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Introdução
os grupos funcionais podem ser identificados a partir de reações
químicas, os quais podem ser usados para caracterização desses. Geralmente,
testes qualitativos permitem determinar o grupo funcional presente no
composto, onde é possível observar mudanças físicas provocadas pelas
reações.
Nessa pratica foram feitos testes para identificação de cetonas, aldeídos
e álcoois, esse último por contém uma hidroxila possui testes específicos,
enquanto os primeiros podem ser identificados pelas mesmas reações, todavia,
para diferenciar uma da outra, os aldeídos respondem ao teste de Tollens ao
contrário da cetona que não reagem com o mesmo.
Para inicio de conversa temos que os álcoois, aldeídos e cetonas
possuem na sua estrutura molecular átomo de carbono tornando-os compostos
carbonílicos, dessa forma é possível junta-los em um mesmo grupo que mais
tardar podem ser identificados através de reações especificas.
Um aldeído ou uma cetona estão ligados a grupos que são bases muito
fortes (H- ou R-) para serem eliminados em condições normais, por esse motivo
não podem ser substituídos por outros grupos, assim, esses reagem com
nucleófilos para formar produtos de adição, e não de substituição. Para melhor
explanação dessa reação, sabe-se que quando um nucleófilo é adicionado a
um grupo carbonílico, esse sofre uma hibridização de sp 2 para sp3 no produto
final da adição que por sua vez será mais estável por obter uma estrutura
tetraédrica. (BRUICE, P.Y. 2006)
Mecanismo pag 150 paula
E esses também reagem com o nitrogênio nucleofílico, isto é, reagem
com uma amina primária para formar uma imina, a qual é uma substância com
uma ligação dupla carbono-nitrogênio. E temos a formação de uma enamina,
no qual um aldeído ou cetona reage com aminas secundárias, mas para tal
reação é necessário traços de um catalisador ácido. Tais reações são
importantes pois, é através delas que podemos identificar um composto
orgânico e a qual grupo esse pertence, como explicado anteriormente, desse
modo aldeídos e cetonas sempre darão resultados positivos quando
submetidos a esse teste. (McMURRY, J. 2005)
Mecanismo imina pag 160 paula
Mecanismo pag 162 paula
Agora tratando-se de álcoois esses não podem sofrer uma reação de
substituição nucleofílica porque tem um grupo de saída fortemente básico
(OH-) que não pode ser deslocado por um nucleófilo, embora, essa reação é
possível uma vez que a hidroxila for convertida em uma base mais fraca para,
assim, se tornar um grupo de saída melhor, e isso pode ser feito por meio de
sua protonação transformando o grupo de partida em uma molécula de água, o
qual é suficientemente fraca para ser deslocada por um nucleófilo. Em síntese,
essa é a grande diferença entre cetonas e aldeídos que sofrem reação de
adição enquanto o álcool pode sofre reação de substituição nucleofílica. Em
ressalva, vale lembrar que álcoois primários, secundários e terciários sofrem
reações de substituição nucleofílica com HI, HBr e HCl para formar haletos de
alquila. (BRUICE, P.Y. 2006)
E o mecanismo para a reação de substituição depende da estrutura do
álcool, no qual álcoois secundários e terciários sofrem reações do tipo S N1. O
que leva o intermediário a ter dois destinos possíveis – formar um produto de
substituição ou perder um próton e formar um produto de eliminação. Álcoois
terciários sofrem reações de substituição com haletos de hidrogênio mais
rápido do que álcoois secundários, pois carbocátions terciários se formam mais
facilmente que carbocátions secundários. Já os álcoois primários esses não
sofrem reações de SN1, pois carbocátions primários são muito instáveis para
ser formado, logo, quando um álcool primário reage com um haleto de
hidrogênio esse acontece por meio da reação SN2 no qual somente o produto
de substituição é obtido. (BRUICE, P.Y. 2006) Para melhor ilustrar temos:
Mecanismo sn1 pag 434 paula
Mecanismo sn2 pag 435 paula
Quando falamos em álcool podemos ter em mente que esse pode sofrer
uma reação de oxidação, onde um álcool primário pode ser transformado em
ácido carboxílico e o álcool secundário em uma cetona. Para melhor
entendimento temos que, quando estão na presença de agentes oxidantes
como KMnO4 ou K2Cr2O7 os álcoois reagem com o oxigênio que, por
conseguinte, formam novos produtos que podem ser – aldeídos, ácidos
carboxílicos ou cetonas, isto é, uma reação de oxidação. (SOLOMONS, 2012)
É importante dizer que no caso de álcoois primários esses podem sofrer
uma reação de oxidação parcial ou total. O primeiro, o produto formado será
um aldeído, essa oxidação acontece pois usamos uma reação branda o
carbono ligado diretamente ao grupo funcional (OH-) possui um caráter
positivo, pois o oxigênio da hidroxila é mais eletronegativo, atraindo todos os
elétrons para si dessa forma o carbono positivo fica mais propenso a ser
atacado por um oxigênio do meio, formando uma estrutura instável. E para
formar o aldeído o oxidante usado deve ser mais forte do que se usa para
oxidar aldeído em ácido carboxílico em um temperatura adequada, e para
formar um ácido carboxílico o aldeído formado na primeira etapa da oxidação
esse se converte rapidamente em ácido, pois temos uma oxidação total,
processo que não há a necessidade de interrompe-lo com na oxidação branda,
para exemplificar, temos um processo usado constantemente em nosso
cotidiano, onde há a oxidação do vinho que posteriormente se torna vinagre.
