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REFERÊNCIA DO AUTOR
TESTES
IMUNOHEMATOLÓGICOS
PRÉ TRANSFUSIONAIS

JORNADA INTERIORANA DE HEMATOLOGIA E


HEMOTERAPIA
QUIXADÁ
HISTÓRIA...
 Em 1492: escritor italiano Stefano Infessura, relata que o Papa Inocêncio
VIII estava em coma. Foi então infundido o sangue de três meninos no
pontífice agonizante.

 Em 1628:William Harvey: descreveu detalhadamente a circulação


sanguínea.

 Em 1665: Primeiras transfusões de sangue foram realizadas em animais


por Richard Lower, em Oxford.

 Em 1667: Jean Baptiste Denis, médico de Luis XIV, através de um tubo


de prata, infundiu um copo de sangue de carneiro em Antoine Mauroy, de
34 anos, doente mental que perambulava pelas ruas da cidade que faleceu
após a terceira transfusão. Esta prática foi considerada criminosa e proibida
inicialmente pela Faculdade de Medicina de Paris, posteriormente
em Roma e na Inglaterra.
HISTÓRIA...
 Em 1818: A primeira transfusão com sangue humano é atribuída a James
Blundell, transfundiu mulheres com hemorragias pós parto.

 Simultaneamente desenvolviam-se equipamentos destinados a realização


de transfusões indiretas, bem como técnicas cirúrgicas para transfusões
diretas, ficando esses procedimentos conhecidos como transfusões braço a
braço.

 Em 1901: Karl Landsteiner descreveu os principais tipos de células


vermelhas: A, B, O e mais tarde, AB.
HISTÓRIA...
 Bancos de sangue pioneiros: misturavam o soro do paciente
com os eritrocitos dos doadores.

 Atualmente, a terapia transfusional é cientifica.


OBJETIVO
 Os testes imunhematológicos pré- transfusionais, tem por
finalidade assegurar os melhores resultados possíveis de uma
transfusão sanguínea, propiciando a máxima segurança ao
paciente e prevenção de reações transfusionais hemolíticas.
REQUISIÇÃO TRANSFUSIONAL
 As solicitações transfusão : Uso exclusivo médico.
 Formulário específico.
 Informações suficientes para a garantir a segurança na identificação
do receptor.
 Requisições de transfusão , incompletas, ilegíveis ou rasuradas: Não
serão aceitas pelo serviço de hemoterapia.
 Prontuário eletrônico: estabelecer rotinas para prescrição eletrônica
de componentes sanguíneos.

PORTARIA Nº 2.712, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2013


INFORMAÇÕES EXIGIDAS PELA
PORTARIA Nº 2.712, DE 12/11/2013
 I - nome completo do paciente sem abreviaturas;
 II - data de nascimento;
 III - sexo;
 IV - idade;
 V - número do prontuário ou registro do paciente;
 VI - número do leito (no caso de paciente internado);
 VII - diagnóstico;
 VIII - componente sanguíneo solicitado (com o respectivo volume ou quantidade);
 IX - modalidade da transfusão;
 X - resultados laboratoriais que justifiquem a indicação do componente sanguíneo;
 XI - data;
 XII - dados do médico solicitante (nome completo, assinatura e número do CRM);
 XIII - peso do paciente (quando indicado); e
 XIV - antecedentes transfusionais, gestacionais e de reações à transfusão quando
elatados pelo paciente.
A AMOSTRA
 As amostras de sangue para testes pré-transfusionais:
 Todos os tubos devem ser rotulados no momento da coleta.
 O nome completo do receptor sem abreviaturas.
 Localização intrahospitalar ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO DE PACIENTES

 Seu número de identificação. NOME:


LEITO:
 Identificação do coletador. NOME DA MÂE:

 Data da coleta. PRONTUÁRIO/RG:


TÉCNICO:
DATA DA COLETA:

 Recomendável a identificação por código


de barras ou etiqueta impressa.

PORTARIA Nº 2.712, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2013


A AMOSTRA
 As amostras serão para este fim específico.

 Validade de até 72 horas.

 Confirmar :Requisição transfusional X tubo da amostra.

 Em casos de dúvidas ou discrepâncias, será obtida uma nova


amostra.
TESTES IMUNOHEMATOLÓGICOS
PRÉ TRANSFUSIONAIS
 CONCENTRADOS DE HEMÁCIAS:
 Tipagem ABO (direta e reversa) e RhD
 Pesquisa de anticorpos antieritrocitários irregulares
 Retipagem ABO (direta) e RhD Da bolsa.
 Prova de compatibilidade

 CONCENTRADOS DE PLAQUETAS:
 Tipagem ABO (direta e reversa) e RhD
 Pesquisa de anticorpos antieritrocitários irregulares

 PLASMA E CRIOPRECIPITADO:
 Tipagem ABO (direta e reversa) e RhD

PORTARIA Nº 2.712, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2013


TESTES IMUNOHEMATOLÓGICOS
PRÉ TRANSFUSIONAIS
◙ Técnica em tubo.

