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Universidade Federal do Paraná

Curso de Engenharia Industrial Madeireira

MÁQUINAS TÉRMICAS
AT-
AT-056

M.Sc. Alan Sulato de Andrade

alansulato@ufpr.br

TURBINAS A VAPOR

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TURBINAS A VAPOR

HISTÓRICO:

 O primeiro motor movido a vapor que se tem registro


na história era considerado um mero brinquedo, a
eolípila foi inventada no primeiro século por Heron de
Alexandria.

Eolípila

TURBINAS A VAPOR

HISTÓRICO:

 Outros dispositivos só foram inventados muito tempo


depois, um destes foi criado pelo italiano Giovanni
Branca no ano de 1629.

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TURBINAS A VAPOR

HISTÓRICO:

 A turbina a vapor moderna foi inventada por Anglo


Irishman em 1884, porém foi Charles A. Parsons que
acoplou a turbina em dínamo visando a geração de
energia elétrica.
 Porém os grandes saltos de tecnologia só ocorreram
após a revolução industrial e as guerras mundiais.

TURBINAS A VAPOR

DEFINIÇÃO:

 A turbina a vapor (TV) é definida como sendo uma


máquina térmica, onde a energia potencial
termodinâmica contida no vapor é convertida em
trabalho mecânico.

Turbina a Vapor

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TURBINAS A VAPOR

DEFINIÇÃO:

 Desta forma, as turbinas a vapor são máquinas de


combustão externa (os gases resultantes da queima
do combustível não entram em contato com o fluído de
trabalho que escoa no interior da máquina e realiza os
processos de conversão da energia do combustível
em potência de eixo). Devido a isto apresentam uma
flexibilidade em relação ao combustível a ser utilizado,
podendo usar inclusive aqueles que produzem
resíduos sólidos (cinzas) durante a queima.

TURBINAS A VAPOR

FUNCIONAMENTO:

 A passagem do vapor gera forças, que aplicadas às


pás, determinam um momento motor resultante, que
faz girar o rotor.
Vapor

Rotor

Passagem do Vapor pela Turbina

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TURBINAS A VAPOR

FUNCIONAMENTO:

Vapor
Entrada

Turbina a Vapor Trabalho

Variação de entalpia
Variação de energia cinética Vapor
Variação de energia potencial Saída

TURBINAS A VAPOR

UTILIZAÇÃO:

 São usadas industrialmente principalmente para o


acionamento de geradores elétricos, propulsão,
compressores, turbobombas, sopradores entre outras
aplicações.

Gerador
Turbina Turbina
~

TV + gerador elétrico TV + sistema de propulsão

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TURBINAS A VAPOR

PARTES COMPONENTES:

 As principais partes componentes da turbina a vapor


são:

 Carcaça (Com ou sem estatores),


 Mancais,
 Rotor,
 Palhetas.

TURBINAS A VAPOR

PARTES COMPONENTES:

 Esquematicamente:

Estatores
Carcaça

Rotor

Mancais

Palhetas

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TURBINAS A VAPOR

PARTES COMPONENTES:

 Esquematicamente:

Palhetas

Carcaça
inferior

Rotor

Mancais

TURBINAS A VAPOR

PARTES COMPONENTES:

 Esquematicamente:

Carcaças

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TURBINAS A VAPOR

CLASSIFICAÇÃO:

 A classificação das turbinas a vapor é normalmente


feita segundo:
 Modo de atuação do vapor,
 Número de estágios,
 Seqüência de fluxo,
 Pressão do vapor utilizado,
 Condições de emprego,
 Velocidade de rotação,
 Movimento do rotor.

TURBINAS A VAPOR

CLASSIFICAÇÃO:

 Modo de atuação do vapor:


 Ação,
 Reação,
 Ação e Reação.

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TURBINAS A VAPOR

CLASSIFICAÇÃO:

 Modo de atuação do vapor:

TURBINAS A VAPOR

CLASSIFICAÇÃO:

 Modo de atuação do vapor:

Ação
Exemplo clássico, turbina de Laval, Curtis e Rateau

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TURBINAS A VAPOR

CLASSIFICAÇÃO:

 Modo de atuação do vapor:

Reação
Exemplo clássico, turbina de Parsons

TURBINAS A VAPOR

CLASSIFICAÇÃO:

 Modo de atuação do vapor:

Reação Ação

Ação e Reação

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TURBINAS A VAPOR

CLASSIFICAÇÃO:

 Número de estágios:

Simples Duplo Múltiplo

TURBINAS A VAPOR

CLASSIFICAÇÃO:

 Seqüência de fluxo:

Vários exemplo de turbinas: Simples, Dupla,


Composta, Tandem e combinações.

