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SÓCIOS:

Instituto da Potassa e do Fosfato (EUA)


INFORMAÇÕES
AGRONÔMICAS
Instituto da Potassa e do Fosfato (Canadá)

DIRETOR:
T. Yamada
N0 91 SETEMBRO/00

COMO MELHORAR A EFICIÊNCIA DA


ADUBAÇÃO NITROGENADA DO MILHO?
Tsuioshi Yamada1
Silvia Regina Stipp e Abdalla2

1. INTRODUÇÃO
Veja neste número:

O
nitrogênio é considerado um dos maiores fatores
de produção responsáveis pelo aumento da produ-
tividade e da proteína dos grãos de milho. O estu- Dessecação da soja para antecipação
do da sua dinâmica em ecossistemas agrícolas e naturais tem des- do plantio da safrinha ........................................... 6
pertado um crescente interesse devido ao aumento na demanda
por alimentos e fibras, determinado pela rápida expansão da po- Épocas de semeadura e densidade de
pulação mundial. plantas de soja ....................................................... 9
Por ser um elemento muito dinâmico no solo e sujeito a
grandes perdas, principalmente na forma gasosa, torna-se essen- Dobra a área de plantio direto em São Paulo ... 11
cial o seu manejo eficiente.
Serviços agropecuários gratuitos on line ......... 12

2. FORMAS ABSORVIDAS Convivendo com a acidez do solo ..................... 16

O nitrogênio é o único, entre os nutrientes minerais, que


pode ser absorvido pelas plantas em duas formas distintas, tanto
na de ânion NO3- como na de cátion NH4+. Sabe-se, em relação às
formas dos adubos, que o milho prefere os fertilizantes hi- com BELOW (1995), embora o aumento no suprimento de NH4+
drossolúveis, sendo que o íon amônio (NH4+) é utilizado preferen- nos solos possa melhorar a performance da planta, numerosas es-
cialmente nos primeiros estádios de desenvolvimento e o íon ni- pécies têm mostrado absorver mais N e crescer mais rapidamente
trato (NO3-) nos estádios finais (WARNCKE & BARBER, 1973). quando supridas com misturas de NO3- e NH4+ que quando aduba-
Como o N-NH4 é muito menos sujeito a perdas por lixivia- das somente com NO3-. Estudando plantas de milho em condições
ção ou desnitrificação que o N-NO3-, diferenças nas proporções hidropônicas, onde as formas de N puderam ser controladas, ele
dos adubos nitrogenados contendo N nas formas NO3- ou NH4+ obteve maior produtividade (de 10 a 14%) quando elas foram cul-
podem ter importantes implicações no manejo do N. De acordo tivadas com misturas de formas de N do que quando com NO3-
somente (Tabela 1).
Este aumento de produtividade induzido pela mistura de
formas de N se deu devido à maior produção de grãos por planta,
1
Engenheiro Agrônomo, M.S., Doutor, Diretor da POTAFOS. principalmente devido à diminuição do abortamento de grãos no
2
Engenheira Agrônoma, M.S., POTAFOS. topo da espiga (Foto 1).

POTAFOS - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA PESQUISA DA POTASSA E DO FOSFATO


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INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 91 – SETEMBRO/2000 1


Milho
Tabela 1. Efeito da forma de N sobre a produtividade e sobre parâ- centração do íon hidrogênio. A faixa ótima de pH para a nitrificação
metros fisiológicos de crescimento do milho em cultivo varia de 6,6 a 8,0 e, em geral, ela diminui abaixo de pH 6,0 e
hidropônico. Média de todos os híbridos avaliados no perío- torna-se negligível abaixo de pH 4,5 (PAUL & CLARK, 1996).
do de seis anos (BELOW, 2000).
Nitrato/Amônio
Parâmetros 3. PERDAS DE NITROGÊNIO
100/0 50/50
Produtividade (t/ha) 12,3 13,8 O balanço do nitrogênio no sistema solo-planta-atmosfera
o
Número de grãos (n /planta) 652 737 é dado pela diferença entre ganhos e perdas no sistema, conforme
ilustrado na Figura 1. As perdas ocorrem através de remoção pe-
Absorção de N pela planta (kg/ha) 279 343
las culturas, erosão, volatilização, imobilização biológica e
lixiviação.

mineralização da
N do adubo matéria orgânica
fixação (20 kg) (2-6%) N nas
biológica chuvas
(até 500 kg) (4-8 kg)
+ +
N mineral
NH4+ + NO3–
– –
lixiviação erosão
(» 5%) (40-150 kg)

extração pelas perdas imobilização


culturas gasosas biológica
(10-300 kg) (10-80%) (25-30%)

Figura 1. Adições e perdas de N mineral do solo.


Foto 1. Efeito da forma de nitrogênio sobre o desenvolvimento da
espiga em plantas de milho cultivadas sob condições hidro-
pônicas. Note que as plantas com mistura de N exibem me- Do nitrogênio total na superfície dos solos agrícolas, mais
lhor desenvolvimento de grãos no topo da espiga (BELOW, de 90% encontram-se em combinações orgânicas. Enquanto per-
2000). manece nesta forma, o N está relativamente seguro das perdas,
exceto por erosão, que atualmente, com a adoção de práticas
Tais resultados mostram um efeito fisiológico direto da for- conservacionistas do solo, é bem controlada. Entretanto, este es-
ma de N sobre o desenvolvimento da espiga, uma vez que ambos toque de N-orgânico está sujeito ao processo de mineralização,
os tratamentos presumivelmente têm mais que o adequado supri- sendo convertido em amônia (NH3) e esta, posteriormente, pelo
mento de N disponível para as plantas. Estes resultados também processo da nitrificação, transformada em nitrito (NO2-) e nitrato
foram obtidos em campo (SMICIKLAS & BELOW, 1992), e su- (NO3-).
gerem que as plantas de milho acumulam mais N quando supri- Em geral, pensa-se que a principal perda de N do solo seja
das com uma mistura de formas de N e, portanto, são incapazes de por lixiviação, e assim, para evitá-la, recomenda-se o parcelamento
absorver N suficiente para produtividade máxima quando forne- da adubação. De fato, esta perda é pequena. REICHARDT et al.
cido basicamente como NO3-. (1982), estudando dados de vários autores, concluem que perdas
Uma maneira de se evitar a rápida passagem do nitrogênio por lixiviação não constituem problema com aplicações da ordem
da forma amoniacal para a forma nítrica é o manejo do pH para de 90 kg de N/ha. Nas condições tropicais estas perdas são da
valores ao redor de 5,5. Como cita ALEXANDER (1965), por ordem de 4,5 g de N por milímetro de chuva (Tabela 2), ou seja,
razões ainda desconhecidas, a oxidação do nitrogênio destaca-se de 5% do aplicado com 1.000 mm de chuva.
entre os processos biológicos no solo pela sua sensibilidade à con- Na verdade, as principais perdas de N ocorrem:

Tabela 2. Perdas típicas de N por lixiviação sob condições tropicais (REICHARDT et al., 1982).

Autores Solo Cultura Período Dose de N N lixiviado N lixiviado do fertilizante Pluviosidade


(dias) (kg/ha) - - - - - - - - - - - (kg N/ha) - - - - - - - - - - (mm)

Libardi & Reichardt Alfisol Feijão 120 120 6,7 - 661


Meirelles et al. Alfisol Feijão 365 100 15,0 1,4 1.382
Reichardt et al. Oxisol Milho 130 80 9,2 0,4 717
Araújo Silva Alfisol Milho 150 100 32,4 11,0 620
Urquiaga Alfisol Feijão 86 42 - 0,8 403
Média 88,4 15,8 3,4 757

2 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 91 – SETEMBRO/2000


Milho
• Na forma de gases (10-80% de perdas), que são libera- N/ha), 23% permaneu no solo na camada de 0-90 cm (14 kg N/
dos na atmosfera, ocasionadas por volatilização da amô- ha) e o restante foi perdido por outros processos.
nia e por desnitrificação – redução dissimilatória realiza-
da por espécies de bactérias encontradas no solo capazes 4. COMO EVITAR PERDAS POR VOLATILIZAÇÃO
de reduzir nitrato em nitrito em gases nitrogenados (NO,
N2O, N2), e • Incorporação da uréia em profundidade: a profundida-
• Por imobilização biológica (25-30%), com a diminuição de de incorporação necessária para redução ou eliminação das per-
da disponibilidade de N na solução do solo, principal- das depende das características do solo como textura, densidade,
mente no sistema plantio direto. CTC, conteúdo de matéria orgânica, etc., porém, para a maioria
dos solos está entre 5 e 10 cm (HARGROVE, 1988).
LARA CABEZAS & YAMADA (1999) registraram per- Resultados de anos diferentes de pesquisa em plantio dire-
das de N por volatilização da uréia acima de 30% em plantio con- to mostram que quando a uréia é deixada na superfície da palha as
vencional (aplicação superficial no solo) e acima de 70% em plantio perdas de N por volatilização podem ser superiores a 40%, mes-
direto (aplicação na superfície da palha), em Latossolo Vermelho mo com irrigação posterior à adubação, para favorecer sua incor-
Amarelo (arenoso) e Latossolo Vermelho Escuro, numa mesma poração. Enquanto a resposta estimada para a aplicação de
safra agrícola (95/96) (Figuras 2 e 3). uréia em superfície é de 1.250 sacos de milho adicionais para
100 ha, a simples incorporação aumenta esta resposta para
2.400 sacos. Em moeda corrente, descontando as despesas com os
custos do adubo e da aplicação, o lucro líquido em 100 ha aumen-
ta de R$ 1.864,50 para R$ 9.155,10, ou seja, aumento de 27%
para 120% apenas com a incorporação da uréia (LARA CABEZAS
& YAMADA, 1999). Assim, é realmente um péssimo negócio
aplicar a uréia sem sua incorporação ao solo.
• Mistura de uréia e cloreto de potássio na forma líqui-
da: além da formação de um composto mais estável (NH4Cl), há a
interação N x K, que reflete positivamente no aumento do rendi-
mento. Em experimento de RAPPAPORT & AXLEY (1984) obser-
vou-se que com a aplicação de solução com partes iguais de uréia
e cloreto de potássio reduziu-se as perdas de N por volatilização
de 42% (sem KCl) a 5% na cultura de milho.
• Mistura de uréia e sulfato de amônio: em trabalho com-
parando seis fontes nitrogenadas observou-se tendência de meno-
Figura 2. Perdas acumuladas de cinco fontes nitrogenadas de cober- res perdas de NH3 para sulfnitro (60% de N-uréia + 40% de N-
tura em plantio convencional. sulfato de amônio) em relação a outro sulfnitro (80% de N-uréia e
20% de N-sulfato de amônio) e a quatro tipos de uréia de diferen-
tes tamanhos de grânulos (LARA CABEZAS et al., 1989).

