instalar no Brasil. Os cardápios
são celebrados com fios de ovos, fatias de Braga, ninhos, pastéis de Santa Clara e bem-
casados, cuja confecção é propiciada pelo açúcar trocado pelo charque que era exporta-
do para Pernambuco como alimento dos escravos. Mais tarde essa vocação abraça tam-
bém os doces do norte, do nordeste e de todo o Brasil, além dos doces alemães, ga-
nhando a alcunha de Capital do Doce. A queijadinha, o doce de coco, a goiabada, as
tochas e os pastéis de Santa Clara convivem harmoniosamente com as cucas, as tortas
de amêndoas e os fandequeques nas inúmeras confeitarias pelotenses.
Os doces se integraram de tal forma a nossa cultura que, como nos lembra Gilberto
Freyre, passaram até mesmo a representar nossos mais íntimos sentimentos em relação
aos amores de nossas vidas, carinhosamente chamados por alcunhas como “doce de
coco”, “manjar”, “docinho” ou a referências como “ela é um doce de pessoa”.
Nessa doce história de amor do brasileiro por tudo o que vem do açúcar, algumas delíci-
as permanecem campeãs nas preferências. Uma delas, de acordo com Freyre, é o
tradicionalíssimo pão-de-ló e outras são as compotas de frutas, que surgiram por aqui já
nas primeiras décadas da colonização. Mas é claro que outras invenções também arreba-
tam os paladares. Machado de Assis, por exemplo, era louco por doce de coco. D.
Pedro II dava tudo por um doce de figo e Rui Barbosa por um de batata. Já o ex-presiden-
te Juscelino Kubitschek se derramava todo por uma baba-de-moça enquanto Roberto
Carlos e Chico Buarque de Hollanda gostam mesmo é de um bom doce de abóbora.
Assis Chateaubriand não só gostava de rapadura como também servia o doce nos re-
quintados jantares que oferecia quando foi embaixador do Brasil na Inglaterra. Afinal,
quem disse que a pompa de Londres não tinha um lugarzinho para a rapadura brasileira?
BOLOS
O bolo na vida lusitana sempre teve uma importante função social. Era a saudação mais
profunda, significativa e insubstituível. Representava a solidariedade humana, figurando
nas comemorações de noivado, casamento, nascimento e aniversário, nas visitas aos
doentes, convalescentes e famílias enlutadas. Assim parece ter sido o gesto que os por-
tugueses tiveram para com os gentios do Brasil ao oferecer-lhes os fartes.
Mais valorizadas ainda eram aquelas senhoras capazes de desenvolver uma receita pró-
pria que ficava restrita à família, guardadas como tesouros. E muitos surgiram: Bolo Luís
Felipe, Pudim de Gabinete, Bolo Iaiá Alves, Bolo Yolanda, Bolo Souza Leão, etc.
Assim como os doces portugueses que vieram para o Brasil, os nomes dos bolos eram
batizados com nomes de intenção amorosa, de fantasias e de sátiras, tais como espera-
marido, busca-marido, engorda-marido, bolo-de-beata, bolinho de estudante, brevidades,
agarradinho, sonho, bem-casado, suspiro, olho-de-sogra, entre tantos outros.
QUITANDAS
Este termo, muito utilizado no interior dos estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso e
Minas Gerais sempre referiu-se a preparações de bolos, biscoitos e pães preparados de
maneira caseira. Em Minas Gerais ganha aplicação maior para tudo o que acompanha um
bom café, incluindo aí as broinhas, os sequilhos, as brevidades, e principalmente o pão-
de-queijo, preparado desde o século XVIII.
Preparadas pelas negras da casa, uma vez que cabia às senhoras o preparo dos bolos e
sobremesas, com o tempo as quitandas ganharam as ruas através das “quitandeiras”,
negras forras ou mulheres que viviam de fazê-las para sobreviver. Bolinhos de tapioca,
docinhos de coco, pudins de inhame, bolos de fubá, biscoitos de polvilho, curaus de
milho, sequilhos de araruta entre outros, ganharam fama nas mãos das quitandeiras que
só no século XX passaram a utilizar a farinha de trigo.
DOCES DE TABULEIRO
Tabuleiro com toalha branca, os bolos e doces colocados em fileiras, os que melam,
longe dos secos. Primeira venda sempre a dinheiro, para não atrasar. Dinheiro chama
dinheiro.
