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São Paulo
2018
i
Área de concentração:
Engenharia Mecânica
São Paulo
2018
ii
Resumo
Abstract
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SÍMBOLOS
𝐴 Área, m2
𝑐 Calor específico a pressão constante, kJ/kg.K
𝑚 Massa, kg
Catalogação-na-
publicação
Almeida, Amauri
ANÁLISE EXERGÉTICA DE PLANTAS DE SEPARAÇÃO DE AR / A.
Almeida -- São Paulo, 2018.
82 p.
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS .................................................................................................................... iv
LISTA DE TABELAS .................................................................................................................... vi
LISTA DE SÍMBOLOS ................................................................................................................ vii
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 1
2 OBJETIVOS ............................................................................................................................. 2
3 METODOLOGIA ..................................................................................................................... 3
4 REVISÃO DA LITERATURA ...................................................................................................... 4
4.1 Diferentes métodos de separação do ar........................................................................ 4
4.1.1 Tecnologia de separação de ar por processo criogênico. Linde-Hampson............. 4
4.1.2 Processos não criogênicos ...................................................................................... 4
4.2 Comparação dos processos ........................................................................................... 5
4.3 Conceituação de Exergia ................................................................................................ 6
4.4 Análise exergética de plantas de separação de ar ......................................................... 6
5 FUNDAMENTOS TEÓRICOS ................................................................................................. 11
5.1 Composição e propriedades do ar atmosférico ........................................................... 11
5.2 Introdução à criogenia ................................................................................................. 13
5.3 Propriedades do ar a temperaturas criogênicas .......................................................... 13
5.4 Propriedades das principais substâncias de sistemas criogênicos .............................. 17
5.5 Efeito Joule – Thomson ................................................................................................ 18
5.6 Liquefação de gases ..................................................................................................... 18
5.7 Resfriamento de gás por efeito Joule-Thomson .......................................................... 19
5.8 Expansão em turbina ou motor para liquefazer um gás.............................................. 21
5.9 Sistema de separação de ar ......................................................................................... 23
5.10 Ciclos de refrigeração................................................................................................. 25
5.11 Processo criogênico de separação de ar .................................................................... 27
5.12 Desenvolvendo o balanço de exergia ........................................................................ 28
5.13 Eficiência exergética................................................................................................... 31
6 MODELAGEM E SIMULAÇÃO DE PLANTAS DE SEPARAÇÃO DE AR POR DESTILAÇÃO
CRIOGÊNICA ........................................................................................................................... 35
x
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 METODOLOGIA
4 REVISÃO DA LITERATURA
Existem diferentes alternativas para a separação do ar. Cada método possui as suas
peculiaridades, o que o torna vantajoso ou inviável a depender da escala de
produção e do grau de pureza exigido dos componentes finais: oxigênio, nitrogênio e
argônio. A seguir, há uma descrição breve dos principais métodos empregados
industrialmente.
4.1.1 Tecnologia de separação de ar por processo criogênico. Linde-Hampson
4.1.2.1 Adsorção
como material absorvedor. Esse processo apresenta uma produção com pureza de
99,9 % em volume de oxigênio, contudo há problemas com corrosão, que afetam
sua viabilidade econômica.
corrosão devido aos sais e ao próprio oxigênio. A tecnologia de separação por meio
da membrana polimérica se baseia na diferença entre o tamanho das moléculas e
consequentemente das taxas de difusão dos diferentes gases. Neste caso, o
máximo que se consegue produzir é ar rico em oxigênio (25-50%, em volume). A
membrana de transporte de íons: esse sistema opera a alta temperatura,
aproximadamente 860 K (SMITH e KLOSEK, 2000), o que implica em altos custos
energéticos. Neste processo oxigênio é produzido pela passagem de íons de
oxigênio por meio de uma cerâmica. Oxigênio é transformado em íons na superfície
e transportado pela aplicação de uma corrente elétrica (SMITH e KLOSEK, 2000).
