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exposição
Fechar o Tempo
curadoria fotografi a
M. Fátima Lambert Rui Pinheiro
O que fica de tudo o que passou, é; o que possam ser os mesmos e todos tenham Dimitrios Andrikopoulos
4 Rui Pinheiro 8 Olívia da Silva
na mudança desaparece e na ausência ou raízes no seu próprio passado - numa Sonoplastia
Fechar o tempo para afi rmar tudo aquilo As pessoas desidentificam-se, adquirindo
que os olhares de 4 fotógrafos viram nos as caraterísticas, as extrapolações que
espaços do Politécnico do Porto. os demais delas transportam. Não há
pessoas, há somente figuras que são
Ao longo de meses, Augusto Lemos, antropomorfi as…: “Utque novis facils
Olívia da Silva, Paulo Catrica e Rui signatur cera figuris/ nec manet ut fuerat
Pinheiro visitaram esses locais na cidade, nec formas servas easdem, / Sed tamen
empreendendo uma missão artística de ipsa cadem est…” (“E assim como a cera
reconhecimento e enigma, perscrutando dúctil é marcada com novas figuras e não
razões de domínio e recarregando imagens permanece como tinha sido nem conserva
de toda uma pregnância da memória as mesmas formas, /embora ela seja a
compósita. mesma…” Ovídio, Metamorfoses, 15,
169 ss)
Depararam-se com uma diferencialidade
de tipologias patrimoniais, integradas [Não será por acaso que a exposição
na cartografi a urbana. Apresentaram-se anterior aqui apresentada tomou a
díspares, com predomínio de edifícios designação primordial, atribuída pelo
c a rrega ndo h istórias centená rias , artista José Rufi no, Encarnação…]
casos emblemáticos – institucionais,
comunitários, societários, arquiteturais As deambulações, quanto à conceção
– configurados pela cronologia em de figura, conduzem a Santo Agostinho, Paulo Catrica
restituição que, assim, solidifica a pertença relembrando uma defi nição que engloba A i·lha e a fá·bri·ca
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à cidade. as variantes tradicionais, como assinalou 2015