Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TUBOS HELICOIDAIS
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012
ISBN 978-85-62326-96-7
CFD SIMULATION TO ANALYZE THE PERFORMANCE OF TUBE-IN-TUBE HELICALLY
COILED OF A HEAT EXCHANGER
Abstract: The global industries constantly need to work with low-costs processes and better
efficiencies. The heat exchangers with helically coiled can contribute for this necessity. Helically
coiled are widely used as heat exchangers and reactors due their compact structure and high
coefficients of heat exchange and mass, because of this, it’s possible to work with good
performance and low-costs. The tube-in-tube helically coiled of a heat exchanger are commonly
used in chemical, food, energy, electronics, environmental, and even at cryogenic spatial areas.
This paper presents the results of a CFD simulation who intends to compare the performance
between two tube-in-tube helically coiled of a heat exchanger with two and three turns in two
different cases, 30 ° C and 60 ° C for the hot fluid inlet temperature and 25 ° C for the cold fluid
inlet temperature. The performance of both heat exchangers for the temperature of 30 ° C (hot fluid
inlet) was quite similar, but for the temperature 60 ° C (hot fluid inlet), the heat exchanger with
three turns was approximately 3.5 times more efficient than another exchanger (two turns) and it
achieving a hot fluid temperature reduction about 30%. It was approximately four times efficient
about hot fluid temperature reduction if compare with heat exchanger (two turns), which got 8% of
hot fluid temperature reduction. .
Keywords: CFD analysis, heat exchanger, helically coiled, performance, number of helically coils.
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012
ISBN 978-85-62326-96-7
1 INTRODUÇÃO
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012
ISBN 978-85-62326-96-7
Ferng et al. (2011) realizaram uma análise CFD para investigar os efeitos de número de
Dean (D) e tamanho de passos nas característica termo-hidráulicas de trocadores de calor
helicoidais.
Yang et al. (2012) avaliaram o desempenho em laboratório de trocadores de calor com
quatro opções de diâmetro dos tubos. Ao fim, foram-se propostas duas relações empíricas com
grupos adimensionais.
Ya et al. (2012) simularam numericamente o fluxo turbulento de um fluido em um TTHC.
Kumar et al. (2006) compararam os resultados de desempenho de um trocador simulado
através de um software CFD com os resultados medidos em laboratório e concluíram que a
simulação numérica para o caso de um TTHC se mostrou bastante eficiente.
Renie et al. (2006) através de simulação numérica, avaliaram a influência de propriedades
térmicas dos fluidos nas trocas de calor em trocadores com tubos curvos.
Aziz et al. (2009) estudaram a velocidade do fluido, diâmetro do tubo e bobina em um
processo de troca de massa para um fluido com partículas sólidas em um TTHC.
Sahoo et al. (2002) utilizaram um software para estimar os coeficientes de troca de calor
de um trocador de calor com bobinas helicoidais triplas para um processo de aumento de
temperatura de leite integral.
Dataa et al. (2001) propuseram um trocador de calor com tubos helicoidais para um
processo de produção de leite UHT (ultra high temperature).
Kumar et al. (2008) encontraram através de simulação computacional novas relações
empíricas em um processo de troca de calor em TTHC.
Devido ao grau de relevância do tema, o objetivo deste artigo é realizar um estudo
comparativo através de uma simulação numérica computacional em dois trocadores de calor
helicoidais com duas e três espiras, sendo esta simulação feita em dois casos, com 30°C e 60°C
para a temperatura de entrada do fluido quente. Modela-se a transferência de energia térmica a
partir de uma bobina de cobre que transporta água quente, externamente a bobina ocorre a
passagem do fluido refrigerante, que no caso é água fria. A Figura 2 ilustra o arranjo foco deste
estudo, onde pode se verificar a bobina helicoidal de cobre e externamente dois cilindros
concêntricos passando água refrigerante entre eles. As setas de cor azul representam o fluido frio
que passa entre os cilindros. As setas laranja no sentido coaxial representam o fluido frio após
aquecimento e a seta vermelha no sentido radial (entrando na serpentina) representa o fluido
quente a ser refrigerado.
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012
ISBN 978-85-62326-96-7
Figura 2- Esquema do trocador de calor helicoidal
2 MATERIAL E MÉTODOS
Através do software comercial ANSYS 12.1 realiza-se uma simulação computacional com
o objetivo de avaliar as trocar térmicas e a velocidade dos fluidos durante o processo. Diversas
características relevantes relativas ao dimensionamento dos trocadores de calor e aos fluidos de
trabalho são apresentadas nas Tabelas 1, 2, 3 e 4. A Tabela 5 apresenta as características
relativas ao nível de refinamento utilizado na simulação para os domínios de fluido frio e quente.
As dimensões utilizadas são compatíveis com as dimensões de um trocador de calor helicoidal
industrial. (PIMENTA, 2010).
