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Aula 04

Regimento Interno p/ Senado Federal - 2016 - (com videoaulas)

Professores: Fabrício Rêgo, Victor Dalton


Regimento Interno do Senado Federal 2016
Professor Victor Dalton/Prof. Fabrício Rêgo Aula 04

AULA 04 – Comissões – Parte 2


APRESENTAÇÃO DO TEMA
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO DO TEMA ......................................................................1


SUMÁRIO ............................................................................................1
DAS REUNIÕES ....................................................................................1
DOS PRAZOS ..................................................................................... 14
DAS EMENDAS NAS COMISSÕES ........................................................... 18
DOS RELATORES ................................................................................ 21
DOS RELATÓRIOS............................................................................... 23
DOS PARECERES ................................................................................ 27
COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO ......................................... 36
MAIS QUESTÕES COMENTADAS ............................................................ 43
LISTA DE QUESTÕES - SEM COMENTÁRIO .............................................. 47
REGIMENTO GRIFADO ......................................................................... 51
MAPAS MENTAIS DA AULA ................................................................... 65

Olá pessoal, tudo bem?


Iremos estudar nesta aula a parte dois do título Comissões, analisando
seus procedimentos, reuniões, e aspectos correlatos.

DAS REUNIÕES

Veremos agora como serão as reuniões nas comissões. Observe que


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cada comissão tem seu horário de funcionamento definido no regimento, com


freqüência semanal para as reuniões ordinárias.

Art. 106. As comissões reunir-se-ão nas dependências


do edifício do Senado Federal.
Art. 107. As reuniões das comissões permanentes
realizar-se-ão:

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I - se ordinárias, semanalmente, durante a sessão


legislativa ordinária, nos seguintes dias e horários:
a) Comissão de Assuntos Econômicos: às terças-feiras,
dez horas;
b) Comissão de Serviços de Infraestrutura: às terças -
feiras, quatorze horas;
c) Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania: às
quartas-feiras, dez horas;
d) Comissão de Assuntos Sociais: às quintas-feiras,
onze horas e trinta minutos;
e) Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional:
às quintas-feiras, dez horas;
f) Comissão de Educação, Cultura e Esporte: às terças-
feiras, onze horas;
g) Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor
e Fiscalização e Controle: às terças-feiras, onze horas e
trinta minutos;
h) Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa: às terças-feiras, doze horas;
i) Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo:
às quartas-feiras, quatorze horas;
j) Comissão de Agricultura e Reforma Agrária: às
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quintas-feiras, doze horas.


k) Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação,
Comunicação e Informática: às quartas-feiras, dezoito
horas.
l) Comissão de Transparência e Governança
Pública: às quartas-feiras, às onze horas e trinta
minutos.

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II - se extraordinárias, mediante convocação especial


para dia, horário e fim indicados, observando-se, no
que for aplicável, o disposto neste Regimento sobre a
convocação de sessões extraordinárias do Senado;

Frisando bem que aqui o RISF está a falar das sessões que ocorrem em
horários diferentes do estabelecido para as sessões ordinárias, em nada se
assemelhando com as hipóteses estudadas no art. 57, §6º da CF/88, das
sessões legislativas extraordinárias.

III - as comissões parlamentares de inquérito reunir-


se-ão em horário diverso do estabelecido para o
funcionamento das Comissões Permanentes.
Parágrafo único. EM QUALQUER HIPÓTESE, a reunião
de comissão permanente ou temporária não poderá
coincidir com o tempo reservado à Ordem do Dia
das sessões deliberativas ordinárias do Senado.

Temos aqui duas observações importantes: o horário das CPIs devem


ser diversos do estabelecido para as comissões permanentes. Além disso, EM
QUALQUER HIPÓTESE, não poderá o horário das comissões coincidirem
com o da Ordem do Dia nas sessões deliberativas.
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Professor, não estou entendendo. Li acima que há comissões que se


reúnem no período da tarde. As sessões deliberativas do Senado, como
sabemos, são também à tarde de segunda a quinta. Não estaria, então, o
próprio regimento se contradizendo nesse ponto? Há de fato um conflito, mas
os horários estabelecidos para funcionamento das comissões, art. 107, I, não
são seguidos à risca. Basta observar, por exemplo, que a CCT tem previsão de
reunião às quartas-feiras, às 18h, sendo que de acordo com a agenda do
Senado na internet essa comissão se reuniria às terças, 9h.
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De todo modo, vale lembrar que a Ordem do Dia só se inicia às 16h, de


acordo com o disposto no art. 162 do regimento.

Art. 108. As reuniões das comissões serão iniciadas


com a presença de, no mínimo, UM QUINTO de sua
composição, salvo o disposto no § 3º do art. 93. (trata-
se do quorum de abertura da audiência pública, que
poderá ser com dois integrantes da comissão)
§ 1º A pauta dos trabalhos das comissões, salvo em
caso de urgência, será disponibilizada em meio
eletrônico no portal do Senado Federal, com
antecedência mínima de 2 (dois) dias úteis.
§ 2º É facultada a utilização de sistema biométrico de
identificação no registro de presença dos membros da
comissão.
§ 3º A suspensão de reunião de comissão somente
será permitida quando sua continuação ocorrer em
data e hora previamente estabelecidas.

Pode haver suspensão da reunião? Pode, desde que já seja fixada nova
data.
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Art. 109. A comissão deliberará por maioria de


votos, presente a maioria de seus membros, sendo
as deliberações terminativas tomadas pelo processo
nominal.

A comissão segue a regra geral de votação por maioria simples.


Ademais, as votações poderão ocorrer de forma simbólica, que é o mecanismo
utilizado quando há acordo em relação a matéria. Como é a votação simbólica?
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É aquela em que o Presidente não colhe os votos individualmente, apenas pede


que os senadores favoráveis permaneçam como se encontram, devendo os
contrários se manifestarem. Em não havendo oposição, considera-se aprovado.
A votação simbólica tem previsão no art. 293 do regimento e será objeto de
estudo detalhado no futuro.
Quer ter ideia de como funciona esse tipo de votação? Veja o link
abaixo vídeo da TV Senado contendo votação simbólica.
https://www.youtube.com/watch?v=Z1wRczqJBRk

Pois bem, sabendo como funciona a votação simbólica, entenda seu


oposto, que é a votação nominal. Nessa, como o nome intui, haverá votação
colhendo os votos de cada senador por meio eletrônico (famoso “painel
eletrônico”) ou, quando este não estiver funcionando, através de chamada
nominal dos senadores para proferirem seu voto. A previsão regimental está
no art. 294.
Tudo isso foi explicado para a compreensão do art. 109, o qual afirma
que a votação de DECISÕES TERMINATIVAS, aquelas estudadas no art.
91, serão NOMINAIS.

Art. 110. As reuniões serão públicas, salvo os casos


expressos neste Regimento ou quando o deliberar a
comissão. 19878612724

Art. 111. Os trabalhos das comissões iniciar-se-ão,


salvo deliberação em contrário, pela leitura e discussão
da ata da reunião anterior que, se aprovada, será
assinada pelo Presidente.

O exposto no art. 111 é uma praxe dos órgãos colegiados, incluindo


aqui tribunais. A sessão será iniciada com a leitura da ata da reunião anterior,

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de forma sucinta, na qual estarão registrados os acontecimentos da reunião. A


ata deverá ser aprovada e, após, assinada pelo President e.
Responda-me uma coisa: só pode participar ativamente da reunião
da comissão o senador que compuser o colegiado? NÃO! É facultado a
qualquer senador assistir às reuniões, inclusive discutir o assunto em debate e,
caso queira, enviar por escrito sua manifestação.
Imagine a situação de uma decisão terminativa, a qual não irá para
plenário. Ela está sendo deliberada em uma comissão e o senador de outra
gostaria de contribuir para aquela proposição. Só pelo fato de ele não fazer
parte da comissão, não pode contribuir?! Não, né? Então este senador poderá
participar das deliberações. Além disso, como veremos logo mais, ele poderá
também propor emendas a proposições com esse trâmite terminativo.

Esse senador do caso hipotético poderá votar? Não! O regimento


não autoriza o senador a votar nesse caso, FIQUE ATENTO!!!!

Art. 112. É facultado a qualquer Senador assistir às


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reuniões das comissões, discutir o assunto em debate,


pelo prazo por elas prefixado, e enviar-lhes, por escrito,
informações ou esclarecimentos.
Parágrafo único. As informações ou esclarecimentos
apresentados serão impressos com os pareceres, se o
autor o requerer e a comissão o deferir.
Art. 113. O ESTUDO de qualquer matéria poderá ser
feito em reunião conjunta de duas ou mais
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comissões, por iniciativa de qualquer delas, aceita


pelas demais, sob a direção do Presidente mais idoso,
ou ainda, nos termos do art. 49, II.
Parágrafo único. Nas reuniões conjuntas observar-se-ão
as seguintes normas:
I - cada comissão deverá estar presente pela maioria
absoluta de seus membros;
II - o estudo da matéria será em conjunto, mas a
votação far-se-á separadamente, na ordem
constante do despacho da Mesa;
III - cada comissão poderá ter o seu relator se não
preferir relator único;
IV - o parecer das comissões poderá ser em conjunto,
desde que consigne a manifestação de cada uma delas,
ou em separado, se essa for a orientação preferida,
mencionando, em qualquer caso, os votos vencidos, os
em separado, os pelas conclusões e os com restrições.

Vejamos com atenção o art. 113. Ele prevê o estudo de qualquer


matéria em sessão conjunta de comissões, por iniciativa de qualquer uma
delas. O Presidente mais idoso das comissões será o dirigente da reunião
conjunta. Deve estar presente a maioria absoluta de cada comissão.
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O ESTUDO será em conjunto, mas a VOTAÇÃO será em separado,


cada comissão votando no seu meio. Apesar disso, o relator da matéria
será único, o qual apresentará o relatório para todas as comissões e, após, os
votos serão colhidos separadamente. No entanto, o RISF permite que as
comissões, tantas quantas sejam elas na reunião, tenham seus próprios
relatores.
Além disso, o parecer sobre a matéria poderá ser em conjunto ou em
separado, da forma que optarem as comissões. Não obstante, caso seja
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conjunto, deverá constar a manifestação de cada comissão e, em qualquer


caso, os votos vencidos, os votos em separado bem como as conclusões e
restrições.

Observe uma coisa: apenas a votação que o RISF exige ser


separada, cada comissão “na sua”. O resto dos pontos, relatoria e
parecer, pode ser junto ou separado, conforme decidam as comissões.