Na literatura, conceitua-se exergia física como o trabalho que pode ser realizado por
um sistema enquanto este é levado para um estado de equilíbrio com o meio por
meio de processos reversíveis (SZARGUT, MORRIS E STEWARD, 1998). Desta
definição pode-se concluir que o meio desempenha papel relevante na avaliação da
exergia. Deve-se notar, entretanto, que a exergia é o limite superior de trabalho que
um dado sistema pode produzir até atingir o equilíbrio com o meio ambiente sem
violar nenhuma lei da Termodinâmica, não é, portanto, a real quantidade de trabalho
que será produzido. Outro ponto que deve ser destacado é que a exergia não se
conserva, como ocorre com a energia.
Figura 4. Separação criogênica com duas colunas de separação. (Zeinab A. M. Khalel, Ali A. Rabah, e Taj Alasfia M. Barakat,
2013).
Figura 5. Ilustração de uma planta com duas colunas de destilação. (Ham, 2010)
11
5 FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Componente Porcentagem em volume [%] Massa Molar [kg/kmol] Temperatura de ebulição [C]
Nitrogênio 78,084 28,013 -195,8
Oxigênio 20,9476 31,999 -183
Argônio 0,964 39,948 -185,8
Dióxido de Carbono 0,0314 44,01 -78,5
Neônio 0,001818 20,18 -246
Metano 0,0002 4,003 -269
Hélio 0,000524 16,042 -268,9
Criptônio 0,000114 83,798 -153,4
Hidrogênio 0,00005 2,016 -252,9
Xenônio 0,0000087 131,293 -108,1
12
Oxigênio
21%
Nitrogênio
79%
Oxigênio
23%
Nitrogênio
77%
A criogenia (o prefixo crio vem do grego “kruos”, que significa muito frio) é o estudo
das propriedades das substâncias a temperaturas ditas criogênicas, porém não há
uma definição oficial sobre o conceito de temperatura criogênica. Alguns autores
definem temperatura criogênica como temperaturas abaixo de 123 K (-150 ºC)
(Scott,1960) ou temperaturas abaixo de 173 K (-100 ºC) (Sittig e Kidd, 1963) e o
limite inferior é a temperatura de ebulição do hélio líquido. Para atingir temperaturas
da ordem de 120 K (-153 ºC) é necessário um sistema de refrigeração com
excelente desempenho de troca de calor.
O ar pode ser modelado como uma mistura composta por 79% de nitrogênio e 21%
de oxigênio (base molar ou volumétrica) ou como 77% de nitrogênio e 23% de
oxigênio (base mássica). A Figura 8 apresenta um diagrama temperatura-
concentração para o ar como mistura binária de oxigênio e nitrogênio. Pode-se
observar que para pressão atmosférica (1 atm), a temperatura de condensação do
oxigênio e do nitrogênio são, respectivamente, 90 K e 77 K. Sendo assim, com o
resfriamento da mistura, o primeiro componente a liquefazer será o oxigênio (90 K).
14
Figura 10. Diagrama pressão-concentração para uma mistura binária. (Wood, 1991)
17
Para um gás perfeito, uma expansão isentálpica não resulta numa mudança de
temperatura, conduto isso não ocorre para os gases reais em geral. Assim, uma
expansão isentálpica provoca uma variação da temperatura do gás em questão. A
eq.(1) define um coeficiente para determinar o quanto a temperatura deve mudar
com uma mudança na pressão do gás. 𝑇, 𝑝 e ℎ representam, respectivamente, a
temperatura, a pressão e a entalpia.
Ә𝑇
𝜇= ( ) (𝟏)
Ә𝑝
Da eq.(1), pode-se concluir que um 𝜇 positivo indica que uma queda na pressão
durante a expansão provoca uma redução na temperatura do gás. Por outro lado,
um 𝜇 negativo significa que uma redução na pressão causaria um aumento na
temperatura do gás.