Os trocadores de calor analisados, possuem fluxos em contra-corrente devido ao seu
melhor desempenho se comparado ao trocador de calor de correntes paralelas, utiliza-se água
para ambos os fluidos e o material metálico do trocador de calor é cobre. O regime considerado é
permanente e o fluido pode ser considerado incompressível (vide Tabela 2). A temperatura de
entrada do fluido frio é 25°C.O critério de convergência adotado para as variáveis de velocidade e
temperatura foi de RMS (resíduo médio quadrático) e o número máximo de iterações nas
simulações foi de 200.
Com este nível de informação, foi realizada a simulação e os resultados são abordados na
seção seguinte.
Característica Valor
Densidade [kg m^-3] 997
Capacidade térmica específica [J kg^-1 K^-1] 4181,7
Pressão de referência [atm] 1
Temperatura de refêrencia [C] 25
Viscosidade dinâmica [kg m^-1 s^-1] 8,899X10-4
Condutividade térmica [W m^-1 K^-1] 0,6069
Crítério de incompressibilidade
V som no fluido = 1400 m/s Velocidade do fluido Nº Mach
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012
ISBN 978-85-62326-96-7
DUAS ESPIRAS
CARACTERÍSTICA VALOR
DIÂMETRO INTERNO DA SERPENTINA: 0,196 m
DIAMETRO EXTERNO DA SERPENTINA 0,2 m
DISTÂNCIA ENTRE ESPIRAS 0,7m
ÂNGULO DE ESPIRA 79,6° ou 10,4°
DIÂMETRO DO CILINDRO MAIOR 2m
DIAMETRO DO CILINDRO MENOR 1m
COMPRIMENTO DO TC 3m
COMPRIMENTO DA SERPENTINA 11m
TRÊS ESPIRAS
CARACTERÍSTICA VALOR
DIÂMETRO INTERNO DA SERPENTINA: 0,196 m
DIAMETRO EXTERNO DA SERPENTINA 0,2 m
DISTÂNCIA ENTRE ESPIRAS 0,6m
ÂNGULO DE ESPIRA 82° ou 8°
DIÂMETRO DO CILINDRO MAIOR 2m
DIAMETRO DO CILINDRO MENOR 1m
COMPRIMENTO DO TC 3m
COMPRIMENTO DA SERPENTINA 15m
ε= (1)
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012
ISBN 978-85-62326-96-7
- ) (2)
- ) (3)
. (4)
. (5)
Sendo:
ε, efetividade;
, taxa real de transferência;
, taxa máxima possível de transferência;
, capacidade térmica do fluido quente;
, capacidade térmica do fluido frio;
, temperatura de entrada do fluido quente;
, temperatura de saída do fluido quente;
, temperatura de entrada do fluido frio;
, fluxo mássico do fluido quente;
, fluxo mássico do fluido frio;
calor específico do fluido quente;
calor específico do fluido frio;
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados da simulação com duas e três espiras foram comparados entre si para os
casos denominados 1 e 2, com 30°C e 60°C respectivamente, para temperaturas de entrada do
fluido quente. Os resultados são apresentados sob a forma de diagrama de temperaturas e
velocidades para diversos cortes na espira do trocador de calor obtidos pelo software de
computação numérica.
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012
ISBN 978-85-62326-96-7
Figura 3- Duas espiras e 30°C – Mapa de temperaturas
A Figura 4 ilustra as velocidades encontradas em três cortes das espiras: entrada, meio e
saída. A entrada do trocador de calor (ponto A – vide Figura 4) possui uma velocidade superior
visto que durante o trajeto (ponto B e C) devido à viscosidade do fluido e seu contato com as
paredes, tem-se perda de energia e consequentemente diminuição da velocidade, a queda de
velocidade ao longo da trajetória até o ponto C é da ordem de aproximadamente 50%.
A Figura 5 ilustra as temperaturas nos cortes frontal das espiras do trocador de calor.
Obviamente a temperatura de entrada na espira (ponto A) possui o maior valor e percebe-se uma
redução de temperatura gradativa a cada corte da tubulação (pontos B e C) até a chegada de
menor temperatura (ponto C), aproximadamente 28°C, o que representa uma diminuição de
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012
ISBN 978-85-62326-96-7
aproximadamente 7% em relação aos 30°C de entrada do fluido quente. A homogeneidade de
temperatura pode também ser verificada na Figura 5 sendo coerente com a Figura 3.
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012
ISBN 978-85-62326-96-7
Figura 6- Duas espiras e 60°C – Mapa de temperaturas
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012
ISBN 978-85-62326-96-7
A Tabela 5 apresenta uma síntese dos resultados verificados para esta simulação com
uma eficiência média de aproximadamente 22%.
Duas serpentinas
CASO 1 CASO 2
Temperatura de
30°C 60°C
entrada na bobina
Temperatura de
28,55°C 54,77°C
saida na bobina
Eficiência 29% 14,9%
A eficiência do sistema no caso 2 foi consideravelmente inferior ao caso 1 e este fato pode
ser explicado devido ao menor número de espiras o que significa uma área menor de troca de
calor e sendo a temperatura de entrada do fluido quente superior ao caso 1 (60°C) não houve
área suficiente para realizar a troca de calor apropriada.