Art. 114. As comissões permanentes e temporárias


serão secretariadas por servidores da Secretaria do
Senado e terão assessoramento próprio, constituído de
até três assessores, designados pelo respectivo
Presidente, ouvida a Consultoria Legislativa ou a de
Orçamentos, conforme o caso.
Parágrafo único. Ao secretário da comissão compete:
I - redigir as atas;
II - organizar a pauta do dia e do protocolo dos
trabalhos com o seu andamento;
III - manter atualizados os registros necessários ao
controle de designação de relatores.
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Pessoal, como dito acima, as atas das sessões são bem sucintas,
devendo conter apenas o necessário para identificar o que fora discutido na
reunião. Não obstante, caso seja um assunto importante, poderá o Presidente
solicitar ao Primeiro Secretário que tome as providências necessárias para o
registro taquigráfico da reunião. Será ele o responsável por fazer o registro?
Não! No Senado existem servidores com essa atribuição.

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Art. 115. Das reuniões das comissões lavrar-se-ão


atas em folhas avulsas rubricadas pelo Presidente.
§ 1º Quando, pela importância do assunto em estudo,
convier o registro taquigráfico dos debates, o
Presidente solicitará ao Primeiro Secretário as
providências necessárias.
§ 2º Das atas constarão:
I - o dia, a hora e o local da reunião;
II - os nomes dos membros presentes e os dos
ausentes com causa justificada ou sem ela;
III - a distribuição das matérias por assuntos e
relatores;
IV - as conclusões dos pareceres lidos;
V - referências sucintas aos debates;
VI - os pedidos de vista, adiamento, diligências e outras
providências, salvo quando não se considere
conveniente a divulgação da matéria.
§ 3º As atas serão publicadas no Diário do Senado
Federal, dentro dos dois dias úteis que se seguirem à
reunião, podendo, em casos excepcionais, a juízo
do Presidente da comissão, ser essa publicação
adiada por igual prazo. 19878612724

Art. 116. Serão secretas as reuniões para deliberar


sobre:
I - declaração de guerra ou celebração de paz (Const.,
art. 49, II);
II - trânsito ou permanência temporária de forças
estrangeiras no território nacional (Const., art. 49,
II);

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III - escolha de chefe de missão diplomática de


caráter permanente (Const., art. 52, IV);

Primeiro ponto: não confundir reunião secreta com voto secreto. Na


reunião secreta, toda ela, incluindo a discussão, será a portas fechadas. Nem
mesmo os servidores do Senado participam dela, apenas senadores e pessoas
objeto da reunião.
Por outro lado, no caso de voto secreto, trata-se apenas do momento
decisório e, nesse caso, a reunião será pública. Quer ver um exemplo?
Sabatina de ministros para assumir vaga em tribunais superiores. Será uma
sessão aberta, tanto que vemos com freqüência transmissão da sabatina pela
televisão, mas a votação será secreta, apenas.
Pergunta de prova. Julgue o item: as hipóteses de reuniões secretas
previstas no art. 116 do RISF são taxativas. Certo ou errado? Errado!!! Da
forma como é lido o art. 116 de fato nos leva a uma primeira conclusão que
sim, são hipóteses taxativas, ou seja, não há mais casos de reunião secreta.
No entanto, o art. 110 afirma que as sessões poderão ser secretas nos casos
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previstos no RISF ou quando deliberar a comissão.

§ 1º Nas reuniões secretas, quando houver parecer a


proferir, lido o relatório, que NÃO SERÁ CONCLUSIVO,
a comissão deliberará em escrutínio secreto,
completando-se o parecer com o resultado da votação,
não sendo consignadas restrições, declarações de
voto ou votos em separado.

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§ 2º Nas reuniões secretas, servirá como secretário


um dos membros da comissão, designado pelo
Presidente.

Qual o sentido desse dispositivo, obrigar um senador a servir como


secretário, já que vimos ter a comissão servidores com essa atribuição?
Justamente pelo fato de servidores não poderem participar das reuniões
secretas.

§ 3º A ata deverá ser aprovada ao fim da reunião,


assinada por todos os membros presentes, encerrada
em sobrecarta lacrada, datada e rubricada pelo
Presidente e pelo Secretário e recolhida ao Arquivo do
Senado.
Art. 117. Nas reuniões secretas, além dos membros da
comissão, só será admitida a presença de
Senadores e das pessoas a serem ouvidas sobre a
matéria em debate.
Parágrafo único. Os Deputados Federais poderão
assistir às reuniões secretas que não tratarem de
matéria da competência privativa do Senado Federal.
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Muita atenção aqui: de quais reuniões secretas os deputados federais


poderão participar dentre as expostas no art. 116? Das duas primeiras:

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declaração de guerra ou celebração de paz e trânsito ou permanência


temporária de forças estrangeiras no território nacional. Por quê? Pois são
matérias de competência do Congresso Nacional. Os deputados só não
podem participar de sessão secreta de competência exclusiva do
Senado que, no caso, é a escolha de chefe de missão diplomática de
caráter permanente.
Vamos praticar um pouco a fim de oxigenar a mente. Lembrando:
sempre volte ao texto do regimento quando for responder às questões.

1 - As comissões do Senado Federal reunir-se-ão semanalmente, se


ordinárias, e de maneira extraordinária fora dos horários previamente definidos
para as ordinárias. Neste último caso, pela excepcionalidade da reunião,
poderá o horário de funcionamento coincidir com o horário reservado à Ordem
do Dia nas sessões deliberativas ordinárias. ( )

Resposta: errado. A primeira parte do enunciado está correta. O erro se


verifica na afirmação de que poderá coincidir com o horário reservado à Ordem
do Dia, o que contradiz o parágrafo único do art. 107.
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2 - É correto afirmar que as decisões terminativas nas comissões do


Senado serão deliberadas apenas através de votação nominal, podendo ser por
meio eletrônico ou através de chamada dos senadores. ( )

Resposta: correto. Art. 109 c/c o art. 294 do RISF.

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3 - Na hipótese de reunião conjunta de comissões do Senado, as


matérias serão estudadas e deliberadas em conjunto, podendo o parecer estar
formado em conjunto ou em separado, de tudo registrando as manifestações,
votos vencidos e em separado. ( )

Resposta: errado. A deliberação ou votação da reunião em conjunto do


senado será separado. Art. 113, pu, II e IV.

4 - Nas reuniões secretas, quando houver parecer a proferir, lido o


relatório, que não será conclusivo, a comissão deliberará em escrutínio
secreto, completando-se o parecer com o resultado da votação, sendo
consignadas restrições, declarações de voto ou votos em separado. ( )

Resposta: errado. As reuniões secretas não consignam restrições,


declarações de voto ou votos em separado. Art. 116, §1º do RISF.

5 - As reuniões das comissões sempre contarão com registro


taquigráfico. ( )

Resposta: errado. Apenas para os assuntos mais importantes haverá o


registro taquigráfico. Art. 115, §1º, RISF.
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6 - De acordo com o Regimento do Senado, deputados federai s não


poderão participar de reunião secreta nas comissões quando estiver sendo
discutido o trânsito ou permanência temporária de forças estrangeiras no
território nacional. ( )

Resposta: errado. O RISF afirma o seguinte: Art. 117, pu: Os


Deputados Federais poderão assistir às reuniões secretas que não tratarem
de matéria da competência privativa do Senado Federal. Ora, a matéria
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em questão, embora seja atribuição do Senado, não é de competência


privativa do Senado, mas sim do Congresso nacional, art. 49, II da CF/88.

DOS PRAZOS

Quais os prazos que as comissões possuem para deliberações de suas


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matérias? Vejamos:

CCJ: 20 dias úteis


Demais comissões: 15 dias úteis
Emendas: 15 dias úteis, correndo em conjunto se houver mais
de uma comissão analisando.

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Os relatores terão metade desses prazos para se manifestar, a


depender de cada caso.
Vamos entender:

Art. 118. O exame das comissões sobre as


proposições, excetuadas as emendas e os casos em
que este Regimento determine em contrário,
obedecerá aos seguintes prazos:
I - vinte dias úteis para a Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania;
II - quinze dias úteis para as demais comissões.
§ 1º Sobre as emendas, o prazo é de quinze dias
úteis, correndo em conjunto se tiver que ser ouvida
mais de uma comissão.

Que emendas são essas? São emendas constitucionais? Não, pessoal.


São as emendas às proposições de uma forma geral. Contribuições de outros
senadores e comissões em uma determinada proposição que esteja em
andamento.
O prazo poderá ser prorrogado por igual período, devendo o Presidente
da Comissão comunicar a Mesa, antes do seu término, ao que será dado
publicidade aos demais senadores. 19878612724

Caso seja necessário outra prorrogação, o Plenário do Senado deverá


deliberar sobre ela.

§ 2º Se a comissão não puder proferir o parecer no


prazo, tê-lo-á prorrogado, por igual período, desde
que o seu Presidente envie à Mesa, antes de seu
término, comunicação escrita, que será lida no Período
do Expediente e publicada no Diário do Senado Federal.
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Posterior prorrogação só poderá ser concedida por


prazo determinado e mediante deliberação do Senado.

No final da sessão legislativa ordinária, ou seja, no fim do ano, os


prazos das comissões terão sua contagem suspensa, voltando a contar de
onde parou no início da próxima SLO, salvo nos processos de tramitação
urgente (art. 375 do RISF).
E se for final de legislatura e determinada comissão ainda esteja com
projetos para análise? O prazo será, então, renovado na próxima legislatura, o
mesmo ocorrendo caso seja designado novo relator.
Vamos compilar os casos de suspensão do prazo:

Fim da SLO, salvo matérias urgentes;


Realização de audiência pública
Convocação de Ministro de Estado ou titulares de órgãos
vinculados à Presidência da República
Depoimento de cidadão ou autoridade
Realização de diligência

§ 3º O prazo da comissão ficará suspenso pelo


encerramento da sessão legislativa, continuando a
correr na sessão imediata, salvo quanto aos projetos a
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que se refere o art. 375, e renovar-se-á pelo início de


nova legislatura ou por designação de novo relator.
§ 4º Será suspenso o prazo da comissão durante o
período necessário ao cumprimento das disposições
previstas no art. 90, II, III, V e XIII.
§ 5º O prazo da comissão não se suspenderá nos
projetos sujeitos a prazos de tramitação.

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Art. 119. Quando a matéria for despachada a mais de


uma comissão e a primeira esgotar o prazo sem sobre
ela se manifestar, poderá ser dispensado o seu parecer,
por deliberação do Plenário, a requerimento de
qualquer Senador.
Parágrafo único. Se uma das comissões considerar
indispensável, antes de proferir o seu parecer, o exame
da que houver excedido o prazo, proposta neste sentido
será submetida à deliberação do Plenário.
Art. 120. O relator tem, para apresentar o relatório, a
metade do prazo atribuído à comissão.

Abaixo segue um importante dispositivo de controle dos prazos. Diz o


art. 121 que o Presidente da comissão pode, por conta própria ou a
requerimento de senador, pautar as matérias em que o relator descumpriu o
prazo regimental, mesmo sem o consentimento dele. O artigo determina ainda
que ao relator seja dado conhecimento da decisão.

