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PARADIGMAS ESPECIAIS PARA A CONJUGAÇÃO VERBAL

Conjugação de verbos derivados

Regra:
A conjugação do verbo derivado segue a conjugação do seu verbo primitivo.

Ex.:
TER  deter, reter, entreter, ater-se etc.
PÔR  compor, interpor, supor, apor etc.

Conjugação dos verbos terminados nos hiatos


-air  sair, cair, abstrair
-oer  roer, moer, doer
-uir  possuir, constituir, restituir
Regra:
A 3ª pessoa do singular do presente do indicativo apresenta a desinência “i” e jamais “e”.

“-ear”  frear, pentear, veranear, passear, homenagear, arrear, saborear, menear.

Regra:
Intercalam, por motivos fonéticos, um “i” intervocálico em sua desinência nas formas rizotônicas.

“-iar”  variar, estagiar, abreviar, adiar, conciliar, copiar, desviar, guiar


Regra:
Seguem o paradigma de conjugação dos verbos da 1ª conjugação, isto é, conjugam-se normalmente à
exceção de M-A-R-I-O.

Verbo ANSIAR (presente do indicativo)


EU ANSEIO
TU ANSEIAS
ELE ANSEIA
NÓS ANSIAMOS
VÓS ANSIAIS
ELES ANSEIAM

Verbo MEDIAR (presente do subjuntivo) Que...


EU MEDEIE
TU MEDEIES
ELE MEDEIE
NÓS MEDIEMOS
VÓS MEDIEIS

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ELES MEDEIEM

Conjugação de verbos terminados nos hiatos “-oar” e “-uar”  abençoar, voar, leiloar, continuar, suar,
atenuar

Regra:
Apresentam a letra “E” em todas as formas do presente do subjuntivo.

Verbo ABENÇOAR (presente do subjuntivo)


Que...
EU ABENÇOE
TU ABENÇOES
ELE ABENÇOE
NÓS ABENÇOEMOS
VÓS ABENÇOEIS
ELES ABENÇOEM

Conjugação dos verbos “ver” e “vir” no futuro do subjuntivo


VIR ≠ VER
EU VIER EU VIR
TU VIERES TU VIRES
ELE VIER ELE VIR
NÓS VIERMOS NÓS VIRMOS
VÓS VIERDES VÓS VIRDES
ELES VIEREM ELES VIREM

Conjugação de verbos defectivos:


1º GRUPO  Verbos que não possuem a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo.
abolir, colorir, delinquir, demolir, exaurir (esgotar, acabar), extorquir, soer (costumar, acontecer com frequência),
urgir (ser urgente), tinir (soar)”.

2º GRUPO  Verbos que, no presente do indicativo, só possuem as pessoas “nós” e “vós”.


reaver, precaver, aguerrir, adequar, empedernir (petrificar), remir (resgatar), fornir (abastecer, prover), falir, embair
(iludir, seduzir), adir (acrescentar, adicionar), renhir (disputar, pleitear)

01. Estão inteiramente corretas a forma e a flexão dos verbos na frase:

A) A boa ficção não institue fantasias gratuitas; ela aprende o real por meio da mais fecunda imaginação.
B) Embora muitos diverjam, não há por que não admitir que um romance policial reuna vários atributos estéticos.
C) Embora não sejam propriamente ficções, os bons documentários propisciam a abertura de novos horizontes do
real.
D) Se achamos que a vida dos afegãos não tem nada haver com a nossa, o autor lembra que a história de Amir
conflue para a de muita gente.
E) Muitos autores entremeiam realidade e imaginação em suas narrativas para proverem a ficção dos mais esti-
mulantes atrativos.

