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Índice

Introdução ................................................................................................................................. 2
Objectivos .................................................................................................................................. 2
Teoria ........................................................................................................................................... 3
As leis de Newton ................................................................................................................ 3
1. Primeira Lei de Newton............................................................................................... 3
2. Segunda lei de Newton (Lei Fundamental da Dinâmica)................................ 3
3. Terceira Lei de Newton............................................................................................... 3
Método Experimental ............................................................................................................. 5
1. Esquema do equipamento utilizado...................................................................... 5
2. Procedimento Experimental ..................................................................................... 6
Resultados .................................................................................................................................. 7
1. Dados obtidos experimentalmente e cálculo da aceleração fazendo um
ajuste do gráfico. ................................................................................................................. 7
2. Cálculo da aceleração, deslocamento, velocidade e comparação com
o valor medido na experiência. .................................................................................... 10
Conclusões .............................................................................................................................. 11
Bibliografia ............................................................................................................................... 12

1
Introdução

O presente relatório abordará a segunda lei de Newton através da


experiência laboratorial realizada com um Carril de Demonstração
(“Demonstration Track”), em uso no nosso laboratório de Física.

A experiência consiste na medição do peso do carril, na soltura do


mesmo e consequentemente a medição do deslocamento, velocidade e
aceleração, mediante o programa “Translation/Rotation” do cobra 3, com
um corpo pendurado de 10g considerando o peso da polia móvel de 6g.
Seguindo-se do cálculo da velocidade, deslocamento e aceleração para três
tempos equidistantes. Por coseguinte calculou-se a aceleração através de
gráficos correspondentes.

Objectivos

1. Montar e ajustar uma experiencia de mecânica minimizando os efeitos


de atrito.
2. Verificar a segunda lei de Newton utilizando um carril, um carrinho
especial com pesos e uma barreira de luz como sensor da velocidade.
3. Determinar os parâmetros cinemáticos e dinâmicos de um movimento
rectilíneo.

2
Teoria

As leis de Newton

Em dinâmica são discutidos os movimentos e as suas causas. Podemos


dizer que eles são causados através de uma força que pode ser um puxão ou
um empurrão sobre um objecto, mudando a sua velocidade.

1. Primeira Lei de Newton

Antes de Newton formular a sua teoria, pensava-se que era necessário


a aplicação de uma força para manter um corpo em movimento com
velocidade constante, e que um corpo está em seu “estado natural” apenas
quando se encontrava em repouso. Por sua vez, Newton conclui que:

“Se nenhuma força actua sobre o corpo sua velocidade não muda, ou
seja, o corpo não sofre uma aceleração.”

Em outras palavras, se um corpo está em repouso, permanece em


repouso; se está em movimento, continua com a mesma velocidade (mesmo
módulo e mesma orientação).

Newton denominou esta lei de “Princípio de Inércia”.

2. Segunda lei de Newton (Lei Fundamental da Dinâmica)

“A força resultante que age sobre um corpo é igual ao produto da sua


massa pela sua aceleração.”

(1)

3. Terceira Lei de Newton

Podemos dizer que dois corpos interagem quando cada corpo exerce uma
força sobre o outro, empurrando-se ou puxando-se. Segundo Newton:

“Quando dois corpos interagem, as forças que cada corpo exerce sobre o
outro são iguais em módulo, mas, com sentidos opostos.”

Newton denominou esta lei de “Princípio da acção e reacção”.

3
Consideremos a figura:

Figura 01

Aplicando a equação (1) no carrinho e no corpo temos:

T = m1 a
m2 g – 2T = ½ m2 a
Onde:
T: tensão do fio
m1: massa do carrinho + massa do peso em cima do mesmo.
m2: massa do peso pendurado
g = aceleração gravítica.