Art. 121. O Presidente da comissão, ex officio ou a


requerimento de Senador, poderá mandar incluir, na
pauta dos trabalhos, matéria que, distribuída, não
tenha sido relatada no prazo regimental, devendo dar
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conhecimento da decisão ao relator.

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DAS EMENDAS NAS COMISSÕES

Agora estudaremos os procedimentos para realização das emendas.


Lembra daquela história do "acessório segue o principal"? Pois é, aqui também
se aplica. A emenda é a forma com que o senador tem de participar da
proposição que está tramitando na Casa, propondo inclusão de algum
dispositivo, alteração, enfim. Tramitará como acessório da proposição original.
Aqui faremos apenas essa breve introdução, já que o estudo mais
aprofundado das emendas será em aula futura.
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Art. 122. Perante as comissões, poderão apresentar


emendas:
I - qualquer de seus membros, em todos os casos;

Em todo o caso os membros das comissões podem apresentar emendas


às proposições em deliberação no colegiado.

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No entanto, é importante o que vem a seguir, que é a possibilidade de


qualquer senador apresentar emendas, mesmo que não esteja participando da
comissão.
Lembram que os projetos de código terão comissão própria criada
para essa finalidade? Pois é, qualquer senador poderá apresentar emenda a
projeto de código no prazo de 20 dias úteis. Nesse caso, independente de o
parecer da comissão ser favorável ou contrário à emenda, será encaminhada
para deliberação do Plenário.
Outro caso é quando seja projeto de iniciativa do Presidente da
República em regime de urgência, com base no art. 64, §1º da CF/88. Possui
5 dias úteis para oferecer emenda. Nesse caso, afirma o art. 124, III do
RISF que o pronunciamento da comissão será final, a não ser que haja recurso
interposto por 1/10 do senadores (9) no sentido de ser a emenda submetida a
plenário, sem discussão.
Além disso, quando estiver tramitando na comissão matéria que está
sujeita a decisão terminativa, conforme já estudamos na aula anterior,
poderá o senador também propor emendas. Trata-se de uma disposição do
RISF que prestigia a participação de todos os senadores, mesmo os que não
são da comissão, podendo interferir diretamente naquela matéria. Aqui temos
o prazo de 5 dias úteis para oferecimento de emendas. A comissão terá
pronunciamento final, a não ser que haja recurso de 1/10 dos senadores.
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II - qualquer Senador:
a) aos projetos de código;
b) aos projetos de iniciativa do Presidente da República
com tramitação urgente (Const., art. 64, § 1º);
c) aos projetos referidos no art. 91.
§ 1º No caso do inciso II, o prazo para a
apresentação de emenda contar-se-á a partir da
publicação da matéria no Diário do Senado Federal,
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sendo de vinte dias úteis para os projetos de


Código e de cinco dias úteis para os demais
projetos.
§ 2º No avulso eletrônico da Ordem do Dia consignar-
se-á a existência de projetos em fase de recebimento
de emendas, com a indicação da comissão que deverá
recebê-las, do prazo e do número de dias transcorridos.
Art. 123. Considera-se emenda de comissão a
proposta por qualquer de seus membros e por ela
adotada.

Veja: se o senador da própria comissão apresentar emenda e ela for


aprovada pelo colegiado, será considerada como emenda da comissão, não
apenas do senador de maneira isolada. Por outro lado, caso não adotada pela
comissão, ou seja, rejeitada, será considerada inexistente a emenda, não mais
tramitará junto à proposição principal.

Art. 124. Terá o seguinte tratamento a emenda


apresentada na forma do art. 122:
I - no caso do inciso I, será considerada inexistente
quando não adotada pela comissão;
II - no caso do inciso II, alínea a, será encaminhada
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à deliberação do Plenário do Senado, com parecer


favorável ou contrário;
III - no caso do inciso II, alínea b, será final o
pronunciamento, salvo recurso interposto por um
décimo dos membros do Senado no sentido de ser a
emenda submetida ao Plenário, sem discussão;
IV - no caso do inciso II, alínea c, será final o
pronunciamento da comissão, salvo recurso
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interposto para discussão e votação da proposição


principal.
Art. 125. Quando a proposição estiver sujeita, na
forma deste Regimento, a parecer em Plenário, o
relator, ao proferi-lo, poderá oferecer emenda ou
subemenda.

Por fim, o relator de determinada proposição que esteja sujeito a


parecer em plenário poderá oferecer emenda ou subemenda à proposição que
esteja relatando. Nesse caso, o Presidente da comissão designará outro
senador para relatar a emenda do relator, consignado tudo isso no parecer
(art. 126, §2º).

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DOS RELATORES

Vejamos sobre a designação dos relatores. Vamos lembrar da aula


passada que compete ao Presidente da comissão designar os relatores para as
matérias. Essa designação deverá obedecer à proporção dos partidos ou blocos
parlamentares presentes na sessão, de forma a equilibrar. Quanto maior o

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número de senadores de determinado partido ou bloco, mais relatorias de


proposições.
Os relatores serão fixados dois dias úteis após o recebimento do
projeto, a não ser que o regimento indique outro prazo.

Art. 126. A designação de relator, independente da


matéria e de reunião da comissão, obedecerá à
proporção das representações partidárias ou dos
blocos parlamentares nela existentes, será alternada
entre os seus membros e far-se-á em dois dias úteis
após o recebimento do projeto, salvo nos casos em
que este Regimento fixe outro prazo.
§ 1º O relator do projeto será o das emendas a
este oferecidas em plenário, salvo ausência ou recusa.
§ 2º Quando se tratar de emenda oferecida pelo
relator, em plenário, o Presidente da comissão
designará outro Senador para relatá-la, sendo essa
circunstância consignada no parecer.

Veja que o relator do projeto será o que irá relatar, também, as


emendas oferecidas em plenário. No entanto, o senador-relator poderá se
recusar a relatar essas emendas. 19878612724

Outra regra importante é que o autor da proposição não poderá ser


relator da matéria!
Vamos aqui a um conceito novo: relator do vencido. Pensemos da
seguinte forma: o projeto será votado, podendo o relator vencer a votação, ou
seja, quando a maioria concorda com sua relatoria e acompanha o seu
posicionamento em relação a ela. Poderá, por outro lado, ser vencido, quando
o seu relatório não é acompanhado pela maioria, que entende de forma
diferente. Ok até aqui?
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Quando o relator vencer a votação ele mesmo irá proferir o parecer da


comissão, já que está de acordo com o seu entendimento.
No entanto, se o relator ficar vencido, uma vez que o parecer será
contrário àquilo que ele entende (já que "perdeu"), será designado outro
relator para produzir o parecer, sendo este do grupo da maioria que venceu a
votação. Esse será o "relator do vencido" que, consequentemente, produzirá o
"relatório do vencido".
Contudo, tal substituição não ocorrerá se o relator ficar vencido apenas
em parte da proposição ou da emenda, quando então ele será o relator do
parecer, consignando tudo no documento.

Art. 127. Não poderá funcionar como relator o


autor da proposição.
Art. 128. Vencido o relator, o Presidente da comissão
designará um dos membros, em maioria, para suceder-
lhe, exceto se o fato ocorrer apenas em relação a
parte da proposição ou emenda, quando
permanecerá o mesmo relator, consignando-se o
vencido, pormenorizadamente, no parecer.
Art. 129. O Presidente poderá, excepcionalmente,
funcionar como relator.
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DOS RELATÓRIOS

A matéria está começando a ficar interessante, não é pessoal? Estamos


cada vez mais no conteúdo finalístico do Senado. Agora iremos estudar os
relatórios, que é a forma que irá materializar a manifestação do relator em
relação a um requerimento, a uma proposição legislativa, a um ofício, enfim.

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Inicialmente, registre-se que as matérias deverão estar organizadas na


pauta e serão relatadas na ordem em que lá figurarem, a não ser que tenha
sido concedida preferência para qualquer delas.
O relatório deverá ser escrito. Não obstante, a sua apresentação para
votação será oral, quando o relator o lerá.
Uma vez lido o relatório e aprovado pela maioria da comissão de acordo
com o que votou o relator, o relatório passará a ser um parecer, que é a
conclusão final sobre o assunto. Como veremos logo mais, o parecer será
conclusivo.
Vejamos esses artigos iniciais:

Art. 130. As matérias que, em cada reunião, devam


ser objeto de estudo, constarão de pauta previamente
organizada, sendo relatadas na ordem em que nela
figurarem, salvo preferência concedida para qualquer
delas.
Art. 131. O relatório deverá ser oferecido por escrito.
Art. 132. Lido o relatório, desde que a maioria se
manifeste de acordo com o relator, passará ele a
constituir parecer.

O que é um "pedido de vista"? O senador pedirá vista do processo a fim


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de se aprofundar melhor naquele estudo e, com base nisso, votar. O RISF é


claro ao afirmar que o pedido de vista só pode ser feito UMA ÚNICA VEZ, em
relação ao mesmo senador naquele processo, e pelo prazo MÁXIMO E
IMPRORROGÁVEL de 5 dias.

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O prazo será de 5 dias corridos, contando sábado, domingos e


feriados que tiver no intercurso, não apenas dias úteis. Veja que esse é
o primeiro prazo do regimento apresentado dessa forma, no que diz
respeito à atividade dos senadores. Todos os demais, até agora, eram
sempre em dias úteis.
Mais de um senador poderá pedir vista do processo, oportunidade em
que o prazo correrá em conjunto.
Quando o senador pede vista? No momento em que o relator profere o
seu voto, e antes de haver a deliberação, obviamente.

§ 1º O pedido de vista do processo somente poderá


ser aceito por uma única vez e pelo prazo MÁXIMO
e IMPRORROGÁVEL de cinco dias, devendo ser
formulado na oportunidade em que for conhecido o
voto proferido pelo relator, obedecido o disposto no §
4º.
§ 2º Estando a matéria em regime de urgência, a vista
somente poderá ser concedida:
I - por meia hora, no caso do art. 336, I1; (I- quando
se trate de matéria 19878612724

que envolva perigo para a


segurança nacional ou de providência para atender a
calamidade pública;)

1
Art. 336. A urgência poderá ser requerida:
I - quando se trate de matéria que envolva perigo para a segurança nacional ou de providência para
atender a calamidade pública;
II - quando se pretenda a apreciação da matéria na segunda sessão deliberativa ordinária subsequente à
aprovação do requerimento;
III - quando se pretenda incluir em Ordem do Dia matéria pendente de parecer.

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II - por vinte e quatro horas, nos casos do art. 336,


II e III. (II - quando se pretenda a apreciação da
matéria na segunda sessão deliberativa ordinária
subsequente à aprovação do requerimento; III -
quando se pretenda incluir em Ordem do Dia matéria
pendente de parecer.)
§ 3º Quando se tratar de proposição com prazo
determinado, a vista, desde que não ultrapasse os
últimos dez dias de sua tramitação, poderá ser
concedida por vinte e quatro horas.
§ 4º Os prazos a que se referem os §§ 1º a 3º correrão
em conjunto se a vista for requerida por mais de um
Senador.