Os gases apresentam, em geral, um coeficiente de Joule – Thomson positivo para
temperatura de 298 K e pressão de 1 atm. Existem algumas exceções notáveis:
hélio, hidrogênio e neônio, que apresentam µ negativo para essa condição. Sempre
há, contudo, uma temperatura suficientemente alta para a qual o coeficiente de
Joule – Thomson é negativo.
Com o uso de algumas relações termodinâmicas é possível escrever a eq.(1) numa
outra forma:
1 Ә𝑢 Ә𝑝𝑣
𝜇= −( ) − ( ) (𝟐)
𝐶 Ә𝑝 Ә𝑝
𝑤 =𝑇 𝑠 −𝑠 − ℎ −ℎ (𝟑)
Sempre existe uma temperatura T suficientemente baixa para que o gás apresente
coeficiente Joule – Thomson positivo. Sendo assim, a expansão de gases é uma
maneira útil para resfriamento dos gases para liquefação. Dois sistemas de
liquefação de gases que utilizam o efeito Joule – Thomson são conhecidos como
Linde-Hampson e foram desenvolvidos no mesmo ano por esses pesquisadores que
dão nome ao ciclo. Este sistema é mostrado na Figura 12.
20
Na Figura 12, o efeito Joule – Thomson ocorre entre os pontos (d) e (e). Um
exemplo de diagrama T-s para um sistema Linde-Hampson é mostrado na Figura
13.
21
𝑚̇
𝑌= (𝟒)
𝑚̇
𝑊 (𝟓)
𝑊 =
𝑚
Figura 14. Sistema Claude com expansão realizando trabalho. (Wood, 1991)
23
O ciclo Brayton reverso é composto por duas trocas de calor a pressão constante
(de a para n e de c para m), por uma expansão adiabática e reversível, por uma
compressão também adiabática e reversível e por um regenerador, conforme pode
ser observado na Figura 20. Na Figura 21 é apresentado um diagrama T-s para o
ciclo Brayton de refrigeração com regeneração.
Figura 21. Diagrama T-s para o Ciclo Brayton de Refrigeração com Regeneração. (Wood, 1991).
Figura 22. Unidade de operação para separação criogênica do ar. (Van Wylen, Sonntag e Borgnakke, 2006).
que pode ser obtido de um sistema enquanto esse sistema é levado ao equilíbrio
com o meio (Moran et al., 2011). Essa abordagem considera a disponibilidade e as
irreversibilidades dos processos. Simulações utilizando esses conceitos são
indispensáveis no projeto e na determinação da condição ótima de operação de
sistemas/processos (Van Wylen, Sonntag e Borgnakke, 2006).
Pode ser mostrado que o balanço de exergia é, na verdade, uma combinação linear
dos balanços de energia e entropia (Oliveira Jr., 2013). Para ilustrar este fato,
considera-se um volume de controle simples, isto é, com somente uma entrada e
uma saída, que interage com o meio por meio de transferência de calor e realização
de trabalho, como ilustrado na Figura 23.
Figura 23. Volume de controle com uma entrada e uma saída. (Oliveira Jr., 2013).
𝑞̇ = ℎ − ℎ + 𝑤̇ (𝟔)
𝛿𝑞̇
𝑠 −𝑠 = + 𝑠̇ (𝟕)
𝑇
𝑞̇ = ℎ − ℎ + 𝑤̇ (𝟖)
𝑞̇
𝑠 −𝑠 = (𝟗)
𝑇
𝑤̇ = ℎ − ℎ − 𝑇 (𝑠 − 𝑠 ) (𝟏𝟎)
𝑏 = (ℎ − ℎ ) − 𝑇 (𝑠 − 𝑠 ) (𝟏𝟏)
𝑑𝐵 𝑇
= 1− 𝑄̇ − 𝑊̇ + 𝑚̇ 𝑏 − 𝑚̇ 𝑏 − 𝑇 𝑆̇ (𝟏𝟐)
𝑑𝑡 𝑇
𝑇
1− 𝑄̇ − 𝑊̇ + 𝑚̇ 𝑏 − 𝑚̇ 𝑏 − 𝑇 𝑆̇ =0 (𝟏𝟑)
𝑇
Com a eq.(13) é possível obter o trabalho reversível, para tanto basta supor que a
exergia destruída é nula, vide eq.(14).