5. ADUBAÇÃO NITROGENADA DO MILHO


O fertilizante aplicado ao solo é, também, envolvido nas
várias reações do N no solo. Por isso, na prática, é muito difícil
determinar a quantidade exata de N que o milho necessita para
atingir a produção máxima econômica, pois sua disponibilidade
no solo é um processo dinâmico e varia com as mudanças no teor
de umidade e temperatura do solo, tipo de fertilizante, ocorrência
de doenças, pragas e plantas daninhas e práticas de manejo da
cultura. Assim, as recomendações de adubação são sempre uma
aproximação.
Sob condições de campo, sabe-se que a recuperação do N-
fertilizante pela cultura raramente é mais de 50%.
A aplicação do fertilizante altera a quantidade de nitrogê-
nio disponível, favorecendo a mineralização da matéria orgânica
Figura 3. Perdas acumuladas de cinco fontes nitrogenadas de cober-
existente no solo (MALAVOLTA, 1976), com conseqüente aumento
tura em plantio direto.
do N disponível para as plantas.
O N é importante no estádio inicial de desenvolvimento da
Resultados obtidos por COELHO (1987) para o balanço do planta (2a semana após a emergência), quando ela está com quatro
nitrogênio na cultura do milho em um Latossolo Vermelho-Escu- folhas totalmente desdobradas, pois esta é a fase em que o sistema
ro fase cerrado também indicaram baixa perda de N por lixiviação, radicular, em desenvolvimento, já mostra considerável porcenta-
correspondendo a 4% (2 kg N/ha) do total aplicado (60 kg N/ha) gem de pêlos absorventes e ramificações diferenciadas, e a adição
na forma de uréia, sendo que 56% foi absorvido pela planta (34 kg de N estimula sua proliferação, com conseqüente desenvolvimen-

INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 91 – SETEMBRO/2000 3


Milho
to da parte aérea. Também neste estádio tem início o processo de cobertura. Note-se que toda a cobertura nitrogenada foi feita
diferenciação floral, o qual origina os primórdios da panícula e da no estádio V4 (quatro folhas completamente abertas).
espiga, bem como define o potencial de produção. Isso implica
Tais fatos concordam com os obtidos por BASSO et al.
na necessidade da disponibilidade de, pelo menos, 30 kg de N/ha
(1998), estudando o manejo do N no milho cultivado em sucessão
de forma a não limitar esse evento fisiológico considerado (Iowa
a plantas de cobertura de solo no inverno, no sistema plantio dire-
State University, 1993, citado por FANCELLI, 1997).
to, visando aumentar a disponibilidade de N nos estádios iniciais
O Departamento Técnico da Pioneer Sementes Ltda. (Ge- de desenvolvimento do milho. Ele observou que quando se apli-
raldo Davanzo, Maurício Kobiraki e Luiz Eduardo Salgado), em cou 60-30-30 kg N/ha em pré-semeadura, semeadura e cober-
Londrina-PR, tem feito muitas pesquisas com adubação tura, respectivamente, ou seja, 90% do N total recomendado
nitrogenada comparando o efeito de doses aplicadas no plantio e aplicado até a semeadura, obteve-se o maior rendimento de
em cobertura, assim como respostas ao balanço N/K (comunica- grãos de milho, comparado ao manejo tradicional (semeadura
ção pessoal). No estudo da eficiência do N aplicado na base (plan- + cobertura) (Tabela 3). Isso mostra uma maior eficiência na uti-
tio) e em cobertura, com os híbridos P3081 e P3027, no ano agrí- lização do N quando se aumenta sua disponibilidade no desenvol-
cola 1996/97, observaram que os melhores resultados foram obti- vimento inicial do milho. Com esses dados observa-se que pode
dos com a aplicação de 40 kg de N/ha no plantio e 80 kg de N/ha ser viável tecnicamente a aplicação total ou parcial do N reco-
em cobertura (Figura 4). mendado em pré-semeadura e semeadura.
O ano agrícola 1996/97 foi caracterizado por pesadas chu-
vas no mês de janeiro, o que possivelmente fez com que parte da 6. NITROGÊNIO NA SAFRINHA
adubação nitrogenada aplicada toda no plantio fosse lixiviada e
tivesse menor produção que a adubação parcelada. Já no ano agrí- Além do retorno financeiro, a safrinha dá ao agricultor os
cola 1995/96, com melhor distribuição de chuva, não houve prati- benefícios agronômicos de uma rotação de cultura: aumento da
camente grande diferença entre a adubação toda no plantio com- palhada, fundamental para a manutenção do sistema de plantio
parada com 40 kg de N/ha no plantio mais 80 kg de N/ha em direto, e controle de pragas e doenças da lavoura de verão. E foi

Figura 4. Eficiência de N na adubação de base (plantio) e em cobertura na cultura do milho [Fonte: Geraldo Davanzo, Maurício Kobiraki e
Luiz Eduardo Salgado, Departamento Técnico, Pioneer Sementes Ltda., Londrina-PR, Fone (043) 399-5433].

Tabela 3. Rendimento de grãos de milho em sucessão a plantas de cobertura de solo no inverno e diferentes manejos de nitrogênio. DS/UFSM,
Santa Maria-RS (BASSO et al., 1998).
Plantas de cobertura de solo no inverno
Manejo de N (kg/ha)1
Aveia preta Aveia preta + ervilhaca Nabo forrageiro Média
-1
PS SEM COB - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - kg ha - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
00 00 00 5.616 6.639 6.017 6.091 b
00 30 90 6.804 7.122 6.984 6.970 b
30 30 60 6.867 6.786 6.767 6.807 b
60 30 30 7.756 7.450 7.229 7.478 a
90 30 00 7.230 7.567 6.853 7.216 ab
Média 6.855 A 7.113 A 6.770 A
1
PS = pré-semeadura, SEM = semeadura, COB = cobertura.
CV% = 6,7. Letras maiúsculas na linha comparam sistema de culturas de inverno para cobertura de solo e minúsculas na coluna comparam tratamentos.