O §5º fala do relatório do vencido. O parecer vencedor será, portanto,


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apresentado na reunião ordinária imediata pelo relator do vencido.

§ 5º Verificando-se a hipótese prevista no art. 128, o


parecer vencedor deverá ser apresentado na reunião
ordinária imediata, salvo deliberação em contrário.
§ 6º Os membros da comissão que não concordarem
com o relatório poderão:
I - dar voto em separado;
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II - assiná-lo, uma vez constituído parecer, com


restrições, pelas conclusões, ou declarando-se
vencidos.
§ 7º Contam-se como favoráveis os votos pelas
conclusões ou com restrições.
§ 8º (Revogado).
§ 9º Em caso de empate na votação, o Presidente a
desempatará.

Olha o que o RISF prevê caso o senador discorde do relatório: poderá


votar em separado. Isso porque, lembremos, a votação poderá ser simbólica,
não havendo necessariamente a colheita nominal do voto. Não obstante,
poderá o senador manifestar sua discordância e votar em separado,
registrando que não acompanha o relator. Vejamos a disposição sobre o voto
simbólico:

Art. 293. No processo simbólico observar-se-ão as


seguintes normas:
I - os Senadores que aprovarem a matéria deverão
permanecer sentados, levantando-se os que
votarem pela rejeição;
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Ademais, quando constituído parecer, o senador que não concorde


completamente também poderá assiná-lo com restrições, pelas conclusões. Ou
seja: ele acompanha a conclusão, mas registra suas restrições. Nesse caso o
seu voto será contado como favorável. Por outro lado o senador pode
assinar o parecer e se declarar vencido.

DOS PARECERES

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Pessoal, à medida que os assuntos vão ficando interessantes, que


dizem respeito ao dia-a-dia do Senado (e futura atividades de vocês, enquanto
servidores da Casa), percebam que vai aumentando o grau de atenção que
precisam para o desenvolvimento da matéria. Por isso, peço sempre que
revisem os conteúdos anteriores.
Veremos abaixo que o assunto "dos pareceres". Trata-se, como já
vimos, de um relatório aprovado pela comissão acerca de uma determinada
matéria, não necessariamente sobre uma proposição legislativa. Pode ser um
requerimento, um ofício, um documento de interesse da comissão.
O parecer deverá ser conclusivo sobre a matéria, ou seja, não restar
dúvidas sobre a que conclusão chegou a comissão, salvo o parecer
produzido em reunião secreta.
A conclusão do parecer pode ser em cinco vias diversas:

1º Pela aprovação do relatório, que poderá ser total ou parcial;


2º Pela rejeição;
3º Pelo arquivamento;
4º Pelo destaque para votação em separado;
5º Pela apresentação de nova proposta (projeto, requerimento,
emenda ou subemenda, orientação a seguir em relação à
matéria).
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Caso seja uma proposta legislativa (proposta de lei, por exemplo) e o


parecer conclua pelo arquivamento da matéria, será considerado que houve
uma rejeição da proposição, não apenas o arquivamento.
Pessoal, o que é o destaque para votação em separado (DVS)?
Esse instrumento pode também ser referido apenas como "destaque". Iremos
apenas introduzir o termo, já que ele será trabalhado com profundidade no art.
312 do RISF.

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O destaque, na prática, é uma estratégia parlamentar utilizada para que


os pontos que ainda geram intensa discussão numa determinada proposição
sejam apreciados em separado, de forma que não atrapalhe a deliberação de
toda a matéria, incluindo pontos em que já há consenso. Assim, o senador
propõe o destaque em relação ao projeto originário do Senado ou de emenda,
a fim de constituir uma proposição que será discutida e votada após a
deliberação da proposição principal.
Dito isso, o parecer poderá, então, concluir pelo destaque de
determinado ponto da proposição principal. Nesse caso, aduz o art. 139 que a
proposta de destaque será submetida ao Plenário antes do
prosseguimento do estudo da matéria.
Continuemos!
Quando a conclusão do parecer for pela apresentação de
projeto, requerimento, emenda ou subemenda, o parecer acompanhará
essa nova proposição e servirá de fundamentação para ela.
Pessoal, e caso haja uma proposição principal e diversas emendas
apreciadas, como será produzido o parecer? Depende da deliberação da
comissão.
Em caso de emendas com parecer favorável, poderá ser produzido um
único texto contendo a proposição principal e as emendas.
Já se as emendas tiverem parecer contrário e a decisão da
comissão não for unânime quanto a sua rejeição, serão submetidas ao
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Plenário e as circunstâncias deverão constar expressamente no parecer. Assim,


contrario sensu, caso seja rejeição unânime, não será submetido ao
Plenário a emenda.
Por fim, sempre que o parecer concluir com sugestão ou proposta que
envolva matéria de requerimento ou emenda, deverá ser formalizada a
proposição correspondente para tramitação.

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Além disso, as comissões podem propor no parecer que o assunto seja


apreciado pelo Senado em sessão secreta. Nesse caso, o processo será
entregue ao Presidente da Mesa para providências.
Após assinados pelo Presidente e pelo relator, o parecer será
enviado à Mesa acompanhado da lista de presença dos membros da
comissão, emendas relatadas, declarações de votos e votos separados.
Professor, o que é declaração de voto? É um documento pelo qual o
senador detalha as razões do seu voto para conhecimento público, previsão do
art. 316 do RISF.
Vamos agora ler o regimento:

Art. 133. Todo parecer deve ser conclusivo em


relação à matéria a que se referir, podendo a conclusão
ser:
I - pela aprovação, total ou parcial;
II - pela rejeição;
III - pelo arquivamento;
IV - pelo destaque, para proposição em separado, de
parte da proposição principal, quando originária do
Senado, ou de emenda;
V - pela apresentação de:
a) projeto; 19878612724

b) requerimento;
c) emenda ou subemenda;
d) orientação a seguir em relação à matéria.
§ 1º Considera-se pela rejeição o parecer pelo
arquivamento quando se referir a proposição
legislativa.

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§ 2º Nas hipóteses do inciso V, alíneas a, b e c, o


parecer é considerado justificação da proposição
apresentada.
§ 3º Sendo favorável o parecer apresentado sobre
indicação, ofício, memorial ou outro documento
contendo sugestão ou solicitação que dependa de
proposição legislativa, esta deverá ser formalizada em
conclusão.
§ 4º Quando se tratar de parecer sobre matéria que
deva ser apreciada em sessão secreta (art. 197),
proceder-se-á de acordo com o disposto no art. 116, §
1º.
§ 5º Quando o parecer se referir a emendas ou
subemendas, deverá oferecer conclusão relativamente
a cada uma.
§ 6º A comissão, ao se manifestar sobre emendas,
poderá reunir a matéria da proposição principal e das
emendas com parecer favorável num único texto, com
os acréscimos e alterações que visem ao seu
aperfeiçoamento.
§ 7º As emendas com parecer contrário das
comissões serão submetidas ao Plenário, desde
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que a decisão do órgão técnico não alcance


unanimidade de votos, devendo esta circunstância
constar expressamente do parecer.
§ 8º Toda vez que a comissão concluir o seu parecer
com sugestão ou proposta que envolva matéria de
requerimento ou emenda, formalizará a proposição
correspondente.

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Art. 134. O parecer conterá ementa indicativa da


matéria a que se referir.

O que é ementa? É um resumo da matéria tratada e suas conclusões.

Art. 135. As comissões poderão, em seus pareceres,


propor seja o assunto apreciado pelo Senado em
sessão secreta, caso em que o respectivo processo será
entregue ao Presidente da Mesa com o devido sigilo.
Art. 136. Uma vez assinados pelo Presidente e pelo
relator e instruídos com a lista de presença dos
membros da comissão, os pareceres serão enviados à
Mesa, juntamente com as emendas relatadas,
declarações de votos e votos em separado.
Art. 137. Os pareceres serão lidos em plenário,
publicados no Diário do Senado Federal e em avulso
eletrônico, após manifestação das comissões a que
tenha sido despachada a matéria.
Parágrafo único. As comissões poderão promover, para
estudos, a publicação de seus pareceres ao pé da ata
da reunião ou em avulsos eletrônicos especiais.
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Poderá, também, o parecer concluir por pedido de providências. O


procedimento da diligência é dividido em duas situações:

I. Caso o parecer seja de audiência de outra comissão, reunião


conjunta com outra comissão ou diligência interna de qualquer
natureza, será despachado pelo próprio Presidente da
comissão. Aqui vemos que se trata de diligências mais simples,
envolvendo o próprio Senado. Não obstante:
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II. Caso o parecer seja de qualquer outra situação, será


encaminhado à Mesa para despacho da Presidência ou
deliberação do Plenário.

E se a providência for de convocação de Ministro de Estado, será


preciso autorização do Plenário do Senado? NÃO! O art. 50 da CF/88 afirma
que não apenas o SF e a CD poderão convocar Ministros, mas também suas
comissões. Vejamos:

Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal,


ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar
Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos
diretamente subordinados à Presidência da República
para prestarem, pessoalmente, informações sobre
assunto previamente determinado, importando crime
de responsabilidade a ausência sem justificação
adequada.

No caso de convocação, o Presidente do Senado será COMUNICADO e,


disso, dará conhecimento ao Plenário.
Caso a providência do parecer não depender de deliberação do Plenário,
será viabilizada independentemente de publicação do parecer.
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Art. 138. Se o parecer concluir por pedido de


providências:
I - será despachado pelo Presidente da comissão
quando solicitar audiência de outra comissão, reunião
conjunta com outra comissão ou diligência interna de
qualquer natureza;

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II - será encaminhado à Mesa para despacho da


Presidência ou deliberação do Plenário, nos demais
casos.
§ 1º No caso de convocação de Ministro de Estado,
será feita COMUNICAÇÃO ao Presidente do
Senado, que dela dará conhecimento ao Plenário.
§ 2º Se a providência pedida não depender de
deliberação do Plenário, será tomada
independentemente da publicação do parecer.
Art. 139. No caso do art. 133, IV, a proposta será
submetida ao Plenário antes do prosseguimento do
estudo da matéria.
Art. 140. Os pareceres PODERÃO ser proferidos
oralmente, em plenário, por relator designado pelo
Presidente da Mesa:
I - nas matérias em regime de urgência;
II - nas matérias incluídas em Ordem do Dia, nos
termos do art. 172;
III - nas demais matérias em que este Regimento
expressamente o permita.
§ 1º Se, ao ser chamado a emitir parecer, nos casos do
art. 172, I e II, alíneas b, c e d, o relator requerer
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diligência, sendo esta deferida, o seu pronunciamento


dar-se-á, em plenário, após o cumprimento do
requerido.
§ 2º Para emitir parecer oral em plenário, o relator terá
o prazo de trinta minutos.
Art. 141. Se o parecer oral concluir pela apresentação
de requerimento, projeto ou emenda, o texto

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respectivo deverá ser remetido à Mesa, por escrito,


assinado pelo relator.