Daí, obtemos:

m2 g = (2m1 +1/2 m2) a (2)


Isolando a aceleração obtemos:

m2
a g (3)
2m1  12 m2

Um movimento com aceleração constante é descrito pelas equações:

1 2
s at (4)
2
v  at , (5)
s: distância percorrida (supondo movimento num só sentido)

v: velocidade escalar ou rapidez.

4
Substituindo (3) em (4), e por conseguinte (3) em (5), obtemos:

1 m2
s(t )  at 2  gt 2 (6)
2 2( 2m1  2 m2 )
1

m2
v (t )  a  t  g t (7)
2m1  12 m2

Método Experimental
1. Esquema do equipamento utilizado

a. Montagem do esquema para a simulação da segunda lei de Newton

Figura 02 – Carril de demonstração.

Figura 03 - Sensor de velocidade e corpo pendurado

5
2. Procedimento Experimental

A. Ligou-se o computador e fez-se a devida abertura do programa


“Translation/Rotation” do cobra 3.
B. Por conseguinte, mediu-se o peso de 380g do carrinho.
C. Accionou-se o sistema.
D. Registou-se 14 valores de deslocamento, velocidade e aceleração,
com o auxílio do programa de computador referido anteriormente.
E. Procedeu-se do mesmo modo aumentando o peso do carrinho para
430g e depois para 780g.
F. Desligu-se o sistema e deu-se por encerrada a experiência.

6
Resultados

1. Dados obtidos experimentalmente e cálculo da aceleração fazendo


um ajuste do gráfico.

Tabela dos valores experimentais da massa de 380g


t(s) s(m) v(m/s) a(m/s2)
0,500 0,029 0,086 0,131
0,700 0,05 0,126 0,161
0,900 0,079 0,165 0,179
1,100 0,115 0,204 0,192
1,300 0,159 0,236 0,183
1,500 0,21 0,283 0,183
1,700 0,269 0,306 0,175
1,900 0,334 0,346 0,185
2,100 0,406 0,377 0,17
2,300 0,485 0,408 0,17
2,500 0,571 0,448 0,175
2,700 0,664 0,479 0,179
2,900 0,764 0,518 0,161
3,100 0,871 0,558 0,157
Média 0,1715

0,8
s = 0,0838x1,8968
s(m); v(m/s); (m/s2)

0,7
0,6 v = 0,1555x - 0,0017
0,5 a = 0,0091x + 0,1344
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
Tempo t(s)

a = 0,0014 x 2 + 0,169 = 0,1718 m/s2

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Tabela dos valores experimentais da massa de 430g
t(s) s(m) v(m/s) a(m/s2)
0,500 0,025 0,079 0,109
0,700 0,042 0,11 0,135
0,900 0,066 0,141 0,153
1,100 0,096 0,165 0,148
1,300 0,132 0,196 0,153
1,500 0,175 0,228 0,157
1,700 0,223 0,259 0,161
1,900 0,279 0,298 0,161
2,100 0,341 0,322 0,157
2,300 0,409 0,361 0,17
2,500 0,483 0,385 0,148
2,700 0,565 0,424 0,157
2,900 0,652 0,448 0,153
3,100 0,745 0,479 0,148
Media 0,150714

0,8
s = 0,0838x1,8968
s(m); v(m/s); (m/s2)

0,7
0,6 v = 0,1555x - 0,0017
0,5 a = 0,0091x + 0,1344
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
Tempo t(s)

a = 0,0091 x 2 + 0,1344 = 0,1526 m/s2

8
Tabela dos valores experimentais da massa de 780g
t(s) s(m) v(m/s) a(m/s2)
0,500 0,021 0,055 0,057
0,700 0,034 0,079 0,074
0,900 0,051 0,094 0,089
1,100 0,072 0,11 0,087
1,300 0,095 0,126 0,087
1,500 0,121 0,141 0,087
1,700 0,1521 0,165 0,092
1,900 0,187 0,181 0,092
2,100 0,225 0,196 0,087
2,300 0,266 0,22 0,083
2,500 0,311 0,236 0,083
2,700 0,359 0,251 0,087
2,900 0,41 0,267 0,096
3,100 0,467 0,291 0,092
Media 0.085214