02. Estão adequados o emprego e a flexão de todas formas verbais na frase:

A) Se as pesquisas bem realizadas sempre intervissem no comportamento das pessoas, o estudo ao qual se apli-
cou Johnson teria algum efeito sobre o público.
B) Imergem da pesquisa de Johnson alguns dados reveladores quanto à ação da TV sobre nós, mas é possível
que outros fatores hajam de modo determinante sobre o nosso comportamento.
C) Quem revir as várias pesquisas sobre a relação entre TV e comportamento haverá de se deparar com resulta-
dos que talvez constituam motivo para algum alarme.
D) Jamais conviu às emissoras de TV divulgar essas pesquisas, que quase sempre as encriminam como respon-
sáveis pela multiplicação da violência social.
E) Se as violências que provêem do hábito de assistir à TV se saneiassem por conta de alguma regulamentação
governamental, seria o caso de pedir providências às autoridades.

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03. (FCC) A forma verbal que, além de corretamente flexionada, indica fato passado anterior a outro, tam-
bém passado, está grifada na frase:

A) Para que se precavissem os efeitos prejudiciais ao meio ambiente, interromperam-se as queimadas na região.
B) Após a derrubada da mata, sobreviram alterações significativas no clima de toda a área, antes coberta por ela.
C) O especialista ativera-se à análise dos dados obtidos, para defender o programa de responsabilidade ambien-
tal.
D) Proporam-se medidas de combate à degradação da floresta, porém os resultados danosos já haviam se insta-
lado em toda a área.
E) Se não fosse imediatamente interrompido o corte das árvores, a região transformar-se-ia numa extensa área
desertificada.

04. Estão corretos o emprego e a flexão de todas as formas verbais na frase:

A) Se os homens dessem ouvido à consciência e contessem seus instintos, as relações sociais seriam mais har-
moniosas.
B) Aos homens nunca aprouve respeitar os princípios coletivos quando não prescrita uma punição para quem
viesse a menosprezá-los.
C) Se os cidadãos elegerem princípios e convirem que estes são justos, só os infligirá quem se valer de má fé.
D) No caso de evidente erro judiciário, deve-se ratificar a sanção aplicada para que a punição injusta não consti-
tue um argumento a favor da impunidade.
E) Quando todos revirmos o papel social que nos cabe e nos dispormos a exercê-lo de fato, nenhum caso de im-
punidade será tolerado.

05. Estão corretos o emprego e a flexão de todas as formas verbais na frase:

A) Se os homens dessem ouvido à consciência e contessem seus instintos, as relações sociais seriam mais har-
moniosas.
B) Aos homens nunca aprouve respeitar os princípios coletivos quando não prescrita uma punição para quem
viesse a menosprezá-los.
C) Se os cidadãos elegerem princípios e convirem que estes são justos, só os infligirá quem se valer de má fé.
D) No caso de evidente erro judiciário, deve-se ratificar a sanção aplicada para que a punição injusta não consti-
tue um argumento a favor da impunidade.
E) Quando todos revirmos o papel social que nos cabe e nos dispormos a exercê-lo de fato, nenhum caso de im-
punidade será tolerado.

06. Está correta a flexão de todas as formas verbais na frase:

A) Não é verdade que os portugueses do século XV engulissem as vogais ou chiassem nas consoantes.
B) Sempre serão bem-vindos os imigrantes que chegarem ao Brasil, em qualquer época, e trazerem para nós as
marcas de sua língua e de sua cultura.
C) Caso a incorporação de termos estrangeiros não convisse aos falantes de um idioma, estes não haveriam de
os aproveitar.
D) Se alguém rever os textos do português arcaico, se espantará com a profusão de termos que ainda frequentam
a fala brasileira em muitas regiões do país.
E) Foram-se somando ao português do Brasil, ao longo dos séculos, os traços que advieram das línguas dos que
para cá emigraram.

Advérbio(definição):
É a classe de palavras invariáveis que, modificando um verbo, um adjetivo ou outro advérbio, transmitem-lhes
alguma circunstância.
* "Os meus doentes, senhora condessa, respondeu Carlos, não são bastante numerosos para formar uma quadri-
lha."

* "Ao despedir-se da pupila, Lemos apertou-lhe a mão: - Desejo-lhe que seja muito e muito feliz."

