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Processos de
Soldagem

Processos de Soldagem 2

Processo de soldagem
 Processo utilizado para unir materiais pelo
aquecimento destes a temperaturas adequadas, com
ou sem aplicação de pressão e com ou sem
aplicação de metal de adição.

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Principais Processos de Soldagem 3
DENOMINAÇÃO EM PORTUGUÊS DESIGNAÇÃO DENOMINAÇÃO EM INGLÊS
AWS
Soldagem com eletrodo revestido SMAW Shielded metal arc welding

Soldagem TIG GTAW Gas tungsten arc welding

Soldagem MIG/MAG GMAW Gas metal arc welding

Soldagem a arco submerso SAW Submerged arc welding

Soldagem com arame tubular FCAW Fluxcored arc welding


Soldagem oxi-acetilênica OAW Oxyacetylene welding

Soldagem por resistência elétrica ERW Eletric Resistance welding

Soldagem eletro-gás EGW Electrogas welding

Soldagem por eletro-escória ESW Electroslag welding

Soldagem a gás OFW Oxyfuel gas welding

Soldagem a plasma PAW Plasma arc welding

Soldagem de pino SW Stud welding

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Soldagem com eletrodo revestido (SMAW) é a união
de metais pelo aquecimento oriundo de um arco
elétrico entre um eletrodo revestido e o metal de
base, na junta a ser soldada.

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Processo Eletrodo Revestido 5

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Equipamento de soldagem
 O equipamento consiste de uma fonte de energia, cabos de
ligação, um porta eletrodo (alicate de eletrodo), um grampo
(conector de terra), e o eletrodo (consumível).

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Tipos de corrente elétrica utilizados
 O suprimento de energia elétrica pode ser tanto
corrente alternada como corrente contínua.
 Quando a corrente é contínua podemos ter dois tipos
de polaridade:
 Polaridade direta (CC-): a peça é ligada ao pólo positivo e o eletrodo ao
negativo. O bombardeio de elétrons dá-se na peça, a qual será a parte mais
quente.
 Polaridade inversa (CC+): eletrodo positivo e a peça negativa. O bombardeio
de elétrons dá-se na alma do eletrodo, o qual será a parte mais quente.

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REVESTIMENTOS

 Funções Elétricas de Isolamento e Ionização

 Funções Físicas e Mecânicas

 Funções Metalúrgicas

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 Funções Elétricas de Isolamento e Ionização

a) Isolamento: o revestimento é um mau condutor de


eletricidade, assim isola a alma do eletrodo, evitando
aberturas de arco laterais, orientando o arco para
locais de interesse.

b) Ionização: o revestimento contém silicatos de sódio


e potássio que ionizam a atmosfera do arco. A
atmosfera ionizada facilitada a passagem da corrente
elétrica, dando origem a um arco estável.

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 Funções Físicas e Mecânicas

a) Fornece gases para formação da atmosfera protetora


das gotículas do metal contra ação do hidrogênio e
oxigênio da atmosfera do ambiente de soldagem.
b) O revestimento funde e depois solidifica-se sobre o
cordão de solda, formando uma escória de material não
metálico que protege o cordão de solda da oxidação
pela atmosfera normal, enquanto a solda está resfriando.
c) A escória proporciona o controle da taxa de
resfriamento (devido às propriedades de isolação térmica)
e contribui para melhorar o aspecto visual do acabamento
do cordão

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 Funções Metalúrgicas

O revestimento pode contribuir com elementos de liga, de


maneira a alterar as propriedades da solda. Outros
elementos químicos são também adicionados com o
propósito de transferir impurezas da poça de fusão para a
escória, desoxidar, como, por exemplo, o manganês e o
silício,

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 CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES

•Usado numa ampla variedade de configurações de juntas


encontradas na soldagem industrial, e numa ampla
variedade de combinações de metal de base e metal de
adição.
•Pode ser usado para soldar em todas as posições.
•Solda a maioria dos aços e alguns metais não ferrosos
•Usado em soldas de revestimento para obter resistência a
corrosão e ao desgaste.
•Normalmente usado para soldar numa faixa de 2 mm até
200 mm.