𝑇
𝑊̇ = 1− 𝑄̇ + 𝑚̇ 𝑏 − 𝑚̇ 𝑏 (𝟏𝟒)
𝑇
Nas equações anteriores, utiliza-se 𝑊 que é o trabalho útil. Conforme está indicada
pela eq.(15), 𝑊̇ é a diferença entre o trabalho real 𝑊̇ e o trabalho realizado pela
variação de volume no volume de controle 𝑝 . Quando se adota modelos com
volume constante essa parcela é nula.
𝑑𝑉
𝑊̇ = 𝑊̇ − 𝑝 (𝟏𝟓)
𝑑𝑡
Figura 24. Sistema com interações com o meio na forma de calor. (Çengel e Boles., 2013).
𝜂 = 30 % (𝟏𝟔)
𝑇 300
𝜂 , = (1 − ) = 1− = 0,5 (𝟏𝟕)
𝑇 600
𝑇 300
𝜂 , = 1− = 1− = 0,7 (𝟏𝟖)
𝑇 1000
O rendimento de segunda Lei por outro lado pode ser obtido com a razão entre o
rendimento térmico real e o rendimento térmico reversível, conforme indica a eq.(19).
33
𝜂
𝜂 = (𝟏𝟗)
𝜂 ,
0,3
𝜂 = = 0,6
0,5 (𝟐𝟎)
0,3
𝜂 = = 0,42 (𝟐𝟏)
0,7
𝑊
𝜂 = (𝟐𝟐)
𝑊
Já a eficiência de segunda lei para um dispositivo que produz trabalho pode ser
avaliada a partir da eq.(23).
𝑊
𝜂 = (𝟐𝟑)
𝑊
𝐶𝑂𝑃
𝜂 = (𝟐𝟒)
𝐶𝑂𝑃
34
𝐵 𝐵 í
𝜂 = =1− (𝟐𝟓)
𝐵 𝐵
Como pode ser observada na eq.(25), a eficiência baseada na segunda Lei varia de
0 % até 100 %. O primeiro valor é para processos sem exergia destruída e o
segundo para processo com destruição de toda exergia.
35
0
I
CP1 CP2
CP4 CP3
1 5
II IV
III
2 3
6
4
q" Ar líquido
" (𝟐𝟔)
ℎ + 𝑞 = 𝑧 ℎ + (1 − 𝑧 )ℎ
(ℎ − ℎ − 𝑞 " )
𝑧 = = 0,07 (𝟐𝟕)
(ℎ − ℎ )
Figura 26. Diagrama T-s para o ciclo Linde da figura 18. (Kotas, 1995).
38
ℎ = ℎ + (ℎ − ℎ )(1 − 𝑧 ) (𝟐𝟗)
Com a eq.(29), obtém-se ℎ com o auxílio do EES. O que também permite avaliar ℎ
imediatamente.
𝑘𝑅𝑇 𝑃
𝑤 = −1 (𝟑𝟏)
𝑛−1 𝑃
𝑊 8276
𝑊 = = 𝑘𝑊 = 9737 𝑘𝑊 (𝟑𝟐)
𝜂 0,85
𝑊 9737
𝑊 = = 𝑘𝐽 = 13910 𝑘𝑊 (𝟑𝟑)
𝜂 0,95
Análise exergética.
A análise exergética é facilitada pelo uso do Diagrama de Grassmann. A construção
do diagrama de Grassmann é feita calculando-se as exergias e irreversibilidades em
cada etapa do processo.