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Advérbio:
Observação importante:

A maioria dos advérbios terminados em "-mente" deriva de adjetivos. Quando o adjetivo apresenta formas diferen-
tes para os dois gêneros, o sufixo adverbial "-mente" será acrescido à forma feminina do adjetivo.

Advérbios terminados em “-mente”:

* feliz  felizmente
* vaidoso  vaidosamente
* triste  tristemente
* ameaçador  ameaçadoramente
* fácil  facilmente
* feliz  felizmente
* vaidoso  vaidosamente
* triste  tristemente
* ameaçador  ameaçadoramente
* fácil  facilmente

É possível transformar muitas expressões e locuções em advérbios – geralmente de "modo" ou de "tem-


po" –, formados com o sufixo adverbial "-mente".

* O recurso foi interposto fora do tempo.  extemporaneamente, intempestivamente

* Ele aprendia as lições pouco a pouco.  gradativamente, paulatinamente

Classificação dos advérbios

Os advérbios são classificados de acordo com a circunstância que expressam. Assim, podem ser classificados
em:
a) de afirmação;
b) de dúvida;
c) de frequência;
d) de intensidade (ou "de quantidade");
e) de tempo;
f) de modo;
g) de negação;
h) de lugar.

Locuções adverbiais
Frequentemente os advérbios aparecem em português sob a forma locucional – são as denominadas "locuções
adverbiais". Tais locuções são um conjunto de palavras, geralmente de núcleo substantivo e geralmente encabe-
çadas por uma preposição, com valor circunstancial.

Exemplos:
à força, a giros, às cegas, a esmo, a farta, a granel, à porta, à revelia, a seu talante, a cavalo, ao deus dará, à toa,
às pressas, a pé, a pique, ao revés, a seu tempo, ao longe, ao vivo, à noite, às tontas, às ocultas, às escondidas,
às vezes, ao acaso, com certeza, de repente, de cabo a rabo, de improviso, de cor, de forma alguma, de propósi-
to, de primeiro, de relance, de soslaio, de vez em quando, de sobreaviso

Adjetivos adverbializados
Em muitas situações, empregam-se adjetivos em função adverbial. Neste caso, o adjetivo, à semelhança do ad-
vérbio, permanecerá invariável.

* Acudiram algumas pessoas que próximo se encontravam.

* "A fisionomia de Bento Simões reanimou-se. — Falai claro uma vez ao menos, retrucou Rui Soeiro.”

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* "Para não cair foi-lhe preciso agarrar-se forte com ambas as mãos ao braço de Álvaro, arrimando-se em seu
peito.”

Observação importante:
Há vários vocábulos na língua portuguesa que ora aparecem como advérbios, ora como pronomes, adjetivos e
numerais. Para se determinar a classe morfologia a que pertencem tais palavras, devem-se levar em conta os
seguintes critérios:

Exemplos:
* Ela usa meias verdades.
* Ele encontra-se meio adoentada.
* Tomamos muito sorvete.
* O sorvete estava muito gelado.
* Li os livros todos da biblioteca dele.
* No acidente, ele ficou todo ensanguentado.
* O próximo capítulo fala sobre o amor.
* Fiquei próximo do local do acidente.

CONJUNÇÃO

Definição
É a classe de palavra invariável que liga duas orações entre si, estabelecendo um vínculo de coordenação ou de
subordinação.

Exemplos:
* Os funcionários informaram ao chefe que a máquina não estava funcionando bem.
* O governo aumentou a taxa de juros e diminuiu o acesso ao crédito consignado.

Classificação
A principal classificação das conjunções leva em conta o significado da conjunção e a possibilidade de ela estabe-
lecer "coordenação" ou "subordinação". Por este critério, as conjunções são classificadas em:

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CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES

Coordenativas

As conjunções coordenativas são aquelas que ligam orações que apresentam a mesma função na frase. De acor-
do com a relação que expressam, as conjunções coordenativas são classificadas em:

1. ADITIVAS  Chamadas também de "copulativas" ou "aproximativas", as conjunções aditivas ligam duas ora-
ções, aproximando-as numa relação de soma, de adição.
E, NEM, TAMBÉM, BEM ASSIM, BEM COMO, NÃO SÓ... MAS (TAMBÉM), NÃO SÓ... BEM COMO, QUE (=E).