O art. 142 informa que as comissões poderão solicitar de autoridades


legislativas, judiciárias ou administrativas, quaisquer documentos ou
informações.
Pode ser preciosismo, mas observe que no rol desse artigo não consta o
termo "empresas públicas", o que, acredito, não impediria a diligência, a
despeito da ausência expressa.
Ademais, acerca dos documentos requisitados, a comissão permitirá às
pessoas diretamente interessadas a defesa dos seus direitos.

Art. 142. Quando as comissões se ocuparem de


assuntos de interesse particular, procederem a
inquérito, tomarem depoimentos e informações, ou
praticarem outras diligências semelhantes, poderão
solicitar, das autoridades legislativas, judiciárias
ou administrativas, das entidades autárquicas,
sociedades de economia mista e empresas
concessionárias de serviços públicos, quaisquer
documentos ou informações e permitir às pessoas
diretamente interessadas a defesa dos seus direitos,
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por escrito ou oralmente.

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COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO

Iremos, agora, tratar diretamente das comissões parlamentares de


inquérito: as CPIs.
A Constituição prevê a criação delas no art. 58, §3º:

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Art. 58 (...) § 3º As comissões parlamentares de


inquérito, que terão poderes de investigação próprios
das autoridades judiciais, além de outros previstos nos
regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela
Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em
conjunto ou separadamente, mediante requerimento
de um terço de seus membros, para a apuração de
fato determinado e por prazo certo, sendo suas
conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério
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Público, para que promova a responsabilidade civil ou


criminal dos infratores.

Como já pode ser notado, a CPI é um órgão do Senado criado


temporariamente, por prazo certo, com o fito de fiscalizar através de
investigação determinados fatos e sobre eles emitir parecer. Em havendo
crime identificado pela comissão, por exemplo, será remetido ao Ministério
Público para providências no caso de responsabilização civil e penal .
A criação da CPI depende do requerimento de, ao menos, 27 senadores,
um terço, como indicado nas normas.
O requerimento deverá conter:

Fato a ser apurado


Número de membros
Prazo de duração
Limite das despesas a serem realizadas

Veja que não há estabelecimento de um número mínimo de integrantes


para a comissão. Fato é que cada senador poderá integrar duas CPIs: uma
como titular e outra como suplente.
Cada comissão será formada com suplentes, que correspondem à
metade dos seus integrantes mais um. Assim, por exemplo, se uma CPI tenha
19878612724

12 membros, terá 7 suplentes.


Há também o requisito de proporcionalidade da participação dos
membros de partidos e blocos parlamentares.

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Pessoal, aqui cabe um comentário a um ponto interessante. Segundo o


STF 2, as CPIs são direito público subjetivo das minorias. Ou seja, se a minoria
conseguir quorum para criação de uma CPI, não pode a maioria obstruir o
exercício desse direito, por exemplo, ao se recusar a indicar parlamentares
para compor a CPI. Dessa forma, de acordo com a Suprema Corte, devem os
líderes indicarem os membros da CPI e, em não fazendo, o Presidente do
Senado deverá fazê-lo.
Não poderá haver CPIs sobre matérias pertinentes:

o À Câmara dos Deputados


o Às atribuições do Poder Judiciário
o Aos Estados

Haverá, como em qualquer outra comissão, um relator que será o


responsável por tomar providências em relação à investigação. Em sua
ausência na sessão e havendo ato do inquérito, o Presidente da comissão irá
designar substituto para a ocasião dentro do mesmo partido ou bloco
parlamentar do relator.

Art. 145. A criação de comissão parlamentar de


inquérito será feita mediante requerimento de um
terço dos membros do Senado Federal.
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§ 1º O requerimento de criação da comissão


parlamentar de inquérito determinará o fato a ser
apurado, o número de membros, o prazo de duração da
comissão e o limite das despesas a serem realizadas.
§ 2º Recebido o requerimento, o Presidente ordenará
que seja numerado e publicado.

2
Mandado de Segurança nº 24.831/2005 e 24.845/2005.

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§ 3º O Senador só poderá integrar duas comissões


parlamentares de inquérito, uma como titular, outra
como suplente.
§ 4º A comissão terá suplentes, em número igual à
metade do número dos titulares mais um, escolhidos no
ato da designação destes, observadas as normas
constantes do art. 78.
Art. 146. Não se admitirá comissão parlamentar de
inquérito sobre matérias pertinentes:
I - à Câmara dos Deputados;
II - às atribuições do Poder Judiciário;
III - aos Estados.
Art. 147. Na hipótese de ausência do relator a
qualquer ato do inquérito, poderá o Presidente da
comissão designar-lhe substituto para a ocasião,
mantida a escolha na mesma representação partidária
ou bloco parlamentar.

Vejamos que o art. 148 aduz que as CPIs terão poderes de investigação
próprios das autoridades judiciais na fase instrutória do processo. Iremos
verificar alguns limites de atuação das CPIs, mas registro que se trata de
matéria constitucional. Aqui traremos alguns pontos, mas sem aprofundar
19878612724

muito na discussão.

O que PODEM as CPIs?

Quebrar sigilo bancário, fiscal e de dados de seus investigados


(dados telefônicos);
Determinar perícias

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Realizar a oitiva de testemunhas e ouvir investigados. Lembrando


que aqui é resguardado tanto à testemunha quanto ao
investigado o direito ao silêncio. No caso da testemunha é mais
delicado, pois ela tem o dever de falar a verdade sob pena de
incorrer no crime de falso testemunho. Contudo, a testemunha
pode silenciar naquilo que vá te prejudicar, que vá produzir
provas contra si mesma.

O que NÃO PODEM as CPIS?

 Não podem determinar prisão temporária ou preventiva. Veja


que a prisão em flagrante qualquer do povo pode determinar, o
que, claro, se aplica à CPI. Já vi questão de prova tentando
induzir candidato a erro sobre esse ponto.
 Não podem determinar arresto, sequestro, impedimento ou
hipoteca de bens do investigado. Em resumo para quem não é
familiar com essas medidas, a CPIs não podem determinar
constrição aos bens do investigado, medidas gravosas relativas a
seus bens, o que apenas a justiça poderá fazê-lo.
 Não podem impedir que o investigado saia de uma comarca ou
até mesmo do país 19878612724

 Não podem criar obstáculos ao trabalho do advogado


 Não podem determinar interceptação telefônica. Professor, estou
confuso. Você falou que a CPI pode quebrar sigilo de dados
telefônicos. Exatamente, a CPI pode solicitar, por exemplo, dados
relativos às contas telefônicas dos investigados, o que é diferente
de realizar interceptação telefônica que nada mais é do que a
escuta de ligações.
 Não podem determinar buscas e apreensões em domicílios
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Art. 148. No exercício das suas atribuições, a comissão


parlamentar de inquérito terá poderes de investigação
próprios das autoridades judiciais, facultada a
realização de diligências que julgar necessárias,
podendo convocar Ministros de Estado, tomar o
depoimento de qualquer autoridade, inquirir
testemunhas, sob compromisso, ouvir indiciados,
requisitar de órgão público informações ou documentos
de qualquer natureza, bem como requerer ao Tribunal
de Contas da União a realização de inspeções e
auditorias que entender necessárias.
§ 1º No dia previamente designado, se não houver
número para deliberar, a comissão parlamentar de
inquérito poderá tomar depoimento das testemunhas
ou autoridades convocadas, desde que estejam
presentes o Presidente e o relator.
§ 2º Os indiciados e testemunhas serão intimados de
acordo com as prescrições estabelecidas na legislação
processual penal, aplicando-se, no que couber, a
mesma legislação, na inquirição de testemunhas e
autoridades. 19878612724

Art. 149. O Presidente da comissão parlamentar de


inquérito, por deliberação desta, poderá incumbir um
dos seus membros ou funcionários da Secretaria do
Senado da realização de qualquer sindicância ou
diligência necessária aos seus trabalhos.
Art. 150. Ao término de seus trabalhos, a comissão
parlamentar de inquérito enviará à Mesa, para
conhecimento do Plenário, seu relatório e conclusões.
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§ 1º A comissão poderá concluir seu relatório por


projeto de resolução se o Senado for competente para
deliberar a respeito.
§ 2º Sendo diversos os fatos objeto de inquérito, a
comissão dirá, em separado, sobre cada um, podendo
fazê-lo antes mesmo de finda a investigação dos
demais.
Art. 151. A comissão parlamentar de inquérito
encaminhará suas conclusões, se for o caso, ao
Ministério Público, para que promova a
responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
Art. 152. O prazo da comissão parlamentar de
inquérito poderá ser prorrogado,
automaticamente, a requerimento de um terço
dos membros do Senado, comunicado por escrito à
Mesa, lido em plenário e publicado no Diário do Senado
Federal, observado o disposto no art. 76, § 4º.
Art. 153. Nos atos processuais, aplicar-se-ão,
subsidiariamente, as disposições do Código de Processo
Penal.

Alguns pontos mais importantes: os depoimentos serão tomados pelo


19878612724

Presidente e relator, caso não existam número mínimo de senadores presentes


na sessão.
O Presidente da comissão poderá designar um membro ou até mesmo
um servidor para realizar diligências como, por exemplo, intimar testemunhas
a depor.
A conclusão dos trabalhos da CPI será por resolução, caso esteja na
alçada do Senado aplicá-la.

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O prazo da CPI pode ser prorrogado de forma automática, a


requerimento de 1/3 do Senado. Veja que não é 1/3 dos membros da CPI, mas
sim de quaisquer senadores, demonstrando o interesse geral que permeia a
CPI. Em ocorrendo, será comunicado por escrito à Mesa.

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MAIS QUESTÕES COMENTADAS

7 - O pedido de vista poderá ser concedido por uma única vez pelo
prazo máximo e improrrogável de 5 dias úteis. ( )

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Resposta: errado. O §1º do art. 132 não fala que o prazo é de 5 dias
úteis, o que leva a ser 5 dias corridos.

8 - Perante as comissões, os senadores poderão apresentar emendas,


exceto aos projetos de códigos, os quais tramitam em regime especial na
comissão criada para esse fim. ( )

Resposta: errado. Qualquer senador pode apresentar emenda ao


projeto de Código, mesmo ele estando em comissão criada para esse fim. Art.
122, II, a do RISF.

9 - Caso a emenda à proposição seja apresentada pelos membros da


comissão mas, ao deliberar, a comissão a rejeite, considera-se como
inexistente a emenda. ( )

Resposta: correto. É o que dispõe o art. 124, I do RISF.