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TURBINAS A VAPOR

CLASSIFICAÇÃO:

 Pressão do vapor utilizado:

Alta Pressão Baixa Pressão

TURBINAS A VAPOR

CLASSIFICAÇÃO:

 Condições de emprego:

Vários exemplo de turbinas: Condensação, Extração,Reaquecimento


Contrapressão e suas combinações.

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TURBINAS A VAPOR

CLASSIFICAÇÃO:

 Velocidade de rotação:

Baixa Velocidade Alta Velocidade

Unidades de acoplamento Para geradores


direto e exigências especiais 60Hz, 50Hz, 25Hz

TURBINAS A VAPOR

CLASSIFICAÇÃO:

 Movimento do rotor:

Movimento Simples Movimento Duplo

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TURBINAS A VAPOR

PROJETO DE CONSTRUÇÃO:

 Características do projeto da turbina de vapor:


Geralmente feito sob encomenda, desta forma as
turbinas de vapor podem ser projetadas afim de
combinar exigências da pressão e da temperatura do
projeto e maximizar a eficiência elétrica ao fornecer a
saída térmica desejada.

TURBINAS A VAPOR

PROJETO DE CONSTRUÇÃO:

 Matérias empregados e formas.

Diferentes formas de paletas

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TURBINAS A VAPOR

PROJETO DE CONSTRUÇÃO:

 A forma das paletas devem ser dimensionadas


adequadamente visando o máximo aproveitamento.

Estator

Rotor

Curtis Parsons

TURBINAS A VAPOR

FALHAS NO EQUIPAMENTO:

 As falhas geralmente podem ser associadas:

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TURBINAS A VAPOR

FALHAS NO EQUIPAMENTO:

Paleta fragmentada Corrosão

TURBINAS A VAPOR

CICLO TERMODINÂMICO:

 O ciclo Rankine descreve a operação de turbinas a


vapor comumente encontrados em estações de
produção de energia. Em tais estações, o trabalho é
gerado ao se vaporizar e condensar-se
alternadamente um fluido de trabalho (normalmente
água, mas pode incluir outros líquidos, como amônia).

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TURBINAS A VAPOR

CICLO TERMODINÂMICO:

 O fluído de trabalho num ciclo Rankine ideal segue um


ciclo fechado, e é constantemente reutilizado. O vapor
que se observa em estações de energia vêm do
sistema de resfriamento do condensador, e não do
fluído de trabalho.

TURBINAS A VAPOR

CICLO TERMODINÂMICO:

 Ciclo sem superaquecedor:

Ponto crítico Vapor


Superaquecido
c d
d
T b
c e
Economizador
a e
b
a
S

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TURBINAS A VAPOR

CICLO TERMODINÂMICO:

 Ciclo com superaquecedor:

Ponto crítico e Vapor


Superaquecido
c d
d e

Superaquecedor T b

c f
Economizador a f
b

a S

TURBINAS A VAPOR

CICLO TERMODINÂMICO:

 Ciclo com reaquecimento:


e g
Ponto crítico
d e c d

f g T b
f
c h
a h
b

a
S

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TURBINAS A VAPOR

CICLO TERMODINÂMICO:

 Ciclo Regenerativo: é nomeado desta forma devido ao


fato do fluído ser reaquecido após sair do
condensador, aproveitando parte do calor contido no
fluído liberado pela turbina de alta pressão. Isto
aumenta a temperatura média do fluído em circulação,
o que aumenta a eficiência termodinâmica do ciclo.

TURBINAS A VAPOR

EQUAÇÕES:

 As equações podem ser obtidas facilmente à partir do


balanço de massa e energia analisando um
determinado volume de controle. Devemos utilizar todo
conhecimento adquirido na Disciplina de
Termodinâmica para esta análise. A equação que
define a eficiência termodinâmica do ciclo consiste na
razão entre o trabalho líquido do sistema e o calor
fornecido ao sistema.

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TURBINAS A VAPOR

APLICAÇÃO PARA VOLUME DE CONTROLE

1 Q2 = E2 − E1 +1W2 Partindo da equação para sistema


δQ E2 E1 δW
= − + Considerando uma série temporal
δt δt δt δt

Analisando a variação de energia temporal e utilizando a definição de entalpia

• •  V
2
 dE •  V
2
 •
Qvc + ∑ m e  he + e + gZ e  = vc + ∑ m s  hs + s + gZ s  + Wvc
 2  dt  2 
Primeira Lei da Termodinâmica para volume de controle

TURBINAS A VAPOR

EQUAÇÕES:

Quantificação da transferência de calor (Q):


 Calor adicionado (Qin)=(caldeira)
 Calor rejeitado (Qout)=(condensador)
Quantificação do trabalho (W):
 Trabalho realizado (Win)=bomba
 Trabalho produzido (Wout)=turbina

Quantificação da eficiência térmica (η):

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TURBINAS A VAPOR

EQUAÇÕES:

 Calor e Trabalho calculados pela Variação da entalpia


do fluido de trabalho.