2. ADVERSATIVAS  São as conjunções que unem pensamentos ou ideias contrárias, opostas.


A principal conjunção adversativa na língua portuguesa é o "MAS". Apresentam também força adversativa os se-
guintes conectores:
PORÉM, CONTUDO, TODAVIA, ENTRETANTO, NO ENTANTO, SENÃO, QUE (=MAS), AINDA ASSIM

3. ALTERNATIVAS OU DISJUNTIVAS  São conjunções que ligam ideias e pensamentos que se alternam ou
que se excluem.
OU, OU... OU, SEJA... SEJA, QUER...QUER, NEM... NEM, ORA... ORA, SEJA... SEJA.

4. CONCLUSIVAS OU ILATIVAS  São as conjunções que introduzem orações, em um período coordenado, as


quais expressam uma conclusão, uma ilação em relação à primeira oração.
LOGO, PORTANTO, POR ISSO, POIS (posposto ao verbo), ENTÃO, ASSIM, POR CONSEQUÊNCIA, CON-
SEQUENTEMENTE, CONSEGUINTEMENTE.

5. EXPLICATIVAS  São conjunções que explanam na segunda oração o sentido da primeira oração ou uma
explicação para a primeira.
QUE, PORQUE, POIS (anteposto ao verbo), PORQUANTO.

Subordinativas

As conjunções subordinativas (também chamadas de "circunstanciais") ligam orações que exercem uma função
sintática em relação a uma outra oração denominada de "principal ou subordinante". São dez as conjunções su-
bordinativas:

1. CAUSAIS  São conjunções que subordinam ideias em que se exprime a causa, o motivo, a razão de ser da
ideia principal.
QUE, PORQUE, PORQUANTO, COMO (no início da oração = JÁ QUE), SE ( = JÁ QUE), DESDE QUE, POIS
QUE, VISTO QUE, VISTO COMO, UMA VEZ QUE, COMO QUER QUE, DE MODO QUE

2. CONCESSIVAS  São conjunções que subordinam ideias em que se exprime uma ação contrária, oposta à
ideia principal.
QUE, EMBORA, CONQUANTO, AINDA QUE, POSTO QUE, BEM QUE, SE BEM QUE, QUANDO MESMO, POR
MAIS QUE, POR MENOS QUE, POR POUCO QUE, MESMO QUE, EM QUE PESE, APESAR DE QUE.

3. CONFORMATIVAS  São conjunções que subordinam ideias em que se exprime a conformidade de um pen-
samento com o da ideia principal.
COMO, CONFORME, CONSOANTE, SEGUNDO.

4. CONSECUTIVAS  São conjunções que subordinam ideias em que se exprime o efeito, a consequência, o
resultado do pensamento expresso na ideia principal.
QUE (precedido de "TÃO, TAL, TANTO, TAMANHO), SEM QUE, DE MODO QUE, DE SORTE QUE, DE FOR-
MA QUE, DE MANEIRA QUE.

5. CONDICIONAIS  São conjunções que subordinam ideias que exprimem a condição, a hipótese, a probabili-
dade para a ideia principal do período.
SE, CASO, CONTANTO QUE, SEM QUE, A NÃO SER QUE, SALVO SE, EXCETO SE, A MENOS QUE.

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6. COMPARATIVAS  São conjunções que estabelecem uma relação de comparação, de analogia com a ideia
principal do período.
COMO, ASSIM COMO, TAL E QUAL, TAL QUAL, MAIS QUE OU DO QUE, MENOS QUE OU DO QUE, TANTO
QUANTO, FEITO (= COMO).

7. FINAIS  São conjunções que estabelecem uma relação de fim (finalidade) com a ideia principal do período.
QUE (= PARA QUE), PORQUE (= PARA QUE), PARA QUE, A FIM DE QUE.