◙ Técnica em placa de microtitulação (também chamada de


microplaca).

◙ Técnica em coluna de aglutinação (gel).


TIPAGEM ABO (direta )
1 gota da 1 mL de SF0,9% Solução de hemácias 5%

hemácia

+ =

1 gota 1 gota

1 gota
1 gota
TIPAGEM ABO (reversa)
SORO DO PACIENTE

2 gota 2 gota

1 gota
1 gota
TIPAGEM ABO (direta e reversa)

 PROVA DIRETA PROVA REVERSA


TIPAGEM RH D
1 gota da 1 mL de SF0,9% Solução de hemácias 5%

hemácia

+ =

1 gota 1 gota

1 gota
1 gota
TIPAGEM RH D
 PROVA DIRETA
D Fraco: Apresenta uma reação de aglutinação fraca ou
negativa com anti-soros anti-D (TA ou 37°C)‫‏‬

D Parcial: Antígenos RhD alterados que diferem suficientemente do


antígeno RhD normal para permitirem a produção de anti-D ou
não reagirem com alguns anti-D monoclonais
 RhD POSITIVA: paciente "RhD-positivo".
 D-fraco POSITIVA: paciente "RhD-positivo".
 Quando ambas as provas resultarem negativas, o
paciente será considerado "RhD-negativo".
PESQUISA DE ANTICORPOS
IRREGULARES
PESQUISA DE ANTICORPOS
IRREGULARES
 “ Os anticorpos ocorrem em aproximadamente 0,3% a 2,0%
da população em geral . O risco de ALOIMUNIZAÇÃO é de
aproximadamente 1% por unidade transfundida. Em
determinadas populações porém, este risco é maior sendo
estimado em:
 Politransfundidos: 9%
 Falciformes: 36%
 Talassêmicos: !0%

Fundamentos Da Imunohematologia Eritrocitaria; Por Ana Lúcia Girello,Telma Ingrid B.


de Bellis Kühn
IDENTIFICAÇÃO DE
ANTICORPOS IRREGULARES
 Identificação da especificidade do(s) anticorpo(s)
detectado(s) para seleção segura de concentrados de
hemácias fenotipados a serem transfundidos.

 •Soro do paciente + DiaPanel (11 hemácias teste)


IDENTIFICAÇÃO DE
ANTICORPOS IRREGULARES
FENOTIPAGEM
ERITROCITÁRIA
 ALOIMUNIZADOS: transfusões fenótipo compatível, quando
possível.
 PACIENTES POLITRANSFUNDIDOS: fenotipagem para os antígenos
eritrocitários no sangue do receptor, dos sistemas Rh (E, e, C, c),
Kell (K), Duffy (Fya, Fyb), Kidd (Jka, Jkb) e MNS (S, s), com o
objetivo de auxiliar a identificação de possíveis anticorpos
antieritrocitários irregulares.
IMPORTÂNCIA DA
FENOTIPAGEM ERITROCITÁRIA
PROVA DE COMPATIBILIDADE

 Prova de compatibilidade:
Amostra do receptor X amostra da bolsa
 Não há concentrado de hemácias
compatível para o receptor, o serviço
de hemoterapia comunicará este fato
ao médico solicitante e, em conjunto
com este, realizará a avaliação clínica
do paciente.

 A decisão de transfundir concentrado


de hemácias incompatível será
justificada por escrito, em termo
assinado pelo hemoterapeuta e/ou
pelo médico assistente do paciente e,
quando possível, pelo paciente ou seu
responsável legal.
TÉCNICAS ESPECIAIS PARA
IDENTIFICAÇÃO DE ANTICORPOS
 Enzimas
 Adsorção/eluição
 Painel de hemácias selecionadas
 Técnicas para painéis com auto-controle +
 Autoadsorção

 Aloadsorção

 Diluição do soro
ETIQUETA DE TRANSFUSÃO
FICHA TRANSFUSIONAL DO
RECEPTOR
 Cada receptor de transfusão, deverá abrir a Ficha do
Receptor:
 Informações relativas aos exames pré-transfusionais,
 Antecedentes de reações adversas à transfusão, data das
transfusões
 Relação dos componentes sanguíneos transfundidos, com os
respectivos tipos e identificação.
 A ficha Transfusional do Receptor será consultado e
atualizado a cada transfusão e a cada exame imuno-
hematológico realizado.
Mahatma Gandhi

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