0,5
s = 0,0631x1,725
s(m); v(m/s); (m/s2)

0,4 v = 0,0888x + 0,0124


a = 0,0069x + 0,0727
0,3

0,2

0,1

0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
Tempo t(s)

a = 0,0069 x 2 + 0,0727 = 0,0865m/s2

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2. Cálculo da aceleração, deslocamento, velocidade e comparação
com o valor medido na experiência.

Considerando três tempos equidistantes (1,100 ; 1,700 ; 2,300), calculou-


se aceleração, de seguida a velocidade e depois o deslocamento através
das equações (3), (6) e (7). Desta feita, comparou-se com os valores obtidos
experimentalmente conforme se observa nas tabelas seguintes:

Tabela Comparativa para massa1 = 380g


t(s) s(t) v(t) a(t)
Calculados Experimentais Calculados Experimentais Calculados Experimentais
1,100
0,123521 0,115 0,224583 0,204 0,204167 0,192
1,700
0,295021 0,269 0,347083 0,306 0,204167 0,175
2,300
0,540021 0,485 0,469583 0,408 0,204167 0,17

Tabela Comparativa para massa1 = 430g


t(s) s(t) v(t) a(t)
Calculados Experimentais Calculados Experimentais Calculados Experimentais
1,100
0,10929 0,096 0,19871 0,165 0,180645 0,148
1,700
0,261032 0,223 0,307097 0,259 0,180645 0,161
2,300
0,477806 0,409 0,415484 0,361 0,180645 0,17

Tabela Comparativa para massa1 = 730g


t(s) s(t) v(t) a(t)
Calculados Experimentais Calculados Experimentais Calculados Experimentais
1,100
0,0605 0,072 0,11 0,11 0,1 0,087
1,700
0,1445 0,1521 0,17 0,165 0,1 0,092
2,300
0,2645 0,266 0,23 0,22 0,1 0,083

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Conclusões

Através do dispositivo denominado carril de demonstração, acoplado a


um sensor de velocidade auxiliado por um programa de computador, é mais
fácil e simples de verificarmos experimentalmente a segunda lei de Newton, e
por conseguinte determinarmos a aceleração.

Desta forma pode-se dizer que com estas condições estudantes e


professores podem melhor perceber e melhor ensinar a segunda lei de
Newton, o que possibilita um melhor aprendizado e capacidades de análise
para sabermos identificar melhor os problemas de Engenharia, aplicando os
nossos conhecimentos dessas leis de formas a termos um bom aproveitamento
nas cadeiras direccionadas do curso, e quiçá no mercado de trabalho.

Portanto, nos três casos calculou-se para três tempos equidistantes o


valor da acelaração, velocidade e deslocamento percorrido, usando as
equações (7), (6) e (3) respectivamente comparando com os valores obtidos
experimentalmente. Por sua vez com o auxílio de gráficos da distância
percorrida, velocidade e aceleração, observou-se o comportamento sistema,
fez-se um ajuste para determinar a aceleração através dos coeficientes
angulares. E por conseguinte comprovou-se que fazendo um ajuste da
aceleração do gráfico a uma recta, pode-se obter do eixo das ordenadas
(vertical) o valor aproximado do valor médio dos 14 valores medidos na
experiência.

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Bibliografia

[1] Física I. Resnick, Halliday e Krane. 5ª Edição. Capítulo 3 – Forças e leis de


Newton [pag. 47 à 48].

[2] HALLIDAY, James, RESNICK, Robert, WALKER, and Jearl. Fundamentos da


Física. 9ª Edição. John Wiley & Sons, Inc. 2011. Capítulo 5 – Força e Movimento I
[pag. 91 à 105].

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