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Apresentação Genética Humana PDF
Apresentação Genética Humana PDF
Baseada em:
- Slides das aulas teóricas
- Cellular and Molecular Immunology (7th Edition) - Abul K. Abbas
UCP Viseu
António Pimenta
Índice
Transplante e Imunologia
Para uma melhor compreensão dos assuntos abordados nesta sebenta, irão ser
clarificados diversos conceitos, ao longo dos vários capítulos.
Transplantação – O processo que envolve a transferência de células, tecidos,
ou órgãos (ex. enxertos) de um individuo para outro ou de um determinado local
para um local diferente no mesmo indivíduo. A transplantação é usada para tratar
diversos tipos de doenças e o maior inconveniente que poderá surgir neste
processo é a reação imunológica (rejeição) contra o enxerto transplantado.
Neste tipo de reação imunológica, o sistema imunitário não estará a responder
contra microrganismos, mas sim contra células percecionadas como estranhas
ao organismo. Virtualmente, os antigénios responsáveis pela resposta imunitária
podem ser expressos por qualquer tipo de célula. Existe um envolvimento
substancial de linfócitos T citolíticos (CTLs) neste tipo de resposta.
De notar que, em matéria de transplantes, a resposta imunitária é indesejável,
logo torna-se importante proceder-se a tratamento pós-transplante que visa
atenuar ou suprimir a resposta imunitária. Em matérias de tumores, a resposta
imunitária é desejável e portanto o tratamento visa potenciar a resposta.
Conceitos gerais
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Distinção self/non-self
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Nota: tal como os antigénios non-self são reconhecidos, também os MHC non-
self são reconhecidos pelos recetores dos linfócitos. Portanto, neste caso,
considera-se MHC non-self um aloantigénio. Sendo assim, quando temos a
apresentação de um péptido self ou non-self por um MHC non-self, ocorre
ativação de linfócitos T resultando uma reação cruzada de forte intensidade.
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Testes prévios
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Imunossupressores
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Tumores e imunologia
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Conceitos gerais
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Antigénio tumorais
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Como a maioria dos tumores não são derivados de APCs e não expressam co
estimuladores necessários para a resposta de células T ou MHC Classe II que
estimulam diferenciação T Helper que promove diferenciação T CTLs, é
necessário o processamento e apresentação de antigénios tumorais (cross-
priming) por APCs, nomeadamente células dendríticas, via MHC Classe I.
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Outros mecanismos
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Outros mecanismos:
Indução de tolerância a antigénios tumorais – apresentados sob forma
tolerogénica.
Inacessibilidade dos antigénios tumorais de superfície – revestimento por
parede polissacarídea.
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Imuno-estimulantes inespecíficos:
- Estimulantes da inflamação (ex. bacilo Calmette-Guerin – BCG) administrados
localmente, promovem a ativação de macrófagos.
- Agentes que funcionam como ativadores policlonais de linfócitos.
Citocinas e co-estimuladores:
- Administração local ou sistémica de citocinas (IL-2, INF-α, TNF…)
- Transfecção ex vivo de células tumorais com gene que codifica para IL-2, outras
citocinas (ex: IL-4, INF-γ,GM-CSF) ou co-estimulador (ex. B7).
Imunização passiva
Anticorpos monoclonais (mAB) – reconhecem especificamente determinado
antigénio tumoral, opsonizando a célula tumoral conduzindo à sua destruição
através da ativação do complemento ou por ação tóxica da toxina acoplada ao
anticorpo. Ex: mAB anti-HER2 (mama)
Imunoterapia celular – são isolados os linfócitos T que reconhecem o tumor, é
feita expansão ex vivo (com IL-2) e por fim é feita readministração ao paciente.
Este é um tratamento promissor, mas ao contrário dos mABs, ainda não foi
aprovado.