Os doces de tabuleiro sempre foram no Brasil uma constante etnográfica, a indicar de-
mocratização e parece atravessar o tempo ganhando espaço até hoje em todas as cida-
des brasileiras. Doces que se consagraram como doces de tabuleiro:
Tapioca: tipáca, apertado, espremido. De goma, seca ou com leite de coco e açúcar
branco. Ambos os tipos envolvidos em folhas de bananeira. Há uma abundante referên-
cia nos cronistas coloniais. Lógico que o indígena criador da tapioca, nunca utilizara o
açúcar nem a canela, decorativa e saborosa. Uma modificação do mestiço brasileiro é a
tapioca de coco, leite do coco, sem açúcar. É prato do almoço sertanejo e, outrora,
indispensável nas cidades do norte, pela manhã e na ceia.
Canjica: canji, mole, acanji, grão mole cozido. A primeira comida-de-milho. No norte é
uma papa de milho verde, leve, substancial, enfeitada com desenhos de canela. Confun-
dida no sul com o mungunzá ou mugunzá, com ou sem carne, de origem africana, comi-
da diária para a escravaria que trabalhava nos eitos dos canaviais. Os sertanejos comem
o mugunzá com carne de gado ou carneiro.
Alfenim: al-fenie, do árabe, valendo o-que-é-branco, alvo. Massa de açúcar branco, uma
das gulodices orientais. Em Portugal, já era popularíssima em fins do século XV e princí-
pios do XVI. Citado em Gil Vicente, Jorge Ferreira e Antônio Preste. Era um doce fino,
sem as complicações portuguesas e brasileiras, onde tomou formas humanas, de ani-
mais, flores, objetos de uso, vasos, cachimbos, estrelas. Sempre com pequeninos dese-
nhos vermelhos. É açúcar e água, apenas. Passa-se gosma nas mãos na hora de puxar o
fio no ponto do alfenim. De sua fragilidade e mimo restou a comparação melindroso como
alfenim. Pertenceu à doçaria dos conventos, ofertado nos outeiros e nas festas de rece-
bimento nas grades, nos abadessados portugueses no século XVIII.
Doce seco: a casca e a farinha de mandioca, fina, feito angu, seca, com outra porção de
farinha para abrir o ponto. A espécie, recheio, é feita de farinha de mandioca, sessada em
peneira fina, gengibre, argelim, castanha de caju, pimenta-do-reino, cravo, erva-doce,
mel de rapadura. É um dos doces típicos na Noite de Festa, Dia do Natal, São João, São
Pedro, Ano-Novo.
Beijos: coco ralado, açúcar, ovos. A graça especial é a variedade dos invólucros. Perten-
ceu à doçaria dos conventos fidalgos de Portugal.
Cuscuz: do árabe, iguaria de milho, de arroz, etc. Também de goma de mandioca, para
nós, brasileiros. De goma, leva açúcar. Há leite de coco, prendendo a massa e dando
sabor. Às vezes põem-se açúcar nesse leite. Era o pão nosso cotidiano para funcionários
públicos e caixeiros do comércio provinciano, até a primeira década do século XX, pelas
terras amáveis do nordeste. O pão era para gente mais dinheirosa (quem trouxe o cuscuz
para o Brasil foi o negro africano).
Suspiro: clara de ovo, açúcar branco, pingos de limão. Doce de grades, freirático, ro-
mântico, sentimental. No Brasil há de muitos volumes, até enormes, obstinadamente
ótimos. Merengues na Espanha.
Cocada: nome copyright by Portugal. Doce de coco com rapadura, ponto grosso. Coca-
da-escura, cocada-de-moleque, bruta, dando sede, fazendo divina toda água. O mais
popular de todos os doces populares do nordeste.
Rolete de Cana: estes são os doces de tabuleiro para público mirim e guaçu, ao lado do
mole e doce, próprio para dentadura de elefante.
Outros: toras de abacaxi, garapa de cana, xaropes de frutas com água gelada (capilé),
pirulito (água, açúcar e corante geralmente confeccionado na forma de cones e chupe-
tas).
Além do açúcar refinado e cristal, a rapadura, alimento processado à base de açúcar não
purgado, ou de mascavado não coagulado, além do mel de engenho, conhecido também
como melado (obtido da concentração do caldo-de-açúcar), compõem o universo da
base do doce no Brasil proporcionando texturas, cores e sabores específicos.
Cereais: arroz (in natura e em fécula), milho (in natura, em féculas e farinhas), trigo (em
farinha).
Leguminosas: amendoim.