10 - O relator de determinada matéria não poderá oferecer emenda ou


subemenda, quando proferindo o seu voto, a proposição sujeita a parecer em
plenário. ( )
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Resposta: errado. O relator poderá oferecer emendas ou subemendas.


Art. 125 do RISF.

11 - Caso o relator seja vencido na votação da proposição de sua


relatoria, continuará como relator se o fato ocorrer em relação apenas a parte
da proposição. ( )

Resposta: correto. Art. 128 do RISF.


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12 - Os membros da comissão que não concordarem com o relatório


poderão dar voto em separado ou assiná-lo, uma vez constituído parecer, com
restrições, pelas conclusões, ou declarando-se vencido. ( )

Resposta: correto. §6º do art. 132 do RISF.

13 - Sobre o pedido de vista, é correto afirmar que quando a


proposição estiver tramitando em regime de urgência, quando se trate de
matéria que envolva perigo para a segurança nacional ou de providência pa ra
atender a calamidade pública, a vista somente poderá ser concedia por trinta
minutos. ( )

Resposta: correto. Art. 132, §2º, I.

14 - Concluído o parecer, será assinado pelo Presidente, pelo relator e


demais senadores presentes, após o que será enviado à Mesa, juntamente com
as emendas relatadas, declarações de votos e votos em separado. ( )

Resposta: errado. Os senadores presentes à reunião não assinam o


parecer, apenas será enviada uma lista de presença junto ao documento.
Assinam o Presidente e o relato. Art. 136 do RISF.
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15 - (FGV - Senado Federal - Técnico Legislativo - Processo


Legislativo - 2008) O Regimento Interno do Senado Federal dispõe que o
parecer dever ser conclusivo em relação à matéria a que se referir. Quanto ao
parecer é correto afirmar que:
(A) deve sempre concluir pela provação total do projeto.
(B) deve indicar a rejeição em bloco de emendas, sem conclusões
individuais.
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(C) não necessita de publicação.


(D) deve ser lido em plenário.
(E) não deve ser publicado pois é considerado sigiloso.

Resposta: Letra D, art. 137. O erro da letra A é que o parecer pode


concluir pela aprovação parcial do projeto, art. 153, I. o erro da letra B é que o
parecer deve indicar as emendas ou subemendas individualmente, realizando
as respectivas análises, §5º do art. 133. Letra C: necessita de publicação,
conforme disposto no art. 137, o mesmo se aplicando à letra E.

16 - Assinale a alternativa que não corresponde aos institutos das


Comissões Parlamentares de Inquérito, com base no Regimento Interno do
Senado Federal:
a) O requerimento de criação da comissão parlamentar de inquérito
determinará o fato a ser apurado, o número de membros, o prazo de duração
da comissão e o limite das despesas a serem realizadas.
b) O Senador só poderá integrar duas comissões parlamentares de
inquérito, uma como titular, outra como suplente.
c) Na hipótese de ausência do relator a qualquer ato do inquérito,
poderá o Presidente da comissão designar-lhe substituto para a ocasião,
mantida a escolha na mesma representação partidária ou bloco parlamentar.
d) A criação da comissão parlamentar de inquérito será feita mediante
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requerimento de um sexto dos membros do Senado Federal.

Resposta: letra D. O número de senadores é de um terço, 27 senadores


no total.

17 - (CESPE - TRE-PI - Técnico Judiciário - Administração - 2016


- alterada) A comissão parlamentar de inquérito tem autonomia para

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determinar a busca e a apreensão em domicílio alheio, com o objetivo de


coletar provas que interessem ao poder público. ( )

Resposta: errado. A CPI não pode determinar busca e apreensão em


domicílio, sendo de reserva jurisdicional.

18 - (CESPE - TRE-PI - Analista Judiciário - Administrativa -


2016 - alterada) Se determinada comissão parlamentar de inquérito
determinar a indisponibilidade de bens do investigado até o término das
investigações, essa comissão extrapolará o âmbito de suas atribuições
constitucionais. ( )

Resposta: correto. Como vimos, a CPI não pode realizar atos em face
dos bens do investigado.

LISTA DE QUESTÕES - SEM COMENTÁRIO

1 - As comissões do Senado Federal reunir-se-ão semanalmente, se


ordinárias, e de maneira extraordinária fora dos horários previamente definidos
para as ordinárias. Neste último caso, pela excepcionalidade da reunião,
poderá o horário de funcionamento coincidir com o horário reservado à Ordem
do Dia nas sessões deliberativas ordinárias. ( )
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2 - É correto afirmar que as decisões terminativas nas comissões do


Senado serão deliberadas apenas através de votação nominal, podendo ser por
meio eletrônico ou através de chamada dos senadores. ( )

3 - Na hipótese de reunião conjunta de comissões do Senado, as


matérias serão estudadas e deliberadas em conjunto, podendo o parecer estar

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formado em conjunto ou em separado, de tudo registrando as manifestações,


votos vencidos e em separado. ( )

4 - Nas reuniões secretas, quando houver parecer a proferir, lido o


relatório, que não será conclusivo, a comissão deliberará em escrutínio
secreto, completando-se o parecer com o resultado da votação, sendo
consignadas restrições, declarações de voto ou votos em separado. ( )

5 - As reuniões das comissões sempre contarão com registro


taquigráfico. ( )

6 - De acordo com o Regimento do Senado, deputados federais não


poderão participar de reunião secreta nas comissões quando estiver sendo
discutido o trânsito ou permanência temporária de forças estrangeiras no
território nacional. ( )

7 - O pedido de vista poderá ser concedido por uma única vez pelo
prazo máximo e improrrogável de 5 dias úteis. ( )

8 - Perante as comissões, os senadores poderão apresentar emendas,


exceto aos projetos de códigos, os quais tramitam em regi me especial na
comissão criada para esse fim. ( ) 19878612724

9 - Caso a emenda à proposição seja apresentada pelos membros da


comissão mas, ao deliberar, a comissão a rejeite, considera-se como
inexistente a emenda. ( )

10 - O relator de determinada matéria não poderá oferecer emenda ou


subemenda, quando proferindo o seu voto, a proposição sujeita a parecer em
plenário. ( )
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11 - Caso o relator seja vencido na votação da proposição de sua


relatoria, continuará como relator se o fato ocorrer em relação apenas a parte
da proposição. ( )

12 - Os membros da comissão que não concordarem com o relatório


poderão dar voto em separado ou assiná-lo, uma vez constituído parecer, com
restrições, pelas conclusões, ou declarando-se vencido. ( )

13 - Sobre o pedido de vista, é correto afirmar que quando a


proposição estiver tramitando em regime de urgência, quando se trate de
matéria que envolva perigo para a segurança nacional ou de providência pa ra
atender a calamidade pública, a vista somente poderá ser concedia por t rinta
minutos. ( )

14 - Concluído o parecer, será assinado pelo Presidente, pelo relator e


demais senadores presentes, após o que será enviado à Mesa, juntamente com
as emendas relatadas, declarações de votos e votos em separado. ( )

15 - (FGV - Senado Federal - Técnico Legislativo - Processo


Legislativo - 2008) O Regimento Interno do Senado Federal dispõe que o
parecer dever ser conclusivo em relação à matéria a que se referir. Quanto ao
19878612724

parecer é correto afirmar que:


(A) deve sempre concluir pela provação total do projeto.
(B) deve indicar a rejeição em bloco de emendas, sem conclusões
individuais.
(C) não necessita de publicação.
(D) deve ser lido em plenário.
(E) não deve ser publicado pois é considerado sigiloso.

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16 - Assinale a alternativa que não corresponde aos institutos das


Comissões Parlamentares de Inquérito, com base no Regimento Interno do
Senado Federal:
a) O requerimento de criação da comissão parlamentar de inquérito
determinará o fato a ser apurado, o número de membros, o prazo de duração
da comissão e o limite das despesas a serem realizadas.
b) O Senador só poderá integrar duas comissões parlamentares de
inquérito, uma como titular, outra como suplente.
c) Na hipótese de ausência do relator a qualquer ato do inquérito,
poderá o Presidente da comissão designar-lhe substituto para a ocasião,
mantida a escolha na mesma representação partidária ou bloco parlamentar.
d) A criação da comissão parlamentar de inquérito será feita mediante
requerimento de um sexto dos membros do Senado Federal.

17 - (CESPE - TRE-PI - Técnico Judiciário - Administração - 2016


- alterada) A comissão parlamentar de inquérito tem autonomia para
determinar a busca e a apreensão em domicílio alheio, com o objetivo de
coletar provas que interessem ao poder público. ( )

18 - (CESPE - TRE-PI - Analista Judiciário - Administrativa -


2016 - alterada) Se determinada comissão parlamentar de inquérito
determinar a indisponibilidade de bens do investigado até o término das
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investigações, essa comissão extrapolará o âmbito de suas atribuições


constitucionais. ( )

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REGIMENTO GRIFADO

Art. 106. As comissões reunir-se-ão nas dependências do edifício do Senado


Federal.
Art. 107. As reuniões das comissões permanentes realizar-se-ão:
I - se ordinárias, semanalmente, durante a sessão legislativa ordinária, nos
seguintes dias e horários:
a) Comissão de Assuntos Econômicos: às terças-feiras, dez horas;
b) Comissão de Serviços de Infraestrutura: às terças-feiras, quatorze horas;
c) Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania: às quartas-feiras, dez horas;
d) Comissão de Assuntos Sociais: às quintas-feiras, onze horas e trinta
minutos;
e) Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional: às quintas -feiras, dez
horas;
f) Comissão de Educação, Cultura e Esporte: às terças-feiras, onze horas;
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g) Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e


Controle: às terças-feiras, onze horas e trinta minutos;
h) Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa: às terças -feiras,
doze horas;
i) Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo: às quartas-feiras,
quatorze horas;
j) Comissão de Agricultura e Reforma Agrária: às quintas -feiras, doze horas.