4 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 91 – SETEMBRO/2000


Milho
justamente em conseqüência do sistema plantio direto na palha • Produtividades da ordem de 9 a 10 t/ha têm sido obtidas
que a safrinha chegou à Região Centro-Oeste, onde começou a com o uso de 40 kg de N/ha aplicados no plantio mais 80-120 kg
ganhar força por volta de 1992 (PIMENTEL, 1999). Na adubação de N/ha em cobertura, no máximo até o estádio V4 (quatro folhas
para esta região, a colocação de P e K na base continua normal, o completamente abertas), uma tecnologia de fácil adoção prática.
que muda durante a safrinha é a quantidade de N, que deve ser de
100 a 150% maior em relação à quantidade usada no período da
• O milho safrinha mostra resposta positiva principalmen-
safra principal. A cobertura também deve ser antecipada. Aconse- te ao N aplicado no plantio. Assim, com 80 kg de N na forma de
lha-se que esta seja feita já na base ou entre 10 a 15 dias após a uréia, aplicados no sulco de semeadura, o milho chegou a produ-
semeadura, dependendo do caso. O resultado dessa mudanças é a zir 43% a mais que a testemunha.
elevação da produtividade, que tem aumentado razoavelmente nos
últimos anos. Atualmente, o rendimento da produção está em tor- 7. LITERATURA CITADA
no de 60 a 90 sacas/ha. Na safra normal a produtividade é de 120
a 140 sacas/ha. ALEXANDER, M. Nitrification. In: BARTHOLOMEW, W.V.; CLARK, F.E.
Segundo YAMADA (1997), é muito comum os agriculto- (eds.) Soil nitrogen. Madison: American Society of Agronomy Inc., 1965.
p.307-342.
res usarem o adubo que sobrou do plantio da soja na adubação do
milho safrinha. As formulações empregadas para soja, como 00- BASSO, C.J.; CERETTA, C.A.; MARCOLAN, A.L.; DURIGON, R. Manejo
20-20 ou 00-25-25, não têm nitrogênio e servem obviamente como do nitrogênio no milho cultivado em sucessão a plantas de cobertura de
fonte de P e K. Mas, em geral, o nitrogênio é o nutriente mais solo no inverno, no sistema plantio direto. In: REUNIÃO BRASILEIRA
DE FERTILIDADE DO SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS, 23.,
limitante na cultura do milho, principalmente no sistema de plan- Caxambu, 1998. Resumos... Lavras: UFLA, SBCS, SBM, 1998. p.145.
tio direto. Assim, caso o agricultor queira utilizar o adubo que
sobrou da cultura da soja para adubar o milho, é preciso que ele BELOW, F.E. Physiology, nutrition, and nitrogen fertilization of corn in the
United States. In: SIMPÓSIO SOBRE FISIOLOGIA, NUTRIÇÃO, ADU-
enriqueça a formulação com nitrogênio. Dar preferência ao N BAÇÃO E MANEJO PARA PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL DE CITROS,
aplicado no plantio, pois o déficit hídrico, comum no caso da Piracicaba, 2000. Anais... Piracicaba: POTAFOS, 2000. (CD-room)
cultura de milho safrinha, poderá reduzir o efeito do N aplica-
COELHO, A.M. Balanço de nitrogênio (15N) na cultura do milho (Zea mays,
do em cobertura.
L.) em um Latossolo Vermelho-Escuro fase cerrado. Lavras, 1987. 142p.
Na Tabela 4 encontram-se os resultados obtidos por BROCH Tese (Mestrado) – Escola Superior de Agricultura de Lavras.
& FERNANDES (comunicação pessoal) em resposta aos produ- FANCELLI, A.L. Cultura do milho: a importância da tecnologia. Informa-
tos utilizados na adubação de plantio do milho safrinha. Observa- ções Agronômicas, n.78, junho/97. p.4-6.
se que a aplicação de 80 kg de N/ha como uréia no plantio propor-
HARGROVE, W.L. Soil, environmental, and management factors influencing
cionou um aumento de 43% na produtividade, em relação à teste- ammonia volatilization under field conditions. In: BOCK, B.R. & KISSEL,
munha. D.E. (eds.). Ammonia volatilization from urea fertilizers. Alabama,
NFDC, TVA, 1988. cap.2, p.17-36.
Tabela 4. Produtividade do milho safrinha em relação a doses e pro-
LARA CABEZAS, W.A.R.; YAMADA, T. Uréia aplicada na superfície do solo:
dutos.
um péssimo negócio! Informações Agronômicas, n.86, junho/99. p.9-
Adubação Produtividade 10.

kg N/ha Produto kg/ha % LARA CABEZAS, W.A.R.; TRIVELIN, P.C.O.; BOARETTO, A.E.; MORE-
NO, O.G. Volatilização de amônia de fontes nitrogenadas aplicadas em
80 Uréia 5.812 143 diferentes condições de umidade do solo. In: CONGRESSO BRASILEI-
67 15-15-15 5.471 135 RO DE CIÊNCIAS DO SOLO, 22., Recife, 1989. Resumos... Campinas,
SBCS, 1989. p.165.
40 20-05-20 5.011 124
34 15-15-15 4.771 118 MALAVOLTA, E. Matéria orgânica. In: ______. Manual de Química Agrí-
cola: nutrição de plantas e fertilidade do solo. São Paulo: Cres, 1976.
Testemunha 00-00-00 4.045 100 p.177-256.
Fonte: BROCH, D.L. & FERNANDES, C.H. (comunicação pessoal). PAUL, E.A.; CLARK, F.E. Soil microbiology and biochemistry. San Diego:
Academic Press, 1996. 2.ed. p.194-195.

7. CONCLUSÕES
PIMENTEL, M.S. Milho safrinha: grãos que valem ouro. Panorama Rural,
março 1999. p.18-24.
RAPPAPORT, B.D.; AXLEY, J.H. Potassium chloride for improved urea fertilizer
• Com as doses comumente aplicadas de adubos nitro- efficiency. Soil Science Society of America Journal, v.48, p.399-401,
genados as perdas de nitrogênio por lixiviação são desprezíveis, 1984.
não justificando, pois, os excessivos parcelamentos nitrogenados
REICHARDT, K.; LIBARDI, P.L.; URQUIAGA, S.C. Fate of fertilizer nitrogen
(exceção aos solos arenosos), principalmente os realizados tardia-
in soil-plant systems with emphasis on the tropics. In: INTERNATIONAL
mente. ATOMIC ENERGY AGENCY (ed.). Agrochemicals: fate in food and
the environment. Viena, 1982. p.277-290.
• O fornecimento de N como mistura de NO3- e NH4+ pode
SMICIKLAS, K.D.; BELOW, F.E. Role of nitrogen form in determining yield
aumentar a produtividade de milho.
of field-grown maize. Crop Science, v.32, p.1220-1225, 1992.
• Para uma dada dose de N recomendada, aplicando-se 30 WARNCKE, D.; BARBER, S. Ammonium and nitrate uptake by corn (Zea
a 50 kg de N/ha no plantio, com o restante da dose de N em cober- mays, L.) as influenced by nitrogen concentrations and NH4+/NO3- ratio.
tura, observam-se, em geral, melhores respostas que com a aplica- Agronomy Journal, v.65, p.950-954, 1973.
ção dos tradicionais 10-15 kg de N/ha no plantio e o restante em YAMADA, T. O nitrogênio e o potássio na adubação da cultura do milho.
cobertura. Informações Agronômicas, n.78, junho/97. p.14.

INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 91 – SETEMBRO/2000 5


Soja

DESSECAÇÃO DA SOJA PARA ANTECIPAÇÃO


DO PLANTIO DA SAFRINHA
Edson Pereira Borges1
Paulo Koster Siede2

Por que fazer?

A
tualmente, a propriedade rural tornou-se uma em-
presa produtora de proteína vegetal e animal, logo,
se faz necessário que adotemos técnicas e meios
que permitam antecipar a colheita da soja, realizando em seguida
o plantio de outra cultura, dentro da época propícia a receber mais
chuvas e em condições de plantio livre de invasoras, favorecendo
assim um bom desenvolvimento cultura.

Quando fazer?
Quando a soja completa a sua maturação fisiológica se dá o
maior acúmulo de matéria seca, e a partir daí a cultura só perde
água. Isto ocorre a partir do estádio R 6.5 (escala de estádios de
Ferh & Caviness), onde já não se tem perdas no rendimento.
O mais recomendável é que se faça a dessecação entre os
Foto 1. Folhas de soja mudando de coloração verde intenso para verde
estádios R 6.5 e R 7. Utiliza-se normalmente o estádio R 7, por ser claro ou amarelo.
de mais fácil visualização a campo.

Como identificar o momento da dessecação?


Existem vários parâmetros que podem ser utilizados para
identificar com segurança o momento mais adequado para se fa-
zer a dessecação. Trabalhos realizados pela FUNDAÇÃO MS in-
dicam inclusive a correlação entre umidade de grãos e momento
correto da dessecação.
Dentre os diversos parâmetros, destacam-se os seguintes:
• Grãos de soja com no máximo 58% de umidade.
• Folhas e vagens mudando da coloração verde intenso para Foto 2. Grãos de soja “desmamados”.
verde claro a amarelo (Foto 1).
• Quando, ao abrir a vagem, os grãos estiverem desligados
um do outro (não presos por fibras, “desmamados”) (Fo-
to 2).
• Grãos passando de aspecto esbranquiçado para aspecto
brilhoso (Foto 2).
• Pelo menos uma vagem sadia sobre a haste principal que
tenha atingido a cor de vagem madura, normalmente
amarronzada ou bronzeada (Foto 3).

Benefícios da dessecação
• Uniformidade de maturação;
• Antecipação da colheita;

1
Fonte: Resultado de Pesquisa e Experimentação, Fundação MS, Janeiro/1999.
2
Engo Agro, Pesquisador da Fundação MS, Caixa Postal 105, CEP 79150-000
Maracaju-MS. Fone/fax: (067) 454-2631.
3
Administrador, Pesquisador da Fundação MS. Foto 3. Detalhe mostrando vagem madura sobre a haste principal.

6 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 91 – SETEMBRO/2000


Soja
• Venda antecipada, obtendo melhor preço; • Uso: dessecação para antecipação de colheita ou lavoura
• Capital de giro para aquisição de adubos, sementes, etc; com infestação mista de gramíneas e folhas largas.
• Plantio da cultura subseqüente no limpo;
• Aproveitamento da maior umidade do solo para a safra Ação dos produtos
seguinte; • Ação de contato;
• Melhor resultado na safrinha; • Absorção em 30 minutos (chuvas após a aplicação não
• Dessecação de plantas daninhas adultas; interferem na atividade do produto);
• Eliminação de plantas daninhas jovens; • Sem efeito residual;
• Transporte de grãos de soja sem impurezas. • O uso de Reglone provoca mais rapidamente necrose das
folhas, quando comparado ao Gramoxone, porém, as fo-
Produtos para dessecação lhas demoram mais a se desprender da planta.