Região I. Processo de compressão
A irreversibilidade do processo de compressão pode ser calculada realizando um
balanço de exergia na região I:
39
𝑇 (𝟑𝟓)
𝐼 = (𝐵 − 𝐵 ) − (𝐵 − 𝐵 ) + 𝑚̇ 𝑞0 " ( − 1) = 1450 𝑘𝑊
𝑇
𝐼 = 𝐵 − 𝐵 = 4644 𝑘𝑊 (𝟑𝟔)
𝐼 =0 (𝟑𝟕)
40
𝐵 732,4
𝜓= = = 5,3 % (𝟑𝟖)
𝑊 13910
Como se pode perceber pela eq.(38), a eficiência do processo é baixa, o que está
associado às irreversibilidades que ocorrem, sobretudo, nos processos de
compressão, troca de calor e expansão. Para melhorar a eficiência ou reduzir a
irreversibilidade na válvula de estrangulamento, a temperatura do gás que entra na
válvula deve se aproximar da temperatura do líquido saturado que deixa a válvula,
ou seja, é necessário resfriar o gás que entra na válvula, a fim de melhorar seu
desempenho, isso justifica o processo prévio de resfriamento.
41
Tabela 3. Temperaturas e vazões mássicas das correntes da simulação do modelo da Figura 28. (Autor)
Fração molar
Corrente
Oxigênio Nitrogênio
S1 0,79 0,21
S6 0,48 0,52
Análise exergética
O rendimento exergético para este ciclo simulado no Aspen é de 3,82 %.
em três partes, uma para cada um dos trocadores de calor do processo modificado.
Conforme as equações (39), (40) e (41).
𝑞 = 0,4 𝑘𝐽 (𝟑𝟗)
𝑞 = 0,7 𝑘𝐽 (𝟒𝟎)
𝑞 = 1,0 𝑘𝐽 (𝟒𝟏)
Ar de entrada
0
I
CP1 CP2
1
CP4 CP3
6 II
q0_II
7
III
q0_III 5
Resfriamento auxiliar
IV VI
9
V
8 2 3
4
Ar líquido
q0_IV
As temperaturas nas seções (8) e (9) devem ser determinadas por um processo de
otimização, com o intuito de obter o máximo rendimento da planta. Neste caso as
temperaturas são dadas pelas equações (42) e (43).
𝑇 = 200 𝐾 (𝟒𝟐)
𝑇 = 195 𝐾 (𝟒𝟑)
44
𝑘𝐽
ℎ = 233,4 (𝟒𝟒)
𝑘𝑔
𝑘𝐽
ℎ = 288,2 (𝟒𝟓)
𝑘𝑔
A fração de ar que é liquefeita pode ser calculada do mesmo modo que foi calculado
para o ciclo simples, eq.(27).
(ℎ − ℎ − 𝑞 )
𝑧 = = 0,237 (𝟒𝟔)
(ℎ − ℎ )
1
𝑚̇ = = 4,2 𝑘𝑔/𝑠 (𝟒𝟕)
𝑧
𝑘𝑅𝑇 𝑃
𝑤 = − 1 = 2337 𝑘𝑊 (𝟒𝟖)
𝑛−1 𝑃
𝑊 2337
𝑊 = = 𝑘𝐽 = 2749 𝑘𝑊 (𝟒𝟗)
𝜂 0,85
45
𝑊 2749
𝑊 = = 𝑘𝑊 = 3927 𝑘𝑊 (𝟓𝟎)
𝜂 0,95
𝑄 = 𝑚 (ℎ − ℎ ) − 𝑞 = −297,6 𝑘𝑊 (𝟓𝟏)
𝑇 −𝑇
𝐵 = 𝑄 = 157,2 𝑘𝑊 (𝟓𝟐)
𝑇
As Irreversibilidades podem ser calculadas pela diferença entre a exergia que entra
e a que deixa o volume de controle.