8. PROPORCIONAIS  São as conjunções que estabelecem uma relação de proporcionalidade em relação ao


fato contido na oração subordinante.
À MEDIDA QUE, À PROPORÇÃO QUE, AO PASSO QUE, QUANTO MAIS ... MAIS, QUANTO MAIS... MENOS,
QUANTO MENOS... MAIS, QUANTO MENOS... MENOS.

9. TEMPORAIS  São conjunções que estabelecem o momento, o tempo da realização do fato contido na oração
subordinante (principal).
ENQUANTO, DESDE QUE, LOGO QUE, ASSIM QUE, MAL (=LOGO QUE), ANTES QUE, QUANDO.

10. INTEGRANTES  São as conjunções que introduzem as orações substantivas, isto é, as orações que exer-
cem para a oração principal uma das seguintes funções: sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nomi-
nal, aposto e predicativo.
QUE, SE

Conjunções correlatas  são aquelas que se encontram bipartidas entre uma oração e outra.

Exemplos:
não só… mas também…
não só… mas ainda...
não só… senão também...
não só… senão que...
não só… bem como…

PREPOSIÇÃO

Definição
É a categoria gramatical invariável que tem por função ligar entre si duas palavras, subordinando uma à outra,
para introduzir determinadas circunstâncias ou indicar posse, referência, origem, atribuição, causa, efeito etc. Por-
tanto, a preposição é a palavra invariável de caráter essencialmente relacional.

Observe:
* Amanhã iremos à casa de Maria.
* A criança se encontra com febre.

Valores das preposições:


* Ele sempre fala muito sobre política.
* Ele morreu de fome.
* Ele veio de Caruaru.
* Todos se inclinaram para a frente.
* Sairemos hoje com Maria.

Classificação das preposições

No português, as preposições são classificadas em "essenciais" (palavras que só desempenham o papel estrita-
mente de preposição) e "acidentais" (palavras de outra classe gramatical que eventualmente se usam como pre-
posições).

a) São essenciais:
a de perante
ante desde por

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após em sem
até entre sob
com para sobre
contra trás

b) São acidentais:
conforme (= de acordo com)
consoante (= de acordo com)
segundo (= de acordo com)
como (= na qualidade de)
durante salvo
fora, afora exceto
mediante (= por meio de)
Menos tirante

Locuções prepositivas
Em muitos casos, a função prepositiva é exercida por um conjunto de vocábulos que é finalizado por uma preposi-
ção. Neste caso, está-se diante das chamadas "locuções prepositivas". Geralmente tais locuções apresentam
como núcleo um substantivo ou um advérbio.

Exemplos:
abaixo de acerca de acima de
a fim de além de à maneira de
antes de até a ao lado de
ao invés de ao redor de a par de
apesar de a respeito de diante de

Combinações e contrações das preposições


Num período, pode uma preposição unir-se à outra palavra, passando a constituir com ela um só vocábulo. Nessa
ligação, se a preposição permanece com todos os seus fonemas, diz-se que há "combinação"; se houver perda
de fonema para algum dos componentes, diz-se que há "contração".

* Ele foi um daqueles que sempre lutou pela pátria.


* Ele deixou todos os bens para os filhos.

INTRODUÇÃO À SINTAXE

Conceitos essenciais
1. Frase: é todo enunciado lingüístico capaz de estabelecer um processo de comunicação, ou seja, é todo enun-
ciado que possui sentido completo.

* Meu Deus, ajude-me!


* O presidente da empresa viajará amanha para São Paulo.

 Quanto ao sentido que expressam, as frases podem ser:


a) Declarativas ou expositivas (apresentam uma declaração, um juízo de valor)
b) Interrogativas (apresentam uma indagação, uma pergunta, um questionamento)
c) Imperativas (apresentam uma ordem, um mandamento, uma exortação)
d) Exclamativas (apresenta uma admiração, uma repulsa, uma surpresa)
e) Optativas (apresentam um desejo, uma aspiração)

2. Oração: é toda estrutura lingüística centrada em um verbo ou uma locução verbal. Podemos afirmar ser toda
estrutura que se biparte em sujeito e predicado, e, excepcionalmente, só em predicado, quando a declaração se
encerra em si mesma sem referência particular a nenhum ser.