Gramoxone + Agral
Antecipação da colheita
• Dose: 1,0 a 1,5 l/ha + 0,1% v.v.
A antecipação da colheita pode variar de 3 a 7 dias, depen-
• Vazão: 150 a 200 l/ha. dendo de:
• Uso: dessecação para antecipação de colheita ou lavoura a) Momento da dessecação (umidade do grão);
com infestação mista predominante de gramíneas. b) Produto utilizado;
• Carência: 7 dias. c) Condições climáticas após a dessecação.
Reglone + Agral
• Dose: 1,0 a 2,0 l/ha + 0,1% v.v. Chuvas após a dessecação
• Vazão: 150 a 200 l/ha. Se ocorrerem dias chuvosos após a dessecação, pode não
• Uso: dessecação para antecipação de colheita ou lavoura haver grande antecipação da colheita. Entretanto, após a chuva
com infestação mista predominante de folhas largas. cessar, a perda de umidade é mais rápida na área dessecada.
Trabalhos têm mostrado que a dessecação não interfere na
Gramoxone + Reglone (+ Agral)
produtividade, na incidência de doenças e na germinação, mesmo
• Dose: 0,75 a 1,0 l/ha de cada produto (+ 0,1% v.v.) que após ela ocorram períodos chuvosos (Figuras 1, 2 e 3) (Fonte:
• Vazão: 150 a 200 l/ha. Sementes Girassol, Sementes Polato, Embrapa CNPAF, 1998).

E s tád io d e aplic aç ão - R 7.2/7.3


60

50

40
S aca s/h a

30

20

10

G ra m oxone - 2,0 l/ha R e glon e - 2,0 l/h a Testem un ha


P ro d u to s a p licad o s co m Ag ra l 0,1 % v/v

Figura 1. Soja dessecada: produtividade após período chuvoso (chu-


vas entre aplicação e colheita = 60-70 mm).

Estád io d e aplicação - R 7 .1 Estád io d e aplicaç ão - R 7.2/7.3


50
In fecção na s em e nte (% )

100
45
90
40
G erm inaç ão (% )

80
35
70
30
60
25
50
20
40
15
30
10
20
5
10
0
Ph om op sis sp. C . kikuchii 0

G ram oxo ne - 2,0 l/ha R e glo ne - 2,0 l/h a Te ste m un ha


G ra m oxone - 2 ,0 l/ha R eg lone - 2,0 l/ha Testem un ha
P ro du tos a p lic ad os co m A gra l 0 ,1% v /v
P ro d u to s a p lica d o s co m A g ra l 0 ,1 % v /v

Figura 2. Soja dessecada: incidência de doenças após período chuvo- Figura 3. Soja dessecada: germinação de sementes após período chu-
so (chuvas entre aplicação e colheita = 60-70 mm). voso (chuvas entre aplicação e colheita = 60-70 mm).

INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 91 – SETEMBRO/2000 7


DIVULGANDO A PESQUISA
irrigation systems where the UAN would be much more diluted.
1. EFFECTS OF LATE-SEASON NITROGEN FERTILIZER
Even when well nodulated, soybean with high yield potencial may
ON IRRIGATED SOYBEAN YIELD AND COMPO-
not be able to take in enough N to achieve maximum yield of high
SITION
quality grain.
WESLEY, T.L.; LAMOND, R.E.; MARTIN, V.L.; DUNCAN,
SUMMARY AND CONCLUSIONS
S.R. Journal of Production Agriculture, v.11, n.3, p.331-
336, 1998. Soybean yields were increased at six of eight sites when
supplemental N was applied at the R3 growth stage. Differences
Even though soybean [Glycine max (L.) Merr.] fixes N from
between N rates were minimal, and N sources performed similarly.
the air, N demand at the R4 to R6 (pod-fill) growth stages of high-
In nearly all cases, 20 lb N/acre was enough to achieve the positive
yielding, high-protein soybean may be greater than the amount of
responses noted in this work. The two nonresponsive sites had
available N with normal farming practices. In Kansas, supple-
yields below 50 bu/acre. Results suggest that soybean with high
mental N has not been recommended on soybean regardless of
yield potential (greater than 55 bu/acre) may not be able to supply
yield level. Research was conducted at eight sites over a 2-yr pe-
the heavy N demand that occurs at pod fill through the N fixation
riod on irrigated soybean to evaluate effects of N rates (0, 20, 40
process. The 11.8% average increase in yield is large enough to
lb/acre) and sources (urea-ammonium nitrate solution [UAN],
make this practive economically viable for producers of high-
ammonium nitrate, urea, urea + N-[n-butyl] thiophosphoric
yielding irrigated soybean. Assuming prices of $ 7/bu for soybean,
triamide NBPT]) on leaf N concentrations, grain yield, and grain
$ 0.30/lb N, and a $ 5/acre application cost, theses results would
protein, and soil concentrations. The NBPT used is a commercially
show a return of $ 48.30/acre for an $ 11/acre investment (at 20 lb
available urease inhibitor. Most N was broadcast but UAN was
N/acre).
applied over the top of the canopy through flat-fan nozzles. All
applications were made at the R3 growth stage. Nitrogen Leaf N concentrations in samples taken 2 to 3 wk after N
concentrations in leaf samples taken 2 to 3 wk after N application application were not affected by N fertilization. Likewise, combined
were unaffected by N fertilization. Soybean yields were increased analysis of all sites revealed that soybean grain protein and oil
significantly by late-season N application at six of eight sites; the concentrations were not consistently affected by late season N
average increase was 6.9 bu/acre or 11.8%. Both of the non- fertilization. Soybean protein and oil concentrations were
responsive sites had yields averaging under 50 bu/acre, whereas significantly increased at some sites, though increases were small.
responsive sites yielded 56 bu/acre or more. Soybean plants at all Nitrogen application consistently increased protein and oil
locations were well nodulated. In most cases, 20 lb N/acre provided production per acre due to yield increases.
positive responses. Late-season N fertilization increased grain Results from this work show that application of N at the
protein and oil concentrations at some sites, but overall combined R3 growth stage will increase soybean yields. These results, coupled
analysis indicated nonsignificant effects. Nitrogen sources with similar results in others states, suggest that public and private
performed similarly. Application of UAN resulted in leaf burn, labs and consultants who make fertilizer recommendations should
which probably reduced yields at the 40 lb N/acre rate. However, reconsider N recommendations for irrigated soybean with high
this would not be a problem for producers applying UAN through yield potential.

Table 1. Effect of late-season N rate and source on irrigated soybean yield.


Grain yield 1
N rate N source
JO 94 JO 95 SN 94 SN 95 RN 94 RN 95 SF 94 SF 95 Avg.
lb/acre - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - bu/acre - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
0 - 64 58 72 57 56 58 35 43 55
20 UAN 70 62 76 62 75 66 39 47 62
40 UAN 65 56 73 60 59 73 37 41 58
20 AN 64 66 78 64 61 71 38 47 61
40 AN 69 66 76 69 61 66 35 44 61
20 Urea 67 63 76 65 69 76 37 48 63
40 Urea 70 69 74 68 67 68 43 51 64
20 Urea + NBPT 64 63 79 65 82 72 41 46 64
40 Urea + NBPT 70 70 83 70 67 67 42 48 65
LSD (0.10) 5 5 7 4 11 9 NS NS 6
N rate means
20 66 64 77 64 72 71 38 47 62
40 69 65 77 67 63 69 39 46 62
LSD (0.10) 2 NS NS 2 7 NS NS NS NS
N source means
UAN 67 59 75 61 67 70 38 44 60
AN 66 66 77 66 61 69 37 46 61
Urea 69 66 75 66 68 72 40 49 63
Urea + NBPT 67 67 81 67 74 69 41 47 64
LSD (0.10) NS 3 NS 3 8 NS NS NS NS
1
NS = nonsignificant.