Região I. Processo de compressão
𝑇 (𝟓𝟒)
𝐼 = (𝐵 + 𝐵 ) − (𝐵 + 𝐵 ) + 𝑚̇ 𝑞0 𝐼𝐼 ( − 1) = 65,62 𝑘𝑊
𝑇
46
𝑇 (𝟓𝟓)
𝐼 = 𝐵 − 𝐵 + 𝑚̇ 𝑞0 𝐼𝐼𝐼 ( − 1) = 53,55 𝑘𝑊
𝑇
𝑇 (𝟓𝟔)
𝐼 = 𝐵 − 𝐵 + 𝑚̇ 𝑞0 𝐼𝑉 ( − 1) = 382,4 𝑘𝑊
𝑇
𝐼 = 𝐵 − 𝐵 = 1088 𝑘𝑊 (𝟓𝟕)
𝐼 =0 (𝟓𝟖)
47
Figura 30. Diagrama de Grassmann para o ciclo Linde da figura 29. (Autor).
Discussão.
Houve melhora no desempenho do sistema com o acréscimo da refrigeração
auxiliar, como pode ser observado comparando-se os diagramas de Grassmann das
Figuras 27 e 30.
Observa-se que a eficiência aumenta numa taxa de 0,106/0,053 = 2. Considerando a
planta auxiliar que é necessária para operar a refrigeração auxiliar e adotando uma
eficiência de 10 % para o processo auxiliar.
(𝑊 )
= 10 (𝟓𝟗)
𝑄
𝐵
𝜓" = = 10,6 % (𝟔𝟎)
𝑊 + (𝑊 )
Para verificar como o resfriamento auxiliar modifica o rendimento da planta, foi feito
um estudo paramétrico, onde a quantidade de calor retirado no resfriamento auxiliar
foi variada e para cada valor de calor retirado foi computado um rendimento. Como
pode ser observado na Figura 31, o rendimento cresce à medida que a intensidade
da refrigeração auxiliar e incrementada. Contudo, devido às restrições relativas ao
funcionamento da planta e dos trocadores de calor esse resfriamento não pode
ultrapassar um o limite para o qual a temperatura T8 fique abaixo ou igual a T5,
48
porque isso tornaria inútil parte da planta, o que passaria a influenciar negativamente
no rendimento.
16
14
Rendimento do ciclo [%]
12
10
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
Calor retirado pelo resfriamento auxiliar [kW]
Tabela 5. Variação da temperatura de saída da válvula e do título em função da temperatura de entrada. (Autor)
1800
1600
Exergia destruída [kW/kg]
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
Trocador de Trocador de Trocador de Válvula de Processo de
calor Auxiliar calor II calor IV expansão Compressão
Componentes do Ciclo
Tabela 6. Frações Molares para cada fase da mistura. (Autor usando o ASPEN)
Fração Molar
Componente Mistura Liquido Vapor
N2 0,7812 0,584052 0,843359
O2 0,2096 0,401952 0,148953
AR 0,0092 0,013996 0,007688
Figura 34. Ciclo Linde-Hampson com resfriamento auxiliar simulado no Aspen. (Autor)
52
A Tabela 7 traz os valores para temperaturas, pressões e fluxo de massa para cada
um dos trechos do ciclo. E a Tabela 8 fornece informações sobre a composição do
produto do ciclo, comparando-o com a composição da entrada.
Tabela 7. Temperaturas e vazões mássicas das correntes da simulação do modelo da Figura 34. (Autor)
Fração molar
Corrente
Oxigênio Nitrogênio
S1 0,79 0,21
S11 0,4 0,6
Análise exergética
O rendimento exergético para este ciclo é de 18,9 %.
1
𝐶𝑂𝑃 = = 2,041 (𝟔𝟏)
298
200 − 1
O valor de 𝐶𝑂𝑃 representa um limite superior para o 𝐶𝑂𝑃 de qualquer ciclo real
implementado entre os limites 200 K e 298 K.
Figura 36. Diagrama T-S para o ciclo de refrigeração com regenerador. (Çengel, 2011).