Outros: água de flor (de rosa e de laranja), leite condensado, bicarbonato, chocolate, sal
amoníaco, cremor de tártaro, queijos, vinho do Porto, banha de porco.
Norte – cocada, doce de espécie (cocada sobre massa de farinha de trigo), Monteiro
Lopes (biscoitos de farinha de trigo e chocolate), doce de cupuaçu, doce de buriti, doce
de graviola, doce de murici, creme de banana pacovã, bolo de guaraná, pudim de farinha
de tapioca, manjar de tapioca, creme de bacuri, torta de açaí, pudim de cará, bolo de
pupunha, torta de cupuaçu com queijo meia-cura, doce de leite com rapadura, doce de
limãozinho do Piauí, sorvetes e licores de frutas.
ra, goiabada, doce de frutas em compota (figo, goiaba, banana, cidra, marmelo, mamão,
laranja, abacaxi), doce de ovos queimados, doces cristalizados de frutas, ambrosia, bom-
bocado, pudim de milho verde, curau, pamonha, paçoca de banana da terra com coco,
machacota (rapadura, gengibre e farinha de mandioca), muxá (canjiquinha, açúcar e coco),
quitandas mineiras (sequilhos, broinhas, bolinhos fritos, biscoitos). Licores de frutas, de
leite e amendoim.
Sul – cuca, aletria, sagu com vinho, pudim de pinhão, arroz doce, doce de marmelo,
papo-de-anjo, pudim Getúlio Vargas (abacaxi com coco), esquecidos, pudim de pão, so-
nhos, doces da doçaria portuguesa como pastéis de Santa Clara, fatias de Braga, ovos
moles com nozes, camafeu, bem-casados, doces da confeitaria européia, frutas em com-
potas, doces cristalizados, em geleiadas e em massa.
Modo de preparo
• Bata bem todos os ingredientes no liquidificador.
• Leve para cozinhar em uma panela alta mexendo sem parar até empelotar. Assim
que empelotar pare de mexer e reduza o fogo.
• Mantenha a fervura baixa por 1 hora.
AMOR EM PEDAÇOS
Massa
Recheio
Para polvilhar
Modo de preparo
Massa
• Misture a manteiga, o açúcar, o ovo, o fermento em pó e acrescente a farinha de
trigo até obter uma massa não muito seca.
• Abra a massa com o rolo e divida em duas partes. Coloque uma parte da massa em
uma assadeira untada e distribua o recheio frio. Cubra com a outra metade da massa
e leve para assar a 180°C.
• Espere esfriar, corte em quadrados e passe cada um no açúcar misturado com a
canela em pó.
Recheio
• Leve para cozinhar o abacaxi, o coco ralado, o açúcar, a manteiga e os ovos inteiros
mexendo sempre até secar o caldo.
ARROZ DOCE
Modo de preparo
• Cozinhe o arroz na água com a pitada de sal e a canela em fogo alto. Quando a água
quase secar acrescente o leite e o açúcar. Volte ao fogo brando e cozinhe sempre
mexendo.
• Dissolva as gemas em um pouquinho de água e junte um pouco do arroz cozido para
temperar.
• Despeje na panela que está no fogo e mexa bem. Cozinhe mais um pouco e retire.
Pulverize com canela em pó.
BANANADA
Modo de preparo
• Corte as bananas ao meio, cozinhe e passe por uma peneira (ou pelo processador)
para ficar uma “massa”. Pese essa massa e reserve.
• Prepare uma calda grossa e escura com a canela e o cravo: para cada kg de massa,
use ½ kg de açúcar (vá colocando de vez em quando umas colheres (sopa) de água).
Junte a massa de bananas, misture e cozinhe mexendo sempre até que se solte do
fundo da panela.
• O melhor modo de verificar o ponto é retirar um pouco do doce na ponta de uma
faca e bater a faca nas costas da mão: se a bananada “se soltar” da faca, está pronta.
BOLO DE ROLO
Massa
Recheio
Modo de preparo
• Bata bem a manteiga com o açúcar e depois junte 1 a 1 os ovos inteiros sempre
batendo.
• Por último adicione a farinha de trigo. Divida a massa e espalhe-a bem fina em um
silpat formando um retângulo.
• Leve para assar em forno médio pré-aquecido por cerca de 3 minutos (não deixe a
massa ressecar). Retire do forno e vire a massa sobre um guardanapo polvilhado
com açúcar. Espalhe imediatamente a goiabada com um pincel cobrindo toda a mas-
sa. Enrole em rocambole e reserve.