Imunização ativa
Vacinação com células ou antigénio tumorais:
- Administração de células tumorais mortas ou antigénios tumorais purificados
com adjuvantes. Resultados fracos
- Administração de plasmídeos com cDNA codificante para antigénios tumorais
(vacinas de DNA). Promissor
- Administração de células dendríticas próprias expostas ex vivo a células ou
antigénios tumorais. Forte resposta CTL
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Hipersensibilidade
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Conceitos gerais
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Mecanismo
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Na fase tardia:
Síntese e secreção de citocinas:
- TNF, IL-4, IL-5 que conduzem ao recrutamento de leucócitos que resultam em
inflamação local e dano tecidular.
Manifestações clínicas
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Terapêutica
Contração vascular do
músculo liso; aumenta
o débito cardíaco
Anafilaxia Epinefrina (Adrenalina)
(contrariando o
choque); inibe a
desgranulação
Corticosteroides Reduzem a inflamação
Asma brônquica Relaxamento do
Inibidores da
músculo liso dos
fosfodiesterase
brônquios
Desconhecido; talvez
Dessensibilização iniba a produção de
(administração repetida IgE e aumente a
de pequenas doses do produção de outras Ig;
alergénio) talvez induza a
Maioria das tolerância de células T
doenças
Neutraliza e elimina as
alérgicas Anticorpos Anti-IgE
IgE
Bloqueiam a ação da
Anti-histamínicos histamina nos vasos e
no músculo liso
Cromolina Inibe a desgranulação
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Hipersensibilidade tipo II
Esta desordem é comum, mas não tanto como a tipo I, sendo mediada por
anticorpos IgM, IgG contra antigénios da superfície celular ou da matriz
extracelular, resultando em dano nos tecidos. Os mecanismos envolvidos
nesses danos são a opsonização e fagocitose das células, ativação do
complemento e recrutamento/ativação de neutrófilos e macrófagos. Observam-
se ainda anormalidades na função da célula (ex. inibição da ligação de uma
hormona ao seu recetor).
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Hipersensibilidade tipo IV
Neste caso, a lesão dos tecidos é devida a linfócitos T que induzem inflamação
ou aniquilam diretamente células alvo. Intervêm linfócitos T CD4+ que se
diferenciam em Th1 e Th17 que secretam citocinas pro-inflamatórias. A lesão do
tecido propriamente dita é causada essencialmente pelos macrófagos e
neutrófilos. No entanto pode ser também causada pelos CTLs.
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Terapêutica
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Imunodeficiências congénitas
Como vimos são defeitos genéticos, que afetam mais comumente a via do
complemento e fagócitos. Mas afetam também o desenvolvimento dos linfócitos,
pois podem ser consequências de mutações nos genes que codificam uma
grande variedade de moléculas, tais como, enzimas, adaptadores, proteínas de
transporte e fatores de transcrição.
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Imunodeficiências adquiridas
Causa Mecanismo
Imunossupressão e doenças
Redução da ativação de linfócitos
autoimunes
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Generalidades
O vírus HIV…
É membro da família dos lentivírus dos retrovírus (dsRNA) animais;
Existem dois tipos de vírus: HIV-1 (mais comum) e HIV-2 (causa AIDS
com menor capacidade de progressão);
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Figura 12 – Assim que o HIV entra na célula, as enzimas que estão dentro do
complexo nucleoproteico tornam-se ativas e começam o ciclo viral reprodutivo.
Verifica-se fusão da membrana viral na membrana do hospedeiro, disrupção do
core libertando o genoma viral. O genoma viral (RNA) por ação da transcriptase
reversa é transformado numa dupla cadeia de DNA que irá entrar no núcleo da
célula. A integrase viral entra também no núcleo e promove a integração do
DNA viral no genoma da célula do hospedeiro. O DNA do HIV integrado designa-
se provírus. Esse provírus poderá ficar inativo (sem ser transcrito) por meses
ou anos, sendo pequena ou nula a produção de proteínas virais. Este é chamado
o estado latente. As LTR, citocinas ou estímulos fisiológicos que ativam as
células T e macrófagos podem iniciar a transcrição do gene viral. Irão então ser
codificadas proteínas virais que seguirão um processo de montagem, formando-
se o core. Posteriormente verifica-se a saída da partícula viral formada, com
todos os componentes anteriormente referidos (Encapsulação).
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Terapêutica
Protease;
Integrase.
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