8 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 91 – SETEMBRO/2000


100 mg kg-1 de N no solo, na forma de sulfato de amônio, proce-
2. BALANÇO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA SÓLIDA dendo-se novamente a incubação dos mesmos por 15 dias, com
E FLUIDA DE COBERTURA NA CULTURA DE MILHO, temperatura controlada a 26ºC. Os teores de nitrato, quantificados
EM SISTEMA PLANTIO DIRETO NO TRIÂNGULO ao término dos 15 dias de incubação, variaram de 6 a 320 mg kg-1
MINEIRO (MG) de solo, sendo significativamente influenciados pela correção da
acidez, de modo que maiores doses de carbonato aplicadas resul-
LARA CABEZAS, W.A.R.; TRIVELIN, P.C.O.; KORN-
taram em aumento nos teores do N nítrico nos solos estudados, à
DÖRFER, G.H.; PEREIRA, S. Revista Brasileira de Ciên-
exceção do latossolo mais arenoso. O acréscimo nos níveis de cál-
cia do Solo, v.24, p.363-376, 2000.
cio e a neutralização do alumínio foram os fatores que mais con-
Foi desenvolvido um experimento com as fontes uréia e tribuíram para o aumento na nitrificação. As maiores quantidades
uran aplicadas superficialmente ou incorporadas (5-7 cm) na co- de nitrato foram observadas nos solos com níveis mais elevados
bertura nitrogenada de milho, no sistema plantio direto, com o de matéria orgânica.
objetivo de efetuar, na colheita, um balanço do N-uréia (15N) e
quantificar as perdas por volatilização de N-NH3 nesses tratamen-
tos, assim como nos adicionais, testemunha e misturas de uréia + 4. ÉPOCAS DE SEMEADURA E DENSIDADE DE PLAN-
KCl (sólida) e uran + KCl (fluida), na formulação 6-0-9 (N-P2O5- TAS DE SOJA: I. COMPONENTES DA PRODUÇÃO E
K2O), aplicadas somente em superfície. Os tratamentos origina- RENDIMENTO DE GRÃOS
ram-se de um fatorial 1 + (2 x 2) + 2, sendo a testemunha + o PEIXOTO, C.P.; CÂMARA, G.M.S.; MARTINS, M.C.;
fatorial 2 x 2 (duas fontes; uréia e uran x duas formas de localiza- MARCHIORI, L.F.S.; GUERZONI, R.A.; MATTIAZZI, P.
ção) + dois tratamentos adicionais, misturas uréia + KCl (sólida) Scientia Agricola, v.57, n.1, p.89-96, 2000.
e uran + KCl (fluida), dispostos em blocos casualizados com qua-
tro repetições. O ensaio foi realizado em Latossolo Vermelho-Es- Avaliou-se o desempenho produtivo de três cultivares de
curo muito argiloso fase cerrado relevo plano, no Centro de Pes- soja, pertencentes a diferentes ciclos de maturação, instalados em
quisa Novartis-Seeds do município de Uberlândia (MG). Cerca épocas de semeadura normal, tardia e safrinha. Cada época cons-
de 100 kg ha-1 de N foram aplicados no estádio fenológico de seis tituiu experimento individual delineado em blocos casualizados
a oito folhas. Após 26 dias da adubação, as perdas acumuladas de num fatorial 3 x 3 (três cultivares: IAC-12, IAC-17, IAC-19; três
N-NH3 nos tratamentos em superfície foram de 54, 41, 17 e 14% densidades de plantas: 10, 20 e 30 plantas.m-1), com três repeti-
do N aplicado, para uréia, uréia + KCl, uran e uran + KCl, res- ções. Os componentes da produção, destinados à avaliação do ren-
pectivamente. Quando a uréia e o uran foram incorporados ao dimento, número total de vagens por planta e número total de
solo, as perdas acumuladas de N-NH3 foram de 5,0 e 3,5% do N grãos por planta, foram determinados em 10 plantas aleatórias na
aplicado, respectivamente. Na colheita, o N da uréia absorvido parcela útil. A massa de 1.000 grãos e o rendimento de grãos
pela planta (raízes + colmos + folhas + grãos) foi de 19,9 kg ha-1 foram determinados com base na população final de plantas na
(20,8% do N aplicado) e de 29,5 kg ha-1 (29,5% do N aplicado), área útil de cada parcela. Conclui-se que: os caracteres componen-
quando aplicado na superfície e incorporado, respectivamente. O tes do rendimento apresentam variações entre eles, com efeito de
N-uréia do uran absorvido pela planta foi de 11,4 kg ha-1 (26,1% compensação, no sentido de uniformizar o rendimento de grãos,
do N aplicado) e de 11,7 kg ha-1 (26,8% do N aplicado), quando entre cultivares, densidades e época de semeadura; o cultivar IAC-
aplicado na superfície ou incorporado, respectivamente. O N da 19 apresenta melhor desempenho para rendimento de grãos em
uréia imobilizado na camada de 0-45 cm de profundidade foi, em época de semeadura safrinha, independente das densidades; a época
média, de 9,9 kg ha-1 (10,0% do N aplicado), da aplicação super- de semeadura é o fator que mais influencia no rendimento de grãos.
ficial ou incorporada, e do N-uréia do uran foi de 3,3 kg ha-1 (7,6%
do N aplicado). O N-mineral no solo derivado do N da uréia e do
N-uréia do uran aplicados na superfície, no perfil de 0-150 cm, 5. PRODUTIVIDADE E TEORES FOLIARES DE NU-
foi, respectivamente, de 2,4 e 3,2%, e de 5,9 e 2,5%, com as fon- TRIENTES NA CULTURA DO FEIJÃO (Phaseolus
tes incorporadas. No balanço global de N, em média, 13,7 e 50,3% vulgaris L.) EM RESPOSTA À APLICAÇÃO FOLIAR
do N da uréia não foram recuperados no sistema solo-planta, res- DE SULFATO DE COBRE, COM OU SEM NEUTRA-
pectivamente, para a aplicação superficial ou incorporada; para o LIZAÇÃO
N-uréia do uran, obtiveram-se, respectivamente, 47,7 e 57,6%.
SCARAMUZZA, J.F.; RIBEIRO, A.C.; CHAGAS, J.M.;
ARAÚJO, G.A.A.; CECON, P.R. Revista Ceres, v.46, n.267,
3. NITRIFICAÇÃO EM AMOSTRAS DE ONZE SOLOS DE p.523-529, 1999.
MINAS GERAIS SOB INFLUÊNCIA DA CORREÇÃO DA Visando estudar o efeito da aplicação foliar de sulfato de
ACIDEZ cobre, com e sem neutralização, sobre feijoeiros, foi conduzido
um experimento em condições de campo, em área da Universida-
SILVA, C.A.; VALE, F.R. do; FERNANDES, L.A. Revista de Federal de Viçosa. O micronutriente Cu foi aplicado em pulve-
Ceres, v.46, n.267, p.457-470, 1999. rização foliar, no ínicio do florescimento, na forma de sulfato de
Avaliou-se, no período de setembro a novembro de 1992, cobre (CuSO4.5H2O), com e sem neutralização nas concentrações
no Departamento de Ciência do Solo da UFLA, a influência da 0; 0,25; 0,50; 0,75; e 1,00%. Foram avaliados a produtividade, o
correção da acidez sobre a nitrificação em amostras de oito solos peso de 100 grãos e os teores foliares de N, P, K, Ca, Mg, B, Cu,
bem drenados e três solos de várzea, coletados no Sul de Minas Fe, Mn e Zn. Pelos resultados obtidos constatou-se que o sulfato
Gerais. Amostras destes solos foram incubadas com quantidades de cobre neutralizado possibilitou a obtenção de resultados mais
crescentes de CaCO3 e MgCO3 por um período de 30 dias, a fim consistentes e superiores aos encontrados com o sem neutralização.
de se obter ampla faixa de variação do pH do solo. Adicionaram- A concentração mais adequada de sulfato de cobre pentaidratado
se a estes materiais de solo, corrigidos ou não com calcário, na solução está em torno de 0,50%.

INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 91 – SETEMBRO/2000 9


6. PROPRIEDADES FÍSICAS E ELETROQUÍMICAS DE 8. QUALIDADES FÍSICA E FISIOLÓGICA DE SEMEN-
UM LATOSSOLO BRUNO AFETADAS PELA CALA- TES DE AMENDOIM SUBMETIDAS A GESSO AGRÍ-
GEM COLA: I. ÁREA COM CALAGEM

ALBUQUERQUE, J.A.; BAYER, C.; ERNANI, P.R.; SPINOLA, M.C.M.; CÍCERO, S.M. Scientia Agricola, v.57,
FONTANA, E.C. Revista Brasileira de Ciência do Solo, n.1, p.113-119, 2000.
v.24, p.295-300, 2000.
O presente trabalho foi conduzido com sementes de amen-
A calagem altera algumas propriedades eletroquímicas em doim (Arachis hypogaea L.), cv. “Tatu”, em blocos casualizados,
solos de carga variável e isso pode afetar a dispersão da argila e a com três repetições. Os tratamentos consistiram de doses de gesso
estabilidade dos agregados. Essa hipótese foi avaliada por meio agrícola (0, 400, 800, 1.200 kg ha-1), épocas de aplicação (semea-
da aplicação de quantidades crescentes de calcário (0, 4,5, 9,0, dura e florescimento) e localização do gesso agrícola (área total e
13,5 e 18,0 t ha-1) num Latossolo Bruno (Haplohumox). O calcário sulcos de semeadura) em área previamente submetida à calagem
foi aplicado em parcelas de campo e incorporado a até 17 cm de (70% de saturação de bases). Foi realizada adubação de semeadu-
profundidade, na primavera de 1992, e as amostras para as deter- ra à base de fósforo (80 kg de P2O5 ha-1) e potássio (30 kg de K2O5
minações deste estudo foram coletadas na primavera de 1997. ha-1). As avaliações da qualidade das sementes foram realizadas
Durante esse período, o solo foi cultivado com milho no verão e por meio de massa de 100 sementes, teste de germinação, testes
permaneceu em pousio no inverno. A calagem aumentou o ponto de vigor (primeira contagem de germinação, envelhecimento ace-
de efeito salino nulo, PESN (R2 = 0,85*), o potencial elétrico ne- lerado, condutividade elétrica, emergência de plântulas em cam-
gativo superficial (R2 = 1,00**) e a argila dispersa em água (R2 = po) e determinação dos macronutrientes contidos nas sementes.
0,93**), diminuiu os teores de matéria orgânica (R2 = 0,83*) e
O gesso agrícola em área calcareada, independentemente
não afetou o diâmetro médio ponderado dos agregados. O aumen-
das doses, épocas e locais de aplicação, não interferiu na qualida-
to do PESN ocorreu, provavelmente, pela diminuição dos teores
de das sementes. A aplicação de gesso agrícola na semeadura pro-
de matéria orgânica. A argila dispersa em água foi positivamente
porcionou um teor de nitrogênio nas sementes superior ao encon-
correlacionada com o potencial elétrico superficial (R2 = 0,93**) e
trado quando aplicado no florescimento. O enxofre elementar pre-
o seu aumento deveu-se, provavelmente, a maior repulsão entre as
sente no gesso agrícola influenciou o teor de potássio nas semen-
partículas do solo em conseqüência do incremento das cargas ne-
tes.
gativas e da espessura da dupla camada elétrica difusa.