3. Período: é a frase formada por uma ou mais orações. Classifica-se, portanto, em:
a) Simples: formado por uma única oração, denominada de oração absoluta. Haverá, por isso, um único verbo ou
uma única locução verbal.

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b) Composto: formado por mais de uma oração.

Estudo do período simples – sintaxe da oração

Hierarquia dos termos

I - Termos essenciais da oração:


- SUJEITO
- PREDICADO

II – Termos integrantes da oração:


- OBJETO DIRETO
- OBJETO INDIRETO
- COMPLEMENTO NOMINAL
- AGENTE DA PASSIVA

III – Termos acessórios da oração:


- ADJUNTO ADNOMINAL
- ADJUNTO ADVERBIAL
- APOSTO

Estudo dos termos essenciais

SUJEITO

Definição:
É o termo sobre o qual se faz alguma declaração.
É o termo sobre o qual o enunciado verbal recai.

Classificação (clássica):
a) Simples  um só núcleo
b) Composto  mais de um núcleo
c) Oculto, elíptico ou desinencial  presente da desinência verbal
d) Indeterminado
e) Oração sem sujeito

ESTUDO SOBRE O SUJEITO DE UMA ORAÇÃO

IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO

Exemplos:
1. O enfoque nas soluções únicas dos problemas que enfrentamos empobrece, quase sempre, a qualidade mes-
ma do raciocínio.

2. Nas palavras dos piores contraventores ............................. (existir) insolentes alusões à moralidade.

3. Aqueles de quem não .......................... (advir) qualquer reação contra os desonestos acabam estimulando a
corrupção.

4. ........................ (estar) nos traços da cultura brasileira, que são também estratégias de sobrevivência, uma forte
inspiração para um ensino que ensine.

5. São muitas as pessoas a quem ........................ (poder) convencer uma proposta ampla, honesta e revolucioná-
ria para o nosso ensino.

6. O despertar para a dialética e para as relações contrastantes ....................... (abrir) um caminho mais conse-
quente para a reflexão e para a prática.

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7. A entrada dos anos 2000 têm trazido a reversão das expectativas de que haveria a inauguração de tempos de
fraternidade, harmonia e entendimento da humanidade.

8. O recrudescimento do conservadorismo e de práticas autoritárias, efetivadas à sombra do medo, tem represen-


tado fonte de frustração dos ideais historicamente buscados.

Observação:
Em muitas orações, o sujeito é exercido pelo pronome relativo QUE ou por seus relativos correspondentes - O
QUAL, A QUAL, OS QUAIS, AS QUAIS.

9. Somos o único povo da História que ainda mantém um pouco da alegria do viver.

10. No intervalo da conferência, surgiram várias ideias as quais induziram o palestrante a mudar o rumo de seu
discurso.

Acompanhe:
1ª oração = Eu vi um gatinho

2ª oração = O gatinho subia no telhado.


Junção das duas orações:
Eu vi um gatinho QUE / O QUAL subia no telhado.

11. São as possibilidades de enfoques alternativos o que importa nas operações que levam a soluções múltiplas.

12. Quase ninguém, entre os que se .......................... (valer) do controle remoto, resiste à tentação de passar
velozmente por todos os canais de TV.

13. O que nos mandamentos de Moisés se impõe como um dos princípios fundamentais é a necessidade de reco-
nhecimento dos nossos limites.

14. Quando o que .................................... (indicar) nossos caminhos são os apelos da voz interior, a escolha pro-
fissional não é aleatória.

LEMBRE-SE!! CUIDADO!! NÃO SE ESQUEÇA!!


Como o sujeito é um termo subordinante, não se deixa reger por preposição.

CUIDADO!!
1. Está na hora da onça beber água.
2. Os pais compraram novos livros a fim dele estudar mais.
3. O motivo dos gregos legarem-nos apenas a desconfiança só agora se esclareceu.