• Faça o mesmo com a outra metade da massa: retire-a, vire-a sobre o guardanapo e
espalhe a goiabada. Pegue o 1º rocambole e coloque-o sobre essa massa enrolando-
a. Pulverize no final com o açúcar.
BOMBOCADO MINEIRO
Modo de preparo
• Bata bem os ovos e acrescente aos poucos os demais ingredientes. (não esquecer de
mexer).
• Coloque em forminhas de empadas bem untadas com manteiga e leve para assar.
• Desenforme ainda quente e passe cada bombocado pelo açúcar refinado.
COCADA MOLE
Modo de preparo
• Faça uma calda em ponto de fio grosso com o açúcar, a água, o cravo e a canela.
• Acrescente o coco e deixe ferver por cerca de 10 minutos.
• Adicione a manteiga e deixe esfriar.
• Acrescente as gemas e leve de novo ao fogo brando, mexendo delicadamente até
engrossar (cerca de 10 minutos).
Modo de preparo
• Limpe bem as espigas dos “cabelinhos de milho”; lave e corte os grãos bem rentes ao
sabugo.
• Processe os grãos com a metade do leite por cerca de 2 minutos. Coe em uma
peneira fina e leve para cozinhar com o restante do leite, o açúcar e a manteiga em
fogo alto.
• Assim que engrossar junte o sal e abaixe o fogo cozinhando por cerca de 15 minutos,
mexendo sempre. Despeje o curau em um recipiente e polvilhe com a canela em pó.
CUSCUZ DE TAPIOCA
Modo de preparo
• Misture o açúcar com o leite frio e acrescente à tapioca mexendo bem.
• Adicione à tapioca a metade do coco com o sal.
• Mexa e deixe repousar por 5 minutos.
• Em seguida acrescente o leite fervendo sobre a mistura, sempre mexendo. Transfira
para um recipiente e cubra com um filme deixando repousar por 15 minutos. Após
cubra a superfície com o restante do coco e aguarde até esfriar para servir. Regue
com o leite condensado.
MANJAR BRANCO
Modo de preparo
• Separe 240g de leite frio e desmanche o amido de milho.
• Leve o restante do leite com o açúcar para ferver. Junte o leite de coco, o coco
ralado e a baunilha. Ferva e depois, com o fogo baixo vá acrescentando e mexendo
bem a mistura de leite com o amido até engrossar.
• Cozinhe e despeje em uma forma molhada com água para pudim. Espere esfriar e
leve para gelar por cerca de 2 horas. Desenforme e sirva com a calda de ameixas.
PAPOS DE ANJO
Massa
Calda
Modo de preparo
• Bata muito bem as gemas passadas por uma peneira por pelo menos 10 minutos, até
obter um creme fofo e esbranquiçado.
• Leve para assar em forminhas para empadas, untadas com manteiga. Asse a 190°C
até que dourem ligeiramente.
• Espere que fiquem mornos para colocar dentro da calda quente.
• Para preparar a calda: acrescente a água, o açúcar e os cravos em uma panela.
Leve ao fogo até formar o ponto de fio.
PAVÊ DE CUPUAÇÚ
Para o creme
Geléia
Cobertura
Modo de preparo
• Umedeça as bolachas no leite e reserve.
• Para fazer o creme misture o leite condensado, o leite, a polpa de cupuaçu, o amido
e as gemas.
• Leve ao fogo sempre mexendo até produzir um creme consistente.
• Faça uma geléia com a polpa de cupuaçu e o açúcar.
• Para a cobertura bata o creme de leite em ponto de pico.
• Montagem em camadas: bolachas, creme, geléia e castanha. Cubra com o creme
de leite batido salpicando com o restante das castanhas.
PUDIM DE QUEIJO
Modo de preparo
• Bata os ovos com o açúcar acrescentando alternadamente a farinha e o leite.
• Acrescente por último o queijo ralado.
• Asse em banho-Maria em forma caramelizada.
Baba de Moça
Modo de preparo
• Ferva o leite e despeje sobre a tapioca deixando de molho por 1 hora (mexer duran-
te esse período).
• Solte a massa de tapioca e acrescente os demais ingredientes, misturando bem. Leve
para assar em forma caramelizada, em banho-maria a 170°C, até dourar.
• Deixe esfriar bem para desenformar. Sirva com a baba-de-moça.