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012
ISBN 978-85-62326-96-7
Figura 9- Três espiras e 30°C – Mapa de temperaturas
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012
ISBN 978-85-62326-96-7
Figura 11- Três espiras e 30°C – Velocidade
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012
ISBN 978-85-62326-96-7
Figura 13- Três espiras e 60°C – Velocidade
D C B A
A Tabela 5 apresenta os resultados encontrados para esta simulação com uma eficiência
média de aproximadamente 39%.
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012
ISBN 978-85-62326-96-7
Tabela 5- Caso 1e 2 – Tabela comparativa com três serpentinas
Três serpentinas
CASO 1 CASO 2
Temperatura de
30°C 60°C
entrada na bobina
Temperatura de
28,66°C 41,91°C
saida na bobina
Eficiência 26,8% 51,7%
A eficiência para o trocador de calor com três espiras para o caso 2 foi bastante superior ao
trocador de calor com duas espiras. Este fato é bastante razoável de se esperar devido ao
aumento da área de troca de calor que é conseguido com uma espira a mais. Porém percebe-se
também que para ΔT pequeno a diferença de eficiência não é significativa.
4 CONCLUSÃO
Conclui-se neste artigo que a diferença de desempenho do trocador de calor com duas e
três espiras para uma troca de calor relativamente baixa (ΔTmax=5°C) entre o fluido refrigerante e
o fluido a ser refrigerado é muito pequena, não sendo evidenciadas vantagens para o trocador de
calor com um numero maior de espiras. Porém, este fato para ΔT superior a 100%, caso 2, por
exemplo, com ΔTmax=35°C entre fluido refrigerante e fluido a ser refrigerado, tal fato não é
ocorre, visto que a eficiência de desempenho do trocador de calor com três espiras comparado
com o de duas espiras foi consideravelmente melhor, chegando a uma eficiência três vezes
superior. Para o caso 2 com duas espiras verificou-se uma eficiência de troca de calor inferior ao
caso 1, isto pode ser explicado devido a temperatura de entrada ser superior no caso 2 e ao
menor número de espiras (duas no caso) não sendo possível realizar a troca de calor apropriada
devido a menor área de troca de calor somado ainda a temperatura de entrada superior. Este fato
não foi percebido no trocador de calor com uma espira a mais. Conclui-se também neste artigo
que é necessário para trabalhos futuros estudar o número de espiras versus custo de projeto
versus desempenho do trocador de calor para melhor “otimizar” os processos de troca de calor
nas indústrias devido a constante necessidade industrial de redução de custos e melhores
desempenhos.
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012
ISBN 978-85-62326-96-7
5 REFERÊNCIAS
[1] AZIZ, M. MANSOUR, I. SEDAHMED, G. Study of the rate of liquid–solid mass transfer
controlled processes in helical tubes under turbulent flow conditions, Chem. Eng. Process
40 (2010).
[2] FENG, Y.M. LIN W.C. CHIENG, C.C, Numerically investigated effects of different Dean
number and pitch size on flow and heat transfer characteristics in a helically coil-tube heat
exchanger, Applied Thermal Engineering 26 (2012).
[3] INCROPERA, Frank P.; WITT, David P. Fundamentos de Transferência de Calor e Massa,
LTC,Rio de Janeiro, 1992.
[5] KUMAR, B. FAIZEE, M. MRIDHA, K.D.P. NIGAM, Numerical studies of a Tube in tube
helically coiled heat exchanger, Chem. Eng. Process 47 (2008).
[6] KUMAR, V. SAINI, S.SHARMA,M. NIGAM, K. Pressure drop and heat transfer study in
tube-in-tube helical heat exchanger, Chem. Eng. Process 61 (2006).
[7] MUNOZ, J. ADÃNADES, A. Analysis of internal helically finned tubes for parabolic trough
design by CFD tools, Applied energy 88 (2011).
[9] RENNIE, T. RAGHAVAN, V. Effect of fluid thermal properties on the heat transfer
characteristics in a double-pipe helical heat exchanger, Thermal Science 45 (2006).
[11] SAHOO, P. ANSARI, I. DATTA. A. A computer based iterative solution for accurate
estimation of heat transfer coefficients in a helical tube heat exchanger, Food Engineering 58
(2003).
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012
ISBN 978-85-62326-96-7
[12] SAN, J;Y; HSU, C.H. CHEN, S.H. Heat transfer characteristics of a helical heat
exchanger, Applied Thermal Engineering 39 (2012).
[13] SRBISLAV B. et al, Research on the shell-side thermal performances of heat exchangers
with helical tube coils, Heat and Mass transfer 55 (2012).
[15] XIAL et al, Fluid Flow and Heat Transfer Characteristics in Helical Tubes
Cooperating with Spiral Corrugation, Energy procedia 17 (2012).
The 4th International Congress on University-Industry Cooperation – Taubate, SP – Brazil – December 5th through 7th, 2012
ISBN 978-85-62326-96-7