(SOLOMONS, 2012)
Aldeído
Ácido carboxílico
Cetona
E ao contrário da oxidação temos a produção de álcoois por redução de
compostos carbonílicos, ou seja, os álcoois primários e secundários podem ser
sintetizados pela redução de uma variedade de compostos que contêm o grupo
carbonila, como por exemplo:
2. Objetivo
Esta pratica teve como objetivo a identificação e confirmação de grupos
funcionais de aldeídos, cetonas e álcoois através de reações químicas, que
poderiam ser observados visualmente.
3. Parte Experimental
3.1. Materiais e reagentes
3.2. Procedimento
Para aldeído e cetonas
1- Teste de identificação de aldeídos e cetonas. Reação com 2,4-
dinitrofenilhidrazina
3- Reação do iodofórmio
4- Teste de Tollens
3.3. Fluxogramas
4. Resultados e discussão
Substancias Resultados
Formaldeído Precipitado solido amarelo
Acetona Precipitado sólido amarelo
n-butanol Não formou precipitado
Substancias Resultados
Formaldeído Não formou precipitado
Ciclo-hexanona Precipitado gelatinoso branco
Acetato de etila Não formou precipitado
Substancias Resultados
Formaldeído Não formou precipitado
Benzaldeído Precipitado em formato de bolinhas
em suspenção na solução
Acetona Formou precipitado leitoso
Propanol Não formou precipitado
Ao observar os resultados podemos chegar a seguinte conclusão – este
teste é positivo para cetonas e aldeídos apenas, pois substâncias que contem
grupamento CH3CO-, ou CH2ICO- ou CHI2CO-, ligados a um átomo de
hidrogênio ou um átomo de carbono que não possuem hidrogênios muito
ativos, ou grupos que contribuem com um grau excessivo de impedimento
estéreo. O ensaio, assim, permite a distinção entre cetonas e metil cetonas. E
aquelas reações que não formaram precipitado é porque o grupo foi destruído
pela ação hidrolítica do reagente, antes mesmo da iodação se completar.
Substancias Resultados
Acetona Não formou espelho de prata
Glicose Formou espelho de prata
Substancias Resultados
Acetona Não formou precipitado
Glicose Formou precipitado marrom-
avermelhado
Para álcoois
Substancias Resultados
n-butanol Houve liberação de gás
Terc-butanol Houve liberação de gás
Acetato de etila Não houve liberação de gás
Substancias Resultados
Álcool comum Houve a reidratação do CuSO4
Etanol absoluto O CuSO4 continuara esbranquiçado
4.8. Oxidação
Substancias Resultados
n-butanol Formou precipitado verde-azulado
2-butanol Formou precipitado verde-azulado
Terc-butanol Não houve reação
5. Conclusão
Com base nos testes realizados em laboratório, é possível observar que
os métodos analíticos aqui efetuados, são eficientes para a distinção dos
compostos – aldeídos, cetonas e álcoois. No qual testes simples é capaz de
qualificar amostras de maneiras rápidas. Todavia, existem suas exceções
como o teste com o bisulfito de sódio que acaba sendo limitado em algumas
amostras. Em suma, um teste qualitativo tem como objetivo evidenciar a
presença de determinado constituinte na amostra, que através de
transformações químicas alteram algum tipo de qualidade do sistema.
6. Referencias
Vogel, A. I. análise orgânica
Pavia, D.L. química orgânica experimental – técnicas de pequena escala
Solomons. Química orgânica, volume 1 e 2
Bruice, P.Y. Química orgânica, volume 1 e 2
McMurry. Química orgânica, volume 1 e 2