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 CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES

•O sucesso do processo de soldagem com eletrodo


revestido depende muito da habilidade e da técnica do
soldador, pois toda a manipulação de soldagem é
executada pelo soldador.
•Há quatro parâmetros de soldagem que o soldador deve
estar habilitado a controlar:
a) comprimento do arco;
b) ângulo de trabalho e de deslocamento
do eletrodo;
c) velocidade de deslocamento do eletrodo;
d) corrente.

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 PREPARAÇÃO E LIMPEZA DAS JUNTAS

As peças a serem soldadas devem estar isentas de óleo, graxa, ferrugem,


tinta, resíduos de exame por líquido penetrante, areia e fuligem do
preaquecimento a gás, numa faixa de no mínimo 20 mm de cada lado
das bordas e desmagnetizadas.

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Descontinuidades inerentes ao processo
 1 - Porosidade – de um modo geral é causada pelo emprego de
técnicas incorretas, pela utilização de metal de base sem limpeza
adequada ou por eletrodo úmido. A porosidade agrupada ocorre,
às vezes, na abertura e fechamento do arco. A técnica de
soldagem com um pequeno passe a ré, logo após começar a
operação de soldagem, permite ao soldador refundir a área de
início do cordão eliminando a porosidade originada no ponto de
abertura do arco elétrico. A porosidade vermiforme ocorre
geralmente pelo uso de eletrodo úmido.
 2 - Inclusões – são provocadas pela manipulação inadequada do
eletrodo e pela limpeza deficiente entre passes. É um problema
previsível, no caso de projeto inadequado no que se refere ao
acesso à junta a ser soldada.

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Descontinuidades inerentes ao processo
 3 - Falta de fusão – resulta de uma técnica de
soldagem inadequada: soldagem rápida ou lenta
demais, preparação inadequada da junta ou do
material, projeto inadequado, corrente baixa demais.
 4 - Falta de penetração – resulta de uma técnica de
soldagem inadequada: soldagem rápida ou lenta
demais, preparação inadequada da junta ou do
material, projeto inadequado, corrente baixa demais e
eletrodo com o diâmetro grande demais..

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Descontinuidades inerentes ao processo
 5 - Mordedura, concavidade e sobreposição – são
devidas a erros do soldador.
 6 - Trinca interlamelar – esta descontinuidade não se
caracteriza como sendo uma falha do soldador. Ocorre,
quando o metal de base, não suportando tensões
elevadas, geradas pela contração da solda, na direção
da espessura, trinca-se em forma de degraus, situados
em planos paralelos à direção de laminação.

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Descontinuidades inerentes ao processo
 7 - Trincas na garganta e trincas na raiz – quando
aparecem, demandam, para serem evitadas, mudanças
na técnica de soldagem.
 8 - Trincas à Frio – são trincas, devidas à fissuração a
frio. Elas ocorrem um certo tempo após a execução da
solda e, portanto, podem não ser detectadas por uma
inspeção realizada imediatamente após a operação de
soldagem. Elas ocorrem, normalmente, enquanto há
hidrogênio retido na solda. Como exemplo de fontes de
hidrogênio que contribuem para o aparecimento desses
tipos de trincas, podemos citar: elevada umidade do ar,
eletrodos úmidos, superfícies sujas, etc.

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Processo Eletrodo Revestido 19
Descontinuidades inerentes ao processo

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Vantagens
 Baixo custo
 Versatilidade
 Operação em locais de difícil acesso
Limitações
 Lento devido à baixa taxa de deposição e necessidade
de remoção de escória (em média 1,0 à 5,0 Kg/h)
 Requer habilidade manual do soldador
 Cuidados especiais no manuseio dos eletrodos

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