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k) Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática: às


quartas-feiras, dezoito horas.
l) Comissão de Transparência e Governança Pública: às quartas-feiras,
às onze horas e trinta minutos.
II - se extraordinárias, mediante convocação especial para dia, horário e fim
indicados, observando-se, no que for aplicável, o disposto neste Regimento
sobre a convocação de sessões extraordinárias do Senado;
III - as comissões parlamentares de inquérito reunir-se-ão em horário diverso
do estabelecido para o funcionamento das Comissões Permanentes .
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, a reunião de comissão permanente ou
temporária não poderá coincidir com o tempo reservado à Ordem do Dia
das sessões deliberativas ordinárias do Senado.
Art. 108. As reuniões das comissões serão iniciadas com a presença de, no
mínimo, UM QUINTO de sua composição, salvo o disposto no § 3º do art. 93.
AUDIÊNCIA PÚBLICA
§ 1º A pauta dos trabalhos das comissões, salvo em caso de urgência, será
disponibilizada em meio eletrônico no portal do Senado Federal, com
antecedência mínima de 2 (dois) dias úteis.
§ 2º É facultada a utilização de sistema biométrico de identificação no registro
de presença dos membros da comissão.
§ 3º A suspensão de reunião de comissão somente será permitida quando
sua continuação ocorrer em data e hora previamente estabelecidas.
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Art. 109. A comissão deliberará por maioria de votos, presente a


maioria de seus membros, sendo as deliberações terminativas tomadas
pelo processo nominal.
Art. 110. As reuniões serão públicas, salvo os casos expressos neste
Regimento ou quando o deliberar a comissão.
Art. 111. Os trabalhos das comissões iniciar-se-ão, salvo deliberação em
contrário, pela leitura e discussão da ata da reunião anterior que, se aprovada,
será assinada pelo Presidente.
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Art. 112. É facultado a qualquer Senador assistir às reuniões das comissões,


discutir o assunto em debate, pelo prazo por elas prefixado, e enviar-lhes, por
escrito, informações ou esclarecimentos.
Parágrafo único. As informações ou esclarecimentos apresentados serão
impressos com os pareceres, se o autor o requerer e a comissão o deferir.
Art. 113. O ESTUDO de qualquer matéria poderá ser feito em reunião
conjunta de duas ou mais comissões, por iniciativa de qualquer delas,
aceita pelas demais, sob a direção do Presidente mais idoso, ou ainda, nos
termos do art. 49, II.
Parágrafo único. Nas reuniões conjuntas observar-se-ão as seguintes normas:
I - cada comissão deverá estar presente pela maioria absoluta de seus
membros;
II - o estudo da matéria será em conjunto, mas a votação far-se-á
separadamente, na ordem constante do despacho da Mesa;
III - cada comissão poderá ter o seu relator se não preferir relator único;
IV - o parecer das comissões poderá ser em conjunto, desde que consigne a
manifestação de cada uma delas, ou em separado, se essa for a orientação
preferida, mencionando, em qualquer caso, os votos vencidos, os em
separado, os pelas conclusões e os com restrições.
Art. 114. As comissões permanentes e temporárias serão secretariadas por
servidores da Secretaria do Senado e terão assessoramento próprio,
constituído de até três assessores,
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designados pelo respectivo


Presidente, ouvida a Consultoria Legislativa ou a de Orçamentos, conforme o
caso.
Parágrafo único. Ao secretário da comissão compete:
I - redigir as atas;
II - organizar a pauta do dia e do protocolo dos trabalhos com o seu
andamento;
III - manter atualizados os registros necessários ao controle de designação de
relatores.
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Art. 115. Das reuniões das comissões lavrar-se-ão atas em folhas avulsas
rubricadas pelo Presidente.
§ 1º Quando, pela importância do assunto em estudo, convier o registro
taquigráfico dos debates, o Presidente solicitará ao Primeiro Secretário as
providências necessárias.
§ 2º Das atas constarão:
I - o dia, a hora e o local da reunião;
II - os nomes dos membros presentes e os dos ausentes com causa justificada
ou sem ela;
III - a distribuição das matérias por assuntos e relatores;
IV - as conclusões dos pareceres lidos;
V - referências sucintas aos debates;
VI - os pedidos de vista, adiamento, diligências e outras providências, salvo
quando não se considere conveniente a divulgação da matéria.
§ 3º As atas serão publicadas no Diário do Senado Federal, dentro dos dois
dias úteis que se seguirem à reunião, podendo, em casos excepcionais, a juízo
do Presidente da comissão, ser essa publicação adiada por igual prazo.
Art. 116. Serão secretas as reuniões para deliberar sobre:
I - declaração de guerra ou celebração de paz (Const., art. 49, II);
II - trânsito ou permanência temporária de forças estrangeiras no
território nacional (Const., art. 49, II);
III - escolha de chefe de missão diplomática de caráter permanente
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(Const., art. 52, IV);


§ 1º Nas reuniões secretas, quando houver parecer a proferir, lido o relatório,
que não será conclusivo, a comissão deliberará em escrutínio secreto,
completando-se o parecer com o resultado da votação, não sendo
consignadas restrições, declarações de voto ou votos em separado.
§ 2º Nas reuniões secretas, servirá como secretário um dos membros da
comissão, designado pelo Presidente.

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§ 3º A ata deverá ser aprovada ao fim da reunião, assinada por todos os


membros presentes, encerrada em sobrecarta lacrada, datada e rubricada pelo
Presidente e pelo Secretário e recolhida ao Arquivo do Senado.
Art. 117. Nas reuniões secretas, além dos membros da comissão, só será
admitida a presença de Senadores e das pessoas a serem ouvidas
sobre a matéria em debate.
Parágrafo único. Os Deputados Federais poderão assistir às reuniões secretas
que não tratarem de matéria da competência privativa do Senado Federal.
CAPÍTULO VIII
DOS PRAZOS
Art. 118. O exame das comissões sobre as proposições, excetuadas as
emendas e os casos em que este Regimento determine em contrário,
obedecerá aos seguintes prazos:
I - vinte dias úteis para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania;
II - quinze dias úteis para as demais comissões.
§ 1º Sobre as emendas, o prazo é de quinze dias úteis, correndo em
conjunto se tiver que ser ouvida mais de uma comissão.
§ 2º Se a comissão não puder proferir o parecer no prazo, tê-lo-á
prorrogado, por igual período, desde que o seu Presidente envie à Mesa,
antes de seu término, comunicação escrita, que será lida no Período do
Expediente e publicada no Diário do Senado Federal. Posterior prorrogação só
poderá ser concedida por prazo determinado e mediante deliberação do
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Senado.
§ 3º O prazo da comissão ficará suspenso pelo encerramento da sessão
legislativa, continuando a correr na sessão imediata, salvo quanto aos projetos
a que se refere o art. 375, e renovar-se-á pelo início de nova legislatura ou por
designação de novo relator.
§ 4º Será suspenso o prazo da comissão durante o período necessário ao
cumprimento das disposições previstas no art. 90, II, III, V e XIII.

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§ 5º O prazo da comissão não se suspenderá nos projetos sujeitos a prazos


de tramitação.
Art. 119. Quando a matéria for despachada a mais de uma comissão e a
primeira esgotar o prazo sem sobre ela se manifestar, poderá ser dispensado o
seu parecer, por deliberação do Plenário, a requerimento de qualquer Senador.
Parágrafo único. Se uma das comissões considerar indispensável, antes de
proferir o seu parecer, o exame da que houver excedido o prazo, proposta
neste sentido será submetida à deliberação do Plenário.
Art. 120. O relator tem, para apresentar o relatório, a metade do prazo
atribuído à comissão.
Art. 121. O Presidente da comissão, ex officio ou a requerimento de Senador,
poderá mandar incluir, na pauta dos trabalhos, matéria que, distribuída, não
tenha sido relatada no prazo regimental, devendo dar conhecimento da decisão
ao relator.
CAPÍTULO IX
DAS EMENDAS APRESENTADAS PERANTE AS COMISSÕES
Art. 122. Perante as comissões, poderão apresentar emendas:
I - qualquer de seus membros, em todos os casos;
II - qualquer Senador:
a) aos projetos de código;
b) aos projetos de iniciativa do Presidente da República com tramitação
urgente (Const., art. 64, § 1º); 19878612724

c) aos projetos referidos no art. 91.


§ 1º No caso do inciso II, o prazo para a apresentação de emenda contar-
se-á a partir da publicação da matéria no Diário do Senado Federal, sendo de
vinte dias úteis para os projetos de Código e de cinco dias úteis para
os demais projetos.
§ 2º No avulso eletrônico da Ordem do Dia consignar-se-á a existência de
projetos em fase de recebimento de emendas, com a indicação da comissão
que deverá recebê-las, do prazo e do número de dias transcorridos.
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Art. 123. Considera-se emenda de comissão a proposta por qualquer de seus


membros e por ela adotada.
Art. 124. Terá o seguinte tratamento a emenda apresentada na forma do art.
122:
I - no caso do inciso I, será considerada inexistente quando não adotada pela
comissão;
II - no caso do inciso II, alínea a, será encaminhada à deliberação do
Plenário do Senado, com parecer favorável ou contrário;
III - no caso do inciso II, alínea b, será final o pronunciamento, salvo
recurso interposto por um décimo dos membros do Senado no sentido de ser a
emenda submetida ao Plenário, sem discussão;
IV - no caso do inciso II, alínea c, será final o pronunciamento da
comissão, salvo recurso interposto para discussão e votação da proposição
principal.
Art. 125. Quando a proposição estiver sujeita, na forma deste Regimento, a
parecer em Plenário, o relator, ao proferi-lo, poderá oferecer emenda ou
subemenda.
CAPÍTULO X
DOS RELATORES
Art. 126. A designação de relator, independente da matéria e de reunião da
comissão, obedecerá à proporção das representações partidárias ou dos
blocos parlamentares nela existentes, será
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alternada entre os seus


membros e far-se-á em dois dias úteis após o recebimento do projeto,
salvo nos casos em que este Regimento fixe outro prazo.
§ 1º O relator do projeto será o das emendas a este oferecidas em
plenário, salvo ausência ou recusa.
§ 2º Quando se tratar de emenda oferecida pelo relator, em plenário, o
Presidente da comissão designará outro Senador para relatá-la, sendo essa
circunstância consignada no parecer.
Art. 127. Não poderá funcionar como relator o autor da proposição.
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Art. 128. Vencido o relator, o Presidente da comissão designará um dos


membros, em maioria, para suceder-lhe, exceto se o fato ocorrer apenas
em relação a parte da proposição ou emenda, quando permanecerá o
mesmo relator, consignando-se o vencido, pormenorizadamente, no parecer.
Art. 129. O Presidente poderá, excepcionalmente, funcionar como relator.
CAPÍTULO XI
DOS RELATÓRIOS E PARECERES
SEÇÃO I
Dos Relatórios
Art. 130. As matérias que, em cada reunião, devam ser objeto de estudo,
constarão de pauta previamente organizada, sendo relatadas na ordem em
que nela figurarem, salvo preferência concedida para qualquer delas.
Art. 131. O relatório deverá ser oferecido por escrito.
Art. 132. Lido o relatório, desde que a maioria se manifeste de acordo com o
relator, passará ele a constituir parecer.
§ 1º O pedido de vista do processo somente poderá ser aceito por uma
única vez e pelo prazo MÁXIMO e IMPRORROGÁVEL de cinco dias,
devendo ser formulado na oportunidade em que for conhecido o voto proferido
pelo relator, obedecido o disposto no § 4º.
§ 2º Estando a matéria em regime de urgência, a vista somente poderá ser
concedida:
I - por meia hora, no caso do art. 336, I;
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II - por vinte e quatro horas, nos casos do art. 336, II e III.