7. CALCIUM EFFECTS ON SOYBEAN SEED PRO- 9. ALTERAÇÕES NA FERTILIDADE DO SOLO EM SIS-


DUCTION ELEMENTAL CONCENTRATION, AND TEMAS DE ROTAÇÃO DE CULTURAS EM SEMEADU-
SEED QUALITY RA DIRETA

BURTON, M.G.; LAUER, M.J.; McDONALD, M.B. Crop FRANCHINI, J.C.; BORKERT, C.M.; FERREIRA, M.M.;
Science, v.40, p.476-482, 2000. GAUDÊNCIO, C.A. Revista Brasileira de Ciência do Solo,
v.24, p.459-467, 2000.
Soybean [Glycine max (L.) Merr.] plants produce fewer and
lower quality seeds when grown in conditions that decrease seed O sistema de semeadura direta com culturas de grãos ocu-
Ca concentration. Indeterminate soybean was grown in modified pa atualmente 2,4 milhões de hectares no Estado do Paraná. Além
hydroponic culture to ascertain the effects of Ca deficiency on leaf do sistema tradicional de sucessão trigo-soja, em grande parte
dry matter, seed production and elemental concentration, and the desta área são semeadas plantas de cobertura-adubação verde no
effect of pod position on seed elemental concentration in 1992 inverno e milho no verão. Neste estudo foram avaliadas as altera-
and 1993. Treatments consisted of 2.0 (Control), 0.2 (Low), 0.1 ções em algumas características químicas do solo, após sete anos,
(Very Low) mM Ca in the nutrient media. Some control plants sob os sistemas de rotação de culturas trigo-soja-aveia-soja (TSA),
were switched to low or very low (Con/L, VL) Ca levels at trigo-soja-tremoço-milho-aveia-soja (TMA), tremoço-milho-tri-
beginning seed growth stage (R5), and some plants grown at the go-soja (TM) e o sistema tradicional de sucessão trigo-soja (TS)
Very Low Ca level were switched to the Control (VL/Con) Ca em unidades de Latossolo Roxo distrófico, em Londrina e Campo
level at R5. At harvest, plants were divided into four sections: Mourão.
top-third (T/3), middle-third (M/3), and bottom-third (B/3) of the O sistema TM diminuiu o pH do solo e os teores de cálcio
mainstem and branches (Br). Low and Very Low treatments (Ca2+) e magnésio (Mg2+) trocáveis e aumentou o alumínio trocável
produced 65 and 10% as much seed mass, respectively, as Control (Al3+), a acidez potencial (H + Al) e o N-total do solo em relação
in both years. Low and Very Low treatments retained significantly ao sistema TS. Essas características apresentaram valores inter-
less total leaf dry matter at R5 in both years. Seed Ca levels were mediários nos demais sistemas. Não foram observadas diferenças
25 to 300% higher in treatments that included the Control Ca entre os sistemas quanto aos teores de carbono orgânico e potás-
level during any part of reproductive growth compared to other sio trocável (K+) no solo. A diminuição do teor de Ca2+ no siste-
treatments in both years. Seed Ca concentration was highest in ma TM foi maior do que a quantidade de Ca aplicada na forma de
the T/3 and Br sections in both years. Germination was reduced calcário durante o experimento. A adubação nitrogenada no trigo
in treatments not including the Control solution during part of the e no milho foi relacionada com a acidificação observada no solo.
reproductive growth period in both years. Decreased Ca levels in A manutenção dos níveis de K+ e diminuição dos níveis de Ca2+ e
the nutrient medium reduced soybean leaf dry matter during seed Mg2+ resultaram provavelmente de uma alteração na preferência
fill, seed production, seed Ca concentration, and seed germination, de lixiviação de cátions no sistema TM. A formação de comple-
and increased the incidence of seedling disorders such as watery xos orgânicos com cátions divalentes foi sugerida como provável
hypocotyl and epicotyl necrosis. mecanismo responsável por estas alterações químicas no solo.

10 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 91 – SETEMBRO/2000


PAINEL AGRONÔMICO

SINAIS DE GPS AGORA MAIS PRECISOS Apesar de todos os problemas que marcaram e atrasaram o
plantio da segunda safra de milho este ano – a forte e prolongada
A degradação intencional dos sinais do GPS, a Selective seca que assolou boa parte da região Centro-Sul retardou o início
Availability (SA), já é coisa do passado. O governo americano do plantio da soja, atrasando a semeadura do milho safrinha –
garante ter solucionado o problema. Isso significa que usuários registrou-se um crescimento de 9,6% na área plantada na região
civis do sistema terão acesso a posicionamentos 10 vezes mais Centro-Sul, elevando-se de 2.370,7 mil hectares, na safra passa-
precisos do que tinham até então. Esta decisão é a última medida da, para 2.599,2 mil hectares, na safra atual, de acordo com le-
do esforço para fazer o GPS mais eficiente para usuários civis e vantamento realizado por técnicos da Companhia Nacional de
comerciais no mundo todo (A Granja, n.618, p.71, junho/2000). Abastecimento (Conab). E não é difícil entender os motivos do
crescimento da chamada segunda safra de milho. A safrinha exi-
ge bem menos investimentos do que o plantio de verão e é colhida
TELHAS DE FIBRAS VEGETAIS
justamente no período da entressafra, o que lhe confere um preço
Pesquisadores da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de melhor durante a comercialização. Além disso, o milho safrinha
Alimentos (FZEA), da Universidade de São Paulo (USP), em também apresenta a vantagem de o produtor reduzir os gastos
Pirassununga-SP, desenvolveram uma tecnologia para produção com armazenamento, já que o produto oferece uma boa liquidez,
de telhas, utilizando escória de alto-forno moída e resíduos de sendo colhido e prontamente comercializado.
fibras vegetais de sisal, eucalipto e bananeira. O projeto já produziu Destaca-se, entretanto, que, por apresentar uma produtivi-
cerca de 200 amostras que, há quase dois anos, são submetidas a dade de 30% a 40% inferior à da safra de verão, o milho safrinha
diversos ensaios para comprovação da eficiência do produto. O envolve maiores riscos para o produtor, principalmente quando
objetivo principal, segundo o professor Holmer Savastano Júnior, na falta de chuvas (A Granja, n.620, 2000. p.34-40).
responsável pela equipe de trabalho, é o aproveitamento dos resí-
duos. “No semi-árido baiano encontramos uma cooperativa que,
depois de retirar a fibra do sisal, descarta algo em torno de 30 mil DOBRA A ÁREA DE PLANTIO DIRETO EM SÃO PAULO
toneladas por ano de resíduos de fibra, que podem ser aproveitados. Região de solos férteis e argilosos, até pouco tempo o Estado
No Espírito Santo, uma indústria de celulose para papel deixa de São Paulo praticamente desconhecia as vantagens do sistema
cerca de 17 mil toneladas do resíduo de celulose”, cita o professor. do cultivo na palha. Mas os bons resultados econômicos obtidos
Segundo ele, na região do Vale do Ribeira, em São Paulo, há pelos pioneiros, o desenvolvimento de pesquisas técnicas e o apoio
plantações de banana que podem produzir cerca de 95 mil toneladas do Governo Estadual, com a abertura de linhas de crédito como
anuais da fibra. Além das fibras de sisal, bananeira e eucalipto, os incentivo à difusão da tecnologia, estão mudando este quadro.
estudos comprovaram que ainda podem ser utilizadas fibras de
Segundo o diretor técnico da Secretaria Estadual de Agri-
coco (empregadas na produção de tapetes, pincéis e estofamentos)
cultura, professor Ricardo Carvalho, a evolução do plantio direto
e de malva (destinadas à confecção de sacarias) (A Granja, n.615,
em São Paulo nos últimos anos foi supreendente. Nas safras de
p.64, março/2000).
1998/1999 tinham sido cultivados 162 mil hectares sobre a palha.
Em 1999/2000, este número saltou para 304 mil hectares (vide
USP FAZ MAPEAMENTO GENÉTICO DO MILHO Tabela). “Se considerarmos o plantio do milho safrinha, neste ano,
a nossa área total de plantio direto deve passar dos 600 mil hec-
Pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de
tares”, disse.
Queiroz (ESALQ), da USP, trabalham no mapeamento genético
na agricultura. Há seis anos, um grupo estuda o isolamento dos Plantio direto em São Paulo (2000)
genes de milho resistentes à ferrugem do gênero Puccinia e das
Média do Estado 304 mil hectares 10% do total
espécies polysora e sorghi, esta última com ocorrência no Rio Média da região da Cati/Assis 70 mil hectares 20% do total
Grande do Sul. O objetivo é buscar a redução das perdas de pro- Média do município de Palmital 20 mil hectares 35% do total
dutividade, principalmente durante a safrinha. De acordo com o
pesquisador Luís Eduardo Aranha, o clima úmido e quente do Evolução do plantio direto no Estado (ha)*
solo na plantação da segunda safra de milho, nos meses de janeiro 1998** 1999 2000
e fevereiro, favorece o desenvolvimento do fungo. Em São Paulo,
Média do Estado 180 mil 210 mil 304 mil
o prejuízo na lavoura é de cerca de 40% (A Granja, n.620, 2000.
Média da região Cati/Assis 47 mil 60 mil 70 mil
p.80).
* Sem considerar a safrinha de verão.
** Antes de 1998 o acompanhamento era feito por estimativas.
SAFRINHA JÁ É GRANDE NEGÓCIO
Comparativo entre produtividades médias na região do
A segunda safra de milho já não pode mais ser vista como Médio-Paranapanema
uma lavoura esporádica e trabalhada somente durante os inter- Lavouras Convencional Plantio direto
valos da cultura principal da propriedade. Em pouco mais de
10 anos de existência ela tornou-se uma alternativa para os produ- Milho verão 60 sc/ha 70 sc/ha
tores rurais e se transformou num grande negócio, contribuindo Milho safrinha 50 sc/ha 60 sc/ha
Soja 42 sc/ha 50 sc/ha
para a independência financeira dos agricultores e para o aumen-
to da produção de grãos. Fonte: A Granja, n.618, p.65-67, junho/2000.

INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 91 – SETEMBRO/2000 11


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12 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 91 – SETEMBRO/2000


CURSOS, SIMPÓSIOS E OUTROS EVENTOS

1. SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE FUNCIONAMEN- 7. IV ENCONTRO LATINO-AMERICANO SOBRE PLANTIO


TO DE SOLOS SOB PASTAGENS EM AMBIENTES DIRETO NA PEQUENA PROPRIEDADE
INTERTROPICAIS
Local: Erechim, Rio Grande do Sul
Local: Brasília-DF Data: 06 a 09/NOVEMBRO/2000
Data: 16 a 20/OUTUBRO/2000 Promoção: FEBRAPDP e CAAPAS
Informações: EMBRAPA Cerrados e Instituto de Pesquisa para Informações: E-mail: emater@emater.tche.br
o Desenvolvimento
E-mail: soilpast@cpac.embrapa.br 8. VI REUNIÃO DE CLASSIFICAÇÃO E CORRELAÇÃO DE
SOLOS
2. VI SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE CITROS
Local: Brasília-DF
Local: Estação Experimental de Citricultura, Bebedouro-SP Data: 20 a 28/NOVEMBRO/2000
Data: 16 a 19/OUTUBRO/2000 Informações: Gustavo Ribas Curcio
Informações: Telefone: (017) 342-7844 Telefone: (041) 666-1313, ramal 262
E-mail: eecb@coopercitrus.com.br E-mail: curcio@cnpf.embrapa.br

9. 26 o CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISAS


3. FOREST 2000 - O ENCONTRO DO MILÊNIO
CAFEEIRAS
6o CONGRESSO E EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL SO-
6o ENCONTRO DE CAFEICULTORES DE MARÍLIA
BRE FLORESTAS
Local: Sun Valley Hotel, Marília-SP
Local: Centro de Convenções de Porto Seguro, Bahia
Data: 21 a 24/NOVEMBRO/2000
Data: 16 a 20/OUTUBRO/2000
Informações: Telefone: (021) 233-8593 ou (014) 423-3377
Informações: E-mail: forest@mail.ufv.br

10. 9o CONGRESSO DA SOCIEDADE INTERNACIONAL


4. SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE FUNCIONAMEN- DE CITRICULTURA
TO DE SOLOS SOB PASTAGENS EM AMBIENTES
INTERTROPICAIS Local: Orlando, Flórida
Data: 03 a 07/DEZEMBRO/2000
Local: Brasília-DF Informações: www.lal.ufl.edu
Data: 16 a 20/OUTUBRO/2000 Inscrições: E-mail: albrigo@lal.ufl.edu
Informações: E-mail: soilpast@cpac.embrapa.br

5. 11a CONFERENCIA DE LA ORGANIZACIÓN INTER- 11. 5th INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON PLANT-SOIL


NACIONAL DE LA CONSERVACIÓN DEL SUELO INTERACTIONS AT LOW pH

Local: Buenos Aires, Argentina Local: KwaZulu, Natal Province, África do Sul
Data: 20 a 27/OUTUBRO/2000 Data: 12 a 16/MARÇO/2001
Organização: Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária Informações: Mara de Villiers
(INTA) e Faculdade de Agronomia da Universi- Private Bag X79
dade de Buenos Aires Pretoria 0001
Informações: E-mail: aceepia@interar.com.ar South Africa
E-mail: mara@igkw2.agric.za

6. FERTBIO 2000 - BIODINÂMICA DO SOLO 12. 3rd INTERNATIONAL CONFERENCE ON MYCOR-


XXIV REUNIÃO BRASILEIRA DE FERTILIDADE DO RHIZAS (ICOM3)
SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS Local: Adelaide, Austrália
VIII REUNIÃO BRASILEIRA SOBRE MICORRIZAS Data: 08 a 13/JULHO/2001
VI SIMPÓSIO BRASILEIRO DE MICROBIOLOGIA DO Informações: Prof. Sally Smith
SOLO The University of Adelaide
III REUNIÃO BRASILEIRA DE BIOLOGIA DO SOLO PMB 1, Glen Osmond
South Australia 5064
Local: Park Hotel Morotin, Santa Maria, Rio Grande do Sul Telefone: +61 (08) 8303-7351
Data: 22 a 26/OUTUBRO/2000 Telefax: +61 (08) 8383-6511
Informações: E-mail: www.ufsm.br/fertbio2000 E-mail: sally.smith@adelaide.edu.au

INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 91 – SETEMBRO/2000 13


PUBLICAÇÕES RECENTES

1. ANAIS DO 16o SIMPÓSIO SOBRE MANEJO DA PASTA- 4. FERTIRRIGAÇÃO – citrus, flores, hortaliças
GEM – ALFAFA
Coordenador: Marcos Vinícius Folegatti; 1999.
Autor: Peixoto, A.M.; Moura, J.C. de; Silva, S.C. da; Faria,.P. Conteúdo: Tendências da fertirrigação, irrigação localizada e
de; 1999. automação, qualidade da água, fertilizantes em ir-
Conteúdo: Contém os principais tópicos do conhecimento atual rigação, fertirrigação em citrus, flores e hortaliças,
sobre o manejo da alfafa, abrangendo sistemas de quimigação.
produção, fisiologia do crescimento, cultivares, esta- Formato: 21 x 30 cm
belecimento, irrigação, microbiologia do solo, pas- Número de páginas: 460
tejo, valor nutritivo, conservação, pragas e doenças. Editor: Livraria e Editora Agropecuária Ltda.
Número de páginas: 223 Rua Bento Gonçalves, 236
Preço: R$ 25,00 92500-000 Guaíba-RS
Editor: Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz Telefone: (051) 480-3030
Av. Carlos Botelho, 1025 Telefax: (051) 480-3309
13416-145 Piracicaba-SP E-mail: edipec@plug-in.com.br
Telefone: (091) 422-9197
Telefax: (091) 422-1944 5. SISTEMA BRASILEIRO DE CLASSIFICAÇÃO DE SO-
E-mail: agrohoje@carpa.ciagri.usp.br LOS
Conteúdo: Trajetória evolutiva do Sistema Brasileiro de Classi-
2. TRATADO DE FRUTICULTURA ficação de Solos, definição de solo, atributos diag-
nósticos, outros atributos, horizontes diagnósticos
Autor: Salim Simão; 1998.
superficiais, horizontes diagnósticos subsuper-
Conteúdo: Fruticultura geral: propagação de árvores frutífe-
ficiais, níveis categóricos do sistema, nomenclatu-
ras, viveiro, porta-enxertos, frutificação, poda de
ra das classes, bases e critérios, conceito e defini-
plantas frutíferas, formação do pomar, abacateiro,
ção das classes de 1º nível, classificação dos solos
abacaxizeiro, ameixeira, anoneira, bananeira, ca-
nos seis níveis categóricos, Alissolos, Argissolos,
quizeiro, cereja-das-antilhas, citros, figueira, kiwi,
Cambissolos, Chernossolos, Espodossolos, Gleis-
macadâmia, mamoeiro, mangueira, nogueira pecã,
solos, Latossolos, Luvissolos, Neossolos, Nitosso-
pessegueiro, sapotizeiro, tamareira, videira.
los, Organossolos, Planossolos, Plintossolos, Vertis-
Formato: 16 x 22 cm solos, atributos das classes de 5º e 6º níveis categó-
Número de páginas: 760 ricos, critérios para distinção de fases de unidades
Editor: Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz de mapeamento.
Avenida Carlos Botelho, 1025 Formato: 16 x 22 cm
13416-145 Piracicaba-SP Número de páginas: 412
Telefone: (019) 422-9197
Editor: EMBRAPA Produção de Informação
Telefax: (019) 422-1944
Caixa Postal 040315
70770-901 Brasília-DF
3. CULTIVO SEM SOLO: HIDROPONIA Telefone: (061) 349-4155 ou 348-4236
(CCR/UFSM. Caderno Didático, 01) Telefax: (061) 272-4168
Autores: Santos, O.S. dos; Schmidt, D.; Nogueira Filho, H.; E-mail: vendas@spi.embrapa.br
Londero, F.A.; 2000.
Conteúdo: Cultivos sem solo, ambientes para realização de 6. PRODUÇÃO DE MILHO
cultivos sem solo, hidroponia, nutrição mineral,
soluções nutritivas, cultivares de alface, produção Autor: Fancelli, A.L. & Dourado Neto, D.; 2000.
de mudas em sistema hidropônico, estruturas para Conteúdo: Ecofisiologia e fenologia, nutrição e adubação, im-
produção, cultivo hidropônico: alface e outras plantação da cultura, irrigação, manejo de plantas
folhosas, cultivo do tomateiro em hidroponia, pro- daninhas, manejo de pragas, principais doenças e
dução de brotos vegetais, produção de forragem seu controle, quimigação, produção de milho para
hidropônica, colheita e comercialização de produ- silagem, colheita.
tos hidropônicos. Formato: 14 x 21 cm
Número de páginas: 107 Número de páginas: 360
Preço: R$ 10,00 (mais despesas postais) Editor: Livraria e Editora Agropecuária Ltda.
Vendas: Universidade Federal de Santa Maria/Dept. Vendas Caixa Postal 66
97105-900 Santa Maria-RS 92500-000 Guaíba-RS
Telefone: (055) 220-8179 Telefone: (051) 480-3030
Telefax: (055) 220-8899 Telefax: (051) 480-3309
E-mail: osmar_santos@hotmail.com E-mail: edipec@plug-in.com.br