• Para a baba-de-moça: misture bem a água e o açúcar e leve ao fogo até o ponto de
bala mole. Tire do fogo, acrescente o leite de coco e misture bem. Deixe esfriar.
Acrescente as gemas e leve ao fogo brando mexendo sempre até engrossar e cozi-
nhar as gemas sem deixar ferver.
QUINDINS DE IAIÁ
Modo de preparo
• Misture o coco com o açúcar e deixe descansar por 10 minutos.
• Derreta a manteiga e misture as gemas passadas por peneira fina. Acrescente a mis-
tura de coco e açúcar mexendo bem.
• Deixe descansar por mais 30 minutos.
• Coloque a massa para assar em forminhas untadas com manteiga e polvilhadas com
açúcar: banho Maria a 180°C por cerca de 25 minutos. Desenforme ainda morno.
Modo de preparo
• Cozinhe bem a abóbora com o açúcar e a água mexendo sempre para não grudar.
• Deixe esfriar e acrescente o leite. Bata no liquidificador.
• Adicione o coco ralado, a segunda medida de açúcar e por último a clara batida.
Misture novamente e leve para congelar.
Massa
Recheio e cobertura
Modo de preparo
• Bata as claras em neve e acrescente as gemas. Acrescente o açúcar aos poucos ba-
tendo.
• Por último adicione as farinhas, as castanhas e o fermento. Asse a 180°C em forma
untada e enfarinhada com farinha de rosca.
• Para o recheio e a cobertura: bata bem a manteiga com o açúcar; acrescente a
baunilha e o cacau e bata mais até produzir um creme liso. Acrescente as claras e
bata mais até homogeneizar bem.
• Montagem: Divida a massa e regue-a com a mistura de leite e rum. Aplique o re-
cheio e depois cubra salpicando finalmente com as lâminas de castanha.
TOUCINHO DO CÉU
Modo de preparo
• Escalde as amêndoas e retire a pele.
• Faça uma calda em ponto de fio com a água e o açúcar, e acrescente as amêndoas
moídas e a manteiga. Deixe ferver por 5 minutos.
• Deixe esfriar um pouco. Bata bem as gemas passadas por peneira fina e adicione-as à
mistura anterior.
• Leve novamente ao fogo sem parar de mexer até que a mistura se solte das paredes
da panela.
• Retire do fogo e deixe esfriar.
• Bata a clara em neve e misture com o creme de amêndoas. Leve para assar a 180°C
em forma untada com manteiga durante 40 minutos. Desenforme e deixe esfriar
para polvilhar o açúcar de confeiteiro e a canela em pó.
CARDÁPIO ORIENTATIVO
1. Picadinho de filé com farofa, banana crocante, pastéis de queijo, ovo caipira, arroz e
feijão.
2. Filhote com aspargos verdes e purê de batata doce ao azeite de trufas.
3. Arrumadinho (carne seca desfiada, purê de abóbora, mandioquinha palha e couve
temperada com fio de azeite extra virgem ao aroma de alho.
4. Costelinhas de porco assadas com seu molho e arroz de pinhão com queijo pecorino.
5. Frango ao molho de jabuticaba com purê de mandioquinha e ervilhas tortas.
6. Bobó de camarão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTONIL, André João - Cultura e opulência do Brasil, Salvador, Progresso Editora, 1950.
CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro, (2a. ed.) Rio de Janeiro,
Instituto Nacional do Livro, 1962.
FREYRE, Gilberto. Açúcar (2a. ed.), Rio de Janeiro, Ministério da Indústria e do Comér-
cio, 1969.
KOSTER, Henri - Viagem ao Nordeste do Brasil. Trad. e notas de Luís da Câmara Cascudo,
São Paulo, Companhia Editôra Nacional, RJ, 1942.
MAIOR, Mário Solto. Antologia Pernambucana de Folclore. Recife: Fundaj, 1988, 345p.2v.
Realizado em co-autoria com Waldemar Valente.
MATOGROSSO, Tânia Mara de. A cozinha mato-grossense. São Paulo: Ed. Melhora-
mentos,1996.
R.C.M. O cozinheiro imperial (adaptação de Vera Sandroni). São Paulo: ED.Best Seller,
1996.
SAMPAIO, Iracema. Mani-oca, Delícia Brasileira – Campo Grande, MS – Ed. Saber, 2005
SAVARIN, A. Brillat - Fisiologia del gusto. Traducion del frances por el Conde de Rodalquilar.
Notas prologares por Emiliano M. Aguilera, Barcelona, Artes Gráficas Salvat, 1953