§ 3º Quando se tratar de proposição com prazo determinado, a vista, desde
que não ultrapasse os últimos dez dias de sua tramitação, poderá ser
concedida por vinte e quatro horas.
§ 4º Os prazos a que se referem os §§ 1º a 3º correrão em conjunto se a vista
for requerida por mais de um Senador.
§ 5º Verificando-se a hipótese prevista no art. 128, o parecer vencedor deverá
ser apresentado na reunião ordinária imediata, salvo deliberação em contrário.
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§ 6º Os membros da comissão que não concordarem com o relatório poderão:


I - dar voto em separado;
II - assiná-lo, uma vez constituído parecer, com restrições, pelas conclusões,
ou declarando-se vencidos.
§ 7º Contam-se como favoráveis os votos pelas conclusões ou com restrições.
§ 8º (Revogado).
§ 9º Em caso de empate na votação, o Presidente a desempatará.
SEÇÃO II
Dos Pareceres

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Art. 133. Todo parecer deve ser conclusivo em relação à matéria a que se
referir, podendo a conclusão ser:
I - pela aprovação, total ou parcial;
II - pela rejeição;
III - pelo arquivamento;
IV - pelo destaque, para proposição em separado, de parte da proposição
principal, quando originária do Senado, ou de emenda;
V - pela apresentação de:
a) projeto;
b) requerimento;
c) emenda ou subemenda;
d) orientação a seguir em relação à matéria.
§ 1º Considera-se pela rejeição o parecer pelo arquivamento quando se referir
a proposição legislativa.
§ 2º Nas hipóteses do inciso V, alíneas a, b e c, o parecer é considerado
justificação da proposição apresentada.
§ 3º Sendo favorável o parecer apresentado sobre indicação, ofício, memorial
ou outro documento contendo sugestão ou solicitação que dependa de
proposição legislativa, esta deverá ser formalizada em conclusão.
§ 4º Quando se tratar de parecer sobre matéria que deva ser apreciada em
sessão secreta (art. 197), proceder-se-á de acordo com o disposto no art. 116,
§ 1º. 19878612724

§ 5º Quando o parecer se referir a emendas ou subemendas, deverá oferecer


conclusão relativamente a cada uma.
§ 6º A comissão, ao se manifestar sobre emendas, poderá reunir a matéria da
proposição principal e das emendas com parecer favorável num único texto,
com os acréscimos e alterações que visem ao seu aperfeiçoamento.
§ 7º As emendas com parecer contrário das comissões serão
submetidas ao Plenário, desde que a decisão do órgão técnico não alcance

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unanimidade de votos, devendo esta circunstância constar expressamente


do parecer.
§ 8º Toda vez que a comissão concluir o seu parecer com sugestão ou
proposta que envolva matéria de requerimento ou emenda, formalizará a
proposição correspondente.
Art. 134. O parecer conterá ementa indicativa da matéria a que se referir.
Art. 135. As comissões poderão, em seus pareceres, propor seja o assunto
apreciado pelo Senado em sessão secreta, caso em que o respectivo processo
será entregue ao Presidente da Mesa com o devido sigilo.
Art. 136. Uma vez assinados pelo Presidente e pelo relator e instruídos com a
lista de presença dos membros da comissão, os pareceres serão enviados à
Mesa, juntamente com as emendas relatadas, declarações de votos e votos em
separado.
Art. 137. Os pareceres serão lidos em plenário, publicados no Diário do
Senado Federal e em avulso eletrônico, após manifestação das comissões a
que tenha sido despachada a matéria.
Parágrafo único. As comissões poderão promover, para estudos, a publicação
de seus pareceres ao pé da ata da reunião ou em avulsos eletrônicos especiais.
Art. 138. Se o parecer concluir por pedido de providências:
I - será despachado pelo Presidente da comissão quando solicitar audiência de
outra comissão, reunião conjunta com outra comissão ou diligência interna de
qualquer natureza; 19878612724

II - será encaminhado à Mesa para despacho da Presidência ou deliberação do


Plenário, nos demais casos.
§ 1º No caso de convocação de Ministro de Estado, será feita
COMUNICAÇÃO ao Presidente do Senado, que dela dará conhecimento ao
Plenário.
§ 2º Se a providência pedida não depender de deliberação do Plenário, será
tomada independentemente da publicação do parecer.

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Art. 139. No caso do art. 133, IV, a proposta será submetida ao Plenário
antes do prosseguimento do estudo da matéria.
Art. 140. Os pareceres poderão ser proferidos oralmente, em plenário, por
relator designado pelo Presidente da Mesa:
I - nas matérias em regime de urgência;
II - nas matérias incluídas em Ordem do Dia, nos termos do art. 172;
III - nas demais matérias em que este Regimento expressamente o permita.
§ 1º Se, ao ser chamado a emitir parecer, nos casos do art. 172, I e II, alíneas
b, c e d, o relator requerer diligência, sendo esta deferida, o seu
pronunciamento dar-se-á, em plenário, após o cumprimento do requerido.
§ 2º Para emitir parecer oral em plenário, o relator terá o prazo de trinta
minutos.
Art. 141. Se o parecer oral concluir pela apresentação de requerimento,
projeto ou emenda, o texto respectivo deverá ser remetido à Mesa, por escrito,
assinado pelo relator.
CAPÍTULO XII
DAS DILIGÊNCIAS
Art. 142. Quando as comissões se ocuparem de assuntos de interesse
particular, procederem a inquérito, tomarem depoimentos e informações, ou
praticarem outras diligências semelhantes, poderão solicitar, das autoridades
legislativas, judiciárias ou administrativas, das entidades autárquicas,
sociedades de economia mista e empresas concessionárias de serviços
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públicos, quaisquer documentos ou informações e permitir às pessoas


diretamente interessadas a defesa dos seus direitos, por escrito ou oralmente.
CAPÍTULO XIII
DA APRECIAÇÃO DOS DOCUMENTOS ENVIADOS ÀS COMISSÕES
Art. 143. Quando a comissão julgar que a petição, memorial, representação
ou outro documento não deva ter andamento, manda-lo-á arquivar, por
proposta de qualquer de seus membros, comunicando o fato à Mesa.

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§ 1º A comunicação será lida no período do Expediente, publicada no Diário do


Senado Federal e encaminhada ao arquivo com o documento que lhe deu
origem.
§ 2º O exame do documento poderá ser reaberto se o Plenário o deliberar, a
requerimento de qualquer Senador.
§ 3º A comissão não poderá encaminhar à Câmara dos Deputados ou a outro
órgão do Poder Público qualquer documento que lhe tenha sido enviado.
Art. 144. Quanto ao documento de natureza sigilosa, observar-se-ão, no
trabalho das comissões, as seguintes normas:
I - não será lícito transcrevê-lo, no todo ou em parte, nos pareceres e
expediente de curso ostensivo;
II - se houver sido encaminhado ao Senado em virtude de requerimento
formulado perante a comissão, o seu Presidente dele dará conhecimento ao
requerente, em particular;
III - se a matéria interessar à comissão, ser-lhe-á dada a conhecer em reunião
secreta;
IV - se destinado a instruir o estudo de matéria em curso no Senado, será
encerrado em sobrecarta, rubricada pelo Presidente da comissão, que
acompanhará o processo em toda a sua tramitação;
V - quando o parecer contiver matéria de natureza sigilosa, será objeto das
cautelas descritas no inciso IV.
Parágrafo único. A inobservância do caráter secreto, confidencial ou reservado,
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de documentos de interesse de qualquer comissão sujeitará o infrator à pena


de responsabilidade, apurada na forma da lei.
CAPÍTULO XIV
DAS COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO (CONST., ART. 58, § 3º)
Art. 145. A criação de comissão parlamentar de inquérito será feita mediante
requerimento de um terço dos membros do Senado Federal.

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§ 1º O requerimento de criação da comissão parlamentar de inquérito


determinará o fato a ser apurado, o número de membros, o prazo de duração
da comissão e o limite das despesas a serem realizadas.
§ 2º Recebido o requerimento, o Presidente ordenará que seja numerado e
publicado.
§ 3º O Senador só poderá integrar duas comissões parlamentares de
inquérito, uma como titular, outra como suplente.
§ 4º A comissão terá suplentes, em número igual à metade do número dos
titulares mais um, escolhidos no ato da designação destes, observadas as
normas constantes do art. 78.
Art. 146. Não se admitirá comissão parlamentar de inquérito sobre matérias
pertinentes:
I - à Câmara dos Deputados;
II - às atribuições do Poder Judiciário;
III - aos Estados.
Art. 147. Na hipótese de ausência do relator a qualquer ato do inquérito,
poderá o Presidente da comissão designar-lhe substituto para a ocasião,
mantida a escolha na mesma representação partidária ou bloco parlamentar.
Art. 148. No exercício das suas atribuições, a comissão parlamentar de
inquérito terá poderes de investigação próprios das autoridades judiciais ,
facultada a realização de diligências que julgar necessárias, podendo convocar
Ministros de Estado, tomar o depoimento de qualquer autoridade, inquirir
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testemunhas, sob compromisso, ouvir indiciados, requisitar de órgão público


informações ou documentos de qualquer natureza, bem como requerer ao
Tribunal de Contas da União a realização de inspeções e auditorias que
entender necessárias.
§ 1º No dia previamente designado, se não houver número para deliberar, a
comissão parlamentar de inquérito poderá tomar depoimento das testemunhas
ou autoridades convocadas, desde que estejam presentes o Presidente e o
relator.
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§ 2º Os indiciados e testemunhas serão intimados de acordo com as


prescrições estabelecidas na legislação processual penal, aplicando-se, no que
couber, a mesma legislação, na inquirição de testemunhas e autoridades.
Art. 149. O Presidente da comissão parlamentar de inquérito, por deliberação
desta, poderá incumbir um dos seus membros ou funcionários da Secretaria do
Senado da realização de qualquer sindicância ou diligência necessária aos seus
trabalhos.
Art. 150. Ao término de seus trabalhos, a comissão parlamentar de
inquérito enviará à Mesa, para conhecimento do Plenário, seu relatório e
conclusões.
§ 1º A comissão poderá concluir seu relatório por projeto de resolução se o
Senado for competente para deliberar a respeito.
§ 2º Sendo diversos os fatos objeto de inquérito, a comissão dirá, em
separado, sobre cada um, podendo fazê-lo antes mesmo de finda a
investigação dos demais.
Art. 151. A comissão parlamentar de inquérito encaminhará suas conclusões,
se for o caso, ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil
ou criminal dos infratores.
Art. 152. O prazo da comissão parlamentar de inquérito poderá ser
prorrogado, automaticamente, a requerimento de um terço dos
membros do Senado, comunicado por escrito à Mesa, lido em plenário e
publicado no Diário do Senado Federal, observado o disposto no art. 76, § 4º.
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Art. 153. Nos atos processuais, aplicar-se-ão, subsidiariamente, as


disposições do Código de Processo Penal.

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