14 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 91 – SETEMBRO/2000


7. SISTEMA PLANTIO DIRETO 8. NUTRIÇÃO E FERTILIZAÇÃO FLORESTAL
(Coleção 500 perguntas, 500 respostas)
Editores: Gonçalves, J.L. de M. & Benedetti, V.; 1999.
Organizadores: Salton, J.C.; Hernani, L.C.; Fontes, C.Z.; 1998. Conteúdo: Os capítulos deste livro constituem as palestras do
Conteúdo: Conceitos; adoção; palha; manejo do material or- simpósio sobre o tema, redigidos de forma a cons-
gânico; culturas, sucessões e rotações; água e tem- tituir um livro didático. São enfocados dados de
peratura do solo; biologia do solo; compactação do pesquisas e experiências práticas sobre nutrição e
solo; terraços; correção do solo; adubação; coleta fertilização florestal, imprescindíveis à produção de
de amostras de solo e de planta; mecanização; tec- mudas e estabelecimento de florestas homogêneas
nologia de aplicação de defensivos agrícolas; plan- e mistas. Especial destaque é dado a espécies de
tas daninhas e seu controle; manejo de pragas; Eucalyptus, Pinus e nativas da Mata Atlântica, em
manejo de doenças; integração agricultura-pecuá- função da maior disponibilidade de informações
ria; custos de produção; agricultura de precisão. científicas e da experiência silvicultural do país.
Formato: 16 x 22 cm Formato: 16 x 23 cm
Número de páginas: 248 Número de páginas: 427
Editor: EMBRAPA Produção de Informação Preço: R$ 33,00 (+ R$ 2,00 de tarifa postal)
Caixa Postal 040315 Vendas: Instituto de Pesquisas Florestais-IPEF - ESALQ/USP
70770-901 Brasília-DF Caixa Postal 530
Telefone: (061) 349-4155 ou 348-4236 13400-970 Piracicaba-SP
Telefax: (061) 272-4168 Telefone: (019) 430-8606
E-mail: vendas@spi.embrapa.br E-mail: jlmgonca@carpa.ciagri.usp.br
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DESCONTOS
7,00 "Nutrição e adubação do feijoeiro"; C.A. Rosolem (91 páginas) Para compras no valor de:
7,00 "Nutrição e adubação do arroz"; M.P. Barbosa Filho (120 páginas, 14 fotos)
R$ 100,00 a R$ 200,00 = 10%
7,00 "Potássio: necessidade e uso na agricultura moderna" (45 páginas, 34 fotos)
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LIVROS/CD R$ 300,00 a R$ 400,00 = 20%
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20,00 "A estatística na pesquisa agropecuária"; F.P. Gomes (162 páginas)
20,00 "Ecofisiologia na produção agrícola"; P.R.C. Castro e outros (eds.) (249 páginas)
20,00 "Nutrição mineral, calagem, gessagem e adubação dos citros"; E. Malavolta (153 páginas, 16 fotos)
20,00 "Nutrição e adubação da cana-de-açúcar"; D.L. Anderson & J.E. Bowen (40 páginas, 43 fotos)
20,00 "Cultura do milho"; L.T. Büll & H. Cantarella (eds.) (301 páginas)
20,00 "Fertilizantes fluidos"; G.C. Vitti & A.E. Boaretto (ed.) (343 páginas, 12 fotos)
30,00 "Avaliação do estado nutricional das plantas - 2ª edição"; Malavolta e outros (319 páginas)
20,00 "Cultura do cafeeiro"; A.B. Rena e outros (ed.) (447 páginas, 49 fotos) (LIQUIDAÇÃO DE ESTOQUE)
30,00 "Manual internacional de fertilidade do solo - 2ª edição, revisada e ampliada" (177 páginas) (LANÇAMENTO)
30,00 “Cultura do algodoeiro”; E. Cia, E.C. Freire, W.J. dos Santos (eds.) (286 páginas, 44 fotos) (LANÇAMENTO)
40,00 "A cultura da soja nos cerrados"; Neylson Arantes & Plínio Souza (eds.) (535 páginas, 35 fotos)
40,00 "Nutrição e adubação de hortaliças"; Manoel E. Ferreira e outros (eds.) (487 páginas)
40,00 "Micronutrientes na agricultura"; M.E. Ferreira & M.C.P Cruz (eds.) (734 páginas, 21 fotos) (PROMOÇÃO)
40,00 "Cultura do feijoeiro comum no Brasil"; R.S. Araujo e outros (coord.) (786 páginas, 52 fotos) (PROMOÇÃO)
100,00 CD-ROM - Monitoramento Nutricional para Recomendação da Adubação de Culturas
50,00 CD-ROM - Anais do Simpósio sobre Fisiologia, Nutrição, Adubação e Manejo para Produção Sustentável de Citros
50,00 CD-ROM - Anais do Simpósio Soja/Milho no Plantio Direto
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Nº 1 - A pedologia simplificada (2ª edição - revisada e modificada) (16 páginas e 27 fotos), Nº 3 - Seja o doutor do seu cafezal
7,00 (12 páginas, 48 fotos), Nº 4 - Seja o doutor de seus citros (16 páginas, 48 fotos), Nº 5 - Seja o doutor da sua soja (16 páginas,
cada 48 fotos), Nº 6 - Seja o doutor da sua cana-de-açúcar (16 páginas, 48 fotos), Nº 7 - Seja o doutor do seu feijoeiro (16 páginas,
número 55 fotos), Nº 8 - Seja o doutor do seu algodoeiro (24 páginas, 77 fotos), Nº 9 - Seja o doutor do seu arroz (20 páginas, 41 fotos),
Nº 10 - Nutri-fatos: informação agronômica sobre nutrientes para as culturas (24 páginas, 40 fotos), Nº 11 - Como a planta de
soja se desenvolve (21 páginas, 38 fotos).
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INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 91 – SETEMBRO/2000 15


Ponto de Vista

CONVIVENDO COM A ACIDEZ DO SOLO


T. Yamada

D
ois fenômenos – simultâneos e com conseqüências orgânica pode substituir muitas funções do calcário, sem a indese-
opostas – podem ser observados no panorama agrí- jável redução da disponibilidade de B, Cu, Fe, Mn e Zn, que se
cola brasileiro. Um, muito feliz, é a implantação observa com o aumento do pH. Que eu saiba, o único problema
do sistema de plantio direto em quase 14 milhões de hectares de que ocorre com o aumento do teor de matéria orgânica do solo é a
nossa agricultura. E sua área continua aumentando. É, possivel- complexação do cobre, que fica, então, com menor disponibilida-
mente, a maior revolução agronômica neste último quarto de sé- de para as plantas. Problema este facilmente resolvido através da
culo no país, principalmente quanto à melhoria e conservação do correção cúprica.
solo. Outro, muito triste, é a problemática passagem de 2,5 mi- Assim como a calagem e a matéria orgânica, existem rela-
lhões de propriedades rurais de baixa renda pela arena cruel da tos na literatura informando que também o boro reduz os efeitos
competitiva economia globalizada. E o destino de muitos que cai- nocivos do alumínio. Na verdade, foi a grande semelhança entre
rão nesta difícil passagem pode ser a terrível exclusão social. Não os sintomas de toxidez de alumínio e de deficiência de boro, am-
entendendo de economia, restrinjo meus comentários apenas à bos diminuindo o desenvolvimento das raízes, que motivou algu-
questão agronômica, mas continuo torcendo para que a liderança mas destas pesquisas. Com o boro controlando, mesmo que par-
política tenha suficiente criatividade para elaborar medidas que cialmente, o alumínio tóxico, será possível pensar em trabalhar
compatibilizem melhoria de vida com as exigências da nova eco- com menores valores de pH (de 5,0 a 5,5, no máximo). Com isto,
nomia. é de se esperar menor mineralização da matéria orgânica, favore-
Quem trabalha com plantio direto percebe que, neste siste- cendo, pois, seu acúmulo no solo.
ma, a acidificação do solo é menor que a observada no sistema Na busca da agricultura sustentável é importante aumentar
convencional. Conheço muitas lavouras em sistema de plantio o teor de matéria orgânica do solo (através de maior produção de
direto que, mesmo não recebendo calcário há mais de 10 anos, matéria seca e menor mineralização, via abaixamento do pH, que
não mostram necessidade ainda de recalagem. Estas observações diminui a atividade das bactérias nitrificadoras) e aprofundar o
corroboram com resultados de muitas pesquisas, principalmente sistema radicular (através da gessagem e da correção boratada em
as feitas pelo IAPAR de Londrina-PR, que mostram que o aumen- profundidade). Creio que o manejo da matéria orgânica e da adu-
to do teor de matéria orgânica causa, entre outros efeitos, o au- bação boratada terá grande impacto no aumento da produtivida-
mento do pH e da saturação por bases, assim como a complexação de, principalmente na agricultura não irrigada, podendo, assim,
e precipitação do alumínio da solução do solo. Ou seja, a matéria reduzir bastante as frustrações de safras causadas pelos veranicos.

T. YAMADA - diretor, engº agrº, doutor


Associação Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato
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16 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 91 – SETEMBRO/2000

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