QUESTÃO: (Cespe/Unb – TRE/BA)


“O que verdadeiramente interessa no caso é que, no processo, a indignação de Ramos, apesar de ele ter
sido considerado um homem violento, pareceu compreensível aos depoentes.”

7. O segmento “apesar de ele ter sido considerado um homem violento” pode ser corretamente substituído pelo
seguinte: apesar dele haver sido considerado um homem violento.

Predicação Verbal (transitividade)

Classificação dos verbos:


I – Intransitivos

II – Transitivos:
a) diretos
b) indiretos
c) diretos e indiretos (britransitivos)

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III – De ligação (relacionais ou copulativos)

I – Intransitivos
São todos os verbos que, sozinhos, são capazes de transmitir a noção predicativa. Em outras palavras,
são verbos que dispensam uma complementação.

* No último encontro, ocorreram fatos dignos de notícia.


* A chuva estiou na região sul.
* O imigrante se dirigiu à embaixada dos Estados Unidos.

I – Intransitivos (CUIDADO!! CUIDADO!! CUIDADO!!)


* Ocorreram problemas na empresa.
* Jamais aconteceriam aqueles contratempos se ela estivesse aqui.
* Surgiu uma nova ideia na reunião.
* Ainda existem pessoas honestas no Brasil.

II – Transitivos
São aqueles que precisam de um termo que os complemente para que o sentido se perfaça, para que a compre-
ensão da estrutura seja possível. Dividem-se em:

São os verbos que exigem termo complementar sem a obrigatoriedade de uma preposição necessária, ou seja,
pedem um complemento desprovido de preposição. O complemento desses verbos denomina-se “objeto direto”.

* Nunca mais ele angariou fundos para aquela ONG.


* Muitas lojas do centro da cidade vão baratear os preços neste final de semana.
*Nunca mais eles viram os quadros a óleo que compraram na Europa.

São os verbos que exigem termo complementar regido (introduzido) por uma preposição necessária, obrigatória.
O complemento desses verbos é denominado de “objeto indireto”.

* Eles dependem agora da sorte para que o produto de que precisam chegue a tempo.

*Durante muito tempo aquele povo guerreou contra os costumes do Ocidente.


* Não convém aos iniciantes na carreira diplomática portar-se de maneira inadequada.

São verbos que exigem dois tipos de complemento: um sem a preposição e outro com o auxílio de uma preposi-
ção. São denominados também de “biobjetivos” ou “bitransitivos”.

*Ensinaram-lhe todos os preceitos de nossos antepassados?


*O diretor atribuiu o insucesso do grupo à inércia de alguns integrantes.

Denominados também de “verbos copulativos” ou “verbos de relação”, são aqueles que, desprovidos de significa-
ção, servem como “ponte” entre o sujeito e uma determinada qualidade, denominada de “predicativo”. Geralmente
funcionam como “de ligação” os verbos “ser, estar, ficar, parecer, continuar e permanecer.”

*Eles estavam extremamente atrasados para a festa.


*O Governo Federal deve estar atento às necessidades da população.

Observação:
Lembre-se de que a predicação verbal deve ser sempre avaliada levando-se em conta o CONTEXTO em
que o verbo se encontra.

Veja:
a) Minha proposta saiu vitoriosa da reunião.
b) O carro virou na esquina com a rua Augusta.
c) O carro virou, ao capotar, uma banca de revistas.
d) O carro virou, após a capotagem, um monte de ferros retorcidos.

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e) Não convêm essas atitudes.
f) Não convêm aos estudantes essas atitudes.
g) Já entregamos o relatório.
h) Já entregamos o relatório ao diretor.

(FCC – Bco Brasil) A interiorização das universidades federais e a criação de novos institutos tecnológi-
cos também mudam a cara do Nordeste... (3º parágrafo)
O mesmo tipo de complemento grifado acima está na frase:

A) A outra face do "novo Nordeste" está no campo.


B) ... onde as condições são bem menos favoráveis ...
C) ... que mexeram com a renda ...
D) ... que mais crescem na região.
E) ... que movimentam milhões de reais ...

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