55
Exergia destruída
70
60
Exergia destruída [kJ/kg]
50
40
30
20
10
0
Compressor Trocador de Regenerador Turbina Trocador de
calor 1 calor 2
Componente do ciclo
𝑄 31,83
COP = = = 0,2311 (𝟔𝟐)
𝑊 137,7
COP
η= = 0,1132 (𝟔𝟑)
𝐶𝑂𝑃
Conforme pode ser observado na Figura 36, a maior parcela da exergia destruída e,
portanto, a maior irreversibilidade está concentrada no Trocador de calor 1 que
opera entre os pontos (2) e (3) do Ciclo. A partir deste resultado é prudente avaliar
qual seria o impacto no rendimento do ciclo de um melhor aproveitamento da
exergia desperdiçada no processo de (2) para (3). Uma maneira de fazer isso é
supor que há um ciclo de Carnot operando entre este trocador de calor e o meio
ambiente. O trabalho que seria produzido a partir do aproveitamento desta exergia é
igual a própria exergia destruída porque se trata de uma máquina de Carnot.
𝑄 31,83
𝐶𝑂𝑃 = = = 0,4278 (𝟔𝟒)
𝑊 − 𝑊𝑟𝑒𝑣 137,7 − 63,36
𝐶𝑂𝑃
η= = 0,2096 (𝟔𝟓)
𝐶𝑂𝑃
𝑇
𝑄̇ (1 − 𝑇 )
𝜂 = =0 (𝟔𝟔)
𝑚̇[ℎ − ℎ − 𝑇 (𝑠 − 𝑠 )]
(𝑏 − 𝑏 )
𝜂 = = 0,91 (𝟔𝟕)
(ℎ − ℎ )
(𝑏 + 𝑏 )
𝜂 = = 0,91 (𝟔𝟖)
(ℎ + ℎ )
57
(ℎ − ℎ )
𝜂 = = 0,92 (𝟔𝟗)
(ℎ + ℎ )
𝑚̇ (𝑏 − 𝑏 )
𝜂 = = 0,84 (𝟕𝟎)
𝑚̇ (𝑏 − 𝑏 )
CP1 CP2
1
CP4
CP3
6 II
TC2 Regenerador
f
7
c
III TC1
d b
q0_III
Turb CP
9 8 e
5
IV VI
V
2 3
4
Ar líquido
q0_IV
Figura 39. Ciclo Linde-Hampson com um ciclo Brayton reverso acoplado. (Autor)
59
Figura 40. Ciclo Linde-Hampson com um ciclo Brayton reverso modelado no Aspen. (Autor)
Tabela 9. Valores de temperatura, pressão e vazão mássica para ciclo Linde-Hampson. (Autor)
Tabela 10. Valores de temperatura, pressão e vazão mássica para o ciclo Brayton reverso. (Autor)
Tabela 11. Composição molar para o ciclo Linde-Hampson com ciclo Brayton reverso. (Autor)
Fração molar
Corrente
Oxigênio Nitrogênio
S1 0,21 0,79
S14 0,46 0,54
61
Análise exergética
O rendimento exergético deste ciclo, considerando a exergia química, é de 11,4 %.
Tabela 12. Síntese dos resultados para planta de dupla coluna. (Autor)
Trabalhob líquido [kW] Exergia do N2-OUT [kW] Exergia do O2-OUT [kW] Eficiência exergética [%]
84230,37608 3204,496 3844,52342 25
(𝟕𝟏)
𝑘𝑅𝑇 𝑃
𝑤 = [ − 1]
𝑛−1 𝑃
𝑤 = 𝑅𝑇𝑙𝑛(𝑝𝑠/𝑝𝑒) (𝟕𝟐)
𝑛𝑅𝑇 𝑃
𝑤 = [ − 1] (𝟕𝟑)
𝑛−1 𝑃
65
𝑤 = − 𝑣𝑑𝑝 (𝟕𝟒)
Compressão direta
Figura 44. Comparação entre compressão direta e compressão com intercooling. (Autor).
66
7
Rendimento de Segunda Lei [%]
0
Isentrópica Multi estágios Isotérmica
Figura 45. Eficiência de segunda Lei para um ciclo Linde-Hampson para diferentes métodos de compressão. (Autor)
67
24
10,6
8,2 7,9
6,3 5,3
REFERÊNCIAS
APÊNDICE
71
ANEXO