Q Calor adicionado ou rejeitado pelo sistema (W, J/s)


W Trabalho realizado ou produzido pelo sistema (W, J/s)
h Entalpia do fluido utilizado (J/Kg, KJ/Kg)
η Eficiência (%)

TURBINAS A VAPOR

EQUAÇÕES:

 Ciclo sem superaquecedor:

W(bomba)=h1-h2
Q(caldeira)=h3-h2
W(turbina)=h3-h4
Q(condensador)=h1-h4

η= {[W(líquido)]/ Q(caldeira)} * 100

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TURBINAS A VAPOR

CICLO TERMODINÂMICO:

 Ciclo com superaquecedor:

W(bomba)=h1-h2
Q(caldeira)=h3-h2
W(turbina)=h3-h4
Q(condensador)=h1-h4

η= {[W(líquido)]/ Q(caldeira)} * 100

TURBINAS A VAPOR

CICLO TERMODINÂMICO:

 Ciclo com reaquecimento:

W(bomba)=h1-h2
Q(caldeira+reaquecedor)=(h3-h2)+(h5-h4)
W(turbina)=(h3-h4)+(h5-h6)
Q(condensador)=h1-h6

η= {[W(líquido)]/ Q(caldeira)} * 100

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TURBINAS A VAPOR

CICLO RANKINE REAL (NÃO-IDEAL):

 Num ciclo Rankine real, a compressão pela bomba e


a expansão na turbina não são isoentrópicos. Em
outras palavras, estes processos não são reversíveis,
assim a entropia aumenta durante os processos. Isto
faz com que a energia requerida pela bomba seja
maior, e que o trabalho produzido pela turbina seja
menor do que o produzido num estado de idealidade.

TURBINAS A VAPOR

EXERCÍCIO 1:

 Considere o ciclo ideal, descrevendo um processo


industrial, onde uma caldeira gera 1000kg/h de vapor
saturado a 170ºC (h=1871,6 KJ/kg). Este vapor é
injetado em uma turbina de condensação de baixa
pressão para geração de energia elétrica por
intermédio de um dínamo. Após a passagem pela
turbina o vapor apresenta h=1564,6 kcal/kg. Este
vapor então passa por um condensador (h=100,6
KJ/kg) e em seguida o fluido condensado é bombeado
à caldeira (h=104,7 KJ/kg).

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TURBINAS A VAPOR

EXERCÍCIO 1:

TURBINAS A VAPOR

EXERCÍCIO 1:

 Calcule:
 Calor adicionado pela caldeira.
 Calor rejeitado pelo condensador.
 Trabalho efetuado pela turbina.
 Trabalho fornecido pela bomba.
 Eficiência térmica do processo.

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TURBINAS A VAPOR

EXERCÍCIO 1:

 Calor adicionado pela caldeira.


Qa=h3-h2
 Calor rejeitado pelo condensador.
Qr=h1-h4

TURBINAS A VAPOR

EXERCÍCIO 1:

 Trabalho efetuado pela turbina.


Wt=h3-h4
 Trabalho fornecido pela bomba.
Wb=h1-h2

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TURBINAS A VAPOR

EXERCÍCIO 1:

 Eficiência térmica do processo.


η= {[W(líquido)]/ Q(caldeira)} * 100

TURBINAS A VAPOR

EXERCÍCIO 2:

 Considere um ciclo ideal, descrevendo um processo industrial,


onde uma caldeira gera vapor superaquecido para geração de
energia elétrica por intermédio de um gerador.

h1= 160,1 KJ/kg


h2= 168,3 KJ/kg
1500 kg/h h3=1819,1 KJ/kg
h4=1255,6 KJ/kg

Calcular:
Trabalho efetuado pela turbina em KJ/kg.
Potencia da turbina em KW.
Eficiência térmica do processo em %.

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TURBINAS A VAPOR

EXERCÍCIO 3:

 Considere um ciclo ideal, descrevendo um processo industrial,


onde uma caldeira gera vapor superaquecido para geração de
energia elétrica por intermédio de um gerador.

h1= 60,1 KJ/kg


2500 kg/h h2= 68,3 KJ/kg
h3=619,1 KJ/kg
h4=345,1 KJ/kg
h5=555,3 KJ/kg
h6=355,6 KJ/kg
Calcular:
Trabalho efetuado pelas turbinas em KJ/kg.
Potencia da turbina KW.
Eficiência térmica do processo em %.

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